sábado, 13 de abril de 2024

Mais um parágrafo na Teologia Sistemática e no livro Batismo no Espírito Santo e Revestimento de Poder

Capítulo atualizado nos 2 livros: "A Antiga e a Nova Aliança."

Demorará algum tempo para ficar online para download, exceto no mediafire (abaixo), que já está atualizado:

https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_700p_abril_2%25C2%25AA_ed._clubedeautores.pdf/file

Pedro, quando negou a Jesus, embora salvo / justificado pela fé nos moldes do Antigo Testamento (vós [11 apóstolos] já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado Jo 15.3), não era ainda nascido de novo quando negou a Jesus, pois Jesus ainda não havia dado o Espírito Santo (João 7.39), mas ele era justificado pela fé como Jesus falava aos outros: tua fé te salvou. Quando Jesus disse que Pedro o negaria, disse também: quando te converteres [nasceres de novo], fortalece teus irmãos (Lucas 22.31-32). Pedro nasceu de novo depois da ressurreição quando recebeu o Espírito Santo, e o crente justificado e nascido de novo (salvo da nova aliança), em comparação ao apenas justificado (salvo da antiga aliança), não nega a Jesus: 1João 2.23 diz, na nova aliança, “Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai.”; Ezequiel 36.26-27 diz que Deus nos transforma interiormente no novo nascimento: E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”; Jeremias 32.40 fala que o nascido de novo teme a Deus: “E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.”

Amém.

Coloquei mais um parágrafo na escatologia e na TS. (chaga mortal da besta de Apocalipse 13).

 Eis o parágrafo na seção 12.9 da Teologia Sistemática. Arquivo atualizado, mesmo link.

Vamos esclarecer Apocalipse 13.3 “E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”: Como sua ferida mortal foi curada? Segundo Jim Gibson (2018), "Desde que Nero foi morto em 68 d.C., como então a “ferida mortal” foi curada? Bem, Nero foi o último da dinastia Julio-Claudiana do Césares, a família fundadora. Quando ele morreu, Roma foi mergulhada em uma grande guerra civil. Muitos motins eclodiram e muitos dos melhores edifícios de Roma foram queimados. Em menos de um ano, três imperadores haviam reivindicado essa honra, mas logo foram destronados. De fato, 69 d.C. ficou conhecido como o “ano dos quatro Césares”. A inquietação e a perturbação política não estavam isoladas apenas em Roma. Ele reverberou por todo o Império. No entanto, a paz e a calma retornaram quando Vespasiano se tornou imperador em 69 dC Assim, “a ferida mortal foi curada”. Por um breve período, o império romano estava à beira do colapso."

https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia+Sistemática+Interdenominacional+-+Roberto+F.+Rossi+-+700p+abril+2ª+ed.+clubedeautores.pdf/file


sexta-feira, 12 de abril de 2024

Novidades

 Olá.

Retirei do ar o livro PRIDED: Uma Nova Soteriologia, de 2021, pois tudo está muito melhor explicado na teologia sistemática (e como um post nesse blog), e explicar brevemente coisas complexas faz com que elas sofram resistência e sejam mal compreendidas.

Retirei do ar o livro "Comentário Abreviado da Epístola de Paulo aos Romanos" até escrever mais uma edição para atualizar, principalmente, o comentário do capítulo 11 de romanos.

Retirei do ar meus 2 livros físicos no clube de autores (É Melhor SER do que TER: Provérbios Selecionados e Comentados; e o Comentário de Romanos), pois ninguém comprava mesmo pois tinha o PDF (smashwords), epub (apple) ou 1,99 amazon kindle.

Atualizado no clube de autores o livro Teologia Sistemática Interdenominacional para 700p. para quem gosta de ler em mãos (R$ 70), mas como o Senhor me ilumina pouco a pouco, e dia após dia (ainda que esteja 95% revisado), melhor esperar um pouco para comprar.

Graça e paz do Senhor, Roberto

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Fui orar de madrugada, e Deus me levou a Romanos 11. Teologia Sistemática Atualizada dia 12, 700p de novo, fonte 10.

PDF do dia 12. Atualizações abaixo. Atualização do dia 12 no último parágrafo abaixo.

Fui obrigado a voltar com 700p, fonte um ponto menor (10 para o corpo do texto).

Link novo:

https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia+Sistemática+Interdenominacional+-+Roberto+F.+Rossi+-+700p+abril+2ª+ed.+clubedeautores.pdf/file

 

12.17.1 A Salvação de Israel conforme Romanos 11

Embora eu houvesse escrito algo sobre isso anteriormente, fui orar de madrugada em abril de 2024 e o Senhor me mostrou que faltava um dedinho de exatidão em mim, e me trouxe à lembrança Romanos 11, que fui ler com atenção. Assim, falemos sobre a salvação de Israel, profetizada por Isaías e ratificada pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:

O apóstolo Paulo diz em Romanos 11.26: E assim todo o Israel será salvo...

Romanos 9-11 fala de judeus (um povo), e gentios (o resto do mundo), e como o evangelho alcançou os gentios até que entrasse a plenitude dos gentios, e depois todo Israel seria salvo.

Devo informar que Romanos 9-11 com certeza está realmente falando tanto do povo de Israel segundo a carne, em contradição aos gentios, como dos eleitos de Israel. Porém, a salvação tanto dos gentios como de Israel é só em Cristo. Romanos 9.6 diz que nem todos os que são de Israel são de Israel; Rm 9.8 diz que não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. E Romanos 9 é o mesmo assunto e a mesma perícope de Romanos 11. Portanto, quando Paulo diz que todo Israel será salvo, neste capítulo de Rm 11 especificamente, não está falando da Igreja/gentios (ainda que a Igreja seja o Israel de Deus), mas dos judeus crentes, em Cristo em comparação aos gentios convertidos.

Devemos notar cuidadosamente em Romanos 11 que desde Abraão até Cristo era a época dos judeus, na qual eles foram obedientes (quero dizer, os eleitos dentro deles, claro), e nós, gentios, desobedientes. Era salvo no Antigo testamento quem seguisse a fé dos judeus, pois Jesus disse para a mulher samaritana que a salvação veio dos judeus.

É claro que ninguém é nem foi salvo pela lei, nem Israel (Romanos 3:20). A lei convence do pecado, mas o Senhor salva pela Sua graça. Todos são salvos por Cristo, e pela fé, ainda que no Antigo Testamento Cristo não havia mostrado a plenitude do Reino de Deus na Terra.

Continuando, Lucas 21.24 conforme Romanos 11 diz que Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem: é conhecido que alguns séculos atrás o povo era muito mais cristão e temente a Deus do que no século 20 e 21, pois o evangelho havia chegado praticamente ao mundo todo diversas vezes, com diversos avivamentos. A América do Norte e a Europa eram praticamente cristãs séculos atrás, mas Satanás, sendo solto, enganou as pessoas das nações do mundo, incluindo os crentes carnais e os filhos dos fiéis trazendo apostasia, tirando Deus da consciência do homem, conforme explanado em algumas dessas seções.

E quando que Jerusalém foi pisada pelos gentios? Quando dela foram expulsos o povo judeu desde 70 d.C. (ou 66 d.C., no início da primeira guerra judaico-romana profetizada por Daniel, antes dos três primeiros anos e meio, [2] tempos, tempo e metade de um tempo...). E quando que Jerusalém foi novamente dos judeus? A razão e a experiência falam que foi quando os judeus voltaram para sua terra, voltando do mundo todo, criando o estado de Israel, que não são chamados nem de hebreus, nem de israelitas conforme o passado, mas israelenses.

Ok, mas todo o Israel será salvo? Olhe, nem no passado quando Israel era o único povo eleito todos os israelitas haviam sido salvos, pois é pela fé, havia os fiéis e os infiéis, trigo e joio, como nas denominações cristãs.

Desta maneira, não todo o povo, pois isso não existe (só no Céu), mas apenas os da fé são salvos, e não os que são da lei (cf. Romanos 9.30-32). Ou seja, os israelenses e gentios fora de Cristo, fora da fé e fora da graça não são salvos, mas os israelenses e gentios salvos por Cristo, pela fé e pela graça são eternamente salvos desde esta Terra.

Isso tudo porque o apóstolo Paulo também diz em Romanos 11 que Deus encerrou a todos na desobediência para com todos agir de misericórdia: de Abraão até Cristo, pouco mais de dois mil anos em que o povo de misericórdia era judeu, e os endurecidos, os gentios. De Cristo até o final dos tempos dos gentios, os povos de misericórdia eram os gentios, e os endurecidos, judeus (claro que algumas pessoas sempre são salvas por Cristo, mesmo no endurecimento). Agora, depois da criação do Estado de Israel pela providência de Deus, conforme Romanos 11, depois que a plenitude dos gentios havia entrado (pois o evangelho chegou a todo o mundo – interpretando isso com bom senso – diversas vezes), o endurecimento foi retirado sobre Israel (Rm 11.25-27), e Jesus os lavará dos seus pecados (os eleitos, claro), assim como aos gentios:

Rm 11.25b-27 ...que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: de Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.

E a aliança que será feita com eles, é obviamente a aliança de nosso Senhor Jesus Cristo, a mesma que a nossa, pois senão seria uma blasfêmia e confusão conforme mostra o “APÊNDICE C – Aliancismo versus Dispensacionalismo; Reflexão sobre o Milênio na visão Dispensacionalista versus a Escritura Sagrada: A Consequência de se Interpretar Profecias do Antigo Testamento Literalmente”.

Quando Deus lhes tirar os pecados (ou se já estiver tirando desde o avivamento da independência de seu país), não tirará obviamente do povo todo, mas apenas dos que estão em Cristo: judeus crentes. A salvação é só em Jesus, Solus Christus.

Falando sobre os judeus crentes, Romanos 11.12 “E se a sua queda [queda de Israel] é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” e Romanos 11.24 “Porque, se tu [gentio] foste cortado da natural oliveira brava e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses [judeus], que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! mostra que muitos dos judeus crentes são mais fiéis, tementes a Deus e agradáveis a Deus dando melhor fruto do que os gentios crentes, especialmente nesses dias de apostasia (em que só falta Jesus voltar), pois é natural para eles, e não como nós, gentios, que éramos oliveiras bravas e fomos enxertados na boa oliveira! Se um avivamento entre os gentios traz grande salvação, imagine entre os judeus, visto que até Jesus era judeu!

Os judeus como povo não são mais povo escolhido de Deus da mesma forma que no Antigo Testamento: o Novo Testamento considera que o povo judeu verdadeiro e eleito é o povo constituído por judeus crentes em Cristo (Deus não rejeitou Israel cf. Romanos 11.1-5, que são as pessoas de origem judaica que são da fé e da promessa: fé cf. Romanos 9.30-32; promessa cf. Romanos 9.6-8), assim como a Igreja verdadeira é constituída apenas de salvos (incluindo esses judeus crentes acima), e não de denominações.

Rejeitamos afirmações como “o tempo da graça já acabou” pois não são afirmações verdadeiras, uma vez que quando Israel estava endurecido ainda havia salvação a todo israelita que quisesse ser da fé em Cristo, e quando os gentios estavam endurecidos, ainda havia salvação a todos aqueles que quisessem servir ao Deus de Israel mesmo fora de Israel, como Naamã. Deus dá chance a todos. E Jesus breve voltará fechando a “arca da salvação” a judeus e gentios (todos), e logo em seguida virão o julgamento final e a eternidade.

Creio que só falta Jesus voltar, e receber os seus filhos eleitos, sejam judeus ou gentios, na glória do Pai e no Reino eterno do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.


Doutrina da Igreja, Introdução, 11.1

A Igreja, que é o novo Israel de Deus (pela fé), substituiu Israel (com seus moldes do Antigo Testamento) na nova aliança (significa que Deus trata Israel no período do Novo Testamento (que se inicia na ressurreição de Cristo e termina na eternidade) da mesma maneira que trata a Igreja do Novo Testamento): 1Pedro 2.9,10 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia; Mateus 21.43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado [Israel na antiga aliança], e será dado a uma nação que dê os seus frutos [judeus e gentios crentes: Igreja].


Questão 30 das 80 questões que farão de você um ateu respondidas por um cristão:

Deus preservou a Israel principalmente para trazer o Cristo com a Sua Salvação, e para cumprir com as promessas a Abraão, Moisés, Davi etc. além de eleger indivíduos fiéis (no AT, apenas judeus, no NT, judeus e gentios crentes). Eis que Cristo já veio e disse em Mateus 24 em diante: e matar-vos-ão (Mateus 24.9), como Cristo também morreu, e como 100 mil cristãos morrem todo ano por amor a Deus e vão direto conscientes à vida eterna com Cristo, onde receberão grande recompensa nos céus por ficarem fiéis até a morte. Os judeus como povo não são mais povo escolhido de Deus da mesma forma que no Antigo Testamento: o Novo Testamento considera que o povo judeu verdadeiro e eleito/escolhido é o povo constituído por judeus crentes em Cristo (Deus não rejeitou Israel cf. Romanos 11.1-5, que são as pessoas de origem judaica que são da fé e da promessa: fé cf. Romanos 9.30-32; promessa cf. Romanos 9.6-8). O povo judeu da época de Jesus, cuja maioria se justificava pela lei, rejeitou ao Senhor Jesus como messias e foi penalizado pela Tribulação de 70 d.C. (martírio): falaram “o Seu Sangue caia sobre nós”. Eis que apenas os judeus crentes são salvos e povo escolhido. Ninguém será salvo pela lei de Moisés, ainda que seja Israel, mas é pela fé. Os crentes (sejam judeus ou gentios, judeus ou o resto do mundo) pela fé são o Israel de Deus, pois somos descendentes de Abraão, que foi o pai tanto dos judeus (circuncisão) como dos gentios (não judeus; a incircuncisão (ver Romanos)).



Apêndice do Aliancismo vs Dispensacionalismo (Escatologia e Teologia Sistemática, 12h- 12/abr/24, mesmo link.

Para esclarecimento, Israel não é mais povo de Deus no período neotestamentário nos mesmos moldes do Antigo Testamento, com sacrifícios, templo, sacerdotes, lei mosaica etc., mas no período do Novo Testamento / nova aliança (que se inicia na ressurreição e termina na eternidade) Deus considera Israel como povo escolhido de judeus convertidos em Cristo, e Ele os trata como trata a Igreja do Senhor, com a mesma Nova Aliança, pois a Igreja Universal, Mística e Una é composta tanto de judeus como gentios da fé em Cristo, constituída de pessoas salvas, e nela estão inclusos os salvos do povo de Israel, e Israel não foi rejeitado por Deus (isso não quer dizer que algum sacrifício futuro de animais num eventual templo voltará a ter valor diante de Deus – não vai – pois o de Cristo foi o supremo e último sacrifício diante de Deus, perfeito e celestial). Maior esclarecimento na seção 12.17.1 A Salvação de Israel conforme Romanos 11.


sábado, 6 de abril de 2024

Deus me deu mais um parágrafo, e me esclareceu esse assunto. PDF atualizado, mesmo link.

Graça e paz! 

Link da Teologia Sistemática (PDF) de 7/abr/24.

Lindo parágrafo que Deus me deu dia 6 e 7 sobre o Espírito Santo, seção 3.6 (é o quarto parágrafo, o maior):

Dia 7 - pequenas correções e acrescentada frase: "o Espírito também nos ama" no meio do quarto parágrafo; também neste dia aprimorei esse parágrafo na conclusão da seção 3.4 sobre a procedência do Espírito também do Filho:

pág. 85 (7/abr/24)

Portanto, Deus Pai é eternamente a fonte da divindade, não gerado; Deus Filho é eternamente gerado do Pai; e Deus Espírito Santo é eternamente procedente do Pai, e eternamente enviado do Filho (ou eternamente procedente do Pai e do Filho, tanto faz). Por que coloquei tantas vezes eternamente? Porque, dando uma última ênfase, isso nunca foi diferente, pois Deus é imutável – não muda, nunca mudou!


págs. 96-98 (7/abr/24)

A Essência de Deus

Depois de tudo isso, podemos concluir e avançar um pouco no raciocínio. Assim como uma pessoa qualquer (como eu e você) não pode ser conhecida meramente por afirmações, ainda que sejam verdadeiras afirmações de nossa pessoa, assim também não conhecemos a Deus verdadeiramente e intensamente apenas com afirmações de atributos, mas conhecemos o que de Deus se pode conhecer (o que Ele se revelou Dele mesmo) com um relacionamento pessoal com Jesus Cristo pelo Espírito Santo na preparação de Deus Pai.

O nome Yahweh em Êxodo 3 dito por Deus mesmo (que é Ehyeh) significa EU SOU (lembre-se de que o nome de Deus dito por uma criatura, Yahweh, significa Ele É). Desta maneira, a essência de Deus também reside no fato de que Deus é o Ser Absoluto, a própria “Realidade Absoluta” (Piper, John, 2020, Who Is Yahweh?), compartilhada entre as três Pessoas da Trindade. Deus é criador de tudo, causador de tudo; tudo o que existe existe Nele. O apóstolo Paulo disse em Atos 17 que “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos”, “pois ele [Deus] mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas”.

A essência de Deus, além do significado de Ser Absoluto – o Eu Sou (do qual todas as coisas, substâncias e seres derivam) – conforme João indica, conforme a Pessoa e o sacrifício de Cristo, conforme o relacionamento com o Espírito diariamente, e conforme o relacionamento com o Pai em oração claramente indica é o AMOR (1João 4).

Mas eu discordo de Agostinho (1995) e Stanley Grenz (2000) que isso significa que o Espírito é o amor em que o Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai conforme Agostinho escreveu, pois o Espírito é uma Pessoa também, e não algo impessoal, nem um atributo divino (ou vários). Já observei alguns caindo neste erro ou inconsistência. Romanos 15.30 (ACF, pelo amor do Espírito) mostra que o Espírito, sendo Pessoa, assim como o Pai e o Filho, também ama, e assim na relação das três Pessoas da Deidade (também baseando-me secundariamente na teoria social da Trindade), o Pai também ama o Espírito e vice-versa, o Filho também ama o Espírito e vice-versa e o Espírito também nos ama (deste modo não defendo coisas como Agostinho fez, falando que o “Pai é o amante, o Filho é o amado, e o Espírito Santo é o amor”, com a qual não creio que a Escritura como um todo e a sã teologia concorde). Como o Espírito é uma Pessoa, a Escritura em João 16.13-15 mostra um relacionamento pessoal do Filho e do Pai com a Pessoa do Espírito (Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas [o Espírito Santo] dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque [Ele, o Espírito Santo] há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que [o Espírito Santo] há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar). É claro que o Espírito é Amor também, como o Pai é a fonte da Divindade (1Jo 5.1b, Hb 1.5, Jo 15.26) e como o Filho é o Poder, Sabedoria (1Co 1.24) e Palavra de Deus (Jo 1.1), mas não podemos extrapolar com isso, pois, acima de tudo, o Pai, Filho e Espírito são três Pessoas, três “centros distintos de conhecimento, amor, vontade e ação” como disse Boécio no Séc. VI, que se relacionam entre Si e conosco e que são ligados pela essência divina de Deus que se chama Yahweh - a realidade absoluta, o Eu Sou, o ser Absoluto em Amor (sem rejeitar o ciúme benigno do amor de Deus).

Portanto, em contradição com a realidade do mundo longe de Deus, o que vejo e creio que é possível de se afirmar com precisão, olhando toda a Bíblia, toda a cosmovisão cristã, todo o histórico da Igreja, e todo o relacionamento de Deus com seu povo por Cristo e pelo Espírito Santo, unindo o significado do nome de Deus, Yahweh (de Êxodo 3), com o Novo Testamento, que trouxe luz ao Antigo, é que Deus Triuno é a Realidade Absoluta (da qual originalmente todas as outras realidades derivam) regida por Amor e que permanece eternamente em Amor.

Amém!

pdf (mesmo link):

https://www.mediafire.com/file/h3vhvb3vyjf96wm/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_800p_abril_2%25C2%25AA_ed._clubedeautores.pdf/file



Bom dia na paz de Jesus!

 A paz!

Esqueci de mencionar neste blog um dos motivos de eu ter me afastado um pouco da conclusão de Agostinho sobre o Espírito Santo ser o amor entre o Pai e o Filho com todas as letras, o que faria Ele parecer de certa forma e hereticamente impessoal, ou um sentimento, e me aproximado da noção de pessoa de Boécio (séc. V) para cada uma das Pessoas da Trindade: "centros distintos de conhecimento, amor, vontade e ação."

Por isso, na edição de 2 ou 3 de abril eu escrevi na doutrina do Espírito Santo (Teologia Sistemática Interdenominacional, cap. 5 seção 1):

O Espírito Santo é uma Pessoa, e não uma força ativa, nem um sentimento. Gosto muito desse trecho de João, que fala do relacionamento pessoal do Pai e do Filho com o Espírito Santo: 

13 Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.

14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.

15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. (João 16:13-15 acf)

O Espírito Santo recebeu do que é de Jesus e do Pai, e depois o anunciou. Concluo que é uma Pessoa e que o Espírito também ama o Pai e o Filho e vice-versa.

PORTANTO,

acrescentarei um parágrafo ao livro "Tentando entender um pouco mais da Trindade através da Teologia e da Filosofia":

O Espírito é uma Pessoa, e não uma força ativa, nem um sentimento: gosto muito desse trecho de João 16.13-15, que mostra um relacionamento pessoal do Filho e do Pai com a Pessoa do Espírito: (13 Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas [o Espírito Santo] dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará, porque [Ele, o Espírito Santo] há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que [o Espírito Santo] há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar).

Amém

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Tentando entender um pouco mais da Trindade através da Teologia e da Filosofia: 2ª edição.

Tentando entender um pouco mais da Trindade através da Teologia e da Filosofia: 2ª edição no smashwords.com e já chegou também na apple. Foram feitas grandes atualizações para ficar igual a Teologia Sistemática.

https://www.smashwords.com/books/view/1113158


Todos os meus 29 livros gratuitos no smashwords.com:

https://www.smashwords.com/profile/view/RobertoRossi


Deus abençoe.

Roberto

terça-feira, 2 de abril de 2024

Atualizações na Teologia Sistemática e PDFs

Graça e paz

Estou compartilhando o que estou aprimorando abaixo.

PDFs:

O nome de Deus em hebraico (sem fonte heterodoxa):

https://www.mediafire.com/file/0wkmzvh5q9vrw5v/O+Nome+Pessoal+de+Deus+em+Hebraico.pdf/file

Teologia Sistemática Interdenominacional, 800p., 2/abril/2024:

https://www.mediafire.com/file/h3vhvb3vyjf96wm/Teologia+Sistemática+Interdenominacional+-+Roberto+F.+Rossi+-+800p+abril+2ª+ed.+clubedeautores.pdf/file

Diversas coisas atualizadas, inclusive referências bibliográficas, substituído wikipedia etc. as principais atualizações ficam neste blog. Atualizações de abril e final de março abaixo.


3.6 Deus É Amor. A Essência de Deus: Podemos Conhecer a Deus?

Stanley Grenz, 2000, em sua obra Theology for the Community of God, faz uma explanação sobre o Amor de Deus, complementando a seção sobre a Doutrina de Deus. O raciocínio abaixo não exclui nenhum outro atributo divino citado anteriormente:

A doutrina da Trindade constitui a base para a concepção cristã da essência de Deus. Por esta razão, carrega profundas implicações para nossa compreensão da realidade divina.

Como o apóstolo indica, a essência de Deus é Amor (1Jo 4.8). Por toda a eternidade a vida divina - a vida do Pai, Filho e Espírito - é melhor caracterizada pela nossa palavra "amor". O amor, portanto, isto é, a autodedicação recíproca dos membros trinitários, constrói a unidade do único Deus. Não há outro Deus além do Pai, Filho e Espírito, ligados juntos por toda a eternidade.

Quando visto em termos do seu papel na doutrina da Trindade, o termo “amor” oferece uma janela na profundidade da realidade de Deus como entendido pela tradição cristã. O Amor trinitariano descreve a vida interna de Deus – Deus como Deus fora de qualquer referência à Criação.

A explicação de como o amor pode ser a essência de Deus permanece na natureza triuna de Deus como Pai, Filho e Espírito. Amor é um termo relacional, que requer tanto o sujeito como o objeto (alguém ama algum outro). Se Deus fosse um sujeito de ação solitário, uma pessoa separada do Pai, do Filho e do Espírito, Deus exigiria o mundo como objeto de seu amor para ser quem ele é, ou seja, o Amado. Mas porque Deus é triuno, a realidade divina já compreende tanto o sujeito quanto o objeto do amor.

[Assim, o Pai ama o Filho e o Espírito. O Filho ama o Pai e o Espírito. O Espírito ama o Pai e o Filho].

De um modo teológico, então, a afirmação de João de que Deus é Amor, refere-se primeiramente à relação intratrinitariana dentro do eterno Deus. Deus está em amor consigo mesmo. Em suma, por toda a eternidade Deus é a Trindade social, a comunidade de amor.

Visto que Deus é amor à parte da criação do mundo, o amor caracteriza Deus. O amor é a essência eterna do único Deus. Mas isso significa que o amor trinitário não é apenas um atributo de Deus entre muitos. Em vez disso, o amor é o "atributo" fundamental de Deus. "Deus é amor" é a declaração ontológica fundamental que podemos declarar a respeito da essência divina.

Porque por toda a eternidade e à parte do mundo, o único Deus é amor, o Deus que é amor não pode deixar de responder ao mundo de acordo com sua própria essência eterna, que é o amor. Assim, esta característica essencial de Deus também descreve a maneira como Deus interage com o seu mundo. O "amor", portanto, não é apenas a descrição do Deus eterno em si mesmo, é também a característica fundamental de Deus na relação com a criação. Com profunda visão teológica, portanto, João irrompe: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu..." (João 3:16).

O atributo fundamental de Deus, a declaração central e básica que podemos afirmar sobre a essência de Deus, é "Deus é amor". Não há Deus senão o Pai e o Filho [e o Espírito Santo] por toda a eternidade unidos pelo amor... É apenas dentro desse contexto que podemos entender as supostas afirmações "obscuras" a respeito de Deus, incluindo sua santidade, natureza ciumenta e ira.

No século vinte, muitos teólogos afirmaram que a santidade, que inclui a disposição resoluta de Deus contra o pecado - e não apenas o amor - deve ser classificada entre os atributos morais fundamentais de Deus. Brunner (Brunner, The Christian Doctrine of God, pág. 163, 167, 183), por exemplo, falou de uma "dialética" ou "dualismo paradoxal" de santidade e amor. Louis Berkhof listou três atribuições morais, que ele viu como "as mais gloriosas das perfeições divinas": bondade (sob a qual ele incluiu o amor), santidade e justiça (Louis Berkhof, Systematic Theology, revised edition, Grand Rapids: Eerdmans, 1953, pág. 70-76). E o grande pensador batista Augustus Hopkins Strong elevou a santidade a "o atributo fundamental em Deus" (Augustus Hopkins Strong, Systematic Theology, three volumes, Philadelphia: Griffith and Rowland, 1907, 1:296).

Em parte, essa ampliação da santidade como atributo divino central é motivada pelo desejo de proteger a prerrogativa de Deus de condenar pecadores impenitentes e, por sua vez, tornar palatável a doutrina do inferno. Bem compreendido, porém, o amor inclui dentro dele o que esse interesse busca preservar. Em termos simples, a presença do pecado transforma a experiência do amor divino da bem-aventurança pretendida por Deus em ira.

A possibilidade de experimentar o amor como ira surge da própria natureza do amor. Vinculado ao amor está um ciúme protetor. Como observou James I. Packer (James I. Packer, Knowing God, Downers Grove, InterVarsity, 1973, pág. 154), além da atitude pecaminosa e viciosa que geralmente associamos ao termo, os humanos também exibem outro ciúme, o "zelo para proteger um relacionamento de amor ou para vingá-lo quando rompido". Packer então aplicou isso a Deus: "Agora, as Escrituras consistentemente veem o ciúme de Deus como sendo deste último tipo, isto é, como um aspecto de sua aliança de amor por seu próprio povo."

O amor genuíno, portanto, é positivamente ciumento. É protetor, pois o verdadeiro amante procura manter, até mesmo defender, o relacionamento amoroso sempre que ele é ameaçado de ruptura, destruição ou intrusão externa. Sempre que outra pessoa procura ferir ou minar o relacionamento amoroso, ela experimenta o ciúme do amor, que chamamos de "ira". Quando falta essa dimensão, o amor degenera em mero sentimentalismo.

É assim que podemos entender que o Amado é um Deus de zelo e de ira. Aqueles que querem minar o amor que Deus derrama pelo mundo, experimentam seu amor na forma de ira.

A santidade, o ciúme e a ira de Deus diante do pecado também podem ser vistos de outra maneira. O amor de Deus pela criação significa que ele deseja que cada pessoa se torne tudo o que Deus planejou para a humanidade [1Tm 2.4]. Isso forma o plano de fundo teológico para a repetida ordenação bíblica de que sejamos santos (por exemplo, Êxodo 20:3-6). Mas, à medida que os humanos rejeitam o desígnio divino, eles sofrem a realização de seu curso de ação rebelde escolhido. Eles continuam sendo os recipientes do amor de Deus, mas experimentam esse amor na forma de ira.

A manifestação final da rejeição do amor de Deus é uma experiência sem fim da ira do Amante eterno. O inferno, portanto, não é a experiência da ausência do amor de Deus. Deus ama sua criação com um amor eterno. Portanto, o amor de Deus está presente até no inferno. Mas no inferno as pessoas experimentam a presença do amor divino na forma de ira. [Porque Deus não odeia ninguém, ainda que seja no inferno, do mesmo modo que uma pessoa má faria, pois Deus é Amor, colchetes meus].

A declaração "Deus é amor" constitui a base para a nossa compreensão dos chamados atributos morais de Deus. Estes incluem termos como "graça", "misericórdia" e "longanimidade" – termos que falam da bondade de Deus. Todas essas palavras, no entanto, são mais bem vistas como várias tentativas de descrever as dimensões do caráter fundamental de Deus – o amor – conforme é experimentado por sua criação. Porque Deus é amor, Deus é bom – isto é, gracioso, misericordioso e longânimo – em tudo o que faz. Acima de tudo, porque Deus ama, ele busca a salvação e a renovação da criação caída.” Grenz, Stanley (2000).

 

O Espírito Santo e o Amor

Para se aprofundar no amor de Deus, vamos ver a relação do Espírito com o Amor Perfeito de Deus.

A Bíblia dá a entender que o Pai é a fonte da Divindade, que gerou eternamente o Filho e Dele procede eternamente o Espírito. A Bíblia diz também que o Filho é Sabedoria e Poder de Deus pelo apóstolo Paulo. Nessa mesma linha, também dá a entender que o Espírito Santo é Amor: Leia o ANEXO E – O ESPÍRITO SANTO E O AMOR, POR AGOSTINHO DE HIPONA.

Se ainda não ficou esclarecido com Agostinho, deixe-me tentar:

Alguém pode dizer que não se pode chamar o Espírito Santo de Amor pois Agostinho usava a tradução conhecida como Vulgata, e, porque, penso eu, como era a doutrina da salvação de alguns, “o amor precede a fé salvadora”. Portanto, vou explicar isso usando a ACF (Almeida Corrigida Fiel) com a ótica protestante da doutrina da salvação, em breves palavras, baseado no raciocínio de Agostinho, para mostrar que vale sim dizer que o Espírito Santo pode ser chamado de Amor:

1 João 4:7,8 “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”

Explicação. Qualquer que ama, como Deus é amor, é nascido de Deus, conhece a Deus, e recebeu esse amor de Deus.

1 João 4:12,13 “Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.”

Explicação. Como ninguém jamais viu a Deus, sabemos de outra forma (no caso, palpável e visível) que Deus está em nós, como? “Se nos amamos uns aos outros”. Se Deus está em nós, somos nascidos de novo e amamos os irmãos (1Jo 4.7,8 “qualquer que ama [já] é nascido de Deus e conhece a Deus”).

Em nós é perfeito o seu amor”: Como é Deus que está em nós, e Deus é amor, segue que o Amor que o nascido de novo tem dentro dele, que é Deus, é perfeito. Se o amor com que amamos os irmãos fosse um fruto imperfeito, não seria perfeito, mas o amor que é Deus, que está em nós, é perfeito (manifestado como fruto perfeito em 1Co 13) porque senão não seria Deus, que é absolutamente Perfeito e cuja essência é o Amor.

Leia 1Jo 4.12,13: “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito”. Agora voltemos um pouco no raciocínio: Como conhecemos que estamos nele (e ele em nós)?

1.      1. Conhecemos que estamos nele, e ele em nós ao amarmos os irmãos (1Jo 4.8 “Qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”; 1Jo 4.12 “Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós”), amor de natureza perfeita.

2.     2. E o que o apóstolo João complementa? Que sabemos que Deus está em nós, e nós Nele não só por Deus-Amor Perfeito estar em nós, e não só por manifestar o amor aos outros, mas: “nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.” Então também conhecemos que estamos nele e ele em nós por causa do Espírito Santo que habita em nós! Portanto, o Espírito Santo, que é Deus, é Amor. Pelo contexto, João relaciona claramente o Espírito Santo com o Amor perfeito de Deus, pois é por ambos que conhecemos que estamos nele e ele em nós! Sendo Deus (tanto o Pai, como o Filho, como o Espírito, como os Três juntos) Amor, quem mais propriamente seria chamado de Amor senão o Espírito Santo, pois o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5:5)?

3. Concluímos que o apóstolo diz que estamos em Deus e Deus em nós por causa do Seu Amor Perfeito em nós; estamos também em Deus, e Deus em nós, por causa do Seu Espírito. Portanto, o Espírito Santo em essência, é Amor, e não vejo problema em chamá-lo, humildemente e respeitosamente, assim.

 

Outros versículos que relacionam a forte relação do Espírito com o Amor:

Romanos 5:5 "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."

Romanos 15:30 "E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;"

Gálatas 5:22a "Mas o fruto do Espírito é: amor... "

Colossenses 1:8 "O qual nos declarou também o vosso amor no Espírito."

II Timóteo 1:7 “Pois Deus não nos deu um Espírito que produz temor e covardia, mas sim [...] amor [...]. (Nova Versão Transformadora, 2016).

I Pedro 1:22 "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;"

 

Ainda, se alguém pecar/blasfemar contra o Pai e o Filho pode-lhe ser perdoado, mas contra o Espírito Santo (que é Amor), não lhe será perdoado nem nesta vida, nem na vindoura. E por que isso? Justamente que aquele que pisa no amor de Deus, mesmo sendo também o Pai e o Filho também amor, recebe sua justa condenação.

Inclusive quem tem um relacionamento há muitos e muitos anos com o Espírito Santo, pois somos templos dele, sabe que Ele é Amor, e, seja nos abençoando diretamente e diariamente, seja nos guiando no coração, seja nos repreendendo quando pisamos fora do caminho, sabe que o Espírito nunca desistiu de nós, mas sempre nos envolve com Sua doce Presença.

Amém.

 

O Amor de Deus em Jacó Armínio

Continuando, Armínio, nas suas Obras de Armínio, Vol. 2 (2015), considera que um dos afetos primitivos de Deus é o amor, afeto de união em Deus. O amor é logicamente oposto ao ódio, afeto de separação em Deus, que flui do amor: “Uma vez que Deus ama, propriamente, a si mesmo e o bem da justiça e, pelo mesmo impulso, detesta a iniquidade; e uma vez que Ele ama, em segundo lugar, a criatura e a sua bem-aventurança e, nesse impulso, detesta a desgraça da criatura, isto é, deseja que ela seja removida da criatura, consequentemente, Ele detesta a criatura que persevera na injustiça e que ama a sua infelicidade.”

Unindo os conceitos de Stanley Grenz com Jacó Armínio, no qual o primeiro fala que Deus ama a todos, seja com amor ou com o ciúme do amor ou ira, e o último fala que Deus detesta ou “odeia” [odeia segundo Armínio significa estar separado Dele] a criatura que persevera na injustiça e que ama a sua infelicidade, concluo que o ciúme do amor ou ira de que fala Grenz pode ser identificado com o conceito de separação [“ódio”] de Deus para com o homem, segundo Armínio. Nesse livro trataremos que Deus ama a todos, seja com o amor íntimo, ou com o amor incondicional, ou com o amor em forma de ira.

Veja também a subseção “O Amor e Propósito de Deus versus a Eleição Calvinista” na doutrina da Salvação, seção “da Eterna Eleição de Deus”.

 

Os Atributos e a Essência de Deus

Depois de todos esses complexos raciocínios na doutrina de Deus, vale a pena refletirmos sobre a relação entre os atributos conhecidos e a essência/substância/natureza de Deus. Sabemos que a Bíblia com suas afirmações/atributos de Deus é a verdade absoluta pois foi inspirada pelo Espírito, e que a teologia, por sua vez, é limitada pela mente humana. Deste modo, o quanto podemos conhecer, de fato, na nossa mente limitada, a essência e o ser absoluto de Deus com absoluta certeza, pelos seus atributos? De acordo com Stanley Grenz (2000),

Em vez de afirmações estritas [de atributos] que pretendem representar um conhecimento objetivo e “científico” sobre Deus, os atributos são expressões que surgem da nossa experiência do Deus que se relaciona com os humanos e o mundo. Consequentemente, as descrições na forma de atributos são projetadas para facilitar e evocar louvores da comunidade de fé. Eles facilitam o louvor daqueles que conhecem a Deus de maneira pessoal. As afirmações atributivas não transmitem conhecimento da essência de Deus como uma realidade estática ou isolada do mundo [porém, se os atributos estão na Palavra (em contradição aos raciocínios e atributos construídos racionalmente por teólogos), que é inspirada, são verdade absoluta e pura realidade em Deus, colchetes meus, Roberto]. Em vez disso, as nossas descrições do Deus que conhecemos são tentativas de descrever o Deus em relacionamento. Através de tais declarações [baseadas na teologia e filosofia, colchetes meus], falamos sobre as relações eternas do Deus Triuno e a realidade de Deus no relacionamento com a criação, principalmente conosco. Deus não pode ser conhecido meramente por meio de uma compreensão intelectual de várias afirmações que pretendem descrever a sua natureza eterna. Assim, os vários atributos que os teólogos tradicionalmente atribuem a Deus não medeiam [de mediar, transmitir] o conhecimento de Deus. Deus é conhecido pessoalmente – como uma pessoa é conhecida – através do encontro pessoal, e nunca como um objeto que examinamos. Os atributos tradicionais de Deus funcionam como um lembrete útil da perfeição de Deus em comparação com seres humanos e o universo. Eles servem para mostrar a grandeza de Deus, quando comparamos Deus com o universo que ele criou. Grenz (2000).

Entretanto, a Escritura afirma e testifica que parte de Deus pode ser conhecido com certeza absoluta, mesmo na nossa mente limitada, pois Deus se revelou a nós de diversas maneiras. Por exemplo: Romanos 1:19-21a Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...

As afirmações, atributos e pensamentos de Deus declarados por Ele mesmo na Bíblia são verdade absoluta (Deus não pode mentir e a Escritura é inerrante), e por eles realmente conhecemos, mesmo na nossa mente limitada, parte da essência e da verdade absoluta de Deus em Si mesmo, como Ele é fora da criação, pois somos imagem Dele.

Mas, claro, como a Bíblia é verdade absoluta e a teologia não, afirmações concebidas racionalmente, de fora da bíblia, por seres humanos como nós – como as da teologia – não nos fazem compreender a essência de Deus em Si mesmo, como escreveu Stanley Grenz (2000) acima, mas foram concebidas racionalmente para edificação e para louvor da glória de Deus na terra. Porém, conhecemos o Senhor nosso Deus, de fato, não através de afirmações de atributos descritivos, mas através de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, pelo Espírito de amor.

Se uma criança não compreende com maestria as conversas de adultos com seus raciocínios, assim também nós não compreendemos plenamente o Senhor nosso Deus nesta vida, mas em parte - a Bíblia afirma que verdadeiramente conhecemos em parte, e isso não é ilusão, nem relativo (1Coríntios 13:12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então [na eternidade] veremos face a face; agora conheço em parte, mas então [na eternidade] conhecerei como também sou conhecido). A verdade absoluta é a Palavra de Deus. E ela também diz que devemos ser humildes como meninos para entrarmos no Reino dos céus.

Veja também a conclusão da subseção 10.5.2.2 Os Decretos de Deus, da relação do nosso conhecimento atual com a Mente de Deus.

Para olhar para a plenitude de Deus, basta olhar para Cristo, o resplendor da Glória de Deus e a expressa imagem do Pai. Cristo nos revelou tudo o que ouviu do Pai, pelo Espírito, conforme a Escritura.

 

A Essência de Deus

Depois de tudo isso, podemos concluir e avançar um pouco no raciocínio. Assim como uma pessoa qualquer (como eu e você) não pode ser conhecida meramente por afirmações, ainda que sejam verdadeiras afirmações de nossa pessoa, assim também não conhecemos a Deus verdadeiramente e intensamente apenas com afirmações de atributos, mas conhecemos o que de Deus se pode conhecer (o que Ele se revelou Dele mesmo) com um relacionamento pessoal com Jesus Cristo pelo Espírito Santo na preparação de Deus Pai.

O nome Yahweh em Êxodo 3 dito por Deus mesmo (que é Ehyeh) significa EU SOU (lembre-se de que o nome de Deus dito por uma criatura, Yahweh, significa Ele É). Desta maneira, a essência de Deus também reside no fato de que Deus é o Ser Absoluto, a própria “Realidade Absoluta(Piper, John, 2020, Who Is Yahweh?), compartilhada entre as três Pessoas da Trindade. Deus é criador de tudo, causador de tudo; tudo o que existe existe Nele. O apóstolo Paulo disse em Atos 17 que “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos”, “pois ele [Deus] mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas”.

A essência de Deus, além do significado de Ser Absoluto – o Eu Sou (do qual todas as coisas, substâncias e seres derivam) – conforme João indica, conforme a Pessoa e o sacrifício de Cristo, conforme o relacionamento com o Espírito diariamente, e conforme o relacionamento com o Pai em oração claramente indicam é o AMOR (1João 4).

Mas eu discordo de Agostinho que isso signifique com todas as letras que o Espírito é o amor em que o Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai conforme escreveu Agostinho, pois o Espírito é uma Pessoa também, e para mim também faz sentido que, sendo três Pessoas (e baseado na teoria social da Trindade), o Pai também ama o Espírito e vice-versa e o Filho também ama o Espírito e vice-versa.

É claro que o Espírito é Amor também, como o Pai é a fonte da Divindade e como o Filho é o Poder, Sabedoria e Palavra de Deus, mas não podemos extrapolar com isso, pois, acima de tudo, o Pai, Filho e Espírito são três Pessoas, que falam, pensam, agem, interagem etc. que se relacionam entre Si e conosco e que são ligados pela essência divina de Deus que se chama Yahweh - a realidade absoluta, o Eu Sou, o ser Absoluto em Amor (sem rejeitar o ciúme benigno do amor de Deus).

Portanto, em contradição com a realidade do mundo longe de Deus, o que vejo e creio que é possível de se afirmar com precisão, olhando toda a Bíblia, toda a cosmovisão cristã, todo o histórico da Igreja, e todo o relacionamento de Deus com seu povo por Cristo e pelo Espírito Santo, unindo o significado do nome de Deus, Yahweh (de Êxodo 3), com o Novo Testamento, que trouxe luz ao Antigo, é que Deus Triuno é a Realidade Absoluta (da qual originalmente todas as outras realidades derivam) regida por Amor e que permanece eternamente em Amor.

Amém!

atualizado 16h25 horário de Brasília, 2/abr/24.


segunda-feira, 1 de abril de 2024

Atualização na seção 7.2.1 Acerca do nome 'Lucifer'.

 Graça e paz.

Venho por meio desta corrigir o que havia escrito anteriormente...

Finalmente melhorado isso.

Ainda estou atualizando a Teologia Sistemática nas seções da Trindade.


7.2.1 Acerca do Nome “Lúcifer”

Alguns chamam Satanás (que significa adversário) ou Diabo (que significa acusador), antes da sua queda, de ‘Lúcifer’ (o que não é um nome próprio de um anjo no texto original da Bíblia – como, por exemplo, Gabriel ou Miguel – mas significa somente expressões como “estrela da manhã” ou “portador de luz” a partir da palavra hebraica “heylel”).

Esse apelido de Satanás, enquanto anjo de luz de Lúcifer, ou seja, estrela da manhã, foi baseado na tradução de Isaías 14:12 da Bíblia para o latim que foi traduzida por Jerônimo no final do séc. IV (ou início do séc. V), chamada de “Vulgata Latina”. Embora Jerônimo não tenha escrito a palavra ‘lucifer’ (em latim não tem acento) com letra maiúscula (que seria um nome próprio) em Isaías 14:12, mas com letra minúscula, ou seja, ainda que Jerônimo tenha escrito apenas “estrela da manhã” em latim no texto, a tradição e interpretação da época (cf. Lucas 10.18), que lembramos que era muito mística, atribuiu essa palavra, lucifer de Isaías 14.12, a Satanás antes de sua queda – mas isso não é bíblico, não está nos originais em hebraico – o contexto claramente diz que fala do rei da Babilônia, e não de Satanás.

Tanto é que a tradição adotou tal nome para Satanás nesse trecho que uma das versões posteriores da vulgata, a Bíblia Vulgata Clementina em sua versão eletrônica, uma das bíblias oficiais da Igreja Católica, cuja referência é “Biblia Sacra juxta Vulgatam Clementinam” (2006, “https://www.wilbourhall.org/pdfs/vulgate.pdf”, pág. 849 (Is. 14.12); acesso em mar. 2024”) traduziu e adotou “Lucifer” em Isaías 14:12 como nome próprio (L maiúsculo – dirigido a Satanás), e não como expressão que significa estrela da manhã ou equivalente (L minúsculo – dirigido ao rei da Babilônia). Em outras referências da vulgata (não sendo Isaías 14.12), a palavra ‘lucifer’ é associada a expressões como ‘estrela da manhã’, ‘portador da luz’, etc.

Resumindo: a expressão “estrela da manhã” em português é equivalente em latim a “lucifer” (sem o acento em latim, com a inicial minúscula), mas a palavra Lucifer com L maiúsculo seria um nome próprio fictício adotado pela tradição da igreja aproximadamente após o século V.

Se não é bíblico, Satanás nunca deve ter sido chamado de Lucifer no céu, da mesma maneira como Gabriel e Miguel são chamados de Gabriel e Miguel, na terra e no céu – mas a tradição adotou isso, e de fora da Bíblia inspirada nas línguas originais. Tanto que “estrela da manhã” é um título de CRISTO em Apocalipse 22.16. Ainda, alguns católicos na Páscoa (com as cerimônias em latim) chamam Deus de lucifer, mas com letra minúscula (o que significa apenas “estrela da manhã” e não um nome próprio), e não estão errados nesse cântico, pois Deus é Luz, é como uma estrela da manhã. E Cristo é Filho da Luz, Luz de Luz, Deus de Deus, também estrela da manhã.

Antigamente, antes da Vulgata e antes da tradição que adotou o nome Lucifer para Satanás, davam-se nomes aos filhos de Lucifer, para dizer que eram como estrelas da manhã (assim como muitos de nós nomeamos nossos filhos com nomes que significam bênçãos), tanto é que até existiu no século IV um bispo chamado Lucifer, que hoje é idolatrado como santo da igreja católica. Todavia, como pegou esse apelido infame para o Satanás no imaginário popular (até entre muitos teólogos evangélicos), não vale a pena mencionar hoje essa palavra em latim nem compará-la com outra coisa.

O trecho que em algumas bíblias aparece o nome próprio/título/apelido incorreto de Satanás como Lúcifer (em português tem acento, em latim, não) é Isaías 14:12.

 

Versões incorretas neste trecho (Lúcifer como nome próprio):

Bíblia Vulgata Clementina Eletrônica (2006 [latim])Quomodo cecidisti de cælo, Lucifer, qui mane oriebaris ? corruisti in terram, qui vulnerabas gentes ?”

Bíblia ACF (2007, 2011 [português]) “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”

Bíblia King James (KJV, 1611 [inglês antigo]) “How art thou fallen from heaven, O Lucifer, son of the morning! how art thou cut down to the ground, which didst weaken the nations!

 

Versões corretas – tradução fiel (grande maioria):

Bíblia NVI (2001) “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações!”

Bíblia ARC (2009) “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!”

Bíblia NVT (2016) “Como você caiu dos céus, ó estrela brilhante, filho da alvorada! Foi lançado à terra, você que destruía as nações.”

Bíblia ARA (1993) “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!”

 

Até a Bíblia ACF em versões anteriores, sem alguma influência errônea e infeliz externa, havia traduzido isso corretamente:

Bíblia ACF (1994, 1995) “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”

 

E, além disso, esse trecho não fala propriamente de Satanás, visto que essa pessoa que era como uma “estrela da manhã” “debilitava as nações”, e, como Satanás foi certamente criado dentro dos seis dias de vinte e quatro horas, e não na eternidade, não havia nações para ele debilitar. Isaías 14.16 (mesmo capítulo) diz: “É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?” fala que o trecho fala de um homem, não anjo. Matthew Henry (1706) diz: Isso tem sido comumente aludido (e é uma mera alusão) para ilustrar a queda dos anjos, que eram como estrelas da manhã (Jó 38.7). O Dicionário do Google, acessado em 2019, fala que alusão é uma referência vaga, de maneira indireta, ou uma avaliação indireta de uma pessoa ou fato, pela citação de algo que possa lembrá-lo. Assim, fico com Matthew Henry, que, como ele diz, esse trecho claramente fala da soberba do rei da Babilônia, que realmente debilitou as nações. Vejamos o contexto:

Isaías 14:4 Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!

Isaías 14:22 Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome...

 

Já para o Satanás, existem textos como Ezequiel 28.12-18, especialmente Ezequiel 28.14 (querubim ungido), que é uma lamentação para o rei de Tiro, e que, bem provavelmente, encaixa com o caráter de Satanás também. Deus pode, na minha opinião, ter escrito o livro de Ezequiel 28.12-18 para ambos, caso Ele quisesse. Mesmo assim, não há base forte para classificar Satanás como um querubim ungido, pois não é repetido no Novo Testamento, nem em qualquer outro lugar.


sábado, 30 de março de 2024

Próxima atualização (sem. que vem)

 Graça e paz a todos! Quatro tópicos abaixo para as próximas e IMPORTANTÍSSIMAS atualizações.

1. Semana que vem atualizarei meus livros sobre a Trindade acerca da Cláusula Filioque (procedência do Espírito também do Filho):

O Espírito Santo procede apenas do Pai, ou do Pai e do Filho? Resposta: ambos estão corretos, dependendo do significado atribuído ao verbo proceder:

No quesito de receber sua Divindade, conforme a Escritura, o Espírito é procedente apenas do Pai (o Pai é a fonte da Divindade, ou seja, a causa do Filho e do Espírito). No quesito mais abrangente do termo "proceder", conforme a comunhão da mesma essência (ou substância) entre as três Pessoas da Trindade, em que a Bíblia também é extremamente clara, o Espírito Santo é o Espírito do Pai e do Filho, procedente tanto do Pai como do Filho ("pois o Espírito é dado, revelado, manifesto, advém e é conhecido pelo Filho", conforme Gregório Palamas). Amém.

Gregório Palamas, Tomo (1351 apud Migne, J. P., Patrologiae cursus completus, series graeca, Paris (Apology 142.262C-D, 1857-1866) apud Papadakis, Aristeides (1983, Crisis in Byzantium: The Filioque Controversy in the Patriarchate of Gregory II of Cyprus (1283-1289), New York: Fordham University Press, pág. 91)).

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2. Também deixo a fonte da citação de Richard Swinburne, The Social Theory of The Trinity, 2018, Oxford.(Anexo - uma teoria racional para o entendimento da Trindade Cristã)

https://ora.ox.ac.uk/objects/uuid:1e1611a1-9bbb-4d35-8aa8-d61d6aa796ba/files/mfadfbc45c14102afc622ba840d691a9f

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E, penso em remover parte da conclusào da citação de Stanley Grenz baseado em Agostinho de que a Essência de Deus é o Espírito Santo. 

Estive meditando intensamente no Senhor, e realmente creio que:

A) a essência de Deus conforme João indica e conforme o sacrifício de Cristo claramente indica é o Amor.

Mas eu acho que isso não significa com todas as letras que o Espírito é o amor em que o Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai conforme escreveu Agostinho, pois o Espírito é uma Pessoa também, e pra mim também faz sentido que, sendo três Pessoas (e baseado na teoria social da Trindade), o Pai também ama o Espírito e vice-versa e o Filho também ama o Espírito e vice-versa.

É claro que o Espírito é Amor também, como o Pai é a fonte da Divindade e como o Filho é o Poder, Sabedoria e Palavra de Deus, mas não podemos extrapolar com isso, pois, acima de tudo, o Pai, Filho e Espírito são três Pessoas, três centros de consciência e mente etc. que se relacionam entre Si e conosco e que são ligados pela essência divina de Deus que se chama Yahweh - a realidade absoluta, o Eu Sou, o ser Absoluto.

B) a essência de Deus também está baseada no nome Yahweh (Ele É / Eu Sou) - ser Absoluto, subsistente, Ele É a própria realidade absoluta em que vivemos cf. Atos 17 (John Piper afirma isso também).

C) Estou orando para Deus me guiar e me iluminar com mais um parágrafo conectando A e B acima. 

Amém.

D) E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. (Mateus 26:39 acf): Cristo, como tem duas naturezas, a divina e a humana, tem duas vontades também.

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Vou retirar a fonte Yahweh Ministries também, descobri que é uma seita pseudocristã. Paciência.


quarta-feira, 27 de março de 2024

Livros gratuitos na apple (finalmente)

 Olá, graça e paz a todos!

Meus 29 livros finalmente estão gratuitos na loja apple br. Que sejam para a glória de Deus, amém!

sexta-feira, 15 de março de 2024

Livros gratuitos

Prezados,

Coloquei uma promoção nos meus livros, estão programados para logo estarem todos gratuitos na apple, smashwords.com e outras livrarias (exceto amazon e cópia física no clubedeautores.com.br).

A Teologia Sistemática também estará gratuita, mas demorará até uma semana para ser atualizada à segunda edição nas livrarias (processo de revisão).

Por enquanto, essa promoção não tem tempo para acabar, é por tempo ilimitado.

Estou em paz com isso.

Roberto


quarta-feira, 6 de março de 2024

Presentinho para os visitantes do meu blog - 24/mar/24

Graça e paz!
Eis um presente para os visitantes do blog (não sei até quando deixarei aqui):

Teologia Sistemática Interdenominacional, 2º ed. (mar. 2024), atualizado 24/3/24:



Atualizado em 24/3/24: Seção "Acerca do Nome "Lúcifer"", com algumas explicações adicionais.

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Atualização de 10/mar/24 

Os Atributos e a Essência de Deus

Depois de todos esses complexos raciocínios na doutrina de Deus, vale a pena refletirmos sobre a relação entre os atributos conhecidos e a essência/substância/natureza de Deus. Sabemos que a Bíblia com suas afirmações/atributos de Deus é a verdade absoluta pois foi inspirada pelo Espírito, e que a teologia, por sua vez, é limitada pela mente humana. Deste modo, o quanto podemos conhecer, de fato, na nossa mente limitada, a essência e o ser absoluto de Deus com absoluta certeza, pelos seus atributos? De acordo com Stanley Grenz (2000),

Em vez de afirmações estritas [de atributos] que pretendem representar um conhecimento objetivo e “científico” sobre Deus, os atributos são expressões que surgem da nossa experiência do Deus que se relaciona com os humanos e o mundo. Consequentemente, as descrições na forma de atributos são projetadas para facilitar e evocar louvores da comunidade de fé. Eles facilitam o louvor daqueles que conhecem a Deus de maneira pessoal. As afirmações atributivas não transmitem conhecimento da essência de Deus como uma realidade estática ou isolada do mundo [porém, se os atributos estão na Palavra (em contradição aos raciocínios e atributos construídos racionalmente por teólogos), que é inspirada, são verdade absoluta e pura realidade em Deus, colchetes meus, Roberto]. Em vez disso, as nossas descrições do Deus que conhecemos são tentativas de descrever o Deus em relacionamento. Através de tais declarações [baseadas na teologia e filosofia, colchetes meus], falamos sobre as relações eternas do Deus Triuno e a realidade de Deus no relacionamento com a criação, principalmente conosco. Deus não pode ser conhecido meramente por meio de uma compreensão intelectual de várias afirmações que pretendem descrever a sua natureza eterna. Assim, os vários atributos que os teólogos tradicionalmente atribuem a Deus não medeiam [de mediar, transmitir] o conhecimento de Deus. Deus é conhecido pessoalmente – como uma pessoa é conhecida – através do encontro pessoal, e nunca como um objeto que examinamos. Os atributos tradicionais de Deus funcionam como um lembrete útil da perfeição de Deus em comparação com seres humanos e o universo. Eles servem para mostrar a grandeza de Deus, quando comparamos Deus com o universo que ele criou. Grenz (2000).

Entretanto, a Escritura afirma e testifica que parte de Deus pode ser conhecido com certeza absoluta, mesmo na nossa mente limitada, pois Deus se revelou a nós de diversas maneiras. Por exemplo: Romanos 1:19-21a Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...

As afirmações, atributos e pensamentos de Deus declarados por Ele mesmo na Bíblia são verdade absoluta (Deus não pode mentir e a Escritura é inerrante), e por eles realmente conhecemos, mesmo na nossa mente limitada, parte da essência e da verdade absoluta de Deus em Si mesmo, como Ele é fora da criação, pois somos imagem Dele.

Mas, claro, como a Bíblia é verdade absoluta e a teologia não, afirmações concebidas racionalmente, de fora da bíblia, por seres humanos como nós – como as da teologia – não nos fazem compreender a essência de Deus em Si mesmo, como escreveu Stanley Grenz (2000) acima, mas foram concebidas racionalmente para edificação e para louvor da glória de Deus na terra. Porém, conhecemos o Senhor nosso Deus, de fato, não através de afirmações de atributos descritivos, mas através de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, pelo Espírito de amor.

Se uma criança não compreende com maestria as conversas de adultos com seus raciocínios, assim também nós não compreendemos plenamente o Senhor nosso Deus nesta vida, mas em parte - a Bíblia afirma que verdadeiramente conhecemos em parte, e isso não é ilusão, nem relativo (1Coríntios 13:12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então [na eternidade] veremos face a face; agora conheço em parte, mas então [na eternidade] conhecerei como também sou conhecido). A verdade absoluta é a Palavra de Deus. E ela também diz que devemos ser humildes como meninos para entrarmos no Reino dos céus.

Veja também a conclusão da subseção 10.5.2.2 Os Decretos de Deus, da relação do nosso conhecimento atual com a Mente de Deus.

Para olhar para a plenitude de Deus, basta olhar para Cristo, o resplendor da Glória de Deus e a expressa imagem do Pai. Cristo nos revelou tudo o que ouviu do Pai, pelo Espírito, conforme a Escritura.


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hoje, 7/3/24: Bìblia NVI foi publicada no ano 2001, não 2000; NVT inserida, e foi publicada em 2016, não 2018. Um versículo da NVT na seção Deus é Amor (abaixo).


1. Doutrina de Deus (Nome de Deus, seções 3.2.); (incorporei o livro do outro post dentro do livro, com melhorias até dia 5);

2. Doutrina de Deus também, seção 3.6 (Deus É Amor):

Outros versículos que relacionam a forte relação do Espírito com o Amor:

Romanos 5:5 "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."

Romanos 15:30 "E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;"

Gálatas 5:22a "Mas o fruto do Espírito é: amor... "

Colossenses 1:8 "O qual nos declarou também o vosso amor no Espírito."

II Timóteo 1:7 “Pois Deus não nos deu um Espírito que produz temor e covardia, mas sim [...] amor [...]. (Nova Versão Transformadora, 2016).

I Pedro 1:22 "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;"

3. Referências Bibliográficas (acrescentadas umas 5-6).

4. Figuras das seções 10.7.3 (conclusão da soteriologia - o processo de salvação); e da seção 13.4 (Como Deus forma o futuro, do capítulo extra)

5. Um monte de detalhezinhos sem importância.