domingo, 16 de novembro de 2025

16-nov 16h Atualizada Teol. Sist.: O Cânon e novo Anexo (Merecem confiança os apócrifos?)

Graça e paz! 800 páginas exatas! Duas seções novas.

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16/nov 16h

1.1 O Cânon Verdadeiro, Escolhido por Deus

O Cânon, “a regra de medida” adotada pela Igreja, constitui a lista ou coleção de livros inspirados que temos hoje, no caso dos protestantes, 66, que formam a Bíblia Sagrada. O cânon não é determinado pela Igreja, nem a Igreja é mãe e nem regula o cânon, mas a Igreja descobre o cânon, a Igreja é filha do cânon, reconhece o cânon, é testemunha do cânon, e é serva do cânon. Bíblia Apologética de Estudo, 2011.

O que quero dizer com isso é que o conjunto de livros inspirados da Bíblia não foi formado aleatoriamente, ou por mão humana, separado da direção de Deus. Isto para que saibais que Deus inspirou algumas Escrituras das milhares que existiram, e a parte dos homens foi tão somente estudar e orar a Deus pelo Espírito para que, pelas doutrinas, separasse o que é inspirado (pelas doutrinas ortodoxas), e o que não é inspirado (pelas heresias e contradições). Todos os 66 livros da Bíblia Protestante são inspirados pelo Espírito Santo, pois não têm contradição real. Se alguém acredita que os livros da Bíblia possuem alguma suposta contradição doutrinária, orem e busquem conhecimento do Senhor para ver que, na realidade, não possuem contradição alguma. Os critérios para a escolha dos livros (Bíblia Apologética de Estudo, 2011), é ver se:

1. O livro foi escrito por um porta-voz de Deus?

2. O livro foi confirmado por um ato de Deus?

3. O livro foi escrito no poder de Deus?

4. O livro foi aceito pelo povo de Deus?

Assim, reconhecemos, com humildade, que o Cânon foi escolhido por Deus, e a Bíblia não é uma colcha de retalhos, pois Ele é o Guia dos seus servos, e a Bíblia Protestante é a Palavra de Deus escrita aos homens, o registro da revelação de Deus aos homens, viva e eficaz! Nela se encontra o evangelho (boas novas) de Cristo:

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Romanos 1:16,17.

 

A Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada ou Escritura Sagrada, é inspirada em todas as suas partes (seus 66 livros):

Como diz a Confissão de Fé de Westminster, cap. 1, II, “sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:

 

O VELHO TESTAMENTO


Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
I Samuel
II Samuel
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester

Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cântico dos Cânticos
Isaías
Jeremias
Lamentações de Jeremias
Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias



O NOVO TESTAMENTO


Mateus
Marcos
Lucas
João
Atos
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Apocalipse



Para continuar no assunto, e para saber o porquê dos livros apócrifos, chamados de deuterocanônicos pelos católicos, não estarem na Bíblia protestante (e nem serem a Palavra de Deus), ver o ANEXO G “Merecem Confiança os Livros Apócrifos? Revista Defesa da Fé, edição 41, Instituto Cristão de Pesquisas” perto do final deste livro.

ANEXO G – Merecem Confiança os Livros Apócrifos? Revista Defesa da Fé, edição 41, Instituto Cristão de Pesquisas

Fonte: Cristiano, Paulo (2025 - Disponível em: <https://www.icp.com.br/df41materia3.asp>. Acesso em: Nov. 2025)

 

“A Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II [da Igreja Católica Apostólica Romana], declarou que "Ela (a igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim".

Nós, cristãos evangélicos, rejeitamos a tradição como regra de fé. Quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento, inclui uma série de livros chamados "Apócrifos", os quais não aparecem nas versões evangélica e hebraica da Bíblia. O resultado disto foi que, na opinião popular dos católicos, existem duas Bíblias: uma católica e outra protestante. Mas semelhante asseveração não é certa. Só existe uma Bíblia, uma Palavra (escrita) de Deus.


Apócrifos, o que significa?

 

No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o sentido de "esotérico" ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como "pseudepígrafos".

 

Como os apócrifos foram aprovados

 

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes se opunham violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.

Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e o Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Mas, após 1629, as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e "induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições". Melhor assim. Tinham em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo.

Há várias razões porque rejeitamos os apócrifos. Eis algumas delas:

Não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivesse autoridade divina.

 

As heresias dos apócrifos

 

TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.

Apresenta:

 justificação pelas obras - 4.7-11; 12.8.

 mediação dos Santos - 12.12

 superstições - 6.5, 7-9,19

 um anjo engana Tobias e o ensina a mentir - 5.16 a 19

 

JUDITE - (150 a.C.) É a história de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um ¬general inimigo e decapitando-o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

 

BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Mas é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.

Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3.4.

 

ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:

 justificação pelas obras - 3.33, 34.

 trato cruel aos escravos - 33.26 e 30; 42.1 e 5.

 incentiva o ódio aos samaritanos - 50.27 e 28

 

SABEDORIA DE SALOMÃO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).

Apresenta:

 o corpo como prisão da alma - 9.15

 doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma - 8.19 e 20

 salvação pela sabedoria - 9.19

 

1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de três irmãos da família "Macabeus", que no chamado período interbíblico (400 a.C. 3 a.D.) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.

2 MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação de 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.

Apresenta:

 a oração pelos mortos - 12.44 - 46

 culto e missa pelos mortos - 12.43

 o próprio autor não se julga inspirado -15.38-40; 2.25-27.

 intercessão pelos santos - 7.28 e 15.14

 

Adições a Daniel:

Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.

Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.

Capítulo 3.24-90 - o cântico dos três jovens na fornalha.

 

Lendas, erros e outras heresias:

 

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas

- Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senho


2. Erros históricos e geográficos

Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos apócrifos são freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo: o erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Exceto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1 Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo, Sabedoria de Salomão). Tobias contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomada por Nabu¬codonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus]. Há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão."

 

3. Ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de exorcismo

Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até que chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirá estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão".

Este ensino de que o coração de um peixe tem poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre superstição.


4. Ensinam que esmolas e boas obras limpam os pecados e salvam a alma

a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna".

b) Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados".

A salvação por obras destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador.


5. Ensinam o perdão dos pecados através das orações

Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias".

O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado.


6. Ensinam a oração pelos mortos

2 Macabeus 12.43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados".

É nesse texto de um livro não canônico que a Igreja Católica Romana baseia sua doutrina do purgatório.

 

7. Ensinam a existência de um lugar chamado purgatório

Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".

A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na última parte desse texto. Afirmam os católicos que o tormento em que o justo está é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade. Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo.

 

8. Tobias 5.15-19

"E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de que tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração".

Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus foram verdadeiros quando lhes perguntado a sua identidade. Veja Lucac 1.19.

 

Decisão polêmica e eivada de preconceito

 

Resumindo todos esses argumentos, essa postura afirma que o amplo emprego dos livros apócrifos por parte dos cristãos desde os tempos mais primitivos é evidência de sua aceitação pelo povo de Deus. Essa longa tradição culminou no reconhecimento oficial desses livros, no Concílio de Trento, como se tivessem sido inspirados por Deus. Mesmo não-católicos, até o presente momento, conferem aos livros apócrifos uma categoria de paracanônicos, o que se deduz do lugar que lhes dão em suas Bíblias e em suas igrejas.

 

O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C. Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da história. A decisão desse Concílio foi polêmica e eivada de preconceito.

 

Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, o que se comprova pelos seguintes fatos:

 

1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.

2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.

3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canonicidade.

4. Nenhum concílio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV.

5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.

6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.

7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

 

Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se fossem Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados segundo os critérios elevados de canonicidade estabelecidos, verificamos que aos livros apócrifos faltam:

 

1. Os apócrifos não reivindicam ser proféticos.

2. Não detêm a autoridade de Deus. O prólogo do livro apócrifo Eclesiástico (180 a.C.) diz: "Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua sabedoria, visto não somente os autores destes discursos tiveram de ser instruídos, também os próprios estrangeiros se podem tomar (por meio deles) muito hábeis, tanto para falar como para escrever. Por isso, Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma coisa acerca da doutrina e sabedoria... Eu vos exorto, pois, a ver com benevolência, e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a perdoar-nos, se algumas vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões". Este prólogo é um autorreconhecimento da falibilidade humana.

 

Diante de tudo isso, perguntamos: "Merecem confiança os livros Apócrifos?" A resposta óbvia é: NÃO!


Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento

Há quinze livros chamados apócrifos (quatorze, se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

 

Significado das palavras cânon e canônico

CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica "qãneh" em Ez 40.3; e no grego: "kanón", em Gl 6.16") tem sido traduzido em nossas versões em português como "regra", "norma". Literalmente, significa vara ou instrumento de medir.

CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66 livros da Bíblia hebraica e evangélica.


Significado da palavra Pseudoepígrafado

Literalmente significa "escritos falsos" - Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim, não-canônicos, embora também contenham ensinos errados ou hereges.

 

Diferença entre as Bíblias hebraicas, protestantes e católicas

 

1. Bíblia hebraica [a Bíblia dos judeus]

a) Contém somente os 39 livros do VT

b) Rejeita os 27 do NT como inspirado, assim como rejeitou Cristo.

c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católica Romana).

 

2. Bíblia protestante

a) Aceita os 39 livros do VT e também os 27 do N.T.

b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos.

 

3. Bíblia católica

a) Contém os 39 livros do VT e os 27 do N.T.

b) Inclui, na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.

 

Bibliografia

1. Merece Confiança o Antigo Testamento?, Gleason L. Archer. Jr. Ed. Vida Nova.

2. Introdução Bíblica, Norman Geisler e William Nix. Ed. Vida.

3. Panorama do Velho Testamento, Ângelo Gagliardi Jr. Ed. Vinde.

4. O Novo Comentário da Bíblia vol I, vários autores. Ed. Vida Nova.

5. Evidência Que Exige um Veredicto vol I, Josh McDowell. Ed. Candeia.

6. Os Fatos sobre "O Catolicismo Romano", John Ankerberg e John Weldon. Ed. Chamada da Meia-Noite.

7. O Catolicismo Romano, Adolfo Robleto. Ed. Juerp.

8. Estudos particulares de, Pr. José Laérton - IBR Emanuel

9. Estudos particulares de, Paulo R. B. Anglada.(internet)

10. Teologia Sistemática, Green. Ed. Vida Nova.

11. Anotações particulares do autor.”

“Cristiano, Paulo (2025) – Instituto Cristão de Pesquisas”


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