domingo, 5 de maio de 2024

Nova seção 12.7 - e parágrafo novo seção 12.22 (apenas Teologia Sistemática) - Links abaixo atualizado 15h50 6/5/24

Fonte das tabelas aumentadas 6/5/14 

Tabelas alinhadas PDF (e epub).

12.7 As Setenta Semanas de Daniel, e os Sete Anos da Aliança do Anticristo

Vamos analisar as setenta semanas de Daniel 9, reveladas pelo anjo Gabriel em visão. É necessário conhecer um pouco de história do primeiro século, da época de Jesus, sobre o qual falam os versículos que contém a menção das setenta semanas de Daniel. Passaram-se quase 2000 anos desde a época da qual a visão de Daniel 9 fala, que é a época de Jesus, e muito ficou esquecido pelos cristãos do Século XXI.

Daniel 9:24-27 fala sobre setenta semanas (sendo cada uma de sete anos judaicos), um período importante para os judeus, povo de Deus da época, para acabar com os pecados deles, e trazer o messias, o Cristo. Esse mesmo trecho fala que depois da morte do messias viria um príncipe maligno e que destruiria Jerusalém.

Daniel 9:24,25,26a Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém [1], até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas [2]; as ruas e o muro [1] se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias [3]...

Existem três variantes sobre qual data marca o início das 70 semanas: o decreto de Ciro em 538 a.C., o de Artaxerxes I em Esdras 7 em 457 a.C. e o de Artaxerxes I para Neemias em 444 a.C. Para resolver isso basta ver que Daniel cita “as ruas e o muro se reedificarão”: vendo Neemias 2 (o último dos decretos acima, um complementando o outro), pode-se ver que o decreto para Jerusalém com as ruas e o muro [1] serem edificados é com Neemias 2.1-8,13 com o rei Artaxerxes I (o muro estava destruído até a época de Neemias).

Então, o anjo profetiza sobre sessenta e nove semanas (sete mais sessenta e duas, 483 anos judaicos [2]) desde a ordem para edificar Jerusalém [1], que cf. Neemias 2.1-8 foi em 5 de março de 444 a.C. (1º dia do mês de Nissan, ou Abibe nas nossas bíblias) quando o rei Artaxerxes da Pérsia permitiu e decretou que os judeus reconstruíssem a cidade de Jerusalém, as ruas e o muro até o distante período da morte de Cristo [3]. Sessenta e nove semanas judaicas (69x7) são 483 anos judaicos, pois cada semana judaica vale 7 anos. Mas, como o calendário judaico é lunar (30 dias/mês e 360 dias/ano) e diferente da nossa contagem que é baseado no calendário solar (aprox. 365.2422 dias/ano – 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos), temos:

Calendário judaico (lunar) – um ano tem 360 dias (ano lunar) à 69 semanas judaicas são 483 anos x 360 dias/ano = 173.880 dias;

Nosso calendário (solar) – um ano tem aproximadamente 365,2422 dias

Portanto, 173.880 dias da profecia de Daniel (483 anos judaicos/lunares) dividido por 365,242199 dias/ano solar totaliza 476,06766 anos atuais, que é igual a 476 anos e 24,7 dias.

Assim, a partir do início da primeira semana de Daniel, em 5 de março de 444 a.C. (ordem do rei Artaxerxes para Neemias), mais 476 anos temos cinco de março do ano 33 d.C. Contando os dias agora: 5 de março de 33 d.C. mais 25 dias temos 30 de março do ano 33 d.C. para o Messias aparecer publicamente e ser reconhecido, e foi exatamente nesse dia que Jesus iniciou sua entrada triunfal em Jerusalém (Mateus 21:1-17; Marcos 11:1-11; Lucas 19:29-40; João 12:12-19), e era a segunda-feira anterior à Páscoa (João 12.1,12).

Concluímos que a profecia de Daniel concernente ao Messias se cumpriu na íntegra, pois foram 476 anos e 24 dias e algumas horas para que Jesus se apresentasse publicamente como o verdadeiro Rei dos Judeus, montado num jumentinho (e mais quatro dias para Sua morte, que ocorreu na sexta-feira, dia 3 de abril de 33 d.C.) cf. Daniel 9.26a.

Amém.

Agora falaremos acerca da última semana de Daniel, a semana número setenta.

Daniel 9.26b “e o povo do príncipe [1], que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.

27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana [2]; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

Esses versos falam de um anticristo que viria depois que o Messias (Cristo) morresse. Essa última semana [2], verso 27, do príncipe romano / anticristo [1], cremos que está separada da semana sessenta e nove. Favor ler a seção até o final para entender. Por quê? Veja “e o povo do príncipe, que há de vir...”: Por que o anjo falou “que há de vir?”, não é já óbvio que a profecia é para muitos anos no futuro? Portanto, o anjo quis dizer que, depois do fim da semana número 69 (33 d.C. com a conta que fizemos em Daniel), levaria algum tempo mais até o cumprimento do início da semana número 70 de Daniel, a saber, que se cumpriu em 66 d.C. (aprox. 40 anos – uma geração depois do início do ministério de Cristo).

Se tomarmos como base que, de fato, Cristo morreu em 3 de abril de 33 d.C., como foi provado por várias fontes (inclusive não cristãs, mas que não cabe colocar aqui, pelo espaço ser reduzido), e dias antes de morrer falou que o templo ou santuário [3] seria derrubado em até uma geração (até 40 anos segundo a Bíblia) em Mateus 24.2,34, temos: 33 d.C. + 37 anos = 70 d.C. para a destruição do templo (e 33 d.C. + 40 anos = 73 d.C. para o fim da última semana de Daniel). Portanto, o anticristo fez uma aliança de uma semana com muitos entre 66 d.C. e 73 d.C., e na metade da semana (70 d.C.), nos 3 anos e meio (1260 dias ou 42 meses), destruiu o templo judaico! As profecias de Cristo e de Daniel se encaixam e se cumpriram em sua totalidade.

Daniel 9.26b “e o povo do príncipe [Romano, anticristo], que há de vir, destruirá a cidade e o santuário [3], e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício [4] e a oblação [5]; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

O verso 26 e 27, na realidade, falam de um príncipe que havia de vir depois que o Messias fosse cortado. Esse é um anticristo que destruiria a cidade de Jerusalém, e o santuário, que é o templo judaico. Ele faria aliança com muitos por sete anos (uma semana), e na metade da semana (3 anos e meio), acabaria com o sacrifício [4] de animais por oblação do pecado (oblação [5] é ato de fazer uma oferta a Deus) da parte dos judeus.

Para quem não sabe, isso – essa última semana de Daniel (7 anos) – se cumpriu na Primeira Guerra Judaico-Romana de sete anos (66 d.C. – 73 d.C.), na qual o templo judaico foi destruído em 70 d.C., ou seja, na metade da semana (“3 anos e meio depois de 66 d.C., ou 1260 dias, 42 meses ou tempo (1 ano), tempos (2 anos) e metade de um tempo (meio ano): 3,5 anos” de Apocalipse e Daniel), cumprindo-se assim exatamente a profecia do Senhor.

Ver a fonte “History of Information” (2024): (Primeira Guerra Judaico-Romana) The First Jewish-Roman War Ends with the Destruction of the Second Temple, 66 – 73 d.C.). Disponível em: https://historyofinformation.com/detail.php?id=12. Acesso em: mar. 2024.

Alguns dizem que o príncipe que havia de vir era Cristo. Porém, pode-se ver que o povo do príncipe destruiria a cidade e o santuário (v. 26). A história mostra que não foi Israel (povo de Cristo) que destruiu Jerusalém com seu próprio santuário, mas foi o Império Romano (o príncipe Tito) que destruiu o templo e o santuário judaico em 70 d.C.

Daniel 12:11,12 E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado [1], e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera [2] e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.

Como uma semana judaica é de sete anos, e falamos dos primeiros 3,5 anos (que são também 1260 dias ou 42 meses de Daniel e Apocalipse em diversos lugares da Bíblia), vamos falar dos últimos 3,5 anos, apenas citados nesse capítulo: Daniel 12.11,12, que diz que depois que o templo fosse destruído (sem mais sacrifício contínuo de animais [1]), ou seja, depois de 70 d.C., haveria mais 1290 dias de guerra, de desolação (1290 dias são 43 meses, aproximadamente 3 anos e meio também). 70 d.C. mais 1290 dias totaliza o fim da semana de Daniel 9, 73 d.C., 40 anos após a morte de Cristo. Bem-aventurado o que espera [2] a guerra acabar, sobrevive e chega até 1335 dias (44 meses e meio), quando puderam estar em segurança.

Eis uma tabela explicativa:

Tabela 12.1 – Cronologia Daniel – Jesus

Conclusão: A profecia de Deus enviada a Daniel se cumpriu integralmente. Deus é FIEL. Glória a Deus. Portanto, quando Deus te promete algo, saiba que Ele é fiel e cumprirá a Sua promessa!

Link pdf atualizado: https://www.mediafire.com/file/goflv7bfghu1lfm/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_700p_2%25C2%25AA_ed._2024_clubedeautores.pdf/file


Link epub atualizado:

https://www.mediafire.com/file/uxo8r4gyke37aju/Teologia+Sistemática+Interdenominacional+-+Roberto+Fiedler+Rossi+-+2ª+ed.+-+2024.epub/file


Livro de escatologia retirado também. Não estou com tempo para fazer o update (nem do comentário de Romanos). É igual à Teologia Sistemática, podem consultá-la.


Seção 12.22 (6/5/24 11h30)

Daniel profetizou diversas vezes que depois dos acontecimentos de 70 d.C. (depois do chifre pequeno - Tito, que destruiu Jerusalém), onde legalmente o Reino de Cristo já havia substituído o império romano (cujo fim estava decretado em Ap. 19), os santos possuíram o reino eterno, reinando para sempre com Cristo no Céu após a morte: Dn 7.21ss Eu olhava, e eis que este chifre [Tito] fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. 22 Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Também Daniel 7.25ss: E [Tito] proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. 26 Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. 27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.



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