quinta-feira, 16 de maio de 2024

O Cristão e o Preconceito - Um Estudo

O Cristão e o Preconceito, um Estudo

(talvez depois vire um livreto, não sei)

Roberto Fiedler Rossi

Versão de 17 de Maio de 2024

 

 

 

Prefácio

Queridos leitores, neste estudo pretende-se esclarecer e colocar algumas coisas em ordem:

O crente ou cristão deve ser separado das práticas mundanas sim, mas para isso será que devemos deixar de ter contato com pessoas de outras religiões e de outras práticas que nos rodeiam? Devemos, em nossa mente, como falava Davi, nos separarmos desses “incircuncisos filisteus”, ou, como mostrava Jesus na Terra, estarmos no meio de todos e todas, inclusive de pecadores não arrependidos?

 

Introdução

A Bíblia é fascinante, e é a inspirada Palavra de Deus. Ela abrange períodos distintos da humanidade, como o estado original no Éden, a civilização avançada antediluviana, pós-dilúvio (antiguidade) com os semitas, passando pela Mesopotâmia e pelo Egito antigo, Hebreus (posteriormente chamados de judeus, com os quais Deus fez uma aliança) e povos da região, impérios da Assíria, Babilônico, Medos e Persas, Grego/Macedônico e Romanos (durante o qual veio o Novo Testamento, e a nova aliança), e o Reino de Deus, fundado por Cristo, Reino Universal que depois destronou o Romano.

Hoje, no século 21, lemos a Bíblia e, curiosamente, alguns cristãos não sabem quais mandamentos obedecer, ou seja, se de toda a Bíblia (imitando exemplos do antigo e do novo testamentos, como Davi através dos Salmos e Jesus, através dos evangelhos), se apenas o Novo Testamento (sob o qual a inspiração e revelação chegou ao auge), ou outro esquema.

Por exemplo, em Mateus 5.43 Jesus cita o que era feito no antigo testamento: “Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.”

Davi diversas vezes fala nos Salmos do ódio que sentia pelos que odiavam o Senhor.

É isso modelo para nós hoje?

 

Cap. 1 – Mandamentos da Nova Aliança

Respondendo, claro que não.

Deus nunca ordenou que alguém odiasse quem odeia o Senhor, ou quem o odeia.

MAS, a moral de Deus não muda, portanto tudo o que Deus mandou obedecer (mandamentos) com respeito à moral, inclusive no Antigo Testamento, hoje devemos obedecer.

E, como estamos na Nova Aliança, tudo o que se diz no Novo Testamento para obedecer, que não seja baseado na cultura da época (como o véu, o ósculo e o lava-pés), pois a cultura muda, devemos obedecer.

Mas nenhum cristão deve obedecer atualmente mandamento algum do Antigo Testamento que seja referente à lei civil e cerimonial dada a Moisés, pois eram apenas para aquela época antiga, e para Israel na antiga aliança: Jesus os cumpriu perfeitamente e os aboliu, pois eram sombras e tipos do que viria no futuro, sombras e tipos das coisas celestes, da nova aliança.

O que ocorre é que Jesus, na nova aliança, mudou algumas práticas e aperfeiçoou a lei mosaica, nos dando a lei do reino de Deus no sermão da montanha (Mateus 5-7):

Se antigamente o pecado era matar e adulterar, hoje Jesus disse que quem odeia também está matando, e quem olha cobiçando (ex. desejo ilícito aprovado) já está adulterando!

Se antigamente o costume era jurar em nome do Senhor, Jesus disse para nunca mais fazermos tal, pois o homem não consegue sempre cumprir seus juramentos;

Se antigamente o costume era amar os que nos amam, Jesus disse que isso era costume dos publicanos, que não conheciam a Deus, e os filhos de Deus devem amar também aos que não os amam!

Sobre esse último tópico continuaremos nosso raciocínio.

 

Cap. 2 – Billy Graham (Billy Graham Responde, 2012, CPAD) explica como Jesus transformou o conceito de amor de uma vez por todas:

Amor

Antes que as Boas-Novas de Jesus Cristo chegassem ao cenário humano [exemplo, época de Davi, colchetes meus], a palavra amor era interpretada principalmente em termos de cada um buscar o próprio benefício. Amar os desagradáveis e difíceis de amar era algo incompreensível. Um Deus amoroso que se inclinava para alcançar seres humanos pecadores era algo inimaginável.

Os autores do Novo Testamento escolheram uma palavra grega pouco usada para expressar o amor, ágape, para expressar o que Deus desejava revelar sobre si mesmo em Cristo, e como Ele desejava que os cristãos se relacionassem uns com os outros: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3.16, ARA).

Este novo vínculo de amor recebeu a sua mais completa expressão no Calvário. Os redimidos pela morte de Cristo seriam capazes de alcançar Deus, e uns aos outros, em uma dimensão nunca antes entendida ou vivenciada. Ágape seria agora o “caminho ainda mais excelente” para a vida (1 Co 12.31). Esse novo tipo de amor rapidamente se tornou a característica que distinguiria a Igreja Primitiva. Jesus havia dito: “Um novo mandamento vos dou... como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).

Mas, com o passar dos anos, grande parte da verdadeira força de ágape desapareceu. A igreja de hoje está na posição de ter que redescobrir o seu significado. Ágape não é um mero sentimento: o amor adormecido ou inativo é impotente. O amor só é dinâmico quando ama a Deus ativamente, da mesma maneira como Ele nos amou; somente quando ele emerge, irrestrito e desimpedido – o amor por irmãos, irmãs, vizinhos e o mundo pelo qual Cristo morreu (1 Jo 4.10-12; 2 Co 5.14).

No plano humano, como no divino, o amor diz: “Eu respeito você. Eu me interesso por você. Sou responsável por você”.

Eu respeito você: Vejo você como você é, um indivíduo singular – como todos nós somos. Eu o aceito como você é, e permitirei que se desenvolva da maneira como Deus lhe propõe. Não vou explorá-lo para meu próprio benefício. Tentarei conhece-lo tão bem quanto eu puder, porque sei que a comunicação e o conhecimento aumentarão o meu respeito por você.

Eu me interesso por você: O que acontece com você me interessa. Eu me preocupo com a sua vida e crescimento. Desejo promover os seus interesses, ainda que isso signifique sacrificar os meus próprios.

Sou responsável por você: Eu lhe responderei, não por um sentimento de dever, mas voluntariamente. As suas necessidades espirituais me levarão a orar por você. Eu o protegerei, mas evitarei a superproteção. Irei corrigi-lo com amor, mas tentarei não corrigir em excesso. Não encontrarei nenhum prazer em suas fraquezas ou fracassos, e não me lembrarei de nenhum deles. Pela graça de Deus, serei paciente e não falharei com você (1 Co 13).

Nós entendemos o amor de Deus somente quando respondemos a ele, em Cristo. O mais importante momento na vida de qualquer indivíduo é o momento da decisão de receber esse amor que não merecemos e ao qual não temos direito, pelo qual aprendemos a amá-lo e transmitir o seu amor aos outros.

“... Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.8-10, ARA).

 

Cap. 3 – O Trato de Deus com um Salvo da Antiga Aliança era o mesmo do Trato de Deus conosco, na Nova Aliança?

Na antiga aliança Deus nos deu Sua lei, e ainda disse (com minhas palavras): “Maldito todo o homem que não viver por estas coisas, e não obedecê-las...” Se alguém cometer algum deslize podia facilmente ser morto. E se alguém cometer algum pecado horrendo, sua família inteira podia ser condenada e morta. Nessa aliança Deus disse: “Escolhe a bênção ou a maldição...”. E costumeiramente as pessoas eram abençoadas ou amaldiçoadas pela obediência às leis, no caso, leis divinas. Como Israel foi desobediente, toda a maldição da lei de Deuteronômio 28 caiu a ele: primeiro com o reino do norte com a Assíria, e depois com Judá no sul pelos babilônios, e depois toda a nação caiu em 70 d.C. conforme previu Jesus. Só recentemente está se reerguendo, mas agora no regime da nova aliança.

Na nova aliança, Jesus se fez maldição por nós, em nosso lugar! Aquele que está em Cristo é abençoado, e não está mais sob maldição! Aquele, entretanto, que não está em Cristo, está sob a maldição da lei mosaica, da qual não falarei propriamente aqui. Quem está em Cristo, aquele que é de Deus, que por natureza é obediente (1Jo 3, vivendo uma vida de arrependimento), o maligno não lhe toca (1Jo 5), nenhuma condenação há para aquele que está em Cristo!

Então, Deus não trata da mesma maneira uma pessoa agora na nova aliança do que uma pessoa na antiga aliança, pois o mundo era outro, as pessoas eram outras, a cultura era outra, e os mandamentos eram outros!

E por que estou falando tudo isso?

É porque eis que alguns, que leem muito o Antigo Testamento (mas não entendem o Novo) não se relacionam, não tem contato com pessoas de outras religiões ou práticas (ou até igrejas e linhas teológicas) achando que Deus os amaldiçoará! Achando que estão dando brecha ao diabo! Achando que só tem que ter contato com família de sangue e irmãos na fé (e alguns, pior, desprezam a sua própria família)! Achando que Deus vai cobrar! – Mas é mentira! Não somos como Davi e os de outra religião como Golias! Nosso modelo e exemplo é Jesus, que se relacionava com todos! Estamos na Nova Aliança, e não na Antiga! Assim, não seremos amaldiçoados, nem abriremos brechas, nem Deus vai cobrar se tivermos um mínimo contato com algumas pessoas de outras práticas. Não devemos odiar a ninguém, mas amar o próximo! Tenhamos como bom exemplo os piedosos missionários do Senhor em países com perseguição que, apanhando, não blasfemam nem amaldiçoam, mas abençoam e evangelizam, como fez Jesus e Estêvão na morte: “Perdoa-lhes, Pai, pois não sabem o que fazem”!

 

Conclusão - “Amai a vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem”

O verdadeiro cristão, se obediente, e se entende a Palavra, não deve se isolar numa redoma ou aquário de peixinhos do seu tipo, nem numa panelinha, nem o calvinista despreze o arminiano, mas amemo-nos uns aos outros, usando-se de comunicação (contato) e beneficência (fazer bem), pois com tais sacrifícios Deus se agrada (cf. Hebreus 13.16). Se alguém, ainda que seja pastor, te diz para fazer isso – se isolar – ignore-o pois é ignorante da Palavra: fique com a Bíblia, ela diz a verdade!

Não deve, realmente, o salvo ter amizades íntimas com aquele que pratica o mal, mas devemos sempre ter contato (como por exemplo. cumprimentar, conversar) com aqueles que estão ao nosso redor, como conhecidos, vizinhos, colegas de trabalho, escola, faculdade, não importa de qual religião, filosofia, ideologia ou prática sexual eles são – às vezes nem pergunte – pois mesmo que for satanista, não perca a oportunidade e fale de Jesus quando Deus preparar!

O salvo nunca deve desprezar a família de sangue (com a qual deve ter um relacionamento mais íntimo e profundo), tampouco a família de irmãos na fé. Mas deve saber que Deus encerrou a todos na desobediência para com todos exercer misericórdia cf. Romanos 11, ou seja, você não é melhor do que o ímpio por ser salvo, pois um dia você também era filho das trevas, como foi também Paulo! Se você tem algum bem e alguma virtude hoje, isso veio da Graça, do Favor Imerecido de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo!

Não importa se aquela pessoa próxima de você é de alguma religião oriental, ou espírita, ou islâmica, ou ateia, ou religião ocultista. Não importa se é de uma panelinha do cristianismo que não é a sua. Importa é que você deve dar bom testemunho com sua vida e com suas palavras, testemunho de Jesus Cristo (Apocalipse 1.2, 1.9, 12.18., 19.10, 20.4)! Isso se você já tem Jesus Cristo na sua vida.

Tem pessoas das quais realmente devemos nos afastar, pois influenciam-nos para o mal e nos fazem pecar. Disso Deus não se agrada. Mas não são dessas que estou me referindo. O cristão não deve ser influenciado nem conformado com o mundo (não deve tomar a forma do mundo), mas ser um influenciador de Jesus Cristo, ESPECIALMENTE com seu testemunho de vida, sem acepção de pessoas, mas respeitando a todos!

Se você se isola, como poderia evangelizar ou ser exemplo para outros? Como poderia Deus te usar para falar com alguém que tem sede de Deus e está desesperado e perdido no mundo, pensando em como a vida dele não faz sentido, naquele instante, do teu mesmo lado?

Não, não é para você frequentar o local da prática antibíblica dele, da religião, ideologia, prática ou filosofia dele (pois isso seria pecado), mas, por exemplo, se você está na sua vizinhança, como poderia ter inimizade com algum vizinho se o mandamento é “se possível, tende paz com todos os homens”? Como poderia esquecer-se de que, se Deus realmente te tocar naquela hora para falar algo, você vai realmente deixar de lado teu preconceito e ter que falar? Você vai ter que amar! Vai ter que compartilhar teu tesouro na hora em que Deus te tocar, pois eis que quando Deus toca, o milagre acontece! Não é para jogar “pérolas aos porcos” (evangelizar excessivamente sem o Espírito), mas sim, quando Deus cobrar de você e chegar sua hora, dar o Testemunho de Jesus Cristo (Apocalipse 1.2, 1.9, 12.18., 19.10, 20.4) custe o que custar!

Importa viver pelo Senhor e morrer pelo Senhor, mas que seja em obediência! Se pelo nome de Jesus Cristo sofreis, bem-aventurados sois (o mundo não entende como é isso)! Quão felizes são os que são de Cristo, que sofrem com Ele! E: Que amam como Ele ama!

Ele nos ensinou o amor verdadeiro, e não o preconceito! Ele nos ensinou a perdoar todos os pecados, todas as ofensas, senão o Pai não nos perdoa! Aquele que foi perdoado em Cristo, como não perdoaria o próximo? Devemos perdoar, não importa quão grave isso for, pois Dele é a vingança, “Eu recompensarei” – diz o Senhor em Hebreus. Uma característica do cristão nascido de novo é o perdão, uma vida em arrependimento. Se não perdoa o próximo, ainda que demore algum tempo, tem que se converter ou voltar ao primeiro amor!

Como poderia também tu entrar na justiça por bobagem diante de Deus, querendo o mal do próximo, não perdoando o teu próximo, se Deus é teu vingador? O que o homem/mulher semear, colherá. A justiça terrena é imperfeita! Quer colher espinhos?

A nossa parte é amar sem acepção de pessoas. Deus faz seu sol e chuva cair sobre todos. Deus dá o início e o fim da vida de todos, e é Ele quem enriquece e empobrece cf. o cântico de Ana em 1Samuel 2. Deus oferece a salvação a todos em Cristo, e usa o sofrimento para o nosso crescimento e para nos levar à salvação, para mais próximo Dele. Deus quer que todos sejam salvos igualmente conforme a Escritura, Deus não tem acepção de pessoas, e quem é você que tem preconceito / acepção de pessoas? Quem é você diante de Deus? É maior? É melhor? É mais perfeito? Mais sábio? Eis que Deus disse que as próprias nações são menos do que nada para Ele, e como a gota dum balde (conforme Isaías). Portanto, que amemos aos inimigos, aos amigos, aos conhecidos, aos desconhecidos, e a todos intercedamos ao Pai, pois todos os seres humanos são iguais, pequenininhos diante de Deus como recém-nascidos, e todos têm necessidade da mesma salvação, que só se encontra em Cristo Jesus, o Senhor.

Concluindo, toda a Escritura é inspirada, e devemos ler ela toda, pois é registro da revelação de Deus aos homens; é Palavra de Deus em linguagem humana. Mas um conselho para os que costumam ler Salmos (Antigo Testamento) seria:

Alguns deles, como Salmo 139.21-22 de Davi, não são exemplos perfeitos para os cristãos da nova aliança: “Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.

Siga, porém, as Palavras de Jesus, pois Ele é o Perfeito Deus: Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.” Eu [JESUS], porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

Espero que esse estudo tenha sido de edificação.

Amém.

 

Mensagem final:

“Espero que todos oremos mais para que possamos amar mais a nosso próximo, seja lá quem for, e para que sempre estejamos obedientes, vigilantes e perseverantes no Senhor. Somos julgados pelo Senhor e pela Escritura para não sermos condenados com o mundo. Já aquele que não se deixa mais admoestar, que futuro haverá para ele?”

 

Roberto

terça-feira, 14 de maio de 2024

Mensagem da Semana

Graça e paz a todos!

Eis que houve, mais ou menos na década de 60-70, nos Estados Unidos, um avivamento de Deus (movimento que inspirou o filme “Movimento de Jesus” – “Jesus Revolution” de 2023). As igrejas, pastores e membros eram sérios (ou hipócritas) demais a ponto de não aceitar a entrada de jovens marginalizados nos seus templos. Naquela época ocorreu o movimento hippie, onde jovens buscavam a espiritualidade pelas drogas. O que aconteceu é que um cristão confrontou um pastor dizendo que as ovelhas dele não recebem os jovens, fechando o reino dos céus si mesmos e a eles (Mt 23)! Então o pastor desafiou a tudo e a todos trazendo os hippies, com muitos problemas, à sua igreja, pregando o evangelho simples e verdadeiro: convertam-se, aceitem a Jesus e acharão salvação, livramento e a felicidade que vocês tanto procuram que não estão achando em lugar algum, nem nas drogas. E funcionou! Dezenas de milhares (ou mais) aceitaram a Jesus, se batizaram e louvavam a Deus. Aquela igreja pequena hoje possui mil templos... Foi uma bênção.

Mas a parábola das sementes diz que muitos creem temporariamente, e poucos dão fruto com perseverança (Lucas 8), ou seja, nem todos nascem de novo – pois muitos aceitaram a Jesus e foram batizados, mas nem todos se arrependeram dos seus pecados verdadeiramente:

Lucas 8.11 “Esta é, pois, a parábola: A semente é a palavra de Deus; 12 E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo; 13 E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam; 14 E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição; 15 E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança.

Há quem diga que mais de 80% dos que aceitaram a Jesus se desviam, inclusive nas cruzadas do Billy Graham no passado. “Sem arrependimento [e reconhecimento do pecado]... perecereis” – disse Jesus. Mas, felizmente, os hippies já sabiam que eram pecadores, claro, e por isso o arrependimento deu fruto. Todavia, hoje, há uma geração que não sabe que é pecadora. Que se acha perdoada ou isenta de julgamento. Vamos citar um exemplo:

O Papa atual e o Vaticano publicaram nesta segunda feira 13/5/24 normas para que católicos possam ser perdoados pela igreja. Os fiéis “verdadeiramente arrependidos” [no passado] podem ser [continuamente, colchetes meus] perdoados se se deslocarem para visitar os irmãos que se encontram em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com deficiência...). Também é possível obter o perdão abstendo-se de distrações fúteis e consumos supérfluos.

Então, veja: esse perdão é concedido pela igreja, não por Cristo: não serve. Não é porque fomos perdoados no passado que temos licença para pecar e depois obter sempre perdão fácil sem arrependimento! Isso (licença para pecar pois já foi perdoado) é sinal de quem nunca nasceu de novo, de liberais! Esse perdão é pelas boas obras, e Cristo nunca perdoou ninguém pelas boas obras, rituais, sacrifícios, indulgências nem batismo. Obter o perdão abstendo-se de distrações e consumos fúteis e supérfluos é o fim: é como se um budista pudesse também ser perdoado e recebido no céu se abstendo de prazeres mundanos. É heresia atrás de heresia. Alguns anos atrás declarou também o Papa o perdão dos pecados a toda a humanidade! Negou o inferno, acha que o inferno está vazio. Sem mencionar a idolatria.

Mas, ao contrário dos hippies que sabem que eram pecadores e por isso foram salvos, esses não se acham culpados pois alguém falou que estão perdoados! E não foi Cristo Jesus, o Salvador! Por isso esses se acham justos e estão condenados (como o fariseu) se não se converterem, e os hippies, que se julgavam (e eram) pecadores, foram salvos (como o publicano)!

Jesus disse: não vim para chamar os justos [os que se acham justos], mas os pecadores, ao arrependimento.

Importa voltar à simplicidade do evangelho e não em inventar modismos, novidades: o evangelho é simples, mas o Senhor nos faz crescer cada dia mais.

Efésios 2.8 Porque pela GRAÇA sois salvos, por meio da FÉ, e isso não vem de vós: é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se ache melhor do que outro!

É a GRAÇA de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DE NOSSO DEUS E PAI que nos salva! Através da fé (como meio, não como fim)!

Vigiemos, pois os tempos estão sombrios: perseveremos em oração e na doutrina dos verdadeiros apóstolos, os originais, os da Bíblia (Atos 2.42):

Atos 2.40b Salvai-vos desta geração perversa. 41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44a E todos os que criam estavam juntos...

Amém. Deus nos ama e nos dará a vitória – a salvação, perseverança, a vigilância, a provisão, o consolo – por meio do Senhor Jesus Cristo, único nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos.

Amém!

Roberto Fiedler Rossi

sábado, 11 de maio de 2024

Explicação: Foi Domingo ou Segunda (30/3/33 d.C.) quando Jesus entrou em Jerusalém?

 Olá! Graça e paz a todos!

Então, na seção nova 12.7 eu falei que Jesus iniciou sua entrada triunfal na segunda-feira, mas na tabela na mesma seção eu falei domingo pro mesmo dia (por exemplo, os católicos comemoram como "Domingo de Ramos") e vários evangélicos chamam 30/mar/0033 de Segunda... Está errado?

Não.

O dia em que Jesus entrou na cidade de Jerusalém iniciava-se, pelo esquema judaico, na tarde de Domingo e terminava ao pôr do sol de Segunda. Portanto Jesus entrou em Jerusalém de Domingo para Segunda, e isso é um só dia.

Mas, claro, como ninguém estava dormindo naquela hora em que Ele entrou no templo, ou seja, era de manhã ou no início da tarde, então na nossa contagem de tempo era segunda-feira, 4 dias antes da sua morte (sexta-feira, 3/4/33).

PDF ATUALIZADO COM mais um parágrafo no fim da seção 12.7.

Obrigado.

Paz

terça-feira, 7 de maio de 2024

Juízo final vs Tribunal de Cristo segundo a Escatologia que defendo e vejo na Escritura

PDF e epub atualizados 8/5/24 23h20 (inserida seção 12.22.2, corrigida). Link post anterior

Corrigido: primeiro parágrafo e quase último parágrafo:

Eis que a Escritura é clara em dizer que no último dia, após a vinda do Senhor, ocorrerá o julgamento final para todos. A Escritura é clara em mostrar também que o julgamento de Mateus 25 e de Apocalipse 20 são os mesmos, o mesmo juízo final cf. muitos reformados escreveram. A Escritura é clara também falando que nós, os crentes, haveremos de julgar também os ímpios e os anjos neste último dia. No julgamento final, quem não foi salvo em vida (não tiver o nome escrito no livro da vida) será condenado, e segundo suas obras receberá o galardão de injustiça. No julgamento final (último dia), quem foi salvo em vida por Jesus (tiver o nome escrito no livro da vida) não será condenado, pois já foi constantemente julgado em vida pelo Senhor (1Co 11.31-32 Mas, quando somos julgados [em vida], somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo; 1Pe 4.17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus [em vida]; e, se primeiro começa por nós...), mas julgará os ímpios e os anjos (ou demônios).

... 

Acerca do julgamento final (último dia) de Ap 20.11ss e Mateus 25.31-46, todos os mortos serão julgados. Mas mortos geralmente significa ímpios, pois os santos geralmente são descritos como que “dormem”, ou “almas” (Ap 20.4). A Bíblia diz muitas vezes que os mortos serão julgados, fala também que nós já somos julgados em vida, mas fala muito pouco que nós crentes seremos julgados (exceto quando conectado com a expressão “tribunal de Cristo” de Paulo). De fato, a Bíblia fala pouquíssimos versículos que os crentes serão verdadeiramente julgados individualmente no juízo final do último dia. É por tudo isso que para mim faz sentido que na morte, no tribunal de Cristo (ou julgamento semelhante) seremos julgados e galardoados em certa medida (pois nossas almas sem corpo reinarão cf. Ap 20.4); e no juízo final de Mateus 25 e Apocalipse 20 não seremos nós os julgados, mas julgaremos aos ímpios e aos anjos pela Palavra de Jesus, tanto é que anteriormente havíamos recebido, no Céu, ao nos assentarmos sobre tronos, autoridade para julgar (Ap 20.4).

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12.22.2 Aprofundando o Julgamento Final: O Tribunal de Cristo é Distinto do Julgamento do Último Dia de Mateus 25 e de Apocalipse 20?

Eis que a Escritura é clara em dizer que no último dia, após a vinda do Senhor, ocorrerá o julgamento final para todos. A Escritura é clara em mostrar também que o julgamento de Mateus 25 e de Apocalipse 20 são os mesmos, o mesmo juízo final cf. muitos reformados escreveram. A Escritura é clara também falando que nós, os crentes, haveremos de julgar também os ímpios e os anjos neste último dia. No julgamento final, quem não foi salvo em vida (não tiver o nome escrito no livro da vida) será condenado, e segundo suas obras receberá o galardão de injustiça. No julgamento final (último dia), quem foi salvo em vida por Jesus (tiver o nome escrito no livro da vida) não será condenado, pois já foi constantemente julgado em vida pelo Senhor (1Co 11.31-32 Mas, quando somos julgados [em vida], somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo; 1Pe 4.17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus [em vida]; e, se primeiro começa por nós...), mas julgará os ímpios e os anjos (ou demônios).

Todavia, a Escritura é clara e fala que num julgamento celeste (vamos ver se é distinto ou não do de Mateus 25 e Apocalipse 20), nossas obras serão pesadas na balança, e podemos ser repreendidos ou não pelo Senhor Jesus, e pelas obras nosso galardão será dado, e nossas obras serão provadas pelo fogo para ver se permanecem (isso deve se iniciar em vida, pelo fogo da provação): ou receber o inteiro galardão (conforme disse João, pois foi fiel no muito e no pouco, construiu sua vida com boas obras de justiça, e edificou sobre o fundamento que é Cristo com “pedras preciosas, ouro e prata”, materiais que permanecem em pé depois de passar no fogo cf. 1Co 3), ou parcial (parcialmente ouro/pedras preciosas e prata e parcialmente madeira/feno/palha), ou nenhum (obras queimadas pelo fogo, ou seja, construiu com madeira/feno e palha). Todavia, todos esses irão à bem-aventurança celeste, em alegria sem igual.

Os dispensacionalistas estão claramente errados em tratar o julgamento de Mateus 25 diferente do de Apocalipse 20 e diferente do Tribunal de Cristo, totalizando três. Os reformados creem num único julgamento final, mas o problema de se considerar um único julgamento final é que os crentes tanto serão julgados pelo Senhor como julgarão os outros no mesmo julgamento, o que me parece logicamente incoerente. Para mim e para a minha teologia está claro que o julgamento de Apocalipse 20 é o mesmo de Mateus 25, porém há algum tempo comecei a discordar que o Tribunal de Cristo também é o mesmo do julgamento final que virá com a vinda do Senhor!

Pois, então, creio como amilenista (que, como tenho certeza, o milênio é a época da Igreja e que a Igreja/santos conforme Daniel e Apocalipse reina com Cristo no céu após a morte) que nas nossas mortes seremos julgados pessoalmente pelo Senhor e reinaremos com ele (implícito aqui em reinar é receber parte do galardão celeste, ainda que o corpo glorificado virá só no último dia). Recebendo parte do galardão celeste, certamente há algum julgamento antes, como o Tribunal de Cristo (ou algo similar ao do dispensacionalismo, só que na nossa morte). O que me parece é que na morte (vinda do Senhor na nossa vida) cada um de nós enfrentará um julgamento individual com o Senhor (Tribunal de Cristo, para reinar com Cristo), e no último dia (Segunda Vinda de Cristo), um julgamento universal (ficaremos à direita do Senhor com corpos glorificados, ovelhas cf. Mateus 25, e os ímpios à esquerda).

Acerca do Tribunal de Cristo (cf. Romanos 14.10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. 11 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus. 12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. 13 Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão) realmente me parece que os dispensacionalistas estão corretos em falar que esse julgamento é para cristãos salvos. Mas se estudarmos melhor isso, vendo a afirmação “todo o joelho se dobrará a mim e toda a língua confessará a Deus”, e em 2Co 5 “no Tribunal de Cristo, receber bem ou mal pelo que tiver feito com o corpo...”: sobre a primeira afirmação, o crente já ora e confessa a Jesus, então essa frase é para ímpios (e não para crentes) que não se dobram ao Senhor nem o confessam (pois então, no último dia, todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará a Deus) – o que parece indicar nisso que o tribunal de Cristo é também o juízo final do último dia, pois o Espírito Santo não ditou as palavras na mente das pessoas, mas Paulo apenas fala tribunal como sinônimo de julgamento de Cristo. Sobre a segunda afirmação (receber bem ou mal pelo que tiver feito com o corpo), ainda que alguém perca galardão do Senhor, não receberá mal real algum do Senhor – receber mal do Senhor é ser condenado eternamente no último dia e ainda receber galardão da injustiça (níveis de condenação e de açoites/castigo como está em Lucas)! E receber bem do Senhor é ser elogiado publicamente “Vinde benditos de Meu Pai...!” e receber galardão de honra: Isso é mais um sinal de que o tribunal de Cristo pode ser também o juízo final de Mateus e de Apocalipse.

A favor do tribunal de Cristo ser separado do juízo final, temos que não me parece lógico que num mesmo julgamento seremos julgados pelo Senhor, e também julgaremos os outros. Podem ser julgamentos separados. O Tribunal de Cristo, também, é relacionado em sua maior descrição em 2Coríntios e Romanos para os crentes, com descrições do nosso julgamento, e não dos ímpios (dos outros). Assim, frisando, outra evidência de que o tribunal de Cristo não é o mesmo juízo no último dia é que Paulo enfatiza muitas vezes que nós seremos julgados, haveremos de dar conta a Deus, portanto, não julguemos nem sejamos por tropeço aos irmãos etc. (além de que escreveu Romanos e Coríntios para o público cristão, e não para os ímpios).

 

Para embasar mais nosso raciocínio, vamos a outros versículos: devemos notar que Apocalipse 11, 13 e 14 falam do mesmo período de tempo: historicamente ocorreu o evento de 70 d.C. (destruição do templo), mas as taças do Império Romano só ocorreriam no futuro (em Apocalipse 15). Nesse ano, 70 d.C. a Escritura diz que ocorreu eventos no céu:

Ap. 11.17b-18 Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

Ap 14.13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.

Esses trechos ocorreram no mesmo período: Depois de 70 d.C. (final da última semana de Daniel e término de atuação do príncipe/chifre pequeno que destruiu Jerusalém), o reino de Cristo ficou mundial e os santos começaram a reinar - tudo isso conforme Daniel 7.21-22, 26-27, Apocalipse 20.4. E este é o início dos mil anos figurados de Apocalipse 20, a época da Igreja. Voltando aos trechos acima (Ap 11 e 14), temos que iniciou-se no céu, a partir de 70 d.C., um evento, em que Cristo reina sobre tudo e todos no trono do Pai (cujo reino chegou a toda Terra), e os santos com Ele, e receberam galardão, por isso, bem-aventurados os mortos que desde agora morrem com o Senhor, e suas obras os seguem significa que já são julgados pelo Senhor na morte pelas obras, julgamento para dar o galardão, que está ligado com o reinar com Cristo por mil anos e depois por toda a eternidade.

Portanto, ainda que alguns trechos pareçam não estar 100% alinhados (pois a Escritura não detalha isto), considero que o Tribunal de Cristo (ainda que tenha elementos semelhantes ao julgamento final de Mateus 25 e Apocalipse 20, que todo joelho se dobrará) ocorre na morte do crente, na presença de Cristo, onde nós seremos julgados pelas obras e recebemos galardão (e o sinônimo de receber galardão é reinar eternamente com Cristo sobre tudo (e por que não sobre a Terra?), pois somos herdeiros de Deus Pai e coerdeiros com Cristo). Base bíblica:

Daniel 7.21 Eu olhava, e eis que este chifre [príncipe e general Tito, filho do Imperador Vespasiano, que destruiu Jerusalém em 70 d.C.] fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. 22 Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo [depois de 70 d.C.] em que os santos possuíram o reino.

Daniel 7.25 E [Tito, anticristo] proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. 26 Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. 27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.

Apocalipse 20.4 E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; ...e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos [depois da morte]. 5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Ap 22.5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre [no novo céu e nova terra].

Esta é a base bíblica para o Tribunal de Cristo ser diferenciado do julgamento do grande trono branco (que é o mesmo do julgamento das nações), e ele ocorrerá, segundo este raciocínio, na morte do cristão, onde haverá de dar conta de si mesmo a Deus, e receberá o galardão devido segundo as suas obras de justiça feitas na Terra pelo Espírito Santo depois de salvo, reinando eternamente com Cristo no céu, e depois no novo céu e nova terra.

Concluímos que Paulo quis dizer que o tribunal de Cristo, que usa alguns mesmos elementos do julgamento do último dia de Mateus 25 ou Apocalipse 20 (ex. Cristo será o juiz; será no Céu etc.) é diferenciado, pois os julgados são os salvos, e não os ímpios. Não está, claro, em jogo a salvação de ninguém no tribunal de Cristo, mas o galardão.

Acerca do julgamento final (último dia) de Ap 20.11ss e Mateus 25.31-46, todos os mortos serão julgados. Mas mortos geralmente significa ímpios, pois os santos geralmente são descritos como que “dormem”, ou “almas” (Ap 20.4). A Bíblia diz muitas vezes que os mortos serão julgados, fala também que nós já somos julgados em vida, mas fala muito pouco que nós crentes seremos julgados (exceto quando conectado com a expressão “tribunal de Cristo” de Paulo). De fato, a Bíblia fala pouquíssimos versículos que os crentes serão verdadeiramente julgados individualmente no juízo final do último dia. É por tudo isso que para mim faz sentido que na morte, no tribunal de Cristo (ou julgamento semelhante) seremos julgados e galardoados em certa medida (pois nossas almas sem corpo reinarão cf. Ap 20.4); e no juízo final de Mateus 25 e Apocalipse 20 não seremos nós os julgados, mas julgaremos aos ímpios e aos anjos pela Palavra de Jesus, tanto é que anteriormente havíamos recebido, no Céu, ao nos assentarmos sobre tronos, autoridade para julgar (Ap 20.4).

Verso para meditação:

2Pedro 3.14 Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.

Amém.

Se alguém me perguntar uma resposta rápida, eu não entro nesses detalhes acima (que só os teólogos se interessam), mas junto tudo e falo o básico, o tradicional, o que é mais importante do que os detalhes, assim como está na questão número 23 das “80 Questões” após a Conclusão deste livro.

No último dia Jesus atrairá todos a Ele (além disso ressuscitará os mortos de todas as épocas), e fará uma grande separação (Mateus 25). Julgará a todos pelas suas obras, e, pelas suas obras os ímpios serão condenados, e pela justiça de Cristo (justificação) os santos serão aceitos na glória (sendo antes disso julgados pelas suas obras ante o tribunal de Deus para receber a sua herança e recompensa eterna). O galardão será dado a cada um após o julgamento, com níveis de recompensa diferentes para os condenados, entre eles; e também, com níveis de recompensa diferenciados para cada salvo.

Cremos que o fim do mundo está se aproximando; que no último dia Cristo descerá do céu, e ressuscitará os mortos da sepultura para retribuição final; que uma solene separação então tomará lugar; que o ímpio será condenado à punição, e o justo ao júbilo infindável; e que este julgamento fixará para sempre o estado final dos homens no céu ou no inferno, sobre os princípios da justiça. Confissão de Fé Batista de New Hampshire (1833).

Se não ficou claro o suficiente o estudo dessa seção, favor ler novamente as três últimas seções.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Corrigidas/aprimoradas 3 respostas de "80 Questões que farão de você um ateu respondidas por um Cristão" e na "Teologia Sistemática Interdenominacional"

Questão número 66, 35 e 23 aprimoradas e/ou corrigidas em abril e maio/24.

editado em 7/5.

Infelizmente havia um errinho feio, chato e antigo falando que no juízo final seriam "condenados ou absolvidos pelas obras", mas obviamente (!!) só pode ser absolvido no juízo final quem está em Cristo, pois Ele é o Salvador.

ATUALIZADO:

https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_700p_2%25C2%25AA_ed._2024_clubedeautores.pdf/file


23. Nos "Últimos Dias", Jesus deveria aparecer nas nuvens. Como os cristãos do outro lado do mundo vão vê-lo? Haverá milhões de Jesus? E as pessoas que trabalham no subsolo?

No último dia Jesus atrairá todos a Ele (além disso ressuscitará os mortos de todas as épocas), e fará uma grande separação (Mateus 25). Julgará a todos pelas suas obras, e, pelas suas obras os ímpios serão condenados, e pela justiça de Cristo (justificação) os santos serão aceitos na glória (sendo também julgados pelas suas obras ante o tribunal de Deus para receber a sua herança e recompensa eterna). O galardão será dado a cada um após o julgamento, com níveis de recompensa diferentes para os condenados, entre eles; e também, com níveis de recompensa diferenciados para cada salvo.

 


35. Os judeus tradicionais utilizam Yahweh ou (YHWH) como o nome de Deus, porque seu nome verdadeiro é supostamente impronunciável. Minha pergunta é como é possível que as pessoas estejam usando o nome do Senhor em vão quando ninguém realmente sabe qual é o nome dele?

O nome revelado de Deus a nós é o Senhor (ainda que a pronúncia e escrita de Yahweh nunca tenha sido, de fato, perdida). Isaías 42.8 diz: Eu sou o SENHOR [YHWH, com as vogais, Yahweh]; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. Não tomarás o nome do SENHOR TEU DEUS em vão. Portanto, na verdade, é muito simples: não fale de Deus de qualquer maneira, sem temor, sem respeito, seja chamando-o de Deus, Yahweh, Pai, ou Senhor, ou Jesus (se for falar com a 2ª Pessoa da Trindade), ou Cristo, Espírito Santo (se for falar com a 3ª Pessoa da Trindade), etc.


66. Se os crentes podem aceitar que um Deus sempre esteve aqui. Por que eles não podem aceitar um argumento igualmente plausível de que o Universo inconsciente sempre esteve aqui de alguma forma?

Bom, Segundo a Bíblia, a nossa norma de fé, Deus criou o Universo no primeiro dia (Gn 1.1). “Antes” do princípio não havia nada, só Deus Triuno vivendo em comunidade consigo mesmo.

Temos também que uma quantidade infinita de momentos não pode ser transposto. Portanto, se o Universo sempre esteve aqui (sem início), nós não teríamos chegado no presente. Por isso, o Universo teve um início no tempo finito.


PDF E EPUB ATUALIZADOS.

Parágrafo aprimorado.

 Lembrei-me disso e melhorei o final, pois é muito importante. pdf atualizado 15h50 6/5/24. Paz.

De acordo com John Wesley apud Collins (2010, p. 108), a ação da graça preveniente para retirar um depravado de sua depravação total é irresistível: Não obstante, de acordo com Wesley, pelo fato de homens e mulheres na condição natural não terem nem mesmo a liberdade de aceitar nem de rejeitar nenhuma graça oferecida, então esse dom, em si mesmo, tem de ser restaurado de forma graciosa e irresistível. É verdade, como creio, que essa notação de irresistível veio no arminianismo de Wesley, não de Armínio, e é algo extremamente importante senão seria semipelagianismo (o homem nasceria com capacidade de resistir/aceitar a graça de Deus, capacidade à salvação que não perdeu da queda de Adão). Não seria glória somente a Deus.


domingo, 5 de maio de 2024

Nova seção 12.7 - e parágrafo novo seção 12.22 (apenas Teologia Sistemática) - Links abaixo atualizado 15h50 6/5/24

Fonte das tabelas aumentadas 6/5/14 

Tabelas alinhadas PDF (e epub).

12.7 As Setenta Semanas de Daniel, e os Sete Anos da Aliança do Anticristo

Vamos analisar as setenta semanas de Daniel 9, reveladas pelo anjo Gabriel em visão. É necessário conhecer um pouco de história do primeiro século, da época de Jesus, sobre o qual falam os versículos que contém a menção das setenta semanas de Daniel. Passaram-se quase 2000 anos desde a época da qual a visão de Daniel 9 fala, que é a época de Jesus, e muito ficou esquecido pelos cristãos do Século XXI.

Daniel 9:24-27 fala sobre setenta semanas (sendo cada uma de sete anos judaicos), um período importante para os judeus, povo de Deus da época, para acabar com os pecados deles, e trazer o messias, o Cristo. Esse mesmo trecho fala que depois da morte do messias viria um príncipe maligno e que destruiria Jerusalém.

Daniel 9:24,25,26a Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém [1], até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas [2]; as ruas e o muro [1] se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias [3]...

Existem três variantes sobre qual data marca o início das 70 semanas: o decreto de Ciro em 538 a.C., o de Artaxerxes I em Esdras 7 em 457 a.C. e o de Artaxerxes I para Neemias em 444 a.C. Para resolver isso basta ver que Daniel cita “as ruas e o muro se reedificarão”: vendo Neemias 2 (o último dos decretos acima, um complementando o outro), pode-se ver que o decreto para Jerusalém com as ruas e o muro [1] serem edificados é com Neemias 2.1-8,13 com o rei Artaxerxes I (o muro estava destruído até a época de Neemias).

Então, o anjo profetiza sobre sessenta e nove semanas (sete mais sessenta e duas, 483 anos judaicos [2]) desde a ordem para edificar Jerusalém [1], que cf. Neemias 2.1-8 foi em 5 de março de 444 a.C. (1º dia do mês de Nissan, ou Abibe nas nossas bíblias) quando o rei Artaxerxes da Pérsia permitiu e decretou que os judeus reconstruíssem a cidade de Jerusalém, as ruas e o muro até o distante período da morte de Cristo [3]. Sessenta e nove semanas judaicas (69x7) são 483 anos judaicos, pois cada semana judaica vale 7 anos. Mas, como o calendário judaico é lunar (30 dias/mês e 360 dias/ano) e diferente da nossa contagem que é baseado no calendário solar (aprox. 365.2422 dias/ano – 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos), temos:

Calendário judaico (lunar) – um ano tem 360 dias (ano lunar) à 69 semanas judaicas são 483 anos x 360 dias/ano = 173.880 dias;

Nosso calendário (solar) – um ano tem aproximadamente 365,2422 dias

Portanto, 173.880 dias da profecia de Daniel (483 anos judaicos/lunares) dividido por 365,242199 dias/ano solar totaliza 476,06766 anos atuais, que é igual a 476 anos e 24,7 dias.

Assim, a partir do início da primeira semana de Daniel, em 5 de março de 444 a.C. (ordem do rei Artaxerxes para Neemias), mais 476 anos temos cinco de março do ano 33 d.C. Contando os dias agora: 5 de março de 33 d.C. mais 25 dias temos 30 de março do ano 33 d.C. para o Messias aparecer publicamente e ser reconhecido, e foi exatamente nesse dia que Jesus iniciou sua entrada triunfal em Jerusalém (Mateus 21:1-17; Marcos 11:1-11; Lucas 19:29-40; João 12:12-19), e era a segunda-feira anterior à Páscoa (João 12.1,12).

Concluímos que a profecia de Daniel concernente ao Messias se cumpriu na íntegra, pois foram 476 anos e 24 dias e algumas horas para que Jesus se apresentasse publicamente como o verdadeiro Rei dos Judeus, montado num jumentinho (e mais quatro dias para Sua morte, que ocorreu na sexta-feira, dia 3 de abril de 33 d.C.) cf. Daniel 9.26a.

Amém.

Agora falaremos acerca da última semana de Daniel, a semana número setenta.

Daniel 9.26b “e o povo do príncipe [1], que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.

27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana [2]; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

Esses versos falam de um anticristo que viria depois que o Messias (Cristo) morresse. Essa última semana [2], verso 27, do príncipe romano / anticristo [1], cremos que está separada da semana sessenta e nove. Favor ler a seção até o final para entender. Por quê? Veja “e o povo do príncipe, que há de vir...”: Por que o anjo falou “que há de vir?”, não é já óbvio que a profecia é para muitos anos no futuro? Portanto, o anjo quis dizer que, depois do fim da semana número 69 (33 d.C. com a conta que fizemos em Daniel), levaria algum tempo mais até o cumprimento do início da semana número 70 de Daniel, a saber, que se cumpriu em 66 d.C. (aprox. 40 anos – uma geração depois do início do ministério de Cristo).

Se tomarmos como base que, de fato, Cristo morreu em 3 de abril de 33 d.C., como foi provado por várias fontes (inclusive não cristãs, mas que não cabe colocar aqui, pelo espaço ser reduzido), e dias antes de morrer falou que o templo ou santuário [3] seria derrubado em até uma geração (até 40 anos segundo a Bíblia) em Mateus 24.2,34, temos: 33 d.C. + 37 anos = 70 d.C. para a destruição do templo (e 33 d.C. + 40 anos = 73 d.C. para o fim da última semana de Daniel). Portanto, o anticristo fez uma aliança de uma semana com muitos entre 66 d.C. e 73 d.C., e na metade da semana (70 d.C.), nos 3 anos e meio (1260 dias ou 42 meses), destruiu o templo judaico! As profecias de Cristo e de Daniel se encaixam e se cumpriram em sua totalidade.

Daniel 9.26b “e o povo do príncipe [Romano, anticristo], que há de vir, destruirá a cidade e o santuário [3], e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício [4] e a oblação [5]; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

O verso 26 e 27, na realidade, falam de um príncipe que havia de vir depois que o Messias fosse cortado. Esse é um anticristo que destruiria a cidade de Jerusalém, e o santuário, que é o templo judaico. Ele faria aliança com muitos por sete anos (uma semana), e na metade da semana (3 anos e meio), acabaria com o sacrifício [4] de animais por oblação do pecado (oblação [5] é ato de fazer uma oferta a Deus) da parte dos judeus.

Para quem não sabe, isso – essa última semana de Daniel (7 anos) – se cumpriu na Primeira Guerra Judaico-Romana de sete anos (66 d.C. – 73 d.C.), na qual o templo judaico foi destruído em 70 d.C., ou seja, na metade da semana (“3 anos e meio depois de 66 d.C., ou 1260 dias, 42 meses ou tempo (1 ano), tempos (2 anos) e metade de um tempo (meio ano): 3,5 anos” de Apocalipse e Daniel), cumprindo-se assim exatamente a profecia do Senhor.

Ver a fonte “History of Information” (2024): (Primeira Guerra Judaico-Romana) The First Jewish-Roman War Ends with the Destruction of the Second Temple, 66 – 73 d.C.). Disponível em: https://historyofinformation.com/detail.php?id=12. Acesso em: mar. 2024.

Alguns dizem que o príncipe que havia de vir era Cristo. Porém, pode-se ver que o povo do príncipe destruiria a cidade e o santuário (v. 26). A história mostra que não foi Israel (povo de Cristo) que destruiu Jerusalém com seu próprio santuário, mas foi o Império Romano (o príncipe Tito) que destruiu o templo e o santuário judaico em 70 d.C.

Daniel 12:11,12 E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado [1], e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera [2] e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.

Como uma semana judaica é de sete anos, e falamos dos primeiros 3,5 anos (que são também 1260 dias ou 42 meses de Daniel e Apocalipse em diversos lugares da Bíblia), vamos falar dos últimos 3,5 anos, apenas citados nesse capítulo: Daniel 12.11,12, que diz que depois que o templo fosse destruído (sem mais sacrifício contínuo de animais [1]), ou seja, depois de 70 d.C., haveria mais 1290 dias de guerra, de desolação (1290 dias são 43 meses, aproximadamente 3 anos e meio também). 70 d.C. mais 1290 dias totaliza o fim da semana de Daniel 9, 73 d.C., 40 anos após a morte de Cristo. Bem-aventurado o que espera [2] a guerra acabar, sobrevive e chega até 1335 dias (44 meses e meio), quando puderam estar em segurança.

Eis uma tabela explicativa:

Tabela 12.1 – Cronologia Daniel – Jesus

Conclusão: A profecia de Deus enviada a Daniel se cumpriu integralmente. Deus é FIEL. Glória a Deus. Portanto, quando Deus te promete algo, saiba que Ele é fiel e cumprirá a Sua promessa!

Link pdf atualizado: https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_700p_2%25C2%25AA_ed._2024_clubedeautores.pdf/file


Link epub atualizado:

https://www.mediafire.com/file/uxo8r4gyke37aju/Teologia+Sistemática+Interdenominacional+-+Roberto+Fiedler+Rossi+-+2ª+ed.+-+2024.epub/file


Livro de escatologia retirado também. Não estou com tempo para fazer o update (nem do comentário de Romanos). É igual à Teologia Sistemática, podem consultá-la.


Seção 12.22 (6/5/24 11h30)

Daniel profetizou diversas vezes que depois dos acontecimentos de 70 d.C. (depois do chifre pequeno - Tito, que destruiu Jerusalém), onde legalmente o Reino de Cristo já havia substituído o império romano (cujo fim estava decretado em Ap. 19), os santos possuíram o reino eterno, reinando para sempre com Cristo no Céu após a morte: Dn 7.21ss Eu olhava, e eis que este chifre [Tito] fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. 22 Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Também Daniel 7.25ss: E [Tito] proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. 26 Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. 27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.



sábado, 4 de maio de 2024

70 Semanas de Daniel - Corrigindo imperfeições do livro

Atualmente estudando as 70 semanas de Daniel muito mais a fundo. A maior evidência histórica mesmo é de que Jesus morreu em 33 d.C. no início de abril (há evidências de terremotos de geólogos, trevas durante o 4o ano da olimpíada número 202 apoiado pela nasa (viam-se as estrelas do céu durante o dia durante a crucificação de Cristo), lua cheia, etc.) no final da semana judaica número 69 de Daniel (que se inicia com ao decreto de reconstrução dos muros e da cidade (cf. Daniel 9.24-27 ruas e muro) de Artaxerxes em Neemias 2 em 444 aC (20° ano de reinado) aproximadamente, que começa a reinar só no segundo ano). 69 semanas judaicas são 483 anos judaicos, o que totaliza 476 anos solares !!! e uns 20 e poucos dias. E 476 anos após 444 aC chegamos a 33 dC, mais especificamente na entrada triunfal de Jerusalém, por volta de uma semana de sua morte... Tenho mais surpresas logo nesse capítulo. Da última semana nada muda, o livro está correto, em torno de 37 anos após a morte de Jesus o templo foi destruído (não passará uma geração de 40 anos cf. Mt 24.34)... e 40 anos após a morte de Jesus a guerra/massacre acabou em todos os lugares da região. Bom, pensei que estava resolvido, mas é mais complexo. Pelo jeito (ainda mais) Herodes o grande não morreu em 4 a.C. de acordo com Josefo, mas 1 a.C. segundo edições anteriores do livro de Josefo que foram posteriormente alteradas, etc. Então algumas fontes dizem que Jesus nasceu em 2-3 a.C. em vez de 4 a.C. estou pesquisando, orando e consultando as Escrituras. Complexo! Se Jesus nasceu em 3 a.C e morreu em 33 dC ele tinha 35 anos quando morreu e se João Batista iniciou seu ministério no 15° ano de tibério césar (28/29 dC) e Jesus logo depois, Jesus iniciou seu ministério a em 29 dC aos 31/32 anos cf.Lucas 3 (início da década de 30), e teve 3 ou 4 anos de ministério cf. João, 3 páscoas. Paz