Prezados, graça e paz.
Estive relendo Apocalipse, e vi que dois versículos eu não havia explicado, nem citado fonte alguma que os explicasse, então (depois de muitas horas) está aí:
https://www.mediafire.com/file/itbai2ywsgb0y7y/teologia+sistemática+interdenominacional+4-12-23.zip/file
https://www.mediafire.com/file/n2dh4fz4aqjg5xn/ZIP+26+LIVROS+(sem+a+T.S.)+ROBERTO+FIEDLER+ROSSI+EM+4+DE+DEZEMBRO+DE+2023.zip/file
6 errinhos bestas de português corrigidos em dezembro.
Conteúdo aprimorado (2 citações de Beale e Campbell, Revelation, 2015, google livros):
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12.13.1 Selos,
Trombetas e Taças de Apocalipse
Deixo essa seção para que os irmãos tenham uma noção acerca
do assunto. Antes de ler essa seção favor ler 12.2 Apocalipse Tem Muitas
Alegorias, Pois É Uma Revelação. Adams, Jay. The Time is at Hand. Timeless
Texts. 2000. Os colchetes são meus comentários. Segundo Jay Adams:
Podemos
dividir Apocalipse em duas seções:
Seção
1. O primeiro inimigo e sua derrota. A história da perseguição judaica e a
destruição de Jerusalém (caps. 6-11).
Seção
2. O segundo inimigo e sua derrota. A história da perseguição romana e a
destruição de Roma (caps. 13-19).
Primeiro
ao quarto selo (Conquista, Guerra, Fome e Morte). Os selos não são
cronológicos. Ver os paralelos da Escritura para saber os significados:
Lucas
21.9-11 E, quando ouvirdes de guerras e
sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isto aconteça primeiro,
mas o fim não será logo. Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e
reino contra reino; E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e
pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
Ezequiel
14.21 Porque assim diz o Senhor
Deus: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, a fome,
as feras, e a peste, contra Jerusalém, para cortar dela homens e feras?
[Apenas isso].
Quinto
selo: Situação difícil dos mártires, sem ação.
Sexto
selo (Ap 6.12-17 comparado com Lucas 23.27-30): Julgamento dos perseguidores
judeus, queda da antiga ordem e entrada da nova aliança (Mat. 24 e Pedro
citando Joel em Atos 2).
Começam
as trombetas: cap. 8 (as orações dos santos foram atendidas). Julgamentos
parciais começam a acontecer. As primeiras quatro pragas para a natureza:
julgamento indireto; as três próximas ao homem: julgamento direto (três ais).
As primeiras provavelmente dizem respeito a vários anos de devastação e
pilhagens antes da destruição de Jerusalém. Neste período, a terra sofreu
terrivelmente. O primeiro ai provavelmente significa a epidemia de doenças, o
que sempre acompanhou guerra e cerco. Comparar Ap. 9.6 com Lucas 23.27-30 e Ap.
6.16. O segundo ai pode ser interpretado como invasão por si mesma. No cap. 11,
pode-se ver que Jerusalém ainda está de pé (Ap 11.1-2, 8, 11 cidade). O último
ai é a destruição de Jerusalém, na sétima trombeta (cap. 11.15-19). A cidade
cai, o templo é destruído. O império mundial, assim como a teocracia nacional
(a parte do Antigo Testamento), foi abolido quando o templo foi destruído. Deus
inaugurou seu próprio reino, e começou a reinar. Cristianismo apenas começou
como religião mundial (ou reino) depois que foi desassociado do judaísmo em 70
AD. Graças te damos, Senhor Deus
Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande
poder, e reinaste. Chegou o tempo dos mortos: as almas debaixo do altar
foram julgadas e vingadas em resposta às suas orações (cap. 6).
[Complemento
Jay Adams dizendo que é possível ver a diferença entre as pragas das trombetas
para com a das taças: ainda que algumas sejam semelhantes, as pragas das
trombetas destroem “um terço” da terra, e as pragas das taças destroem “toda a
terra”. O que isso quer dizer? Quer dizer que são para locais diferentes, um
menor e, depois, um maior: Simplesmente, confirmando Adams, que as trombetas
(até o cap. 11) eram para a destruição de Jerusalém e arredores (local pequeno
comparado ao império – simbolicamente “um terço da terra”), e que as taças
(Cap. 15 em diante) foram julgamentos para o Império Romano como um todo (local
grande – simbolicamente “toda a terra”)].
[Vamos
direto ao capítulo 15]. As taças da ira, que estiveram enchendo pelos anos,
estão agora cheias. O grande Rei das Nações triunfará sobre os reis do mundo e
seu império. Cap. 16 descreve os julgamentos sobre Roma e sua queda [faz um
paralelo com as trombetas da seção um, porém agora escreve acerca de Roma, e
não Jerusalém]. As quatro primeiras taças são julgamentos para o Império como
um todo. A quinta taça é jogada sobre Roma mesmo, o trono da besta. A
terminologia da profecia do sexto anjo relembra o início do fim da Babilônia. O
anjo prediz a queda de Roma em termos desta original potência mundial [antiga
Babilônia] por boa razão (Ap 18.2), pois é o fim do império mundial satânico.
Isto começou com Babilônia [a cabeça da visão de Daniel], e termina com o reino
de Deus, que destrói a imagem, e a quebra em pedaços. Claramente Roma logo
cessou de ser o centro do domínio mundial, e, como Babilônia, caiu totalmente
de sua posição de ascendência. Em 476, Roma chegou ao seu merecido e terrível
fim [pelos bárbaros].
Os comentadores de Apocalipse Beale e Campbell (2015) também
escreveram, concordando nisso com Jay Adams, que João baseou-se, para escrever
o julgamento da besta de Apocalipse, no julgamento sobre Babilônia do passado.
Vamos tomar como exemplo Apocalipse 16.12, que não havia explicado
adequadamente no livro até agora:
O ai da sexta taça (E o sexto anjo derramou a sua taça
sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o
caminho dos reis do oriente. Apocalipse 16:12) é retratado de acordo com a
descrição do julgamento de Deus sobre a Babilônia e a restauração de Israel,
que por sua vez foi modelada após a secagem do Mar Vermelho no êxodo (cf. Êx
14.21-22 com Is 11.15; 44.27; 50.2; 51.10). O Antigo Testamento profetizou que
esse julgamento incluiria o ressecamento do rio Eufrates (Is 11.15; 44.27-28;
Jr. 50.38; 51.36; cf. Zc 10.11). A profecia foi cumprida literalmente por Ciro,
que desviou as águas do Eufrates (Is 44.27-28). Isso permitiu que seu exército
cruzasse as águas agora rasas do rio, entrasse inesperadamente na cidade e
derrotasse os babilônios.
A ideia aqui é que Deus, como fez nos dias de Ciro, secará
as águas do rio que protegem e nutrem Babilônia [agora Roma, colchetes meus] para
permitir que os reis da terra, sob influência demoníaca imediata, mas em última
análise sob o controle soberano de Deus, se reúnam juntos para que a Babilônia [Roma]
seja derrotada [o que ocorreu no passado] e para que o reino eterno Dele e o
reinado dos Seus santos sejam estabelecidos [de modo pleno].
Beale e Campbell (2015).
Deste
modo, como cremos, e como escreveu Jay Adams, 2000 (“A terminologia da
profecia do sexto anjo relembra o início do fim da Babilônia. O anjo prediz a
queda de Roma em termos desta original potência mundial [antiga Babilônia] por
boa razão (Ap 18.2), pois é o fim do império mundial satânico.”), baseado
no parágrafo anterior, assim como Ciro venceu a Babilônia passando pelo rio
Eufrates, também depois, durante o julgamento de Roma, na sexta taça da ira de
Apocalipse, os povos que derrotaram o Império Romano no passado também foram
usados para julgamento semelhante vindo da parte de Deus, isto é, alguns dos reis
chamados por João de “reis do oriente” [sabe-se que foram os bárbaros] com seus
exércitos de algum modo tiraram a “proteção” [como o Rio Eufrates era para a
Babilônia] do Império Romano, de modo que invadiram Roma, que já estava
fragilizada pelas guerras civis, e esse foi o fim do Império Romano do
Ocidente. Assim como Deus usando-se de Ciro restaurou as terras a Israel (povo)
depois de sua vitória sobre os babilônios, também a queda do Império Romano foi
uma vitória de Cristo, do exército de Cristo (que é a Igreja, o Israel de Deus
cf. Gálatas 6.16 cf. seção 12.17 Acerca do Povo de Deus. O Israel de Deus),
guerreado pela proclamação da Palavra de Deus (conforme seção anterior 12.13
Acerca da Batalha de Apocalipse 19...), usando-se dos bárbaros como
ferramenta de juízo, que fez com que o Reino de Cristo fosse o único reino
global ou mundial (portanto, claro, não existirá mais nenhum outro império
mundial nesta terra) no lugar do cambaleante Império Romano, e que fez com que
o evangelho, por mais de mil anos, chegasse cada vez mais a todos os povos,
tribos, línguas e nações de toda a terra para a glória de Deus e a salvação de
muitas almas através dos missionários espalhados pela terra. Como já dito por
Daniel, “Mas, nos dias desses reis [nos dias do Império Romano], o
Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não
passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo
subsistirá para sempre... Daniel 2:44”. O único império global ou mundial
que existe hoje ou existirá no futuro é o reino de Deus e do seu Cristo. Amém.
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Outro conteúdo aprimorado:
12.26 Acerca do Céu e da Nova Jerusalém
Assim,
irmãos, vemos que o próprio céu descrito na Palavra de Deus é algo fora da
nossa imaginação, algo que os olhos não podem contemplar. Se a própria Nova
Jerusalém é identificada com a Igreja santa, sem ruga nem mácula, a Bíblia não
nos diz nada literal do que será no novo céu e nova terra: Nos novos céus e
terra “o mar já não existe.” (Ap 21.1b). Segundo Beale e Campbell (2015):
Quando a nova criação chegar não haverá mais qualquer ameaça
de Satanás, ameaça de nações rebeldes, ou morte – nunca mais no novo mundo – de
modo que não haverá espaço para o mar como o lugar dos mortos. Também não
haverá mais práticas comerciais idólatras usando o mar como avenida principal.
Mesmo a percepção do mar literal como uma parte turva e indisciplinada da
criação de Deus não é mais apropriada no novo cosmos, uma vez que o novo cosmos
será caracterizado pela paz. Contudo, haverá um lago de castigo ardente (Ap
20:10, 14-15), mas estará localizado enigmaticamente fora dos perímetros
geográficos dos novos céus e terra (Ap 21:27; 22:15).
A nuance maligna do mar representa metaforicamente toda a
gama de aflições que anteriormente ameaçavam o povo de Deus no velho mundo. A
alusão a Isaías 65:17 em Ap 21:1 e Ap 21:4b e a Is 65:19 em Ap 21:4b confirma
[isso].
Isto significa que a presença de um mar literal na nova
criação não seria inconsistente com o figurativo “o mar já não existe” em Ap 21:1.
Beale e Campbell (2015).
Conclusão
Este capítulo fez uma
sistematização do pensamento amilenista preterista-parcial, com alguns toques
personalizados. Este capítulo, se bem entendido, possibilita entender toda a
profecia em linhas gerais (com bom senso) do livro de Apocalipse, Mateus 24 e
Daniel concernente aos últimos tempos.
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Amém.