Graça e paz! 800 páginas exatas! Duas seções novas.
16/nov 16h
1.1 O Cânon Verdadeiro, Escolhido
por Deus
O Cânon, “a regra de medida” adotada pela Igreja, constitui
a lista ou coleção de livros inspirados que temos hoje, no caso dos
protestantes, 66, que formam a Bíblia Sagrada. O cânon não é determinado pela Igreja, nem a Igreja é mãe e nem regula
o cânon, mas a Igreja descobre o cânon, a Igreja é filha do cânon, reconhece o
cânon, é testemunha do cânon, e é serva do cânon. Bíblia Apologética de
Estudo, 2011.
O que quero dizer com isso é que o conjunto de livros
inspirados da Bíblia não foi formado aleatoriamente, ou por mão humana,
separado da direção de Deus. Isto para que saibais que Deus inspirou algumas
Escrituras das milhares que existiram, e a parte
dos homens foi tão somente estudar e orar a Deus pelo Espírito para que, pelas
doutrinas, separasse o que é inspirado (pelas doutrinas ortodoxas), e o que não
é inspirado (pelas heresias e contradições). Todos os 66 livros da Bíblia
Protestante são inspirados pelo Espírito Santo, pois não têm contradição real. Se
alguém acredita que os livros da Bíblia possuem alguma suposta contradição
doutrinária, orem e busquem conhecimento do Senhor para ver que, na realidade,
não possuem contradição alguma. Os critérios para a escolha dos livros (Bíblia
Apologética de Estudo, 2011), é ver se:
1. O livro foi escrito por um
porta-voz de Deus?
2. O livro foi confirmado por um
ato de Deus?
3. O livro foi escrito no poder
de Deus?
4. O livro foi aceito pelo povo
de Deus?
Assim, reconhecemos, com humildade, que o Cânon foi
escolhido por Deus, e a Bíblia não é uma colcha de retalhos, pois Ele é o Guia
dos seus servos, e a Bíblia Protestante é a Palavra de Deus escrita aos homens,
o registro da revelação de Deus aos homens, viva e eficaz! Nela se encontra o
evangelho (boas novas) de Cristo:
A Palavra de Deus, a Bíblia
Sagrada ou Escritura Sagrada, é inspirada em todas as suas partes (seus 66 livros):
Como diz a Confissão de Fé de Westminster,
cap. 1, II, “sob o nome de Escritura Sagrada,
ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo
Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem
a regra de fé e de prática:”
O VELHO TESTAMENTO
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
I Samuel
II Samuel
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cântico dos Cânticos
Isaías
Jeremias
Lamentações de Jeremias
Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
O NOVO TESTAMENTO
Mateus
Marcos
Lucas
João
Atos
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Apocalipse
Para continuar no assunto, e para
saber o porquê dos livros apócrifos, chamados de deuterocanônicos pelos
católicos, não estarem na Bíblia protestante (e nem serem a Palavra de Deus),
ver o ANEXO G “Merecem
Confiança os Livros Apócrifos? Revista Defesa da Fé, edição 41, Instituto
Cristão de Pesquisas” perto do
final deste livro.
ANEXO G – Merecem Confiança os Livros Apócrifos? Revista Defesa da Fé,
edição 41, Instituto Cristão de Pesquisas
Fonte: Cristiano, Paulo (2025 - Disponível em: <https://www.icp.com.br/df41materia3.asp>.
Acesso em: Nov. 2025)
“A Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio
Vaticano II [da Igreja Católica Apostólica Romana], declarou que "Ela (a
igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a
regra suprema de fé, e sempre as considerará assim".
Nós, cristãos evangélicos, rejeitamos a tradição como regra
de fé. Quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento,
inclui uma série de livros chamados "Apócrifos", os quais não
aparecem nas versões evangélica e hebraica da Bíblia. O resultado disto foi
que, na opinião popular dos católicos, existem duas Bíblias: uma católica e
outra protestante. Mas semelhante asseveração não é certa. Só existe uma
Bíblia, uma Palavra (escrita) de Deus.
No grego clássico, a palavra apocrypha significava
"oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o
sentido de "esotérico" ou algo que só os iniciados podem entender;
não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo
apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento,
mesmo aos que foram classificados previamente como "pseudepígrafos".
Como os apócrifos foram aprovados
A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546
para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes se opunham
violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos,
salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os
apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.
Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os
apócrifos, colocando-os entre o Antigo e o Novo Testamentos, não como livros
inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto
continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de
1611 ainda os trouxe. Mas, após 1629, as igrejas reformadas excluíram
totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e "induziram a
Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês,
a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não
colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas
edições". Melhor assim. Tinham em vista evitar confusão entre o povo
simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo.
Há várias razões porque rejeitamos os apócrifos. Eis algumas
delas:
Não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus
e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento
citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento
como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma
declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se
tivesse autoridade divina.
As heresias dos apócrifos
TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a
bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo
Rafael.
Apresenta:
justificação pelas
obras - 4.7-11; 12.8.
mediação dos Santos -
12.12
superstições - 6.5,
7-9,19
um anjo engana Tobias
e o ensina a mentir - 5.16 a 19
JUDITE - (150 a.C.) É a história de uma heroína viúva e
formosa que salva sua cidade enganando um ¬general inimigo e decapitando-o.
Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.
BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por
Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da
destruição de Jerusalém. Mas é de data muito posterior, quando da segunda
destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.
Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3.4.
ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de
Provérbios, não fosse as tantas heresias:
justificação pelas
obras - 3.33, 34.
trato cruel aos
escravos - 33.26 e 30; 42.1 e 5.
incentiva o ódio aos
samaritanos - 50.27 e 28
SABEDORIA DE SALOMÃO - (40 a.D.) - Livro escrito com
finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo
(filosofia grega na era Cristã).
Apresenta:
o corpo como prisão
da alma - 9.15
doutrina estranha
sobre a origem e o destino da alma - 8.19 e 20
salvação pela
sabedoria - 9.19
1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de três irmãos
da família "Macabeus", que no chamado período interbíblico (400 a.C.
3 a.D.) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e
terra.
2 MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação de 1 Macabeus,
mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Apresenta:
a oração pelos mortos
- 12.44 - 46
culto e missa pelos
mortos - 12.43
o próprio autor não
se julga inspirado -15.38-40; 2.25-27.
intercessão pelos
santos - 7.28 e 15.14
Adições a Daniel:
Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda
Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a
necessidade da idolatria.
Capítulo 3.24-90 - o cântico dos três jovens na fornalha.
Lendas, erros e outras heresias:
1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas
- Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o
seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés,
e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias,
espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senho
Esses livros contêm erros históricos, geográficos e
cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos
imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos apócrifos são freqüentemente apontados
em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo: o erudito bíblico DL René
Paehe comenta: "Exceto no caso de determinada informação histórica
interessante (especialmente em 1 Macabeus) e alguns belos pensamentos morais
(por exemplo, Sabedoria de Salomão). Tobias contém certos erros históricos e
geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser
(1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomada por Nabu¬codonosor e por
Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser
histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus]. Há também numerosas
desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os
quais refletem ignorância ou confusão."
3. Ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de
exorcismo
Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a
esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou
Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o
resto, para que lhes bastassem até que chegassem a Ragés, cidade dos Medos.
Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me
digas de que remédio servirá estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar:
E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração
sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do
homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é
bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão".
Este ensino de que o coração de um peixe tem poder para
expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre
superstição.
a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do
jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola
livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a
misericórdia e a vida eterna".
b) Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e
a esmola resiste aos pecados".
A salvação por obras destrói todo o valor da obra vicária de
Cristo em favor do pecador.
Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão
dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua
oração de todos os dias".
O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz
pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado.
2 Macabeus 12.43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou
12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos
pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição (porque, se
ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar,
teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele
considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma
grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos,
para que sejam livres dos seus pecados".
É nesse texto de um livro não canônico que a Igreja Católica
Romana baseia sua doutrina do purgatório.
7. Ensinam a existência de um lugar chamado purgatório
Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de
Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que
morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua
separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles
sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de
imortalidade".
A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na última
parte desse texto. Afirmam os católicos que o tormento em que o justo está é o
purgatório que o purifica para entrar na imortalidade. Isto é uma deturpação do
próprio texto do livro apócrifo.
8. Tobias 5.15-19
"E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei.
Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de que tribo és tu? O
anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo
mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou
Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre
família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua
geração".
Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade
sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus foram
verdadeiros quando lhes perguntado a sua identidade. Veja Lucac 1.19.
Decisão polêmica e eivada de preconceito
Resumindo todos esses argumentos, essa postura afirma que o
amplo emprego dos livros apócrifos por parte dos cristãos desde os tempos mais
primitivos é evidência de sua aceitação pelo povo de Deus. Essa longa tradição
culminou no reconhecimento oficial desses livros, no Concílio de Trento, como
se tivessem sido inspirados por Deus. Mesmo não-católicos, até o presente
momento, conferem aos livros apócrifos uma categoria de paracanônicos, o que se
deduz do lugar que lhes dão em suas Bíblias e em suas igrejas.
O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias
compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos,
seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C. Foram os livros
chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande
circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de
Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no
Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte
por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No
entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A
canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da
história. A decisão desse Concílio foi polêmica e eivada de preconceito.
Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou
eclesiástico que tiverem, não são canônicos, o que se comprova pelos seguintes
fatos:
1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.
2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo
Testamento.
3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja
rejeitou sua canonicidade.
4. Nenhum concílio da igreja os considerou canônicos senão
no final do século IV.
5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da
Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.
6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da
Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.
7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante,
até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no
sentido integral dessas palavras.
Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se
absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros
apócrifos como se fossem Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a
qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados segundo os critérios
elevados de canonicidade estabelecidos, verificamos que aos livros apócrifos
faltam:
1. Os apócrifos não reivindicam ser proféticos.
2. Não detêm a autoridade de Deus. O prólogo do livro
apócrifo Eclesiástico (180 a.C.) diz: "Muitos e excelentes ensinamentos
nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que
vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua
sabedoria, visto não somente os autores destes discursos tiveram de ser
instruídos, também os próprios estrangeiros se podem tomar (por meio deles)
muito hábeis, tanto para falar como para escrever. Por isso, Jesus, meu avô,
depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e
dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma
coisa acerca da doutrina e sabedoria... Eu vos exorto, pois, a ver com
benevolência, e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a
perdoar-nos, se algumas vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da
soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões". Este
prólogo é um autorreconhecimento da falibilidade humana.
Diante de tudo isso, perguntamos: "Merecem confiança os
livros Apócrifos?" A resposta óbvia é: NÃO!
Há quinze livros chamados apócrifos (quatorze, se a Epístola
de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com
exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias
e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.
Significado das palavras cânon e canônico
CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica
"qãneh" em Ez 40.3; e no grego: "kanón", em Gl 6.16")
tem sido traduzido em nossas versões em português como "regra",
"norma". Literalmente, significa vara ou instrumento de medir.
CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66
livros da Bíblia hebraica e evangélica.
Literalmente significa "escritos falsos" - Os
apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim, não-canônicos,
embora também contenham ensinos errados ou hereges.
Diferença entre as Bíblias hebraicas, protestantes e
católicas
1. Bíblia hebraica [a Bíblia dos judeus]
a) Contém somente os 39 livros do VT
b) Rejeita os 27 do NT como inspirado, assim como rejeitou
Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata
(versão Católica Romana).
2. Bíblia protestante
a) Aceita os 39 livros do VT e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como
não canônicos.
3. Bíblia católica
a) Contém os 39 livros do VT e os 27 do N.T.
b) Inclui, na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não
canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de
Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e
dois capítulos de Daniel.
Bibliografia
1. Merece Confiança o Antigo Testamento?, Gleason L. Archer.
Jr. Ed. Vida Nova.
2. Introdução Bíblica, Norman Geisler e William Nix. Ed.
Vida.
3. Panorama do Velho Testamento, Ângelo Gagliardi Jr. Ed.
Vinde.
4. O Novo Comentário da Bíblia vol I, vários autores. Ed.
Vida Nova.
5. Evidência Que Exige um Veredicto vol I, Josh McDowell.
Ed. Candeia.
6. Os Fatos sobre "O Catolicismo Romano", John
Ankerberg e John Weldon. Ed. Chamada da Meia-Noite.
7. O Catolicismo Romano, Adolfo Robleto. Ed. Juerp.
8. Estudos particulares de, Pr. José Laérton - IBR Emanuel
9. Estudos particulares de, Paulo R. B. Anglada.(internet)
10. Teologia Sistemática, Green. Ed. Vida Nova.
11. Anotações particulares do autor.”
“Cristiano, Paulo (2025) – Instituto Cristão de Pesquisas”
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