sábado, 2 de dezembro de 2023

Teologia Sistemática aprimorada na Escatologia (3 seções)

Prezados, graça e paz.

Estive relendo Apocalipse, e vi que dois versículos eu não havia explicado, nem citado fonte alguma que os explicasse, então (depois de muitas horas) está aí:

https://www.mediafire.com/file/itbai2ywsgb0y7y/teologia+sistemática+interdenominacional+4-12-23.zip/file

https://www.mediafire.com/file/n2dh4fz4aqjg5xn/ZIP+26+LIVROS+(sem+a+T.S.)+ROBERTO+FIEDLER+ROSSI+EM+4+DE+DEZEMBRO+DE+2023.zip/file

6 errinhos bestas de português corrigidos em dezembro.

Conteúdo aprimorado (2 citações de Beale e Campbell, Revelation, 2015, google livros):

Livro de escatologia atualizado no mediafire (apple leva uma semana).

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12.13.1 Selos, Trombetas e Taças de Apocalipse

Deixo essa seção para que os irmãos tenham uma noção acerca do assunto. Antes de ler essa seção favor ler 12.2 Apocalipse Tem Muitas Alegorias, Pois É Uma Revelação. Adams, Jay. The Time is at Hand. Timeless Texts. 2000. Os colchetes são meus comentários. Segundo Jay Adams:

Podemos dividir Apocalipse em duas seções:

Seção 1. O primeiro inimigo e sua derrota. A história da perseguição judaica e a destruição de Jerusalém (caps. 6-11).

Seção 2. O segundo inimigo e sua derrota. A história da perseguição romana e a destruição de Roma (caps. 13-19).

Primeiro ao quarto selo (Conquista, Guerra, Fome e Morte). Os selos não são cronológicos. Ver os paralelos da Escritura para saber os significados:

Lucas 21.9-11 E, quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas o fim não será logo. Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.

Ezequiel 14.21 Porque assim diz o Senhor Deus: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, a fome, as feras, e a peste, contra Jerusalém, para cortar dela homens e feras?

[Apenas isso].

Quinto selo: Situação difícil dos mártires, sem ação.

Sexto selo (Ap 6.12-17 comparado com Lucas 23.27-30): Julgamento dos perseguidores judeus, queda da antiga ordem e entrada da nova aliança (Mat. 24 e Pedro citando Joel em Atos 2).

Começam as trombetas: cap. 8 (as orações dos santos foram atendidas). Julgamentos parciais começam a acontecer. As primeiras quatro pragas para a natureza: julgamento indireto; as três próximas ao homem: julgamento direto (três ais). As primeiras provavelmente dizem respeito a vários anos de devastação e pilhagens antes da destruição de Jerusalém. Neste período, a terra sofreu terrivelmente. O primeiro ai provavelmente significa a epidemia de doenças, o que sempre acompanhou guerra e cerco. Comparar Ap. 9.6 com Lucas 23.27-30 e Ap. 6.16. O segundo ai pode ser interpretado como invasão por si mesma. No cap. 11, pode-se ver que Jerusalém ainda está de pé (Ap 11.1-2, 8, 11 cidade). O último ai é a destruição de Jerusalém, na sétima trombeta (cap. 11.15-19). A cidade cai, o templo é destruído. O império mundial, assim como a teocracia nacional (a parte do Antigo Testamento), foi abolido quando o templo foi destruído. Deus inaugurou seu próprio reino, e começou a reinar. Cristianismo apenas começou como religião mundial (ou reino) depois que foi desassociado do judaísmo em 70 AD. Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. Chegou o tempo dos mortos: as almas debaixo do altar foram julgadas e vingadas em resposta às suas orações (cap. 6).

[Complemento Jay Adams dizendo que é possível ver a diferença entre as pragas das trombetas para com a das taças: ainda que algumas sejam semelhantes, as pragas das trombetas destroem “um terço” da terra, e as pragas das taças destroem “toda a terra”. O que isso quer dizer? Quer dizer que são para locais diferentes, um menor e, depois, um maior: Simplesmente, confirmando Adams, que as trombetas (até o cap. 11) eram para a destruição de Jerusalém e arredores (local pequeno comparado ao império – simbolicamente “um terço da terra”), e que as taças (Cap. 15 em diante) foram julgamentos para o Império Romano como um todo (local grande – simbolicamente “toda a terra”)].

[Vamos direto ao capítulo 15]. As taças da ira, que estiveram enchendo pelos anos, estão agora cheias. O grande Rei das Nações triunfará sobre os reis do mundo e seu império. Cap. 16 descreve os julgamentos sobre Roma e sua queda [faz um paralelo com as trombetas da seção um, porém agora escreve acerca de Roma, e não Jerusalém]. As quatro primeiras taças são julgamentos para o Império como um todo. A quinta taça é jogada sobre Roma mesmo, o trono da besta. A terminologia da profecia do sexto anjo relembra o início do fim da Babilônia. O anjo prediz a queda de Roma em termos desta original potência mundial [antiga Babilônia] por boa razão (Ap 18.2), pois é o fim do império mundial satânico. Isto começou com Babilônia [a cabeça da visão de Daniel], e termina com o reino de Deus, que destrói a imagem, e a quebra em pedaços. Claramente Roma logo cessou de ser o centro do domínio mundial, e, como Babilônia, caiu totalmente de sua posição de ascendência. Em 476, Roma chegou ao seu merecido e terrível fim [pelos bárbaros].

Os comentadores de Apocalipse Beale e Campbell (2015) também escreveram, concordando nisso com Jay Adams, que João baseou-se, para escrever o julgamento da besta de Apocalipse, no julgamento sobre Babilônia do passado. Vamos tomar como exemplo Apocalipse 16.12, que não havia explicado adequadamente no livro até agora:


O ai da sexta taça (E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. Apocalipse 16:12) é retratado de acordo com a descrição do julgamento de Deus sobre a Babilônia e a restauração de Israel, que por sua vez foi modelada após a secagem do Mar Vermelho no êxodo (cf. Êx 14.21-22 com Is 11.15; 44.27; 50.2; 51.10). O Antigo Testamento profetizou que esse julgamento incluiria o ressecamento do rio Eufrates (Is 11.15; 44.27-28; Jr. 50.38; 51.36; cf. Zc 10.11). A profecia foi cumprida literalmente por Ciro, que desviou as águas do Eufrates (Is 44.27-28). Isso permitiu que seu exército cruzasse as águas agora rasas do rio, entrasse inesperadamente na cidade e derrotasse os babilônios.

A ideia aqui é que Deus, como fez nos dias de Ciro, secará as águas do rio que protegem e nutrem Babilônia [agora Roma, colchetes meus] para permitir que os reis da terra, sob influência demoníaca imediata, mas em última análise sob o controle soberano de Deus, se reúnam juntos para que a Babilônia [Roma] seja derrotada [o que ocorreu no passado] e para que o reino eterno Dele e o reinado dos Seus santos sejam estabelecidos [de modo pleno].

Beale e Campbell (2015).

Deste modo, como cremos, e como escreveu Jay Adams, 2000 (“A terminologia da profecia do sexto anjo relembra o início do fim da Babilônia. O anjo prediz a queda de Roma em termos desta original potência mundial [antiga Babilônia] por boa razão (Ap 18.2), pois é o fim do império mundial satânico.”), baseado no parágrafo anterior, assim como Ciro venceu a Babilônia passando pelo rio Eufrates, também depois, durante o julgamento de Roma, na sexta taça da ira de Apocalipse, os povos que derrotaram o Império Romano no passado também foram usados para julgamento semelhante vindo da parte de Deus, isto é, alguns dos reis chamados por João de “reis do oriente” [sabe-se que foram os bárbaros] com seus exércitos de algum modo tiraram a “proteção” [como o Rio Eufrates era para a Babilônia] do Império Romano, de modo que invadiram Roma, que já estava fragilizada pelas guerras civis, e esse foi o fim do Império Romano do Ocidente. Assim como Deus usando-se de Ciro restaurou as terras a Israel (povo) depois de sua vitória sobre os babilônios, também a queda do Império Romano foi uma vitória de Cristo, do exército de Cristo (que é a Igreja, o Israel de Deus cf. Gálatas 6.16 cf. seção 12.17 Acerca do Povo de Deus. O Israel de Deus), guerreado pela proclamação da Palavra de Deus (conforme seção anterior 12.13 Acerca da Batalha de Apocalipse 19...), usando-se dos bárbaros como ferramenta de juízo, que fez com que o Reino de Cristo fosse o único reino global ou mundial (portanto, claro, não existirá mais nenhum outro império mundial nesta terra) no lugar do cambaleante Império Romano, e que fez com que o evangelho, por mais de mil anos, chegasse cada vez mais a todos os povos, tribos, línguas e nações de toda a terra para a glória de Deus e a salvação de muitas almas através dos missionários espalhados pela terra. Como já dito por Daniel, “Mas, nos dias desses reis [nos dias do Império Romano], o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre... Daniel 2:44”. O único império global ou mundial que existe hoje ou existirá no futuro é o reino de Deus e do seu Cristo. Amém.

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Outro conteúdo aprimorado:


12.26 Acerca do Céu e da Nova Jerusalém

Assim, irmãos, vemos que o próprio céu descrito na Palavra de Deus é algo fora da nossa imaginação, algo que os olhos não podem contemplar. Se a própria Nova Jerusalém é identificada com a Igreja santa, sem ruga nem mácula, a Bíblia não nos diz nada literal do que será no novo céu e nova terra: Nos novos céus e terra “o mar já não existe.” (Ap 21.1b). Segundo Beale e Campbell (2015):

Quando a nova criação chegar não haverá mais qualquer ameaça de Satanás, ameaça de nações rebeldes, ou morte – nunca mais no novo mundo – de modo que não haverá espaço para o mar como o lugar dos mortos. Também não haverá mais práticas comerciais idólatras usando o mar como avenida principal. Mesmo a percepção do mar literal como uma parte turva e indisciplinada da criação de Deus não é mais apropriada no novo cosmos, uma vez que o novo cosmos será caracterizado pela paz. Contudo, haverá um lago de castigo ardente (Ap 20:10, 14-15), mas estará localizado enigmaticamente fora dos perímetros geográficos dos novos céus e terra (Ap 21:27; 22:15).

A nuance maligna do mar representa metaforicamente toda a gama de aflições que anteriormente ameaçavam o povo de Deus no velho mundo. A alusão a Isaías 65:17 em Ap 21:1 e Ap 21:4b e a Is 65:19 em Ap 21:4b confirma [isso].

Isto significa que a presença de um mar literal na nova criação não seria inconsistente com o figurativo “o mar já não existe” em Ap 21:1. Beale e Campbell (2015).


Conclusão

Este capítulo fez uma sistematização do pensamento amilenista preterista-parcial, com alguns toques personalizados. Este capítulo, se bem entendido, possibilita entender toda a profecia em linhas gerais (com bom senso) do livro de Apocalipse, Mateus 24 e Daniel concernente aos últimos tempos.

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Amém. 

 



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