Graça e paz. Atualizado para a glória de Deus e para a edificação da Igreja.
Atualizado 23h40 horário de Brasília
BREVE
CONFISSÃO DE FÉ
Protestante
Evangélica
Ortodoxa
Interdenominacional
Interconfessional
Original
Bíblica
ROBERTO FIEDLER ROSSI
12
DE NOVEMBRO DE 2025
PREFÁCIO
Procurei
fazer uma confissão de fé pessoal, não ligada à denominação ou a alguma
tradição teológica fixa, mas mais sucinta e bíblica do que minha Teologia
Sistemática Interdenominacional, sem depender tanto da teologia humana e de
ligações teológicas humanas, que não são inspiradas, mas mais baseado na
Palavra inspirada e inerrante. O leitor poderá ver ao final dessas curtas
páginas se o resultado foi satisfatório. Procurei tratar dos temas principais,
deixando de lado temas como casamento, ordenança de ministros, ministérios na
igreja, e assim por diante.
A
maior ênfase e o maior cuidado foram dados ao plano da salvação apresentado nas
Escrituras, com o qual procurei ter zelo, que compreende a maior parte deste
documento.
Em
Cristo,
Roberto
SUMÁRIO
4. JESUS
CRISTO, O FILHO DE DEUS, QUE SE FEZ VERDADEIRO HOMEM
5. DA
MORTE, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE CRISTO
7. DA
CRIAÇÃO E DO PROPÓSITO HUMANO
10. JUSTIFICAÇÃO,
REGENERAÇÃO E SANTIFICAÇÃO. SIMULTANEAMENTE JUSTO E PECADOR
11. DA
EXPIAÇÃO SUBSTITUTIVA AOS ELEITOS POR CRISTO COMO CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O
PECADO DO MUNDO
12. EXPIAÇÃO
DE CRISTO A TODOS E A CADA UM DOS HOMENS
13. DOS
DONS ESPIRITUAIS E DA EVIDÊNCIA DA SALVAÇÃO
14. DEUS
QUER QUE TODOS SEJAM SALVOS, MAS SOMENTE ALGUNS SÃO ELEITOS E SALVOS
15. O
PROCESSO DE CONVERSÃO: COMENTÁRIO ABREVIADO DE ROMANOS 7
16. PERSEVERANÇA
DOS SANTOS E EVIDÊNCIA BÍBLICA
19. O
BATISMO E A CEIA DO SENHOR
20. A
SEGUNDA VINDA DE CRISTO, O JUÍZO FINAL E A ETERNIDADE
1.
AS SAGRADAS ESCRITURAS
A Bíblia Sagrada, também denominada
Sagradas Escrituras, contém o Antigo ou Velho Testamento com 39 livros e o Novo
Testamento com 27 livros, é inspirada pelo Espírito Santo de Deus tanto
plenária (em suas partes, isto é, seus livros) como verbal (suas palavras nas
línguas originais). Sendo inspirada pelo Espírito Santo em seu autógrafo, ou
seja, manuscrito original, apenas nas línguas originais, é também nele inerrante.
Boas e fiéis traduções da Bíblia, traduzidos por homens e mulheres de Deus,
também são consideradas como inspirada “A Palavra de Deus”, mesmo lembrando que
não existe tradução cem por cento inerrante, pois não existe equivalente de
palavras e expressões de um a outro idioma.
Para embasar a declaração de fé
acerca da Bíblia, a Palavra de Deus, vamos usar uma fonte do Corpo de Cristo
para nos auxiliar. Portanto, como declara a declaração doutrinária da Convenção
Batista Brasileira (Disponível em: “www.convençãobatista.com.br”, acesso
em nov. 2025):
“A
Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. 1 É o registro da revelação que
Deus fez de si mesmo aos homens. 2 Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita
por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo. 3 Tem por finalidade
revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os
crentes e promover a glória de Deus. 4 Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de
erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina. 5 Revela o destino
final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens. 6 A
Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem
ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens. 7 Ela deve ser interpretada
sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo. 8
1.
Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25;
2Pe 1.21
2.
Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 24.44,45; 16.29; Rm 16.25,26; 1Pe
1.25
3. Ex
24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21
4. Lc
16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4
5. Sl
19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17
6. Jo
12.47,48; Rm 2.12,13
7. 2Cr
24.19; Sl 19.7-9; Is 34.16; Mt 5.17,18; Is 8.20; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16;
2Tm 1.13
8. Lc
24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 17.5; 11.29,30; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo
1.1,2,14”
2.
A CLAREZA DAS ESCRITURAS
As Escrituras contêm todas as
coisas necessárias para a salvação. Para aquele que é humilde diante de Deus,
nas coisas principais a Escritura é muito clara, e numa tradução adequada e em
sua língua nativa ela é de muito fácil interpretação até a um jovem não
discipulado, pois as coisas fáceis de entender são as coisas e mensagens
principais da Bíblia, necessárias para a salvação.
Como escreveu Norman Geisler
(Teologia Sistemática, 2 Vols., 2010), o próprio Evangelho quase é
declarado em palavras monossílabas, e nenhuma delas tem mais de cinco letras: “Quem
tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo
5.12). Além disto, Jesus disse claramente: “Eu sou o caminho, e a verdade, e
a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Wayne Grudem (Teologia Sistemática,
Atual e Exaustiva, 2010)
complementa dizendo que mesmo os simples podem compreender as Escrituras
corretamente, tornando-se sábios: “O testemunho do Senhor é fiel e dá
sabedoria aos símplices” (Sl 119.130).
3.
DEUS
Há um único Deus (Deut 6.4, Isa
44.6, Isa 44.8, Isa 45.5a), isto é, uma essência divina, vivo e verdadeiro,
sem corpo (Espírito), perfeito, de infinito poder, sabedoria, amor, santidade,
bondade e justiça, Criador e Sustentador de todas as coisas visíveis e
invisíveis. E na unidade desta Divindade há três Pessoas distintas, de mesma
substância (essência divina citada acima), poder e eternidade: Deus Pai (1Co
8.6, Ef 4.4-6), não criado, nem gerado, mas fonte da Divindade; o Filho, Deus
Filho – nosso Senhor Jesus Cristo (João 1.1-3, João 1.14, João 10.30-33,
João 20.26-29, Hb 1.6-8, Fp 2.9-11 cf. Is 45.23, Is. 7.14, Is 9.6, Jo 1.18, Jo
8.58-59, At 20.28, Rm 9.5, Rm 10.9-13, Cl 1.15-16, Cl. 2.9, Hb 1.3, Hb 1.8, 2Pe
1.1, 1Jo 5.20), não criado, mas eternamente gerado do Pai, sendo o Verbo ou
Palavra do Pai; e Deus Espírito Santo – Espírito Santo de Deus (Atos 5.3-4,
2Co 3.17-18), não criado, nem gerado, mas eternamente procedente do Pai e
enviado do Filho conforme a literalidade das palavras da Escritura, isto é, o
Espírito é procedente do Pai em sua divindade (João 15.26), e do Filho em
matéria de ser dado, revelado, manifesto, e se dar conhecido a nós (João 20.22,
14.16,26).
Passagens bíblicas que mencionam as
três Pessoas (Agência de Informações Religiosas, AGIR):
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.
E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo. (Mateus 3:16-17)
Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; (Mateus 28:19)
A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos
vós. (2 Coríntios 13:14)
Há somente um corpo e um Espírito,
como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só
Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
todos, age por meio de todos e está em todos. (Efésios 4:4-6)
Quando, porém, se manifestou a
benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras
de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou
sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (Tito
3:4-6)”
“Confira também as seguintes
passagens: Jo. 3:34-35; 14:26; 15:26; 16:13-15; Rm. 14:17-18; 15:13-17; 30; 1
Co. 6:11; 17-19; 12:4-6; 2 Co. 1:21-22; 3:4-6; Gl. 2:21-3:2; 4:6; Ef. 2:18;
3:11-17; 5:18-20; Cl. 1:6-8; 1 Ts. 1:1-5; 4:2; 8; 5:18-19; 2 Ts. 3:5; Hb. 9:14;
1 Pe. 1:2; 1 Jo. 3:23-24; 4:13-14; Jd. 20-21.”
4.
JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS, QUE SE FEZ VERDADEIRO HOMEM
Segundo o Credo ou Símbolo
Calcedoniano (Declaração de Fé de Calcedônia) de 451 d.C., de acordo com a
tradução do site Monergismo (2021) e da Teologia Sistemática de Grudem (2010):
“Todos nós, perfeitamente unânimes,
ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial ao Pai,
segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em todas as
coisas semelhante a nós, excetuando o pecado, gerado segundo a divindade antes
dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado
da Virgem Maria, mãe de Deus[*]; Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor,
Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis,
indivisíveis e inseparáveis; a distinção da naturezas de modo algum é anulada
pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem
intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não
dividido nem separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Verbo
de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio a seu
respeito testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou e o Credo dos santos
Pais nos transmitiu.”
*Observação necessária: dentro da
doutrina de Cristo, encontra-se a parte da geração de Cristo dentro de Maria.
Maria é, de fato, segundo a Escritura, Mãe de Deus apenas no sentido em que
nasceu dentro dela o Filho de Deus (Lc 1.35). Esse título de Maria como “Mãe de
Deus”, originalmente na Igreja, não exalta Maria, a não ser no máximo como
“portadora de Deus” (Theotokos), mas exalta a Cristo, afirmando que Ele, desde
a concepção (Lc 1.31), o início da gestação, antes de nascer, já era filho de
Deus (Lc 1.35), e assim já possuía as duas naturezas (divina e humana), ou
seja, não era filho de Deus apenas após nascer. Maria teve outros filhos também
depois de Jesus (Mateus 13.55, Marcos 6.3). Maria não é mãe da Igreja, não foi
imaculada, tampouco foi mãe espiritual de Jesus segundo as Escrituras Sagradas.
5.
DA MORTE, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE CRISTO
Jesus Cristo, filho de Davi (Atos
2.29-30), verdadeiramente padeceu e morreu por nós na Cruz (1Pedro 3.18), sob a
ordem de Pôncio Pilatos, em nosso lugar (1Pedro 2.24 cf. Isaías 53), e desceu à
sepultura, tendo ido ao Pai em sua morte (João 16.28, 14.12, 14.28, 16.10,
16.16). O seu corpo não sofreu putrefação ou corrupção como os de outros seres
humanos quando falecem, segundo as Escrituras (Atos 2.31).
Ao terceiro dia judaico (três
dias e três noites, Mt 12.40), Cristo verdadeiramente ressurgiu dos mortos
(Atos 5.30), ou seja, ressuscitou fisicamente com o mesmo que possuía (Jo
20.26-28), porém de matéria glorificada e perfeita, constituindo-se de parte
física e espiritual, onde, mesmo com corpo glorificado, comeu com os apóstolos
e discípulos (João 21.13-15) e transladava-se atravessando o tempo e o espaço
com poder (1Co 15.20, cerradas as portas cf. João 20.19, 20.26).
Cristo após sua morte e
ressurreição inaugurou a nova aliança (novo testamento), que é superior às
outras alianças (Hebreus 8.6), inaugurada pelo seu sangue (Hebreus 12.24, 8.13,
9.15), o sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).
Cristo destronou Satanás na Cruz
(Colossenses 2.15, Apocalipse 12.10), tirou a autoridade de seu domínio
mundial, tanto o domínio espiritual, como o Império Romano legalmente, que era
o último império mundial satânico da estátua de Daniel, o último império
mundial ao longo do tempo – pois o de Cristo é eterno, e após sua ressurreição
recebeu todo o poder e autoridade no céu e na terra (Mateus 28.18), além de
autoridade sobre a morte e o inferno (Apocalipse 1.8).
Daniel 2.44 Mas, nos dias desses reis [império
Romano], o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e
este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos,
mas ele mesmo subsistirá para sempre.
Cristo após sua morte e
ressurreição ascendeu ao Céu à direita do Pai e recebeu um Reino Universal, o
Reino do Pai, que não pode ser abalado.
Daniel 7.12-14 E, quanto aos outros animais [impérios],
foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço
de tempo. Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha
nas nuvens do céu um como o filho do homem [Jesus]; e
dirigiu-se ao ancião de dias [Deus Pai], e o fizeram chegar até ele. E
foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e
línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino tal, que não será destruído.
Cristo, após quarenta dias com os
discípulos (Atos 1.3), tendo sido visto por mais de quinhentos irmãos (1Co
15.6), ascendeu ao Céu / Paraíso à vista dos apóstolos e discípulos (Atos
1.1-11), tendo comissionado a Igreja para fazer discípulos, batizando-os em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (e ordenando-os a fazer tudo o que
Jesus lhes ensinou, cf. Mateus 28.18-20), que em Pentecostes (50 dias após a
Páscoa judaica, lembrando que Jesus é nosso Cordeiro Pascoal cf. 1Co 5.7), dez
dias depois da ascensão de Jesus, foram capacitados pelo Espírito Santo a
testemunhar para todos os povos, tribos, nações e línguas acerca dessa salvação
(Atos 2).
6.
O ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo, Criador (Gênesis 1.2) com o Pai (Gn
1.1) e com o Filho (Col 1.16) de toda criação visível e invisível, procedente
do Pai (Jo 15.26) e do Filho (Jo 20.22), é de mesma substância, majestade e
glória que o Pai e o Filho, verdadeiro e eterno Deus (Atos 5.3-4, 2Co
3.17-18), que, na Nova Aliança / Novo Testamento em Cristo, após o evento
do dia de Pentecostes de Atos 2, concedeu o dom / promessa do Espírito Santo a
todos os salvos a partir daquele momento na história, ou seja, concedeu o novo
nascimento com morada permanente do Espírito em nossos corpos (João 7.39 E
isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem;
porque o Espírito Santo ainda não fora dado,
por ainda Jesus não ter sido glorificado), agora denominados
templo do Espírito Santo, formando a partir daí o Corpo de Cristo, a Igreja
(1Coríntios 12.13):
Atos 2.38-39 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e
recebereis o dom do Espírito Santo [e recebereis: todos os salvos recebem o
dom do Espírito Santo, isto é uma afirmação, colchetes meus]; Porque a
promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe,
a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
1Co 12.13 Pois todos nós fomos batizados em um
Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer
livres, e todos temos bebido de um Espírito.
7.
DA CRIAÇÃO E DO PROPÓSITO HUMANO
Deus Pai (Gn 1.1), por meio do
Filho (da Palavra de Deus cf. Col 1.16, Jo 1.1-2), através do Espírito Santo
(Gn 1.2), criou todas as coisas e seres invisíveis e visíveis do Universo (na
Bíblia, céus e terra) em seis dias (Gn 1) a partir do nada material (Gênesis 1.1),
mas sim a partir da Palavra de Deus para a finalidade do louvor da glória de
Deus Triuno (Trino e Uno):
Hb 11.3 Pela fé entendemos que
os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê
não foi feito do que é aparente.
A realidade é que a Trindade toda
criou a criação: Gn 1.26 E disse Deus: “Façamos [plural: Pai, Filho,
Espírito cf. o Novo Testamento] o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.”
Tudo o que Deus criou foi muito bom
(Gênesis 1.31), não havia morte alguma (nem tampouco bilhões ou milhões de anos
de morte e evolução), nem pecado, nem sofrimento. A morte veio após a
desobediência (Rm 5.12).
Deus criou o homem Adão (Gn 2.7) e
a mulher (Gn 2.21-23), depois chamada Eva (Gn 3.20), à sua imagem e semelhança
(tanto o homem como a mulher cf. Gn 1.27) para eles viverem como uma
família unida (Gn 1.28) em relacionamento com Ele, governarem a boa criação no
nome do Senhor, refletindo o seu caráter.
Os seis dias da criação foram literais segundo a
Bíblia:
1. Desde o princípio da criação,
Deus os fez macho e fêmea (sendo que exatamente no princípio da criação não
havia nada disso, mas a Terra estava informe);
Marcos 10.6 diz: “Porém, desde o princípio da criação,
Deus os fez macho e fêmea”.
2. Haverá uma aflição tal, qual
nunca houve desde o princípio da criação (sendo que no princípio da criação não
havia aflição alguma);
Marcos 13.19 Porque naqueles dias haverá uma aflição
tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora,
nem jamais haverá.
3. Desta geração seja requerido o
sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado:
Desde o sangue de Abel... (sendo que Abel não foi criado no momento da fundação
do mundo).
Lucas 11.50,51 Para que desta geração seja requerido o
sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado;
Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar
e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração.
Compreendemos então que Jesus fala
desta forma, pois o período desde o Princípio da Criação, desde o 1º dia,
incluindo a fundação do mundo, não fica muito longe do período da Queda de
Adão. Por isso, podemos pensar que desde o primeiro dia da criação (início da
contagem do tempo, em que só Deus existia, apenas o Verbo cf. Gn 1.1; Jo 1.1),
passando pela criação de Adão e Eva, macho e fêmea (Marcos 10.6), passando pela
Queda (Marcos 13.19), e até a morte de Abel (Lucas 11.50,51) não se passaram
muitos anos. Deste modo, segundo as Palavras de Cristo, chegamos ao raciocínio
que os dias da criação de Gênesis não podem ser muito longos, mas foram
certamente curtos, ou até de 24 horas, pois senão Jesus estaria fazendo um
raciocínio incorreto colocando Abel próximo da fundação do mundo; a criação de
Adão e Eva próxima do princípio da criação (1º dia); aflição (Queda) próxima do
princípio da criação.
Portanto, concluímos que Jesus cria
em dias literais da criação de Gênesis, e como Jesus é Deus e a Bíblia é
inerrante (pois é inspirada e Deus não pode mentir cf. Nm 23.19), assim isso é
um fato, o Universo não tem bilhões de anos, nem a Terra milhões de anos, mas a
Bíblia dá a entender que o Universo e a Terra têm apenas milhares de anos, sendo,
então, a Terra jovem.
A Terra é especial para Deus:
Isaías 45.18 Porque assim diz o SENHOR, que criou
os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou
para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro.
Isaías 66.1a Assim diz o Senhor: O céu é
o meu trono, e a terra o escabelo [banco de apoio] dos meus pés...
8.
DO PECADO ORIGINAL
Como Adão, nosso antepassado e
cabeça da humanidade (1Coríntios 15.22, 21, 47), pecou com Eva no Éden (Gênesis
3), enganado pela serpente que era Satanás (Gênesis 2-3), o pecado passou a
todos os seres humanos (Romanos 5.12), seus descendentes, e a morte passou a
toda a criação terrena (Gn 3). Portanto, nós também pecamos com Adão e herdamos
a natureza humana pecaminosa (carne), portanto nascemos inclinados ao mal
(Eclesiastes 7.20, Romanos 3.10-18), culpados pelo pecado de Adão (Rm 5.12 todos
pecaram) e pelo nosso próprio pecado desde tenra idade (Rm 6.23), estando no
reino das trevas e sendo escravos do pecado (Efésios 2.1-3), sem ter recebido
habilidade alguma de nosso antepassado Adão que porventura não tenha sido perdida
na sua queda para nossa salvação (portanto ninguém nasce com livre-arbítrio,
capacidade de aceitar a graça de Deus ou de crer no Senhor cf. Isaías 64.6).
Ainda assim, o propósito de Deus
após a queda não mudou, é ter uma família de filhos semelhantes a Cristo (Rm
8.28-30), e Cristo é a plena imagem e semelhança de Deus, na glória, para
louvor da graça de sua glória, tanto é que enviou o Salvador:
Romanos 8.28 “E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito. 29. Porque os que dantes conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos [este é o propósito do v.
28]. 30. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou
a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.”
9.
DA SALVAÇÃO
Colossenses 1.13,14 [O Pai] “nos tirou da potestade das
trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a
redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;”
A salvação foi conquistada na cruz por Jesus Cristo, nosso
Senhor, onde Cristo, através do seu sangue, cobre o custo do nosso resgate
(Marcos 10.45), que inclui corpo e alma, e nos compra (1Co 6.20), satisfazendo
a justiça de Deus, para a libertação e salvação eterna em santificação, unidos
com Deus e com Cristo pelo Espírito Santo para sempre nesta vida e por toda a
eternidade.
Cristo, por sua morte vicária, oferece justificação (Rm
5.18) diante de Deus para todos os que nele creem cf. Romanos 10.9-11 (o que
não é só acreditar, mas sim confiar em Cristo para sua salvação), o confessam
com sua boca e obras, e se arrependem dos seus maus caminhos (Marcos 1.15),
convertendo-se a Deus, ao Deus da Bíblia, ao Jesus da Bíblia (pois há falsos
cristos cf. Mateus 24.24), pelo Espírito Santo, o Consolador, que testifica de
Cristo e das Sagradas Escrituras (1Jo 5.6).
Só há salvação em Jesus Cristo:
Atos 4.12 “E em nenhum outro [ser] há salvação, porque
também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos.”
João 14.6 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, e a Verdade,
e a Vida.”
Efésios 2:8,9 “Porque pela graça sois salvos, por meio
da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para
que ninguém se glorie;”
Em outra versão: “Vocês são salvos pela graça, por meio da
fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pela
prática de boas obras, para que ninguém venha a se orgulhar.” Efésios 2:8,9
Cristo, Jesus Cristo Deus-homem, é o único mediador entre
Deus e os homens (1Timóteo 2:5-6). Cristo intercede por nós, é o nosso
intercessor a Deus junto com o Espírito: “e o Espírito [também] nos ajuda em
nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio
Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras.”
Romanos 8:26
10.
JUSTIFICAÇÃO, REGENERAÇÃO E SANTIFICAÇÃO. SIMULTANEAMENTE
JUSTO E PECADOR
Cremos que a salvação engloba, após o processo de
conversão, a regeneração ou novo nascimento (Tt 3.5, Jo 3), instantânea e uma
só vez, pela nova vida de Cristo pelo Espírito Santo em nós; e a justificação
ao pecador (Rm 3.24) diante do tribunal de Deus, instantânea e junto com a
regeneração, pelos méritos de Cristo conquistados na sua vida e na sua morte,
pelo seu sangue (Rm 5.9), pela graça (Rm 3.24), tendo a fé como meio (Rm 5.1),
e não as obras da lei (Gl 2.16), quando o pecador recebe o perdão dos pecados
com declaração de inocência diante de Deus por receber a imputação da justiça
de Cristo em nós sem as obras (Rm 4.3-8), e assim o Pai nos vê através de
Cristo (somos revestidos de Cristo), resultando em paz com Deus (Rm 5.1).
Nossos pecados foram imputados a Cristo na cruz, e a
justiça de Cristo é imputada a nós, pecadores, quando cremos, tornando-nos
justos e santos aos olhos de Deus (1Pe 2.24). Não somos justificados pelas
obras para a nossa salvação. As nossas obras nada alteram a nossa justiça. A nossa
fé em si não tem mérito, ela é apenas o meio. O mérito é de Cristo. Jesus é o
Salvador!
Romanos 4.16 “Portanto, a promessa vem pela fé, para que
seja de acordo com a graça...”
Romanos 11.6 “Mas se é por graça, já não é pelas obras; de
outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais
graça; de outra maneira a obra já não é obra.”
A justificação não ocorre sem a regeneração, e a
regeneração não ocorre sem a justificação, de modo que os pecadores são
justificados e regenerados, ou vice-versa, instantaneamente no ato da salvação por
meio da graça apenas pela fé.
Após a regeneração e a justificação, ocorre, num verdadeiro
salvo, que é um novo homem criado em verdadeira justiça e santidade (Ef 4.24),
uma santificação eficaz e gradual (separação do pecado) que aumenta
progressivamente, segundo o Espírito santifica a pessoa não resistente (pois o
Espírito a quer santificar!) ao longo da vida (e assim a pessoa acha graça aos
outros dando bom testemunho cf. Mt 5.16). Tiago, no cap. 2, complementa o fato
de que, uma vez salvo, uma vez que Abraão foi justificado pela fé (salvo),
Abraão também foi, depois, justificado pelas obras (obras após a salvação), uma
vez que as obras são o fruto da fé, pois o salvo pratica boas obras produzindo
o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22), as quais o salvo não praticava antes de
ser salvo (antes de ser regenerado e justificado pela fé), pois apenas
praticava o mal (Hb 11.6), e porque não possuía a natureza de Cristo pelo
Espírito, somente a carne (Rm 7.5).
Paulo e Tiago, falando sobre justificação, escrevem sobre
eventos diferentes na vida de Abraão: Paulo, nas suas cartas, fala da
justificação pela fé, em que ocorreu a salvação de Abraão, acerca do evento de
Gênesis 15.6 (E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça). Já Tiago
fala da justificação pelas obras em Tg 2.21-24, e escreve do evento de Gênesis
22, quando Abraão ofereceu a Isaque, obra que Abraão praticou depois de salvo!
Uma vez salvo (nascido de novo – regenerado, e declarado
justo diante de Deus – justificado), o salvo, como dito, passa por uma
santificação inicial no ato da salvação (1Co 6.11) e começa a praticar o bem,
ou seja, dar bons frutos para Deus (Gl 5.22-25). Desta forma, depois de salvos,
já tendo sido declarados justos e justificados pela fé para a salvação eterna
(o que é um ato e não um processo), nós somos justificados continuamente pelas
nossas obras de justiça (as quais não acrescentam em nada a nossa salvação, mas
recompensas eternas), e assim porventura obteremos o favor e a aprovação dos
homens descrentes, que irão glorificar a Deus pelas boas obras dos crentes (Mt
5.16). Todavia, nem por isso devemos nos gloriar diante de Deus. A santificação
é aperfeiçoada mediante a obra de Deus na vida de cada um até nos tornarmos
verdadeiros justos na glorificação na glória de Deus junto com Cristo, onde
receberemos corpos glorificados (Rm 8.17) na ressurreição do corpo (explicado
no capítulo de 1Co 15). Assim estaremos salvos, para sempre com o Senhor (1Ts
4.17-18).
Um detalhe é que o salvo nunca será totalmente santo na
Terra, apenas no Céu, quando não tiver mais a natureza humana pecaminosa
(carne). Como já dito, todos os homens são pecadores, até os mais santos (Eclesiastes 7.20), em maior ou menor grau. Jesus foi e sempre será a única
pessoa sem pecado (Hebreus 4.14-15)!
O salvo é ainda pecador pois continua tendo a natureza
pecaminosa (1João 1.8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos, e não há verdade em nós”), porém é também justo pois é revestido da
justiça de Cristo (Gl 3.27). Assim, o salvo é simultaneamente justo e pecador.
De acordo com Wayne Grudem (2010, Teologia Sistemática:
Atual e Exaustiva):
“No
tocante à nossa posição legal perante Deus, qualquer pecado, mesmo aquilo que
nos pareça um pecado leve, torna-nos legalmente culpados perante Deus, e,
portanto, dignos de castigo eterno. Adão e Eva aprenderam isso no jardim do
Éden... (Gn 2.17). [...]. Em termos de culpa legal, todos os pecados são
igualmente maus, pois nos fazem legalmente culpados perante Deus e nos
constituem pecadores.
Por
outro lado, alguns pecados são piores do que outros, pois trazem consequências
mais danosas para nós e para os outros e, no tocante ao nosso relacionamento
pessoal com Deus Pai, provocam-lhe desprazer e geram ruptura mais grave na
nossa comunhão com ele. [...]. O pecado de Judas era bem “maior” [do que de
Pilatos, ver João 19.11], provavelmente por causa do conhecimento bem maior
e da malícia associada a esse conhecimento.
No
Sermão do Monte, ao dizer: “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos,
posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado o menor no
reino dos céus” (Mt 5.19), Jesus sugere que há mandamentos menores e maiores,
[...] sugerindo assim que alguns pecados são piores do que outros no tocante à
própria avaliação divina da sua importância.
Nossa
conclusão, então, é que em termos de consequências e em termos do grau do
desprazer de Deus, alguns pecados são certamente piores que outros.”
11.
DA EXPIAÇÃO SUBSTITUTIVA AOS ELEITOS POR CRISTO COMO
CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO
1 João 4, o capítulo que exprime que Deus é Amor, mostra
que Cristo recebeu sobre si os pecados dos eleitos:
1Jo 4.9-10 Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco:
que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto
está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a
nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados [não todos os
pecados].
Pedro diz que o fato de Cristo levar nossos pecados sobre o
madeiro (tomar os pecados dos eleitos sobre si) leva à certa consequência de
morrer para os pecados e viver para a justiça, o que mostra que aqueles que
Cristo tomou os pecados certamente são justificados:
1Pe 2.24 Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a
justiça; por suas feridas vocês foram curados.
Isaías 53, o capítulo profético sobre o Messias, mostra que
Jesus justificará a muitos [e não a todos], e mostra que Cristo levou sobre si
o pecado de muitos, ou seja, de todos os que justificou:
11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará
satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos;
porque as iniquidades deles levará sobre si.
Deus não quer salvar apenas alguns: a porta da graça está
aberta a todos:
Ap 22.17 “E o Espírito e a esposa dizem: Vem.
E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da
água da vida.”
1Jo 2.1 “Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o justo. 2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados,
e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
Propiciação é aplacar a ira divina e tornar Deus
favorável à pessoa. Isso é somente em Cristo.
Enfim, o versículo acima diz que, conforme o v. 1 (se
alguém pecar – o que biblicamente significa se alguém “reconhecer o seu
pecado” cf. palavras de Jesus em Lucas 5.32 “Eu não vim chamar os justos
[pessoas que não reconhecem o seu pecado], mas, sim, os pecadores, ao
arrependimento.”), de acordo com o v. 2 (propiciação pelos pecados de todo
o mundo), se todo o mundo hipoteticamente reconhecer o seu pecado e crer,
Cristo terá sido a propiciação por todos estes também, ou seja, tornará Deus
favorável as essas pessoas também, serão retiradas da ira: a porta da graça
está aberta, mas Cristo, de fato, na realidade, é a propiciação só pelos que
creem, pois só estes estão fora da ira ou separação de Deus cf. João 3.36:
João 3.36 “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna;
mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece.”
12.
EXPIAÇÃO DE CRISTO A TODOS E A CADA UM DOS HOMENS
“A culpa dos pecados de toda a humanidade foi imputada a
Cristo quando Ele morreu. A imputação corresponde às exigências da lei no que
diz respeito a cada pessoa. Cristo, em sua morte, remove as barreiras jurídicas
que se colocam no caminho para qualquer pessoa ser perdoada por Deus. O Senhor
quis que esta morte fosse uma provisão universal para toda a humanidade, a fim
de que todos possam ser salvos, mas não desejou igualmente que todos sejam
salvos. O comando para indiscriminadamente oferecer o evangelho a todos por
meio do evangelho é baseado na disponibilidade real dessa suficiente satisfação
para todo homem. Cristo realmente sofreu e morreu em Sua pessoa infinita a
morte que era devida a todo homem” (Tony Byrne, blog Theological
Meditations. Disponível em: <http://theologicalmeditations.blogspot.com/>.).
Cristãos devem evangelizar porque Deus deseja que todos os homens sejam
salvos [Deus deseja que todos creiam em Seu Filho] e fez expiação por
todos eles, assim removendo as barreiras legais que exigem sua condenação
(Allen, David e Lemke, Steve, Whosoever Will, 2010).
Embasamento:
Como Adão pecou, e por ele veio a morte, era necessário
que, quem quisesse ser salvo, devia cumprir plenamente a lei mosaica, ou seja,
desfazer os efeitos da queda de Adão nessa pessoa. Todos os seres humanos, em
teoria, nasceriam sob essa pena, e assim, sem um Salvador, deveriam por si
mesmos cumprir a lei para conquistarem a salvação para si. Mas isso é
impossível, visto que a lei exigia perfeição, e como nós nascemos mortos,
imperfeitos e com a carne (natureza pecaminosa), somos pecadores, não conseguimos
cumprir a lei, sendo nós impedidos de sermos salvos sem cumprir a lei (exceto
se outro a conquistar por nós).
MAS veio um, Cristo Jesus, que cumpriu a lei por nós, TODOS
os mandamentos, adquiriu a salvação pelos próprios méritos, e disponibilizou a
salvação, que se havia perdido, a todo homem. É o Salvador.
Se fosse possível que um de nós conseguisse obedecer toda a
lei pelas obras, só conquistaria a salvação para si mesmo, pois já nasceu com a
culpa do pecado de Adão, já nasceu pecador. Mas Cristo não só obedeceu toda a
exigência de Deus, como, por ser imaculado (por ter nascido sem pecado), ainda
disponibilizou a salvação para todos, segundo o critério escolhido por Deus, a
fé nele.
Como Adão, um homem pecou, era necessário que outro homem
conquistasse a salvação, por isso Cristo veio, que não é só Deus, mas também
homem (assumiu a humanidade junto à divindade, o Verbo se fez carne, João 1).
Com a morte de Cristo a nosso favor, nós não precisamos mais cumprir a lei para
sermos salvos (o que seria impossível), pois Cristo já a cumpriu, ele
reconquistou a salvação por nós na aliança da graça. A exigência do cumprimento
da lei Mosaica (lei de Deus) era um impedimento à salvação de todo homem, pois
todo homem nasce culpado do pecado de Adão, mas Cristo removeu as barreiras
jurídicas (a imputação do pecado / culpa de Adão de Romanos 5.12-13), e, por
isso, nós não precisamos mais cumprir a lei, não temos mais essas barreiras
jurídicas, mas a salvação recebemos por um NOVO meio, segundo a justiça de
Deus. Qual meio? A fé.
Por isso, ainda que a justiça de Deus demandasse que quem
quisesse ser salvo devia cumprir a lei de Deus, isso era impossível, mas Deus
fez assim para que Cristo fizesse o impossível para nós, sendo também homem
perfeito. Deus Pai colocou esse critério, segundo a justiça de Deus para
exaltar Deus Filho, Jesus Cristo, sobre tudo e sobre todos.
Assim, a justiça de Deus foi cumprida em Cristo, pois era
necessário que o Salvador morresse pelo povo, e vertesse seu sangue a favor de
quem fosse salvar, assim como os bodes e touros, sacrifícios do antigo
testamento, eram sacrificados como meio de santificação do povo judeu na antiga
aliança. Mas Cristo verteu seu sangue por nós, o sangue do Novo Testamento, de
uma nova aliança. POR SEU SANGUE SOMOS SALVOS. Depois de Cristo não é
necessário mais nenhum sacrifício de animal, nem outro sacrifício humano como o
Dele, pois o sacrifício de Cristo foi cabal, terminado, vicário, completo,
perfeito, único, celeste, e não precisa ser repetido. Sobre isso fala a
epístola aos Hebreus.
Romanos 10.4 “Porque o fim da lei
é Cristo para justiça de todo aquele que crê.”
Por uma só ofensa, de Adão, veio o juízo sobre todos e cada
um dos homens para condenação (veja que isso tem o sentido de ser de sentido
jurídico, legal, pois Romanos 5.12-13 usa a palavra “imputação”), pois sabemos
que toda humanidade, cada um deles foi afetado pela Queda. Assim também por um
só ato de justiça, de Cristo, veio a graça sobre todos e cada um dos homens,
abrindo caminho para justificação de vida de todas as pessoas do mundo, se elas
crerem (pela fé). Assim, a Graça sobre todos os homens é a Graça de Deus que
retira todo impedimento legal, jurídico, para que todos quantos crerem possam
alcançar a vida eterna, segundo o critério Bíblico, que é Cristo.
Cristo morreu por todos os homens, dando chance a todos,
por isso todo aquele que ouvir a mensagem do evangelho e crer é salvo. O
sacrifício de Cristo não é limitado a alguns, como se só alguns pudessem ser
salvos, mas a porta da graça está aberta. Já a eficácia e aplicação do
sacrifício de Cristo no quesito e ato de salvar, justificar, de tomar os
pecados das pessoas para Si e transmitir Sua justiça é apenas aos crentes,
apenas aos que creem.
1 Timóteo 4.10 “Porque para isto trabalhamos e lutamos,
pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os
homens, principalmente dos fiéis.”
13.
DOS DONS ESPIRITUAIS E DA EVIDÊNCIA DA SALVAÇÃO
O Espírito Santo concede aos que
temem a Deus dons, mas de modo nenhum podem considerar-se salvos (justificados
e regenerados) por exercer dons espirituais, ainda que sejam dons espirituais verdadeiros,
pois eles não garantem a salvação (Mateus 7.21-23 Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios?
E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade). Como no tempo apostólico, alguns há que o Espírito Santo
concede dons para o não salvo que busca a Deus (1Coríntios 13.1,2), pela graça,
para que ele resista ao mal e reconheça a natureza dos dons, rendendo-se ao
Senhor dos dons, a Cristo, renunciando a tudo pela graça (Lucas 14.33). A
evidência principal da salvação é o fruto do Espírito (Gálatas 5.22) em amor,
alegria, bondade, amabilidade, paciência, domínio próprio, fidelidade, mansidão
e paz, características ou princípios de um ser transformado por Deus que anda
em santidade e temor a Deus.
14.
DEUS QUER QUE TODOS SEJAM SALVOS, MAS SOMENTE ALGUNS SÃO ELEITOS
E SALVOS
O Pai amou a todos e a cada um dos
seres humanos dando-lhes oportunidade de salvação:
“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16
Confirmando isso, Deus deseja que
todos sejam salvos, não como decreto impositivo e forçado, claro:
“Pois isto é bom e agradável diante
de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” 1 Timóteo 2:3,4
Porém, Deus elegeu somente alguns
segundo Seu critério (a Escritura não declara qual é o critério de Deus na
eleição, que é pela graça e pela Palavra):
“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo,
pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo
Jesus: A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo! Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou
com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou
para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de
sua vontade, Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez
agradáveis a si no Amado, Em quem temos a redenção pelo
seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça...”
Efésios 1.1-7.
A salvação, antes de ser recebida,
pode ser resistida:
“Homens de dura cerviz, e
incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim
vós sois como vossos pais.” Atos 7.51
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os
profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os
teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não
quiseste!” Mateus 23.37
O pecado de Adão atingiu a todos, e
a graça de Cristo convida a todos dando-lhes oportunidade de justificação de
vida:
“Pois assim como por uma só
ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos
os homens para justificação de vida.” Romanos 5.18;
“Porque Deus encerrou a todos
debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.” Romanos 11.32.
A predestinação ou eleição individual
para a vida eterna é bíblica, operação de Deus pela graça, pela PALAVRA (meio
pelo qual vem a fé salvadora (Rm 10.17) e meio pelo qual, com o Espírito,
convence o mundo do pecado, justiça, juízo e subjuga nossa liberdade de escolha,
cessando a resistência do coração, para o amor voluntário a Deus). Isso é
apenas aos eleitos – para o fim de ser conforme a imagem de Cristo cf. Romanos
8.28-30, para ser adotado na família de Deus, para a obediência cf. 1Pedro 1:2 (e
não pela obediência) conforme também toda a Escritura em suas palavras
explícitas, e não por interpretação humana. Lembre-se de que não há um
versículo sequer na palavra revelada a nós que associe a eleição ou
predestinação divina com algo visto de bom em nós, tampouco alguma obediência,
mas condições assim na palavra revelada são explícitas apenas à salvação/justificação/regeneração
em vida. Como a fé salvadora é anterior à justificação, e como a Palavra produz
a fé salvadora, e como a pessoa precisa receber a Palavra em seu coração
segundo as Escrituras antes da fé; e como a eleição é anterior à salvação (e
não há versículo bíblico de condição à eleição), pelo contrário, a eleição é de
Deus, assim como Seu Amor, portanto conclui-se que a não resistência da livre
vontade do ser humano (com consequente amor voluntário) é pela Palavra, e
também a fé, a justificação, regeneração e glorificação vêm todas de Deus pela
Sua graça, natureza, bondade, palavra e amor. Como a eleição é a etapa anterior
da salvação, assim isso é confirmado. Em Sua Mente, Deus pode ter um critério
para a eleição não revelado na revelação da Palavra, o que faz sentido.
Em contrapartida, não há
predestinação individual vinda de Deus na Bíblia para condenação eterna antes
da fundação do mundo
Romanos 9:21-23 Ou não tem o oleiro
poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para
desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o
seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a
perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos
de misericórdia que para glória já dantes preparou (Romanos 9.22.23).
Em primeiro lugar, Romanos 9.21: “Ou não tem o oleiro
poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para
desonra?” NÃO é uma inferência necessária, de modo algum é uma afirmação
doutrinária de que Deus decreta individualmente até os vasos de desonra desde a
eternidade, perceba.
Em segundo lugar, os versos acima,
se com cuidado notados, não ensinam a fatalidade da dupla predestinação, que
alguns são rejeitados e ignorados desde a eternidade sem chance de serem
salvos. Na eleição à salvação desde a eternidade nós cremos. Mas Deus dá chance
a todos, conforme a Escritura, clara como cristal, e o Espírito Santo é que
testifica. Ora, a diferença do verso 22 (preparados para a perdição) para o 23
(preparados para a glória) é que apenas os eleitos são predestinados: “para
glória já dantes [elemento de tempo, colchetes meus] preparou” no v.23, ou
seja, desde a eternidade. Os vasos preparados para a perdição no v. 22 não são
ditos que são preparados para a perdição num tempo anterior (desde a
eternidade) como é falado dos eleitos, e não se acha na Escritura frases como
"dantes preparados para a perdição", ou "predestinados para a
perdição" etc. Claro que os nomes deles desde a fundação do mundo não
estão no livro da vida (Apocalipse 13.8), mas não, a Bíblia não fala de
presciência, predestinação, condenação, eleição individual ao inferno desde a
eternidade! Assim concluímos que os vasos preparados para a perdição são
preparados durante suas vidas por terem rejeitado o Senhor, e Deus já sabia
disso desde a eternidade (de modo que elegeu as suas ovelhas), e não por terem
sido predestinados individualmente ao inferno, pois Deus quer salvar a todos, e
a Escritura é inerrante.
Trechos bíblicos como: Judas 1:3,4
(“Porque se introduziram furtivamente alguns, os quais já antes estavam
escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a
graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.”)
e outros não falam que individualmente foram inscritos para o lago de fogo
(condenação individual), mas esses versículos, assim como os vasos da perdição,
quer dizer que Deus já sabia desde a eternidade que coletivamente alguns seriam
condenados ao juízo, mas não por Deus em Si mesmo desde a eternidade (que seria
condenação forçada por mero decreto divino), mas sim pela resistência à Palavra
e ao Espírito em vida! Deus seriamente quer salvar a todos e chama a todos às
bodas, lembre-se das palavras de Jesus!
O apóstolo diz claramente que Deus
suportou com muita longanimidade os vasos da ira'. Não diz que fez vasos de
ira. Pois se tal houvera sido sua vontade, não teria necessidade de grande
longanimidade. Quanto a serem preparados para a perdição, disso é culpado o
diabo e os homens, não Deus. Livro de Concórdia, 2016.
Lund e Nelson, em Hermenêutica
(2007), afirma
sobre Jacó a Esaú:
O uso do amar e aborrecer (ou amar
e rejeitar) era para expressar preferência de uma coisa à outra. Tanto é assim
que, por exemplo, ao lermos, "Amei a Jacó, e aborreci a Esaú" (Rm
9.13), devemos compreender: preferi Jacó a Esaú. (ver também Dt
21.15; Jo 12.25; Lc 14.26; Mt 10.37).
Isso não quer dizer: “condenei a
Esaú desde a fundação do mundo”, tal não é bíblico!
Não quer também dizer: “Elegi a
Jacó e condenei a Esaú desde a eternidade por meu conselho soberano” mas, sim: “Preferi
a Jacó, elegi a Jacó.”
A condenação individual é causada pelo
pecado da própria pessoa que não teme a Deus, que endurece o coração, tampa os
ouvidos para não ouvir a Palavra, ou seja, resiste ao Espírito Santo cf. Atos
7.51 (vós sempre resistis ao Espírito Santo), e nem é humilde para recebê-la:
Mateus 5.1 Bem-aventurados os
pobres em espírito [igual a ser humilde, não ter autossuficiência espiritual,
colchetes meus], porque deles é o reino dos céus.
Esses ...de bom grado receberam
a Palavra cf. Atos 2.41 e 17.11.
15.
O PROCESSO DE CONVERSÃO: COMENTÁRIO ABREVIADO DE ROMANOS 7
É necessário comentar aqui o capítulo sete da epístola
de Paulo aos Romanos para esclarecimento geral da Escritura, e não dessa
confissão em si, mas sim do que a Escritura quer nos transmitir nesse capítulo
chave. Comentários meus abaixo dos versículos.
[...]
Romanos 7.4 Assim, meus irmãos,
também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de
outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para
Deus.
Comentário:
Assim também estamos nós, os
crentes, mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejamos Dele para dar
fruto a Deus.
5 Porque, quando estávamos na
carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros
para darem fruto para a morte.
Agora Paulo fala da época de quando
estava na carne (v. 5), antes de ser salvo, pois seus membros davam fruto à
morte.
6 Mas agora temos sido libertados
da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos
em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
Mas depois foi salvo da lei, tendo
morrido para ela, para servir a Deus em novidade de espírito.
7 Que diremos pois? É a lei pecado?
De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não
conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
A lei mosaica não é pecado, mas nós
não conhecemos o pecado senão pela lei: os 10 mandamentos dizem: “não
cobiçarás”, e eu conheci a cobiça (concupiscência). Os mandamentos dizem para
não roubar, e aquele que roubou é condenado como transgressor da lei, pecador.
8 Mas o pecado, tomando ocasião
pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei
estava morto o pecado.
O pecado, através do mandamento,
operou no velho Paulo toda a cobiça: se não houvesse lei não haveria pecado,
mas agora não tem desculpa.
9 E eu, nalgum tempo, vivia sem
lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.
E Paulo, em algum tempo rebelde no
início de sua vida, vivia sem conhecer a lei de Deus – era ignorante das coisas
do alto, e desde criança depravado [Romanos 3.9b-12 tanto judeus como gregos,
todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um
sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a
Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem
faça o bem, não há nem um só.]. Era ignorante: [1Coríntios 12.14 Ora, o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.]. Paulo não desejava o bem porque não conhecia o bem de Deus.
Mas sendo evangelizado, reviveu o pecado que ele cometia e ele percebeu que
estava morto espiritualmente – o salário do pecado é a morte – Paulo estava na
depravação total, mas algo aconteceu quando foi evangelizado (“quando veio o
mandamento”).
10 E o mandamento que era para
vida, achei eu que me era para morte.
E o mandamento dado por Deus para o
bem, achou ele temporariamente que lhe era para morte. Por quê?
11 Porque o pecado, tomando ocasião
pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.
12 E assim a lei [mosaica] é santa,
e o mandamento santo, justo e bom.
13 Logo tornou-se-me o bom em
morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em
mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse
excessivamente maligno.
O que é bom não vira ou traz morte,
mas já que Deus nos deu uma lei moral que fala para não matar (ou cobiçar,
furtar, adulterar, fornicar etc.), esses crimes ficam muito mais malignos do
que seriam se não houvesse essa lei divina.
14 Porque bem sabemos que a lei é
espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Paulo no versículo 9 falou que em
algum tempo vivia sem lei (homem natural, ignorante, que não compreende as
coisas do Espírito de Deus), mas quando teve contato com o mandamento, chama-se
de carnal, vendido sob o pecado. Compreendeu que a lei é espiritual, Paulo foi
parcialmente iluminado, é carnal, vendido sob o pecado.
15 Porque o que faço não o aprovo;
pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
Paulo não era o Paulo na velhice
que dizia “Sede meus imitadores, como eu de Cristo”, mas era o Paulo que queria
fazer o bem, mas não conseguia! – como éramos antes do novo nascimento – com
liberdade de escolha restaurada pela pregação da Palavra (quero fazer o bem) –
homem carnal em vez de homem natural – desejando o bem, mas não conseguindo
pratica-lo, pois não tínhamos a natureza de Cristo que supera a pecaminosa! Só
depois de nascer de novo que uma pessoa consegue fazer o verdadeiro bem (Hb
11.6) e ter uma consciência limpa diante de Deus.
Vale ressaltar que as pessoas
quando nascem (Rm 7.9) não buscam automaticamente a Deus, ou seja, não querem
fazer o bem diante de Deus ainda, pois não conhecem nada sobre as coisas de
Deus (o bem) se ninguém os evangelizar. É por isso que primeiro a pessoa nasce
ignorante e depravada, e somente depois que a Palavra é pregada para ela em
verdade ela tem a liberdade de escolha espiritual restaurada (como se Paulo
dissesse “quero o bem, quero ser salvo, mas não consigo fazer o bem”), Paulo
estava buscando a Deus para sua salvação (quero o bem que não faço)! Assim,
somente depois desse contato com a Palavra que a pessoa deseja o bem que vem de
Deus, como Paulo em Romanos 7.
Desejar o bem não consiste em nada
que possa salvá-lo, contudo. Somente está buscando a Deus, desejando o bem!
Deus é quem salva, Ele é o Salvador! Ele salva aqueles que sabem que não podem
se salvar (personagem “John Bunyan” em “Torchlighters”)!
16 E, se faço o que não quero,
consinto com a lei, que é boa.
A lei serve mesmo para condenar os
maus. A lei mosaica serve para condenar os pecadores. A lei é boa, pois
condenou a Paulo, quando era escravo do pecado, ou seja, não conseguia fazer o
bem que ele queria, só fazia o mal/pecado.
17 De maneira que agora já não sou
eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Realmente escravo do pecado.
18 Porque eu sei que em mim, isto
é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas
não consigo realizar o bem.
19 Porque não faço o bem que quero,
mas o mal que não quero esse faço.
20 Ora, se eu faço o que não quero,
já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
21 Acho então esta lei em mim, que,
quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Paulo é incapaz de com seu esforço
se livrar do pecado e do mal que reconhece ter.
22 Porque, segundo o homem
interior, tenho prazer na lei de Deus;
Como Paulo foi evangelizado pela
lei, confrontado pela lei mosaica que escancarou seu pecado, Paulo estava sob a
lei (perto de ser salvo): estando assim, ele quer ser salvo, tem prazer na lei
de Deus, mas Deus ainda não o salvou, pois leva tempo, convencimento,
livramento, amadurecimento, provisão, graça, enfim, ainda é escravo do pecado.
Quando for salvo não será mais escravo do pecado, será livre para a justiça.
23 Mas vejo nos meus membros outra
lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei
do pecado que está nos meus membros.
24 Miserável homem que eu sou! quem
me livrará do corpo desta morte?
25 Dou graças a Deus por Jesus
Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus,
mas com a carne à lei do pecado.
Paulo com a mente parcialmente
iluminada servia à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. Veja que isso
é antes de Paulo ser salvo, frisando, pois o final do versículo fala que Paulo
serve com a carne a lei do pecado, ou seja, Paulo nesse estado é servo do
pecado.
Esse é o mesmo estado das pessoas,
entre a depravação total (homem natural) e o novo nascimento (salvo): o homem
carnal, que já foi renovado pelo Senhor, que provou o dom celestial, que se
tornou participante do Espírito Santo, provou a boa palavra de Deus e os
poderes do século futuro (Hebreus 6.4-6).
Esse é o processo de conversão de
um crente, que pode levar anos até que a pessoa seja eficazmente e efetivamente
salva/justificada/regenerada pelo Senhor através da Palavra, ou perca a
oportunidade de salvação pela própria desobediência, oportunidade de salvação que
o Senhor lhe disponibilizara, ainda que Deus já saiba o futuro exaustivamente,
e saiba quem será salvo e quem não (Lembrai-vos das coisas passadas desde a
antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a
mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que
ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha
vontade. Isaías 46.9,10).
A pessoa, naturalmente, serve com a
mente serve à lei de Deus, mas com o corpo à lei do pecado. Essa é a explicação
do v. 25, mas, conforme Romanos 8 (ver capítulo todo depois), os que andam na
carne não são salvos, e os que andam no Espírito são os salvos, portanto
Romanos 7.25 (acima) fala obviamente de um estado antes de ser salvo, pelo qual
todos passamos, e Paulo se fez exemplo desse estágio para nos explicar como
funciona isso neste capítulo de Romanos 7.
Enfatizando, quem é salvo anda em
Espírito:
Romanos 8.9 Vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Romanos 8.14 Porque todos os que
são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Quem é de Cristo não anda na carne:
Gálatas 5.24 E os que são de Cristo
crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
16.
PERSEVERANÇA DOS SANTOS E EVIDÊNCIA BÍBLICA
Uma pessoa salva (uma vez que tem a
natureza de Cristo) é, por natureza, em geral, perseverante, vigilante,
obediente a Deus (1Jo 5.4 Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e
esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé), se arrependendo de todo
deslize, pelo Espírito que nela habita, que sempre a constrangerá para
arrependimento. Quem deixa a fé que tem (não-salvífica, crendo temporariamente
cf. Lucas 8.13), ou se não houver arrependimento; e quem deixa o "caminho
da salvação" mostra que não alcançou a verdadeira salvação, não sendo um
salvo (entende-se por salvo o cristão que é perseverante, pois todo nascido de
novo tem o seu fruto em perseverança cf. Lucas 8.15, é vigilante, justificado
pela fé, regenerado pelo Espírito e que anda em santidade contínua), e não
provou que Deus é bom, pois sua graça constrange a todo o homem. Devemos
repreender o jargão infeliz "uma vez salvo, sempre salvo", que, embora
correto, fica implícito nessa frase que o homem poderia fazer o que quiser
(ainda que isto não correspondesse à vontade de Deus), e ainda morrer no
pecado, e não ‘perderia a salvação’. A realidade da Escritura é que o salvo, em geral, persevera, vigia, é obediente, não faz o que
quer, mas o salvo pratica a vontade de Deus e não permanece no
pecado nem o pratica continuamente, nem morre no pecado (1Jo 3.9 Qualquer que é
nascido de Deus não permanece no pecado, 1Jo 3.6 Qualquer que permanece no
pecado não o viu nem o conheceu).
Aquele que permanece no pecado
(apostata ou peca continuamente) não viu, nem conheceu Jesus, pois não é
nascido de Deus. O que indica que não é uma salvação que foi perdida, como se
tivesse conhecido Jesus anteriormente, antes de o deixar. Mas a realidade é que
nunca o viu, nem o conheceu; a realidade é que nunca foi salvo, pois não
praticou o fruto do Espírito, fruto perfeito. ‘Nunca vos conheci, apartai-vos
de mim, vós que praticais a maldade’ (Mt 7).
A)
Uma
árvore boa sempre dá bons frutos (Mt 7.16-19). Está dando espinhos? Você não é
uma macieira, ou uma jabuticabeira, mas um espinheiro! Não é nascido de novo se
permanece dando maus frutos!
B)
Romanos
8.14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de
Deus. Esse verso nos mostra que somos filhos de Deus, nascidos de novo tão
somente se estivermos guiados pelo Espírito de Deus. Não adianta achar que é
filho de Deus adotivo por Cristo se permanecerdes nos seus pecados ou se fizer
continuamente a vontade da carne com suas paixões.
C)
Jeremias
32 fala da nova aliança, em que Deus vela pela preservação da nossa salvação:
Jr 32.38 E eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus; 39 E lhes darei
um mesmo coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu
bem, e o bem de seus filhos, depois deles. 40 E farei com eles uma aliança
eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus
corações, para que nunca se apartem de mim.
D)
João
10 nos mostra que as ovelhas de Jesus ouvem a Sua voz, ou seja, o seguem
(inclui-se nisso o ato de evitar o pecado). Jesus lhes dá a vida eterna, como
Ele é a vida, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da Sua mão. Será
que esse verso não é convincente o suficiente? Ninguém arrebatará o salvo da
mão de Cristo. Ninguém também arrebatará o salvo da mão do Pai: Meu Pai, que
mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.
João 10.27-29.
E)
Romanos
8.31-39 fala que nada, nada, nada poderá nos separar do amor de Deus que está
em Cristo Jesus. Mas a própria Bíblia não fala que o pecado separa o homem de
Deus? Sim, porém, para o nascido de novo (novo homem) o domínio permanente do
velho homem é passado, as primeiras coisas são passadas, e até o pecado como
senhor é ‘coisa passada’ para o nascido de novo (1Jo 3.6-9), isto é, o pecado
junto com a natureza pecaminosa é controlado e suprimido pelo Espírito Santo,
que faz com que o salvo não viva pecando continuamente!
F)
Em
2Co 10.4-5 (Porque as armas da nossa milícia não são carnais, [...] e levando
cativo todo o entendimento à obediência de Cristo), Paulo dá a entender que o
servo, com suas armas espirituais, possui (ou deve possuir) todo o entendimento
e obediência cativos em Cristo! Se nós queremos fazer o que quisermos, se isso
não corresponder à vontade de Deus, não somos servos de Deus. O servo de Deus é
livre do pecado (Jo 8.34-36), mas não livre para fazer o que bem entender
(carne), pois é cativo de Cristo pelo Espírito! Assim, um salvo não é livre
para pecar ou para apostatar da fé.
G)
João
8 mostra que os filhos fazem o que fazem os pais (filho de Deus agrada a Deus,
filho do diabo agrada ao diabo, filho de Abraão faz as obras de Abraão);
João 8:38 Eu falo do que vi junto de meu Pai,
e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. 39
Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se
fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. 40 Mas agora
procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem
ouvido; Abraão não fez isto. 41 Vós fazeis as obras de vosso pai.
Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é
Deus. 42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me
amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me
enviou. 43 Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a
minha palavra. 44 Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os
desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou
na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que
lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
Desta maneira, salvo faz, em geral, a vontade de Deus.
Ímpio faz, em geral, a vontade do diabo. Por isso, o salvo é cativo de Cristo,
constrangido pelo Espírito, e não pode apostatar da fé, porque Deus o guarda e
há um amor mútuo entre Deus e o salvo, e entre o salvo e Deus.
H)
Romanos
8.30: E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes
também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Esse verso
nos afirma que todos os que Deus escolheu antes da fundação do mundo ele chamou
em vida. Todos esses que chamou em vida, segundo o propósito (ver Rm 8.28b),
também justificou pela fé. E todos esses que Deus elegeu, todos esses que Deus
chamou segundo seu propósito, e todos esses que Deus justificou também serão
glorificados na vinda de Cristo. Portanto, se você é justificado / regenerado,
você é salvo. Se é salvo hoje (nascido de novo), será salvo (glorificado –
salvação final) na vinda de Cristo. O salvo não deve temer não subir na vinda
de Cristo, pois o salvo com certeza subirá na vinda de Cristo.
I)
1Co
3:8b em diante é mais uma evidência da perseverança dos santos.
“[...]. Mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu
trabalho. 9 Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e
edifício de Deus. 10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como
sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como
edifica sobre ele. 11 Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já
está posto, o qual é Jesus Cristo. 12 E, se alguém sobre este fundamento formar
um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 A obra
de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será
descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14 Se a obra que
alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. 15 Se a obra de
alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo
fogo.”
Os salvos são edifício de Deus, e nesta construção o
fundamento, que é a base, é Cristo, e edificam (constroem) sobre ele com as
obras. Os salvos fiéis durante toda sua vida de cristãos constroem o seu
edifício, em geral, com ouro, pedras preciosas e prata: esse edifício
permanecerá de pé sob o fogo e o salvo receberá recompensa eterna, um grande
galardão no céu. Os salvos não tão fiéis assim durante toda sua vida (como
Davi, que sendo salvo (embora não nascido de novo pela nova aliança) pecou e
sofreu juízo de Deus por todo o resto de sua vida) constroem o seu edifício em
parte com materiais nobres e em parte com madeira, feno ou palha: esses
sofrerão detrimento (dano, perda) de parte do seu edifício e galardão. Na
realidade, mesmo que um nascido de novo tenha muitas falhas, ele, por causa do
fundamento, que é Cristo, ainda irá para o gozo eterno, onde não terá mais
choro, dor, tristeza, e onde estará com o Senhor. Portanto, ainda que não
receba recompensa ou galardão por algo feito na terra, o nascido de novo, se
realmente for um nascido de novo, e não um descrente aventureiro na fé ou
domesticado do pecado achando ser cristão verdadeiro, será repreendido no
tribunal de Cristo/juízo, porém verá a face de Deus em alegria na glória. Por
Cristo e em Cristo todos os justificados serão glorificados.
17.
APOSTASIA
A Bíblia diz explicitamente que é possível perder a graça,
fé e o Espírito. Acerca disto:
1 Tessalonicenses 5:19 “Não extingais o Espírito.”
Gálatas 5:4 “Separados estais de Cristo, vós que vos
justificais pela lei; da graça tendes caído.”
1 Timóteo 4:1 “Mas o Espírito expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores…”
Acerca destes:
1João 2.19 “Saíram de nós, mas não eram de nós;
porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse
que não são todos de nós.”
Com a graça, a fé e o Espírito o crente tem contato antes
de ser salvo. Não existe na Bíblia, entretanto, expressão alguma falando que
“perderam a salvação / adoção / regeneração / justificação / eleição /
glorificação etc.. Duvida? Procure com esses termos.
Perderam a graça, fé e o Espírito (antes do novo
nascimento): trabalhemos melhor esse ponto.
É possível segundo a Bíblia que uma pessoa apostate da fé
(como a parábola do semeador de Lucas 8.13 diz, crendo/acreditando
temporariamente). É possível apostatar (Hebreus 6.4-6; 10.26-31) da fé não
salvadora, como apenas acreditar sem confiar, uma vez que esta fé inicial iria
levar ela gradativamente, crescendo de fé em fé (Rm 1.17), pela graça de Deus, pelo
contato com a Palavra, até uma fé justificadora, a ser um verdadeiro salvo em
Cristo, mas isso não se tornou uma realidade na vida da pessoa por culpa dela.
O pecado para morte, imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo, a
apostasia, “é cometida quando qualquer homem, com determinada malícia,
resiste à verdade divina, ou seja, a verdade contida no Evangelho – contra a fé
em Cristo e a conversão a Deus. Portanto, o tipo de pecado é uma repulsa e
rejeição a Cristo, em oposição à consciência” (Armínio, Jacó, Obras de
Armínio, 2015).
Acerca disso, a Bíblia não diz: “(des)nasceram”
(perderam/anularam o novo nascimento); “perderam a justificação” (pelo
contrário, Rm 8:28-30 fala que os que justificou, glorificou); não há na
Biblia: “não são mais filhos de Deus”, “perderam a adoção”, “filhos
abandonados” (obs. filhos bastardos de Hebreus são os ‘crentes’ carnais, filhos
de Deus apenas por criação, que não aceitam a disciplina de Deus); não há na
Bíblia “perderam a salvação” (escrito assim), etc.: “perderam a eleição”,
“perderam a glorificação”, “não mais serão glorificados”... etc.
Portanto, amados irmãos, pode acreditar, como Cristo
ressuscitou dos mortos, a justificação é eterna. A adoção é eterna. A
regeneração é eterna. A Bíblia prova que não se perde salvação / regeneração /
justificação / adoção / glorificação / eleição.
Ainda que não acreditem nas linhas teológicas humanas,
fiquem com a Bíblia, ainda mais com o que ela diz explicitamente e muitas
vezes!
As exortações, admoestações e repreensões bíblicas são
verdadeiras: vigiai e orai para que não caiam em erro.
Todo aquele que vive pecando (sem arrependimento e sem
perseverança) não o viu nem o conheceu (Jesus), 1Jo 3.6,9: precisa de
conversão. Não há licença para pecar, somos escravos de Cristo, e não livres
para fazermos o que quisermos. Somos livres para praticar a justiça.
18.
A IGREJA, CORPO DE CRISTO
A Igreja Universal de Jesus (Hb 12.23, Ef 5.25) é, num
sentido mais amplo, a união dos salvos de todos os tempos e épocas (incluindo
judeus e gentios crentes), no Céu e na terra, o Corpo de Cristo (Ef 5.23, Cl
1.18, 1Co 12.27). A Igreja num sentido mais específico teve início na
celebração de Pentecostes (1Coríntios
12.13 cf. Atos 2.38-39) e
compreende os salvos do Novo Testamento. Os salvos do Antigo Testamento, eram
sim povo de Deus, estavam num casamento/noivado com Deus, mas não eram chamados
de Igreja, mas Israel (Jeremias 2.2-3 Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém,
dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, e
do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se
semeava. Então Israel era santidade para o Senhor, e as primícias da sua
novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre
eles, diz o Senhor).
A
Igreja é atualmente a noiva do Cordeiro (Efésios 5.25), futura esposa do
Cordeiro (esposa Apocalipse 21.9, identificada com a nova Jerusalém cf.
Apocalipse 21.2,9-10) na glória sem ruga nem mácula (Ef 5.25-27, especialmente
5.27), composta dos crentes, sim, imperfeitos e pecadores na Terra, mas aos
olhos de Deus, se justificados, sem defeito ou culpa, pois Cristo é nossa
justiça. De acordo com John Bunyan (Graça Abundante para o Principal dos
Pecadores, Vida, 2013), “...não era a boa atitude do meu coração que tornava
melhor a minha justiça, nem a minha má atitude que a tornava pior, pois a minha
justiça era o próprio Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre”
(Hebreus 13.8).
A
Igreja, que é o novo Israel de Deus (pela fé), substituiu Israel (com seus
moldes do Antigo Testamento) na nova aliança (significa que Deus trata Israel
no período do Novo Testamento (que se inicia com a
ressurreição de Cristo e termina na eternidade) da mesma maneira que trata
a Igreja do Novo Testamento). Mateus 21.43 Portanto, eu vos digo que o reino
de Deus vos será tirado [Israel na antiga aliança], e será dado a uma
nação que dê os seus frutos [judeus e gentios crentes: Igreja].
1Pedro
2.9,10 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas
agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora
alcançastes misericórdia;
Os crentes devem se reunir regularmente na igreja local,
congregação ou templo (Hb 10.25), em forma de culto racional (Rm 12.1) para,
principalmente, adoração a Deus, evangelização e edificação dos santos.
A salvação é espiritual, não denominacional; não há igreja
visível que a abrigue sozinha, mas é de um só Caminho que leva ao céu (Jo
14.6), Jesus Cristo.
“Mesmo
as igrejas mais puras sobre a terra estão sujeitas a erros doutrinários e a
comprometimentos. Algumas se degeneraram tanto, que deixaram de ser Igrejas de
Cristo, e passaram a ser sinagogas de Satanás.” (Confissão de Fé Batista
de 1689).
A
Igreja está intimamente ligada ao Reino de Deus ou dos Céus, pois é formada de
salvos que são reis e sacerdotes no Reino de Deus, cujo Rei dos Reis e sumo
sacerdote é Jesus. O Reino de Deus ou dos céus (são sinônimos) é mais amplo que
a Igreja, é o Reino em que Deus (quero dizer, a Trindade toda) é o (sumo) Rei,
Senhor e Governador sobre tudo e todos, e governa tudo e todos com justiça e
amor. Apesar de tamanha grandeza, Cristo nos fez assentar com Ele em seu reino,
que se inicia desde essa vida como filhos adotados até a eternidade (onde
entraremos em seu Reino Eterno na glória).
A
Igreja é o Corpo de Cristo, que tem muitos membros (eu e você, por exemplo),
mas que é Igreja / assembleia / comunidade / reunião de pessoas com mesmo
propósito (e não pessoas isoladas), conforme o significado original na
Escritura a partir das línguas originais.
Por
isso, eu não sou Igreja sozinho, você não é Igreja sozinho. Eu não sou Igreja,
mas faço parte da Igreja. Você não é Igreja, mas faz parte da Igreja. Não se
diz: "Sou Igreja”, mas: “Somos Igreja."
Não
existe ser Igreja sem os irmãos em Cristo (“Não deixando nossa mútua
congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Hebreus
10:25).
Mesmo
assim, a Bíblia declara que tanto individualmente como coletivamente somos
templo do Espírito Santo, habitação de Deus. Enfatizando, nossos corpos,
individualmente, também são templo ou habitação do Espírito.
Deus
nos chamou, ao fazer parte de uma comunidade de fé, para suportar os outros,
para amar os outros, para carregar o fardo uns dos outros, para ensinar os
outros, para sermos admoestados e ensinados pelos outros, para crescermos
juntos para parecemos mais com Cristo já nesta Terra e até chegarmos a ser conforme
a plena imagem de Deus no Céu: até sermos como Jesus Cristo na glória de Deus
Triuno.
Para
isso, precisamos uns dos outros, e não só de Deus: pessoas também precisam de
outras pessoas. Não somos seres humanos isolados, mas como disse Bavinck (2012,
Teologia Dogmática), “Cada pessoa é um membro orgânico da humanidade como um
todo e, ao mesmo tempo, nesse todo, ocupa um lugar independente, preservando a
unidade orgânica (física e moral) da humanidade, além de respeitar o mistério
da personalidade individual. Deste modo, os seres humanos não são espécies
[como animais], nem são indivíduos isolados como os anjos, mas são parte de um
todo e também são indivíduos: pedras vivas do templo de Deus (1Pe 2.5).”
Se
um ser humano sofre, o outro sofre também. Estamos ligados, a humanidade é uma
unidade orgânica, não somos indivíduos isolados, um é parente distante do
outro, o que não ocorre com os animais, que foram criados por tipos (Gn 1), nem
com os anjos, que são assexuados cf. Mateus 22.30.
Assim,
nos relacionando com Deus e uns com os outros, família, Igreja, amigos,
colegas, conhecidos, vizinhos etc. cresceremos em sabedoria, graça, comunidade
e no favor do Senhor:
E
não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios
Deus se agrada. (Hebreus 13:16).
19.
O BATISMO E A CEIA DO SENHOR
Há dois sacramentos para a Igreja ordenados por Cristo: o
Batismo e a Ceia. Não consideramos o batismo e ceia simplesmente ordenanças, ou
que apenas possuem aparência exterior, mas sacramentos, pelos quais o fiel é
certamente abençoado e agraciado pelo Senhor continuamente em obediência ao
mandamento (e não pelo sacramento por ele mesmo).
O batismo simboliza o início da caminhada cristã, e a ceia
do Senhor a permanência na caminhada cristã, mas nem o batismo nem a ceia
salvam (somos salvos pela fé, não por boas obras como o batismo ou ceia),
todavia o batismo e a ceia renovam o cristão interiormente, especialmente pela
presença verdadeira, mas espiritual de Cristo na Ceia do Senhor conforme as
Escrituras (Jo 6.58, 6.55).
“Nenhum dos quais [batismo e ceia] pode ser administrado
senão por um ministro da Palavra, legalmente ordenado. Mt 28.19; 1Co 11.20,23;
4.1; Hb 5.4.” (Confissão de Fé de Westminster)
O método batismal mais adequado biblicamente, sem
querer fazer disso uma “completa divisão de águas”, é a imersão completa
(conforme Mt 3.6, Mt 3.16 saiu logo da água) uma só vez na vida se
ministrado corretamente (cf. Efésios 4.5), com imposição de mãos (Hb 6.2), em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, (Mt 28.19) sob a autoridade do
Senhor Jesus (At 19.5).
A Bíblia não ensina o batismo de bebês (como um batismo sem
receber a palavra pregada e consequentemente sem fé), mas sempre associa o
batismo à fé, a crer, inclusive quando toda a casa foi batizada. Exemplo:
Atos 16.30-34: “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é
necessário que eu faça para ser salvo? E eles disseram: Crê no Senhor
Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregavam a
palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os
ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi
batizado, ele e todos os seus. E, levando-os à sua casa, lhes pôs
a mesa; e alegrou-se de que com toda a sua casa havia crido em Deus.”
Quem se batiza e participa da ceia indignamente o faz para
sua própria condenação cf. 1Co 11.27-30 (sim, inclui-se nisto o batismo – quem
o faz indignamente despreza o mandamento), mas quem se batiza e ceia de acordo
com o que instruiu o Senhor Jesus e o apóstolo Paulo nas Escrituras certamente
é abençoado e renovado (bênção da Ceia: 1Co 10.16, Lc 22.19-20; bênção do
batismo: Gálatas 3.27 e 1Pedro 3.21).
A ceia, além de nutrir um relacionamento íntimo com Cristo
pela fé, é fruto de comunhão e união da Igreja, dos membros do corpo de Cristo
(1Co 10.16 Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é
a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura
a comunhão do corpo de Cristo?).
Além disso, pela Ceia declaramos que continuaremos tomando
a Ceia nos novos céus e na nova terra, na festa de casamento da Igreja com
Cristo no Reino de Deus:
Mateus 26.29 E digo-vos que, desde agora, não beberei
deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu
Pai.
Apocalipse 19.7,9 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e
demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se
aprontou. [...] E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de
Deus.
20.
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO, O JUÍZO FINAL E A ETERNIDADE
Jesus voltará em glória a essa Terra como Ele prometeu
(Mateus 25.31-46, Apocalipse 22.12-17,20), e isso será da mesma maneira como
Ele ascendeu aos céus, isto é, não num cavalo, mas pessoalmente em glória com
seus santos anjos (Atos 1.11).
1Tessalonicenses 4.16-17 fala sobre a vinda do Senhor
Jesus na Terra, a Segunda Vinda: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor.”
Os santos mortos ressuscitarão com novos corpos (e os vivos
apenas serão transformados), de matéria espiritual e glorificada, corpos que
nada mais eram do que pó (Gênesis 2.7, 3.19), mas o poder de Deus os
vivificará, e transformará esse pó em corpos incorruptíveis, perfeitos,
saudáveis e eternos (conforme 1Coríntios 15), com os quais reinaremos, sendo
literalmente reis com Deus e com Cristo para sempre no novo Universo (novos
céus e nova terra): reinarão em vida, reinarão para todo o sempre cf. Rm
5.17 e Ap 22.5. Após a vinda do Senhor brilharemos como as estrelas sempre e
eternamente (Daniel 12.2-3).
Quando Jesus voltar ressuscitará fisicamente a todas as
pessoas da história: ímpios e justos (João 5.29), e os atrairá a Ele. Ele fará
uma solene separação. Os céus e a terra serão enrolados como um rolo de um
livro e fugirão da presença Daquele que É (Apocalipse 20.11, Êxodo 3.14 LXX).
Os ímpios/bodes estarão à esquerda e os salvos/justificados/ovelhas à direita.
Será aberto um livro (livro das obras) com as obras de todos os homens e anjos
caídos, que serão julgados por suas obras. Aquele que não estiver com o nome
escrito no livro da vida do Cordeiro (que é outro livro, livro da vida), será
condenado eternamente ao lago de fogo (inferno eterno) e de modo justo e
imparcial, com castigo proporcional ao pecado que cometeu durante sua vida,
testificado pela sua consciência, contra o único Deus eterno, justo, vivo e
santo (Mateus 25.31-46, Apocalipse 20.11-15).
Aquele que foi justificado em sua vida terrena, ou seja,
declarado justo, já foi na Terra declarado inocente frente a esse tribunal ou
julgamento (Romanos 8.1), visto que a nossa justiça é Cristo, a nossa justiça é
o próprio Senhor Jesus, ou seja, o nosso mérito é o que foi conquistado por
Cristo em sua vida e morte, pois morreu em nosso lugar, em um sacrifício
consumado de uma vez por todas no tempo e no espaço, como substituto da nossa
pena, pois o nosso pecado foi cravado na Cruz e Cristo sofreu a pena de morte
que cada um de nós merecia (Isaías 53), fazendo-nos livres e inocentes perante
o juízo final (vivendo, frente a esse julgamento, em paz desde essa Terra cf.
Romanos 5.1), por isso iremos à vida eterna (Rm 6.23), também chamada de glória
eterna.
Os ímpios receberão galardão (recompensa) da injustiça (2Pe
2.13) por suas obras em vida (com níveis de condenação conforme a luz recebida
e conforme a gravidade dos crimes contra a lei de Deus cometidos cf. Lucas
12.47-48), e os justos, se fiéis, galardão (recompensa) do Senhor conforme
1Coríntios 3, caso tenham edificado sobre o fundamento que é Cristo com boas
obras.
Deixo um incentivo e advertência para o salvo continuar
praticando boas obras pelo Espírito: 2João 1.8 Olhai por vós mesmos, para que não
percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão.
Um novo Universo será criado, uma nova criação, dimensão
separada do lago de fogo cf. Apocalipse 21.27 (pois nos novos céus e nova terra
não haverá mais morte cf. Ap 21.4), onde habitaremos com Deus, com Cristo e com
o Espírito, como herdeiros de Deus Pai e coerdeiros de Cristo sobre todas as
coisas que existirão, e estaremos em júbilo, alegria, vida eterna, nos
relacionando com a Trindade face a face, reinando eternamente com Cristo sobre
os novos céus e nova terra, em uma nova realidade, conhecendo e prosseguindo em
conhecer e nos aproximarmos de Yahweh (Êxodo 3.14-15), o Eu Sou, que é a
própria realidade absoluta (cf. seu Nome) regida por amor e que permanece
eternamente em amor (cf. 1João 4).
Deixo-vos um incentivo ao amor e ao serviço em humildade:
Mateus 25.34-40 “Então dirá o Rei aos que estiverem à
sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de
comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu,
e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome,
e te demos de comer? Ou com sede, e te demos
de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou
nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e
fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo
que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a
mim o fizestes.”
Amém
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