quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Comentário Abreviado da Epístola de Paulo aos Romanos, Roberto Fiedler Rossi, mediafire, 5/11/25, quarta edição

Livro abaixo em PDF (5/11 mas coloquei 6/11):

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Amanhã será vendido na Amazon Kindle por R$ 2,02 (busque por Roberto Fiedler Rossi) 


Livro completo abaixo:

Título: Comentário Abreviado da Epístola de Paulo aos Romanos

Autor: Roberto Fiedler Rossi

Quarta edição (6 de novembro de 2025)

 


Prefácio

 

A epístola de Paulo aos Romanos é um dos principais livros do Novo Testamento, e um dos mais importantes, também chamado de “o Quinto Evangelho” (assim como a epístola aos Hebreus por outros), visto que aborda o desenvolvimento de diversas doutrinas cristãs importantes e complexas no seu conteúdo, que complementam os outros evangelhos e as epístolas do Novo Testamento.

Tentei escrever esse comentário em 2018, sem sucesso, eu tinha muito a aprender ainda. Tentei escrever esse livro em 2020, ainda sem total sucesso, visto que havia ainda questões doutrinárias que eu tinha que explicar para mim mesmo. Mas, no final de 2022, escrevi a primeira edição. Revisada em julho de 2023 foi a segunda edição, com correções. Em junho de 2024, a terceira, na qual o Senhor me fez crescer em conhecimento depois de começar a orar de madrugada semanalmente.

Esta quarta edição de novembro de 2025 é voltada para se voltar à Palavra com a teologia, com mais termos que a Palavra usa, descartando um determinado conceito de eleição para outro, chegando mais perto da Palavra revelada com a teologia.

Deus nos ilumina pouco a pouco, e nos faz crescer em graça, conhecimento e sabedoria, mas somos vasos de barro. A glória é de Deus, e é Ele que revela o oculto e o escondido, e é Ele que guarda para si em Sua Mente o que não quis revelar aos seres humanos, e que continua sendo Bom e querendo que todos sejam salvos.

Procurei fazer um comentário abreviado para que seja direto ao ponto, objetivo. Espero que este livro seja de edificação para que questões complexas sejam esclarecidas e aplicadas de um modo mais simples e prático na vida de cada leitor.

Boa leitura!

Roberto Fiedler Rossi, novembro de 2025


Introdução

 

Nas edições anteriores eu reservei a introdução desse livro para discutir a conclusão teológica a qual Romanos e a Bíblia me havia convencido.

Agora, ainda que seja ou não consistente, prefiro ser 5% menos consistente em minha teologia, para ficar 5% mais perto da Palavra de Deus com a teologia.

As palavras que Deus falou, em geral, colocarei aqui no livro, e as comentarei. As palavras que Deus não falou não são, nesse momento, digno de nota e comentário, exceto algumas para cultura e conexão com as diversas áreas da teologia.

Quando as ligações teológicas deste livro são feitas, é porque a Palavra é muito clara nisso em minha visão.

O Senhor é Bom e quer que sempre prossigamos em aprender com Ele até a glória de Deus, de fé em fé, de cosmovisão em cosmovisão, mas que seja cada vez mais bíblica.

Amém.



Romanos 1

 

1 PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.

O apóstolo Paulo é servo de Cristo, ou seja, não faz o que quer, porém Deus o modelou para que a vontade de Paulo esteja em concordância à vontade de Deus. Chamado para apóstolo pelo próprio Senhor. Muitos hoje são apóstolos sem chamado sobrenatural. Separado para o evangelho de Deus. Paulo certamente fazia muitas coisas, mas Deus o fez abrir mão de muitas delas para se dedicar ao evangelho.

2 O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras,

Acerca de Cristo, existem muitíssimas profecias profetizadas pelos profetas da Escritura cumpridas pelo próprio Cristo (mais de 300), uma a uma, com todos os detalhes.

3 Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,

A Escritura fala que Jesus Cristo é filho de Davi, ou seja, descendente de Davi. Tanto é isso que os judeus não podiam se casar com pessoas de outra tribo. Deste modo, José e Maria eram da tribo de Judá, assim como Davi. A Escritura, por sua vez, enfatiza em alguns versos do Novo Testamento que Cristo é descendente de Davi segundo seu pai de criação, José, também. Assim Deus tem em muita estima a adoção e criação de filhos por parte de pais, assim como somos adotados em Cristo por Deus, nosso Pai do Céu.

Cristo, verdadeiro Deus, encarnou no ventre da virgem Maria, onde Deus assumiu a humanidade – o Verbo / Palavra se fez carne.

4 Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,

Cristo ressuscitou, pois Ele venceu a morte e o inferno. A ressurreição dos mortos é o centro do cristianismo, visto que por ela Deus Filho recebeu todo o poder e autoridade no céu e na terra, destronando Satanás, testificando de sua glória, anunciando e inaugurando o eterno Reino de Deus, e Jesus ressuscitou confirmando todas as suas palavras, como Ele mesmo havia dito, declarando que é e sempre foi Deus e não apenas um homem ou profeta.

5 Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,

Paulo recebeu por Cristo a graça imerecida (Graça Maravilhosa, que perdoa um miserável pecador) e o apostolado, para a obediência da fé pelo mundo todo. Não só Paulo, mas a Igreja também recebe a graça por Cristo, para obedecer-lhe entre todas as gentes pelo seu nome. Além disso, ao contrário de Paulo que recebeu o título de apóstolo por Cristo, muitos se chamam apóstolos, mas será que lutarão contra os lobos quando estes quiserem ir contra as ovelhas do Senhor, ou será que é um título para auto engrandecimento ou vaidade?

6 Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.

Nós também somos chamados para sermos de Cristo, assim como foi o apóstolo. Somos chamados para renunciar a tudo o que Deus requer que deixemos, seja pais, dinheiro, poder, orgulho, status, fama, para o reino de Deus.

7 A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Paulo declara que todos os santos que estão em Roma são amados de Deus. Se verdadeiramente alguém é santo de Deus, verdadeiramente o amor de Deus está derramado pelo Espírito Santo no coração dele, e essa pessoa está unida com Deus, e afasta-se progressivamente do pecado pelo Espírito, e assim Deus a ama intimamente (João 14.21). Paulo saúda aos fiéis de Roma com a Graça e a Paz da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus. Esse é o melhor cumprimento entre irmãos que pode ser feito, embora dê para ser resumido como “Graça e Paz” etc.

8 Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.

O apóstolo agradece e rende graças a Deus pelo Espírito Santo porque o evangelho chegou a todo o mundo conhecido da época na data da escrita da carta aos Romanos, aproximadamente 57 d.C. Ele repete isso em Colossenses 1:23: em todo o mundo é anunciada a vossa fé. Os apóstolos foram chamados para isso mesmo, pela Grande Comissão, para que fossem missionários pioneiros e para que toda a terra da época ouvisse o evangelho através deles unidos aos outros missionários comissionados. Assim se cumpriu a Palavra de Jesus que disse: E esse evangelho será anunciado em todas as gentes, por todo o mundo [...]. Além disso, o que é anunciado em todo o mundo também é a fé dos romanos, pois eis que eles estavam firmes na fé, e o bom testemunho da sua fé alcançou a todos. Talvez seja por isso que esta é uma epístola complexa, porque Paulo percebe que estão maduros na fé (e não meninos) e podem comer mantimento sólido – e não apenas leite.

9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,

Paulo, assim como os líderes da igreja, e assim como todos os servos de Deus, devem fazer intercessões em oração (conversar com Deus, intercedendo a Ele) a respeito de toda a necessidade da igreja, e de todos os fiéis do Reino de Deus.

10 Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.

Paulo clama a Deus para que, se for a vontade de Deus, Ele prepare uma boa ocasião para um grande encontro com a Igreja de Roma. Provavelmente isso aconteceu em Atos 28.15-16.

11 Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;

Nesse encontro, Paulo deseja ser ministro principalmente em poder, para ser vaso para manifestação de algum dom espiritual para conforto de muitos.

12 Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha.

Paulo diz que não só quem recebe a bênção é confortado, mas toda a igreja é confortada e consolada pela fé mútua.

13 Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.

Paulo tentou ir muitas vezes a Roma, mas até agora parece ter sido impedido. Ele indo a Roma e às demais regiões-casas-igrejas dos gentios, pela vontade de Deus, certamente muitos dariam frutos de arrependimento e, principalmente, o fruto do Espírito Santo.

14 Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.

Paulo é devedor. Quem muito recebe, muito ser-lhe-á cobrado.

15 E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.

Paulo está pronto a pregar o evangelho, e assim também devemos nós estar prontos para o chamado de cada um de nós.

16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

Paulo não se envergonha da mensagem do evangelho de Cristo. Não devemos nos envergonhar do evangelho. O próprio evangelho que anunciamos é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, isto é, a Palavra de Deus opera fé no coração dos eleitos (independentemente qual linha teológica você adota para a eleição, isso é um fato, que a Palavra de Deus opera fé no coração dos eleitos), sejam eles judeus, os primeiros evangelizados, sejam eles os gregos e gentios, os povos evangelizados depois do ministério do Nosso Senhor.

17 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.

Uma pessoa que crê uma fé inicial, ou seja, sem fé justificadora ainda crê, mas essa fé é uma fé incompleta, uma fé não salvífica, uma fé que não é prova das coisas que não se veem. Acontece que Deus, à medida que se mostra, e ilumina, chama e vocaciona uma alma, faz essa alma crescer de fé em fé, da fé de temor no espírito de escravidão para uma fé justificadora, uma fé do Espírito de Adoção de amor, um dom de Deus que veio através do Espírito da Palavra de Cristo. Deus é quem nos dá, em certo momento – pelo contato com a Palavra, pela graça de Deus – a fé salvadora pela qual nós cremos, pois é dom de Deus. Esse parágrafo será melhor explicado ao longo do livro.

18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.

Deus se ira com aqueles que são ímpios e injustos, e prosseguem seguindo e amando a impiedade e a injustiça.

19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

Deus se manifesta pela Sua Graça para todos, inclusive com os ímpios e injustos, para levá-los ao arrependimento.

20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

Estes que já tiveram um encontro com Deus pela graça não tem desculpa, pois até a revelação geral-natural, com as coisas que estão criadas pela Criação divina que do nada fez tudo, é prova da divindade de Deus, e do Seu eterno poder.

21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

Assim, muitos daqueles que já tiveram algum mínimo contato com a graça de Deus não o glorificaram, nem lhe deram graças, e assim Deus entregou o seu coração insensato (por rejeitar a Deus) à completa escuridão.

22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

Dizendo-se sábios, isto é, aqueles que se consideram justos por si mesmos, como diz a Palavra do Senhor Jesus em Mateus 9.13: não vim chamar os justos [os que se consideram justos, pois nenhum justo há], mas os pecadores, para arrependimento.

23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

E fizeram barbaridades, assim como Israel fez quando criaram um bezerro de ouro para ser seu deus.

24 Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;

Deste modo verdadeiramente Deus os entregou à cobiça dos seus corações, e a pecados imundos para desonrarem seus corpos entre si.

25 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.

Aqueles que conheceram a verdade, ainda que seja uma pequenina porção da graça de Deus, e a transformaram dentro de si em mentira, nos seus vãos entendimentos, são indesculpáveis, e servem e honram mais a criatura do que o eternamente bendito Criador. Eis que somos pó, e ao pó voltaremos. Eis que o ser humano à parte da graça de Deus é infinitamente pequeno, “é um verme, e o filho do homem um bicho” (Jó 25.6), pois tudo o que recebemos de bom vem de Deus, o único Bom (Jo 3.27). Quem, pois, ousar ir contra o Criador quando Este for ao seu encontro merecerá a mais alta condenação eterna.

26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.

Um tipo de pecado grave é a homossexualidade segundo a Bíblia, que é a Palavra de Deus. Não sou eu quem digo isso, é a Bíblia. Assim, mulheres pecam com mulheres, e homens com homens, assim como acontecia em Sodoma e Gomorra, postos para exemplo do juízo final. É um pecado perdoável e do qual Deus, segundo a Bíblia, é poderoso para libertar, pois há alguns que tinham sido assim e foram libertos na Escritura (1Coríntios 6.9-11).

27 E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.

Quando os homens deixam a natureza, que é se relacionar com mulher, se inflamando sensualmente uns para com os outros (onde em Judas está escrito que os que estão em pecados sensuais não tem o Espírito), homens com homens etc., cometem torpeza grave e recebem uma recompensa maligna, seja no corpo ou na alma, que convinha ao seu erro, ou seja, proporcionalmente ao erro cometido. É Deus quem diz isso pela Palavra. Quando a Palavra/Bíblia fala, Deus fala.

Mesmo assim, Deus é tardio em irar-se e ama a todas as pessoas para sua salvação, inclusive os homossexuais que, inclusive, são imagem e semelhança de Deus na terra. Nós também, devemos amar ao próximo, e amar a todos os homens, e todas as pessoas: os ateus, os homossexuais, os ladrões, ou seja, a todos os pecadores (lembre-se, não há homem que não peque (Eclesiastes 7.20), e todos somos pecadores, inclusive eu, inclusive os maiores santos do mundo), assim como Deus os ama, pois Deus os ama para que sejam salvos em Cristo Jesus! A respeito do pecado, ódio já é pecado, obra da carne. Uma mentira já é pecado, pois o pai da mentira é Satanás. E um pecado contra um Deus eterno já merece a condenação eterna! Por isso que só Jesus pode nos salvar – nenhum homem é perfeito, a não ser Jesus! Só não podemos aceitar o pecado (como o da homossexualidade), isso não aceitamos, porque é contrário à vontade de Deus revelada nas Escrituras, e nossa consciência é cativa a Deus, mas amamos as pessoas (ou, se alguém não ama ainda, deve buscar amar)! Não aceitamos nem mesmo permanecer em pecado algum (1Jo 3.6,9 ACF 2011), e a Bíblia é a regra de fé e conduta que deve ser usada como espelho para toda a humanidade.

8 E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;

Deste modo, como os mais graves pecadores não se importaram com Deus, que amou a todos e a cada um dando chance a todos pela graça do Espírito Santo, e que lhes iluminou (ainda que seja apenas uma luz fraca comparada à de um nascido de novo), Deus mesmo os entregou a um sentimento perverso. Veja que os que Deus leva à impiedade já são os de coração afastado de Deus. Deus não pegaria um homem bom e o transformaria em Judas, mas um réprobo que pisou no sangue do Senhor, sem ter chance de arrependimento, é digno de ter o coração endurecido como o próprio Faraó.

29 Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;

30 Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;

31 Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;

Exemplos de pecados que os pecadores cometem. Devo dizer que mesmo que alguém esteja neste nível, se houver arrependimento no seu coração, ele veio do Espírito Santo, e Deus está dando uma chance de reconciliação em Cristo Jesus.

32 Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.

Estes pecadores, conhecendo o julgamento de Deus, que não tem o culpado por inocente e nem o inocente por culpado – a alma que pecar, essa morrerá (Ezequiel 18.20) – e que são dignos de morte, as fazem e consentem com os outros que as fazem. Ora, a alguns poucos que caíram fundo percebemos que Deus ainda traz ao arrependimento para a vida, e não sofrem a morte eterna. Todavia, a maioria que peca e persiste em pecar pode receber um coração tão endurecido, que as Palavras do Espírito não mais as alcançarão, e nada mais resta senão a morte física e eterna, pois resistem a Deus e gostam (na realidade, amam) do seu pecado mais do que de Jesus. Acerca da morte física, Deus é quem mata-recolhe tanto o justo como o ímpio. E sobre o ímpio persistente em pecar, nada mais resta para o infiel senão a morte eterna, com o galardão da injustiça, com a condenação proporcional aos seus crimes contra a lei de Deus (e não proporcional ao bem que fez), com muitos ou poucos “açoites” na condenação eterna (Lucas 12.45-48).


Romanos 2

 

1 PORTANTO, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.

A Palavra condena o julgamento quando nós mesmos somos condenados naquilo que julgamos a outrem. A Palavra permite julgarmos os outros somente segundo o bom critério da Palavra de Deus, nossa regra de fé e conduta, que Deus deixou a nós, para com ela redarguirmos, exortarmos, abençoarmos, julgarmos, para que ninguém caia em condenação.

2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.

Deus julga e condena esse comportamento do verso 1, e, mesmo assim, o julgamento de Deus é reto e verdadeiro, pois Cristo e a Sua Palavra são a Verdade, e Deus é reto e verdadeiro.

3 E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?

Será que quem comete tal pecado de julgamento ao outro quando comete o mesmo erro escaparia do juízo de Deus? Certamente que não.

4 Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

Paulo dá a entender que a pessoa que julga erroneamente, cometendo tal pecado, despreza a bondade-benignidade de Deus, paciência e longanimidade (onde Deus é tardio em irar-se), ignorando que o bom caráter de Deus quer levá-la ao arrependimento. Ora, se Deus exorta a não fazer isso, certamente Deus quer que a pessoa se arrependa desse pecado pela graça de Deus, e viva.

5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;

Mas, se o coração de tal pessoa for duro, sem arrependimento, resistente a Deus (Mt 23.37), ajuntas ira para si no dia do julgamento final de todas as pessoas, onde Cristo separará os bodes das ovelhas (Mateus 25), o dia da ira de Deus, em que condenará ao fogo eterno todos os que fazem o mal.

6 O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:

7 A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;

Deus recompensará com a vida eterna somente aos perseverantes em fazer a vontade de Deus (que é o bem), olhando para o galardão da justiça, procurando glória eterna, honra e uma vida e corpo sem corrupção.

8 Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;

Aqueles que são contenciosos (discutem, brigam, contendem com a verdade), desobedientes à verdade, e obedientes à injustiça certamente sofrerão indignação e ira eternas.

9 Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;

Não só ira e indignação, mas sofrerá eternamente tribulação e angústia toda a alma do homem que faz o mal, pois ninguém terá desculpa, visto que a graça de Deus alcança a todo o homem (João 1.9 ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo; João 12.32 E quando eu for levantado da terra, todos atrairei a mim).

10 Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;

Glória, honra e paz para todos os que estão em Cristo, são salvos, e assim praticam o bem, o fruto do Espírito em amor e andam em justiça e retidão, exercitados na vontade de Deus.

11 Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.

Ninguém é melhor do que ninguém. Todos somos vis seres humanos. Cada pessoa está sujeita à condenação ou à vida eterna. Ora, o homem natural está caminhando à condenação, e o salvo, onde todo o salvo é por natureza perseverante (vive uma vida de arrependimentos e humildade), está caminhando à vida eterna com Cristo.

12 Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.

A pregação da Palavra de Deus, pelos meios naturais, não chega a toda a criatura. Todos os que sem conhecimento algum de lei da Palavra de Deus pecarem, também perecerão. Em contrapartida, todos os que sob a lei de Deus pecaram, pela lei de Deus serão julgados.

13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.

Os que ouvem a lei e não a praticam são os que ouvem a lei da Palavra com seus mandamentos, mas não os obedecem, por não serem nascidos de novo nem terem o Espírito, e assim não podem agradar a Deus. Estes não são justos. Os que praticam a lei, os salvos, nascidos do Espírito de Cristo, são os que cumprem a lei de Deus em amor pelo Espírito Santo. Estes já foram justificados pela fé para a salvação, e serão eventualmente justificados diante dos homens (os homens os declararão justos ao verem suas boas obras, Mt 5.16).

14 Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;

Quando os descrentes que não conhecem a Palavra fazem naturalmente as coisas da Palavra de amor, sem eles terem conhecido a Palavra, concede-se que eles mesmos são o critério ou lei. Ora, não é estritamente necessário conhecer a Deus pela Palavra quando não há Palavra, tal como foram os povos antes de Cristo nas nações estrangeiras ou desconhecidas à época. Deus pode ser conhecido através das coisas criadas e da natureza, como disse o serafim em Isaías: toda a terra está cheia da sua glória.

15 Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;

Estes gentios fiéis mostram a Palavra nos seus corações, testificando a sua consciência, e os seus pensamentos, que os acusam ou os defendem. Isso também é um sinal de que Deus existe. Ora, certamente, numa minoria a quem o verdadeiro evangelho de Cristo não chegou, certamente alguns foram salvos pela fé em Deus através de Cristo, salvos pela fé como foi o pai Abraão, onde Cristo sempre foi o Caminho, a Verdade e a Vida, mas muitos não o conhecem como tal, pessoalmente, porque não foram enviados missionários, e porque não existem Bíblias em todas as línguas. A salvação é e sempre foi pela fé, mesmo nos tempos de Abel, Enoque, Noé, Abraão, Moisés e assim por diante.

16 No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.

No juízo essas ovelhas ‘escondidas’ serão colocadas juntas com os crentes fiéis, visto que elas são crentes fiéis também, mas sob uma fé mais simples.

17 Eis que tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;

Mudando de assunto um pouco, Paulo começa falando dos judeus.

18 E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei;

Os judeus sabem a vontade de Deus, aprovam as coisas que são excelentes, e conhecem isso por causa da lei mosaica.

19 E confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,

20 Instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei;

Estes são títulos que os judeus tomam para si.

21 Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?

22 Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?

23 Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?

Agora Paulo aprofunda o tema do início deste capítulo, de pessoas que julgam o próximo, estando elas também no mesmo pecado. Muitos judeus pregam a lei, mas não a seguem. São como os fariseus, de que Cristo falou que colocam fardos pesados nos outros, mas nem com um dedo querem tocar o fardo (Mt 23.4).

24 Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.

Assim como o nome de Deus foi blasfemado pelos gentios por causa do mau testemunho dos judeus, temos que tomar cuidado para que isso não aconteça conosco, se demos mau testemunho, e por causa do nosso testemunho ou vida o nome de Deus não seja santificado (oração do Pai nosso), mas blasfemado entre os descrentes.

25 Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.

Certamente, na antiga aliança, ser judeu tem o seu valor, assim como foi com o pai Abraão. E isso apenas se guardarem a lei. E, na antiga aliança, apenas os salvos pela fé como o pai Abraão guardavam a lei devidamente. Assim também, na nova aliança, nenhum homem que não nasceu de novo guarda devidamente a lei. No Antigo Testamento havia os judeus obedientes, onde os fiéis eram justificados pela fé como Abraão, mas não plenamente regenerados no sentido da nova aliança, pois o Espírito Santo só foi dado como habitação permanente depois da ascensão de Cristo conforme João 7.39 (E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado). Falando do desobediente, o homem natural é transgressor da lei, assim como é inflamado pela carne-natureza pecaminosa, que não o permite obedecer plenamente a Deus. Assim, diante de Deus, ser judeu transgressor é como ser um gentio que não conhece a Deus.

26 Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?

Se, pois, os gentios (os da incircuncisão) guardarem os preceitos da Lei de Moisés (assim como os salvos de todas as épocas cumprem a lei através do amor, pela graça de Deus), serão tão aceitáveis diante de Deus como os judeus obedientes (os da circuncisão).

27 E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?

Aquele que cumpre a lei de Deus, sendo gentio, julgará pela Palavra de Deus ao judeu transgressor da própria lei. A Palavra permite o julgamento de uma pessoa a outra pela Palavra, mas nunca quando o que julga está no mesmo pecado ou erro (nesse caso fica o “Não julgueis, para que não sejais julgados” cf. falou Jesus em Mateus 7, que deve ser interpretado por esse capítulo de Romanos – não julgueis/condeneis quando fazes o mesmo!).

28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.

Não é judeu o que é circunciso, nem a verdadeira circuncisão aquela que é da carne, instituída através dos pais.

29 Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.

Mas o judeu é verdadeiramente judeu se for judeu interiormente (fiel), com o coração circuncidado (coração sensível ao Espírito), e não seguidor de letra da Escritura sem o Espírito. O louvor desses judeus fiéis provém de Deus.


Romanos 3

 

1 QUAL é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?

Para que ser judeu ou circuncidado?

2 Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.

Muita é a utilidade, na antiga aliança, pois a palavra de Deus foi dada para judeus, como Abraão (avô de Jacó, e este era também chamado Israel) e Moisés.

3 Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?

Alguns foram incrédulos e infiéis. Mas Deus permanece fiel, pois não pode ir contra Si mesmo.

4 De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado.

Deus é sempre verdadeiro. Se a vontade do homem for contrária à de Deus, seja todo o homem mentiroso. Com a nossa boca falando as palavras de Deus, seremos justificados em nossas palavras diante dos homens e, em julgamento, vencerá o homem que se firma na verdade de Deus.

5 E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós (Falo como homem.)

6 De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?

Paulo falando, mas não de si mesmo (os verdadeiros apóstolos eram, em geral, guiados pelo Espírito nos mínimos detalhes, especialmente para a escrita da Palavra). Ele se usa de um exemplo. Se a justiça de Deus causar a nossa injustiça, seria Deus injusto, condenando-nos? Paulo fala isso humildemente, e depois ele nega tal afirmação, pois se Deus fosse autor do pecado ele não poderia julgar o mundo, nem condenar a ninguém. Por isso Deus não causa o pecado de ninguém: a causa do mal e da tentação vem dos homens maus, que resistem a Deus (Mt 23.37), e dos demônios.

O que ocorrerá é que Deus por Cristo julgará o mundo naquele dia, o último dia, o dia do Senhor, quando Jesus voltar, onde Cristo, o Sumo Juiz de modo justo e reto condenará o ímpio.

7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?

Quando somos taxados de mentirosos por amor ao Senhor e por pregar a Palavra, pode-se dizer que a nossa mentira, chamada assim pelos ímpios, tem mais verdade para a glória de Deus do que a verdade dos ímpios. Assim, Paulo fala: por que sou eu ainda julgado como pecador? Veja, até na “mentira” de Paulo abunda-se mais a verdade de Deus: de fato, ele está falando a verdade de Deus. Paulo deve ter sido taxado de mentiroso, herege muitas vezes quando evangelizou e proclamou a doutrina de Deus contra os judeus.

8 E por que não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.

Alguns difamam Paulo, falando que ele disse: “Façamos males, para que venham bens.” Paulo condena isso, e fala que a condenação destes é reta e justa.

9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;

É o apóstolo melhor do que a ovelha, do que o irmão sem ministério, ou melhor do que o ímpio? Não, todos estão debaixo do pecado. Todos nascem mortos em delitos e pecados. Todos nascem corruptos e depravados. Todos nascem culpados e mortos espirituais. Paulo é devedor pois a graça lhe alcançou. Paulo não é merecedor ou melhor (somos nós mais excelentes?) do que o ímpio para receber a salvação.

10 Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

Todos e cada um dos homens nascem pecadores, ímpios, completamente depravados, injustos e imorais.

11 Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

Nenhum de nós entende a Palavra nem busca a Deus, exceto se Deus vier a nós e trouxer a nós a Sua Palavra, o que ocorre pela graça do Espírito Santo, através da audição da Palavra.

12 Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

Só há um que é bom, que é Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Nem os crentes regenerados são bons diante de Deus por si mesmos, mas são pecadores.

13 A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;

14 Cuja boca está cheia de maldição e amargura.

15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

16 Em seus caminhos há destruição e miséria;

17 E não conheceram o caminho da paz.

18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

Tratando do homem natural, o qual todos nós fomos, ou seja, fomos em menor ou maior grau desobedientes.

19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.

Pela lei de Moisés vem o conhecimento do pecado, para que todo o homem seja condenado por ela, pelos dez mandamentos (sem reclamar, para que toda a boca esteja fechada), para achar, depois, graça diante do Senhor. Se não formos condenados pela lei, com temor e tremor, sabendo que não a conseguimos obedecer, não nos considerando bons, mas reconhecendo que somos pecadores, o evangelho não penetra eficazmente em nós. O Espírito convence do pecado (que somos pecadores), justiça (apenas satisfeita por Cristo, e não pelas nossas ‘boas’ obras) e juízo (final a todas as pessoas).

20 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

A lei serve para condenar o homem, mas o evangelho serve para salvar o homem. Ninguém será justificado (declarado justo e, consequentemente, salvo) ‘cumprindo’ (na realidade, tentando cumprir) a lei de Moisés, ninguém será salvo tampouco exercendo boas obras.

21 Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;

Sem a lei se manifestou a justiça de Deus em Cristo, e Cristo é o cumprimento da lei e dos profetas. A lei e os profetas (v. 21), que são as duas testemunhas de Ap. 11, defendem e testemunham acerca da justiça de Deus.

22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.

Isto é, para que todos e cada um seja justificado pela fé em Cristo, porque não há diferença entre pessoas diante da lei de Deus (não há indivíduo com status melhor para a salvação, Deus não faz acepção de pessoas), todos devemos crer.

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Todos nós pecamos e caímos com Adão, assim como ele caiu, assim nós nascemos também culpados e destituídos da glória de Deus.

24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

Mas cada um de nós pode ser justificado gratuitamente por sua graça, seu favor imerecido, sua bondade, misericórdia e amor. Somos justificados por meio da fé que Deus nos deu, e pela sua graça (sem merecimento ou mérito), pelo resgate (redenção) que há em Cristo.

25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

O Pai ofereceu a Cristo como sacrifício para aplacar a ira divina contra o pecado da humanidade pela fé no seu sangue, para demonstrar a justiça de Cristo pelo perdão dos pecados cometidos anteriormente. Segundo a epístola de Hebreus, os pecados do antigo testamento foram efetivamente perdoados na Cruz. O Pai teve e tem muita paciência para esperar uma alma ser perdoada, e para não a punir pelos seus pecados, mas Deus é tardio em irar-se, e cheio de misericórdia, e condenou a Cristo com a pena máxima em nosso lugar, que foi e é eternamente digno de ser chamado de Salvador e Senhor. Outro nome assim não há!

26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

A justiça do Pai é demonstrada nesse tempo presente, pois que Ele é justo e declara justo aquele que tem fé salvadora no seu Filho.

27 Onde está logo a vanglória? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.

Onde está o orgulho-vaidade-arrogância? É excluída pela Palavra de Deus àquele que é nascido de novo, pois o orgulhoso, vaidoso e arrogante não pode nascer de novo e ser justificado. Como está em Efésios 2.8-9, a salvação não vem das obras, para que ninguém se glorie. Se a salvação fosse pelas boas obras, quem se salvasse ia achar que era melhor, o bom, pois ele conseguiu e o outro não. Mas é pela graça de Deus, Deus é quem dá a salvação, Cristo é quem a conquistou por nós, e nós não precisamos fazer nada para recebê-la, apenas nos arrependermos, confiarmos e confessarmos a Jesus para a nossa salvação cf. Romanos 10.8-11 (conforme a linguagem bíblica, sem considerar teologia alguma), crendo em tudo o que a Bíblia diz. Assim, ninguém pode se vangloriar (jactância) diante de Deus, pois a salvação é 100% pela graça de Deus, 100% por Cristo, 100% pela fé, 100% através da Palavra, 100% para a glória de Deus.

28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.

Assim, o homem é justificado apenas pela fé, e não é justificado pela obediência aos mandamentos da lei de Moisés.

29 É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,

Deus é Deus de todos.

30 Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.

Deus tornou a fé, desde a Queda, o meio único para a salvação, seja antes de Cristo, seja depois de Cristo. Deus salva pela fé os judeus e também os gentios.

31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.

A lei de Moisés foi estabelecida pela fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus e obedecer a lei. Além disso, a fé (Abraão) é anterior à lei (Moisés), sendo mais excelente. A lei testifica de Cristo (Deut. 18.15-19 cf. Atos 3.20-24), e Cristo veio também para cumprir a lei (Mateus 5.17). Cristo não negou a lei mosaica (lei de Deus), mas a afirmou, e a estabeleceu quando a cumpriu.


Romanos 4

 

1 QUE diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?

Aquele que é justificado em vida é justificado pela fé assim como foi Abraão.

2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

Se Abraão recebeu algum mérito ou honra diante dos homens, deve ficar feliz e alegre, mas não deve se exaltar perante Deus, o qual foi quem exaltou Abraão diante dos povos e nações.

3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

O pai Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ele foi declarado justo porque creu no verdadeiro e único Deus, o obedecendo. O Pai Abraão creu em Jesus como Messias também (lembre-se de que Jesus disse que Abraão exultou quando viu o Dia de Jesus – Jo 8.56), ainda que não o conhecesse como Jesus, pois Jesus ainda não havia se revelado à humanidade em plenitude.

4 Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.

O que o apóstolo fala pode ser aplicado em duas coisas. A primeira é que um trabalhador qualquer que faz uma obra não recebe uma recompensa segundo a graça, mas segundo a dívida com o superior, por ter feito a obra. Não é o caso dos salvos, nós não conseguimos agradar a Deus com nossas obras antes da salvação, pois são como trapos de imundícia (Isaías 64.6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam). A segunda coisa é que o galardão de Deus para nós, a recompensa, é segundo a ‘dívida’, ou seja, segundo as obras e feitos que Deus mesmo operou em nós depois da salvação-justificação.

5 Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.

Aquele que não consegue obedecer a Deus, mas crê em Deus que declara o pecador justo, a fé dessa pessoa – dada por Deus, claro – é imputada como justiça. Nesse estado (v. 5) estão os crentes, como Abraão – não agradamos a Deus pelas obras antes da salvação, isto é, antes de nascer de novo em vida.

6 Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:

Davi diz: Felizes aqueles homens que Deus considera justo sem merecer, sem fazer algo que mereça a justiça de Deus. E sabemos que todos os homens crentes estão incluídos nisto, pois ninguém consegue ser justo pela obediência da lei (ou fazendo o bem!). O único que conseguiu ser justo por sua própria Justiça é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

7 Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos.

Felizes aqueles que tem seu pecado perdoado pela graça de Deus e pelos méritos de Cristo.

8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.

Bem-aventurado o justificado pela fé. Nada poderá condená-lo. É um vencedor.

9 Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.

10 Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.

O apóstolo escreve pensando se essa bem-aventurança vem apenas sobre os judeus, e não também sobre os gentios. Bom, Abraão foi justificado, e isso antes de receber o sinal da aliança da circuncisão na carne, de modo que Abraão foi declarado justo e salvo pela fé como um gentio ‘incircunciso’, e depois Deus criou a aliança abraâmica, o pacto da circuncisão da carne.

11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada;

Abraão recebeu o sinal na carne-circuncisão, que para ele era selo da justiça pela fé, quando estava na incircuncisão. Assim Abraão é pai tanto dos crentes, como dos gentios, como dos judeus, ou seja, pai de todos os que creem.

12 E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão.

Abraão é pai de todos os que tem fé, seja judeu ou grego, gentio ou crente, circuncidado ou incircunciso.

13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

A promessa de que Abraão havia de ser herdeiro do mundo foi feita pela fé, não pela lei. E até sua posteridade, aqueles que vieram depois de Abraão, ‘herdeiros de Abraão’, receberam essa promessa não pela lei, mas pela fé (incluindo aqui Moisés, cuja aliança não foi das obras, mas da graça).

14 Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.

Assim, se os que são da lei são herdeiros, a fé é inútil e não há promessa.

15 Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.

A lei opera a ira de Deus (que é autoridade sobre todos) sobre todos os que não a seguem. Onde não tem lei alguma também não tem culpado algum. Jesus disse, se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado (João 15.22).

16 Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,

Assim é pela fé, e não por obras, mas pela graça, a fim de que a promessa seja firme a todos os que virão, tanto da lei (isto é, judeus), como dos que não são da lei, mas da fé (assim como nós que não somos judeus, mas gentios).

17 (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.

Deus constituiu Abraão por pai de muitas nações, pois este creu em Deus, o qual dá vida aos mortos e, como ocorre em revelações divinas (como ocorreu duas vezes com José, pai de Jesus), chama as coisas que não são como se já fossem, igual o que aconteceu com Abimeleque em Gênesis 20.3-7, onde Deus afirmou a morte e castigo a ele por causa de Sara, mas Abimeleque não a tinha tocado ainda. Deus o faz, criando temor e tremor, para que sejamos impedidos de pecar contra Ele.

18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.

Abraão creu com esperança vinda de Deus, contra a esperança terrena, tanto é que se tornou pai de muitas nações. Assim devemos nos firmar nas promessas de Deus, com viva esperança, ainda que sejam para nossa posteridade.

19 E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.

Não olhou para os problemas que se mostravam contra as promessas de Deus.

20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus,

Não duvidou por incredulidade, mas foi fortificado na fé, onde certamente sua fé foi acrescentada, e regozijou-se no Senhor rendendo-Lhe glória. Isso é um exemplo para nosso comportamento na provação e na vitória.

21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.

Abraão confiou em Deus de tal modo que creu que Deus era poderoso para o fazer. Deus não mente, e é fiel, e cumpre todas as suas promessas, com todos os detalhes.

22 Assim isso lhe foi também imputado como justiça.

Abraão foi considerado justo na fé também pelo fato dessa fé ser uma fé sadia e madura, de modo que não só creu na promessa, como confiou que Deus é poderoso para cumprir. Essa é a natureza da fé sadia no eterno Deus, ainda hoje, na nova aliança.

23 Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta,

24 Mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;

Isso está escrito não só como história, mas também por nós, os crentes. Deus certamente levou a fé, confiança e esperança de Abraão em consideração, assim como a nossa fé, confiança e esperança em Deus serão consideradas no julgamento final.

25 O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.

Jesus foi morto pelos pecados dos eleitos, isto é, a Escritura usa a expressão nossos pecados em quase toda a Bíblia, assim como Isaías 53 fala que “justificou a muitos, porque as transgressões deles levou sobre si” (ou seja, quem Jesus tomou os pecados são justificados conforme a Bíblia que embasa “a substituição penal”), e não fala “justificou a todos”. Jesus ressuscitou para que todos os que cressem fossem certamente justificados.


Romanos 5

 

1 TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;

Vemos aqui que primeiramente a pessoa é salva, isto é, justificada (significa declarada justa), e apenas depois tem paz com Deus Pai, porque não está mais em sua ira (não está mais separada de Deus) – Jesus foi a propiciação por essa pessoa/aplacou a ira divina sobre ela (e Jesus também é a propiciação em potencial ou disponível a todo mundo cf. 1Jo 2.2 se todos hipoteticamente cressem). A ira é aplacada (efeito da propiciação) somente aos crentes (João 3.36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele).

A pessoa é justificada pela fé, e não por boas obras para ser salva. A justificação pelas obras que Tiago fala são obras após a salvação (e não para ser salvo), após a justificação (que é sinônimo de salvação), ou seja, após o novo nascimento (regeneração, também sinônimo de salvação). Abraão foi o pai da fé, pai de todos os que creem, pois creu Abraão em Deus, e isto lhe foi imputado por justiça (Gn 15.6).

Temos paz com Deus apenas por nosso Senhor Jesus Cristo, que é o único Caminho ao Pai (Jo 14.6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim), e não teríamos verdadeira paz por Maomé, Buda, Krishna, Allan Kardec ou qualquer outro segundo a Bíblia (Atos 4.12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos).

Assim, a salvação engloba, depois do processo de conversão, a regeneração ou novo nascimento (Tt 3.5, Jo 3), instantânea e uma só vez, pela nova vida de Cristo pelo Espírito Santo em nós; e a justificação ao pecador (Rm 3.24) diante do tribunal de Deus, instantânea e junto com a regeneração, pelos méritos de Cristo conquistados na sua vida e na sua morte, pelo seu sangue (Rm 5.9), pela graça (Rm 3.24), tendo a fé como meio (Rm 5.1), e não as obras da lei (Gl 2.16) quando o pecador recebe o perdão dos pecados com declaração de inocência diante de Deus por receber a imputação da justiça de Cristo em nós sem as obras (Rm 4.3-8), e assim o Pai nos vê através de Cristo (somos revestidos de Cristo), resultando em paz com Deus (Rm 5.1). A Escritura diz que todos os justificados são regenerados, todos os regenerados são justificados, portanto faz sentido que operem juntos.

2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

Entramos na graça de Deus pelo Filho, na qual estamos firmes, pois poderoso é o Senhor para nos firmar, e nos alegramos e regozijamos na esperança de estar na glória de Deus.

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,

4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.

5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Também devemos nos regozijar nas dificuldades, sabendo que a tribulação produz a paciência, e esta produz a experiência, e esta produz a esperança. E se não formos aprovados nas batalhas que o Pai nos leva a batalharmos, mas resistirmos ao Espírito temporariamente, podemos ficar anos sem sair da tribulação, até que obedeçamos a Ele e recebamos paciência, experiência e esperança, que é a vontade de Deus. E a esperança não traz confusão: os cristãos experientes são cheios da viva esperança da vida eterna por causa do Espírito Santo, que é ativo neles.

6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

Porque Cristo, perfeito e imaculado, morreu por nós, mesmo sendo nós vis pecadores.

7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

Normalmente os heróis morrem por justos, mas Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores!

9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

Desta forma, muito mais agora, já que estamos salvos, seremos por ele salvos da ira de Deus: o mais difícil foi Cristo morrer pelos pecadores (como Ele sofreu!), e a consequência lógica disso é ser salvo da ira de Deus.

10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

Sendo inimigos Deus nos reconciliou e entregou o seu Filho por nós, muito mais agora que somos seus amigos, seremos salvos pela sua vida – a esperança não traz confusão.

11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.

Além disso jubilamos no Senhor por Cristo, pelo qual alcançamos a paz e reconciliação com Deus, com o qual estávamos separados.

12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.

Portanto, como por Adão entrou o pecado no mundo, e pelo pecado entrou a morte física, espiritual e eterna, a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram (passado). Como é passado, todos pecamos em Adão, que era o cabeça federal da humanidade, nos representava: Adão pecou, nós pecamos com ele, e nascemos na morte, na separação e no pecado, culpados do pecado de Adão.

13 Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.

A lei de Deus dada a Moisés, cuja parte moral é válida até hoje na nova aliança como convencedora do pecado, pois Deus é imutável, reconhece que existe o pecado no mundo, mas sem lei o pecado não é imputado.

14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.

Mesmo sem a lei mosaica de Adão até Moisés, pois a lei foi dada por intermédio de Moisés, eles tinham a lei das suas consciências, e a lei oral transmitida de Adão aos seus descendentes, de pai para filho, como Abel, Sete, Enoque, Noé etc. Como eles tinham essas leis, não ficavam isentos do pecado, pois o que Deus havia falado a Adão no jardim eles sabiam, isto é, um resquício do mandamento, da maldição da queda, da obediência e da promessa do Salvador. A morte reinou até àqueles que pecaram pecado menor do que o de Adão (depois dele, claro) – haviam muito mais perdidos do que salvos (significado de a morte reinou), visto que Deus não havia se revelado ainda com o poder e força de como foi com Moisés, para dar a seu povo uma lei própria, e com ela o pecado iria abundar e a graça superabundar – o que trouxe depois avivamento. Adão é figura de Cristo, que havia de vir e veio.

15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

Não dá para comparar o pecado de Adão com a graça de Cristo. Se um pecado de um homem fez morrer muitos, muito mais a graça de Deus em Cristo abundou sobre muitos.

16 E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.

O julgamento para condenação veio de um só pecado (de Adão), mas o dom gratuito veio de muitos pecados/ofensas (pecados dos eleitos – veja que Paulo não fala todas as ofensas, mas muitas) para justificação deles (deles significa dos eleitos, que são os justificados).

17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.

Se pelo pecado de um só a morte reinou, muito mais os que recebem a graça de Deus reinarão em vida e na morte por Cristo. Note a expressão “muito mais”: Uma vez que o pecado de Adão trouxe todo esse mal do mundo, com todas o pecado, morte, doenças, velhice difícil, assassinatos, desastres, feras carnívoras... muito mais (nem dá para imaginar) a graça de Cristo, que é muito mais potente faz ao inverso, além de ser muito mais intensa, de modo que reconciliou todas as coisas no universo em Cristo, e também que tanto mais reinaremos em vida e na morte por Cristo, visto que a tribulação desse tempo presente não há de se comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.

Por um pecado todos foram condenados, veja todos. Assim também, por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida, todos. Mas como não são todos justificados, o que é universalismo, que é heresia, assim é subentendido claramente que todos podem hipoteticamente vir a ser justificados em vida pela graça infinita de Deus – contudo, essa não é a realidade observável, por isso hipoteticamente.

19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.

Pelo pecado de Adão muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de Cristo, muitos serão feitos justos.

20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;

Veio a lei mosaica para que o pecado abundasse, pois a lei convence do pecado (exemplo, ela diz não furtarás em Êxodo 20, e assim aquele que furtou agora sabe que é pecador e é condenado pela lei). Agora que a humanidade não está sem lei escrita, como na época de Adão até Moisés, o pecado abundou (cresceu mais em número), e a graça superabundou (cresceu muito mais em número) – muitas pessoas foram salvas!

21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

E Deus fez tudo isso assim, com um planejamento certeiro e preciso antes da fundação do mundo: pois Deus encerrou a todos na desobediência, no pecado, para com todos exercer misericórdia (Rm 11), convidando pela graça e para a graça que vem da cruz de Cristo, graça que vem através do Espírito Santo, e graça que vem da bondade do Pai, mas muitos não quiseram vir às bodas do Cordeiro após receber o convite da Palavra de Deus (linguagem bíblica conforme parábola das bodas de Mateus 22.1-14 e Apocalipse 3.20), endurecendo o coração e tampando os ouvidos à Palavra (como diziam os profetas de Israel), Palavra que é a única que gera fé salvadora (Romanos 10.17).


Romanos 6

 

1 QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?

Já que onde o pecado abunda, superabunda a graça (Paulo continua o assunto do capítulo anterior), Paulo faz a pergunta: permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?

2 De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?

Nunca. O nascido de novo não permanece em pecado (1Jo 3.6,9). Não gosta do pecado. Se gosta, o Espírito Santo em tempo oportuno faz o pecado cheirar mal, parecer mal, ser abominável de modo que o salvo é constrangido e é livre. Somos escravos de Cristo, e não livres para fazermos o que quisermos. Somos livres para a justiça segundo a Bíblia (João 8.36, Romanos 6.18).

3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

O batismo, com que fomos batizados, é o batismo na morte de Cristo: batismo pode ser sinônimo de sepultamento nesse caso, de velho homem constantemente amordaçado e crucificado com Cristo.

4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Como o sacramento ou a ordenança do batismo pode envolver a imersão nas águas, significa o sepultamento do velho homem. Já quando a pessoa emerge das águas, significa que ela ressuscitou com Cristo. Claro que o batismo deve ser feito apenas àqueles que já anteriormente nasceram de novo pela fé, num contato pessoal com Jesus Cristo, ao se arrepender dos seus pecados com mudança de vida, e crer em tudo o que diz a Palavra que veio inspirada dos céus, a Bíblia Sagrada. O batismo é não-regenerador, isto é, não salva ninguém, pois é algo que se faz, é uma boa obra pela graça de Deus. E é pela graça que somos salvos, pela bondade e misericórdia de Deus vertida por nós na cruz, e não por obras, nem pelo nosso não resistir a Deus: para que ninguém se glorie (Efésios 2.8-10).

Assim como Cristo foi ressuscitado, também andemos nós em santidade (separação do mundo e do pecado, fazendo a vontade do Espírito e não da carne com suas paixões).

5 Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;

Se realmente fomos plantados com Cristo na sua morte, também seremos na sua ressurreição, pois somos justificados pela sua ressurreição! Se Cristo não houvesse ressuscitado, nunca seríamos justificados, salvos, nem seríamos ressuscitados no futuro.

6 Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.

7 Porque aquele que está morto está justificado do pecado.

O nosso velho homem foi crucificado com Cristo, ou seja, morto: o nosso novo homem está justificado do pecado, pois está morto para o mundo.

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;

9 Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.

Se de fato morremos com Cristo, se somos salvos, que creiamos – o que é uma certeza em Cristo – que também com ele viveremos na sua vinda. Como Cristo ressuscitou, já não morre mais. Quando nós ressuscitarmos, também não morreremos mais. Os únicos que morrerão, e eternamente, são os ímpios na segunda morte no lago de fogo, que é o inferno eterno.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

11 Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.

Cristo morreu para o pecado, mas vive para Deus: assim também consideremo-nos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;

13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

Devemos ser santos, pois sem santidade ninguém verá o Senhor. Devemos andar em justiça, e não em corrupção.

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

Debaixo da graça o pecado não tem domínio sobre nós: somos livres do pecado, e não mais escravos do pecado.

15 Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.

16 Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?

Não faz sentido para o salvo o pecar voluntariamente estando debaixo da graça (isso é comportamento comum de perdido, não de salvo, mas, de fato, ninguém é perfeito, ninguém é super-homem). Éramos servos do pecado para a morte, agora somos servos de Deus, livres do pecado, em novidade de vida.

17 Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.

Graças a Deus que o Senhor nos salvou através de Cristo, que operou isso em nós, tudo isso: obedecemos, não resistimos ao Espírito, obedecemos à doutrina que os apóstolos de nosso Senhor nos passaram (1Co 15.1-4 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras).

18 E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.

19 Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.

Com toda a força que servíamos ao pecado, agora usemos essas forças para servir agora a Deus!

20 Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.

Fazíamos o mal (todo ser humano nasce assim), e estávamos livres do requerimento de fazer boas obras, pois era, em verdade, impossível de se fazer boas obras por nós mesmos, exceto se Deus nos usasse/tomasse pela Graça – Ele é a única fonte de todo bem, o único Bom!

21 E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.

22 Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.

Devemos ter incentivo para buscar a Deus em santificação e, no fim, alcançar a vida eterna – glorificação.

23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

Aquele que peca morrerá (se comerdes desse fruto morrereis, Gn 2.17). Mas a vida eterna é um dom gratuito de Deus em Cristo – você não precisa fazer nada para adquiri-lo. Basta renunciar tudo o que Deus requer da sua vida, sujeitar-se ao Senhorio de Cristo confiando no Senhor e Salvador Jesus, e, mais cedo ou mais tarde, vivendo uma vida em fé e arrependimento, o Senhor dará a salvação àquele que invoca o Seu santo nome.


Romanos 7

 

1 NÃO sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?

Acerca da lei mosaica (aos que sabem a lei): a lei mosaica dada por Deus tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive.

2 Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.

O casamento tem base na lei.

3 De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.

A lei do casamento, dada por Deus, dita as regras da fidelidade.

4 Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.

Assim também estamos nós, os crentes, mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejamos Dele para dar fruto a Deus.

5 Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.

Agora Paulo fala da época de quando estava na carne (v. 5), antes de ser salvo, pois seus membros davam fruto à morte.

6 Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.

Mas depois foi salvo da lei, tendo morrido para ela, para servir a Deus em novidade de espírito.

7 Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.

A lei mosaica não é pecado, mas nós não conhecemos o pecado senão pela lei: os 10 mandamentos dizem: “não cobiçarás”, e eu conheci a cobiça (concupiscência). Os mandamentos dizem para não roubar, e aquele que roubou é condenado como transgressor da lei, pecador.

8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.

O pecado, através do mandamento, operou no velho Paulo toda a cobiça: se não houvesse lei não haveria pecado, mas agora não tem desculpa.

9 E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.

E Paulo, em algum tempo rebelde no início de sua vida, vivia sem conhecer a lei de Deus – era ignorante das coisas do alto, e desde criança depravado [Romanos 3.9b-12 tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.]. Era ignorante: [1Coríntios 12.14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.]. Paulo não desejava o bem porque não conhecia o bem de Deus. Mas sendo evangelizado, reviveu o pecado que ele cometia e ele percebeu que estava morto espiritualmente – o salário do pecado é a morte – Paulo estava na depravação total, mas algo aconteceu quando foi evangelizado (“quando veio o mandamento”).

10 E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.

E o mandamento dado por Deus para o bem, achou ele temporariamente que lhe era para morte. Por quê?

11 Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.

12 E assim a lei [mosaica] é santa, e o mandamento santo, justo e bom.

13 Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.

O bem não vira morte, mas já que Deus nos deu uma lei moral que fala para não matar (ou cobiçar, furtar, adulterar, fornicar etc.), esses crimes ficam muito mais malignos do que seriam esses crimes se não houvesse essa lei divina.

14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.

Paulo no versículo 9 falou que em algum tempo vivia sem lei (homem natural, ignorante, que não compreende as coisas do Espírito de Deus), mas quando teve contato com o mandamento, chama-se de carnal, vendido sob o pecado. Compreendeu que a lei é espiritual, Paulo foi parcialmente iluminado, é carnal, vendido sob o pecado.

15 Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.

Paulo não era o Paulo na velhice que dizia “Sede meus imitadores, como eu de Cristo”, mas era o Paulo que queria fazer o bem, mas não conseguia! – como éramos antes do novo nascimento – com liberdade de escolha restaurada pela pregação da Palavra (quero fazer o bem) – homem carnal em vez de homem natural – desejando o bem, mas não conseguindo praticá-lo, pois não tínhamos a natureza de Cristo que supera a pecaminosa! Só depois de nascer de novo que uma pessoa consegue fazer o verdadeiro bem (Hb 11.6) e ter uma consciência limpa diante de Deus.

Vale ressaltar que as pessoas quando nascem (Rm 7.9) não buscam automaticamente a Deus, ou seja, não querem fazer o bem diante de Deus ainda, pois não conhecem o que é bom se ninguém os evangelizar. É por isso que primeiro a pessoa nasce ignorante e depravada, e somente depois que a Palavra é pregada para ela em verdade ela tem a liberdade de escolha espiritual restaurada (como se Paulo dissesse “quero o bem, quero ser salvo, mas não consigo fazer o bem”), Paulo estava buscando a Deus para sua salvação (quero o bem que não faço)! Assim, somente depois desse contato com a Palavra que a pessoa deseja o bem que vem de Deus, como Paulo em Romanos 7.

Desejar o bem não consiste em nada que possa salvá-lo, contudo. Somente está buscando a Deus, desejando o bem! Deus é quem salva, Ele é o Salvador! Ele salva aqueles que sabem que não podem se salvar!

16 E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.

A lei serve mesmo para condenar os maus. A lei mosaica serve para condenar os pecadores. A lei é boa, pois condenou a Paulo, quando era escravo do pecado, ou seja, não conseguia fazer o bem que ele queria, só fazia o mal/pecado.

17 De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.

Realmente escravo do pecado.

18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.

19 Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.

20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.

21 Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.

Paulo é incapaz de com seu esforço se livrar do pecado e do mal que reconhece ter.

22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;

Como Paulo foi evangelizado pela lei, confrontado pela lei mosaica que escancarou seu pecado, Paulo estava sob a lei (perto de ser salvo): estando assim, ele quer ser salvo, tem prazer na lei de Deus, mas Deus ainda não o salvou, pois leva tempo, convencimento, livramento, amadurecimento, provisão, graça, enfim, ainda é escravo do pecado. Quando for salvo não será mais escravo do pecado, será livre para a justiça.

23 Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.

24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?

25 Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.

Paulo com a mente servia à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. Veja que isso é antes de Paulo ser salvo, frisando, pois o final do versículo fala que Paulo serve com a carne a lei do pecado, ou seja, Paulo nesse estado é servo do pecado.

Esse é o mesmo estado das pessoas, entre a depravação total (homem natural) e o novo nascimento (salvo): o homem carnal, que já foi parcialmente iluminado pelo Senhor, que provou o dom celestial, que se tornou participante do Espírito Santo, provou a boa palavra de Deus e os poderes do século futuro (Hebreus 6.4-6).

Esse é o processo de conversão de um crente, que pode levar anos até que a pessoa seja eficazmente e efetivamente salvo/justificado/regenerado pelo Senhor através da Palavra ou perca a oportunidade de salvação que o Senhor lhe disponibilizou pela sua própria desobediência segundo a Bíblia.

 


Romanos 8

 

1 PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Aquele que está EM CRISTO, que anda segundo o Espírito (cf. Rm 8.14), ele não sofre nenhuma condenação: não está sob o efeito do pecado do primeiro cabeça da humanidade, Adão, mas sob o Senhorio de Cristo.

2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

Agora, finalmente, Paulo diz que, nascido de novo, salvo em Cristo, está livre da lei do pecado e da morte (capítulo anterior), para a lei do Espírito de vida, a lei do Reino de Deus.

3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;

O que era impossível à lei mosaica, ou seja, salvar alguém, visto como estava afetada pela carne, Deus Pai enviando o seu Filho com esse corpo mortal como o nosso, pelo pecado (Cristo se fez “pecado” por nós) condenou o pecado na carne.

4 Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Para que a justiça da lei (salvação, justificação) se cumprisse em nós, que andamos guiados pelo Espírito.

5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.

Aqueles que são filhos do diabo servem ao diabo; filhos de Deus salvos servem a Deus; filho de Abraão faz as obras de Abraão (João 8.38-47); aqueles que são segundo a carne inclinam-se às coisas da carne; os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito Santo.

6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

O salário do pecado é a morte, mas ser obediente ao Espírito é vida e paz.

7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

A carne não obedece a Deus: os que estão na carne não servem a Deus, pois não tem o Espírito.

9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Os salvos, em geral, estão no Espírito. Se alguém não sente o Espírito Santo dentro dele (isto é, quando o Espírito o quer visitar), se não tem um relacionamento pessoal e vivo com Cristo pelo Espírito, essa pessoa ainda não vai para céu, não é de Deus ainda: pode ser um descrente que perturba a comunhão ou um descrente que ainda não alcançou a fé salvadora.

10 E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

O corpo com seus prazeres pecaminosos (carne) está morto ou crucificado nos salvos, mas o nosso espírito/a nossa alma vive para Deus.

11 E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.

Assim, se você é salvo, se você tem certeza que é habitação e templo do Espírito Santo, você vai ressuscitar na vida eterna.

12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.

Isso é muita coisa que Deus fez por nós, tanto que somos devedores a Deus.

13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

Se os cristãos nominais e carnais viverem segundo a carne, morrerão e continuarão mortos. Mas se eles também se converterem, viverão: Deus não condena ninguém à perdição sem dar-lhe real chance à salvação (Deus não recusa ninguém que se aproxima Dele em humildade e arrependimento segundo as Escrituras!), ainda que Deus mesmo já saiba de tudo e Deus mesmo já tenha seus escolhidos.

14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Por que eu falei cristãos nominais e carnais no versículo 13? É por causa do 14: só é verdadeiro filho de Deus se for guiado pelo Espírito Santo de Deus. Se o Espírito Santo nunca, por exemplo, te alertou sobre um mau caminho, uma má escolha que poderia ser melhor, nunca te deu um conselho, não te dá arrependimento depois pecar, e isso por anos: nunca nasceu de novo, nunca viu nem conheceu Jesus.

15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.

O Espírito não escraviza ninguém para o medo, mas nos faz ser filhos em Cristo, pelo qual clamamos a Deus: Paizinho!

16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

O Espírito dá testemunho com nosso espírito, mesmo que às vezes subjetivamente, e especialmente pelo fruto do Espírito, que somos filhos de Deus.

17 E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

Se somos filhos, somos herdeiros. Se somos perseguidos, como ele foi, também seremos glorificados! Se o crente não sofre perseguição alguma, nem nunca sofreu, tem algo errado (ainda mais se ele é a causa da briga/rebeldia/perseguição aos outros!).

18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

Não dá para se comparar: as nossas tribulaçõezinhas com a glória que Deus manifestará em nós: Daniel disse em Dn 12 que brilharemos como as estrelas, sempre e eternamente!

19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.

Toda a criação geme.

20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,

Adão, com seu pecado, nos sujeitou à morte e à vaidade.

21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

Mas a mesma criação tem uma expectação, geme, na esperança de que será livre em Deus. Ec 3 ARA – Deus pôs a eternidade no coração do homem... Como alguns disseram no passado: Há no homem um vazio/buraco em forma de Deus, que só pode ser preenchido por Deus.

22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.

23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.

O cristão também geme esperando a vinda de Cristo, com a redenção dos nossos corpos.

24 Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?

25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.

Fomos salvos em esperança da vida eterna. Como não sabemos o nosso futuro terreno, nem sabemos a hora da nossa morte, nem vemos a futura glória que Deus nos tem reservado com nossos olhos, com paciência esperamos a vinda de Cristo e a vida eterna – glorificação.

26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Assim como não vemos com os nossos olhos a nossa esperança, também não sabemos o que havemos de pedir como convém: mas o Espírito também intercede por nós (não é só Cristo que é nosso intercessor), mas agora com gemidos inexprimíveis, o que pode significar as coisas que não sabemos expressar corretamente com palavras (não sabemos o que havemos de pedir como convém, v. 26).

27 E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.

E Deus Pai sabe qual é a intenção do Espírito. E é Ele que segundo o Pai intercede pelos santos, junto com o Filho.

28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Todas as coisas contribuem juntamente (cooperam) para o bem daqueles que amam a Deus, chamados segundo o seu propósito. Tanto para os nascidos de novo, que amam a Deus, como para alguns descrentes, que chegarão a ser nascidos de novo, que estão no processo de conversão (mas ainda não salvos), que também se esforçam para amar a Deus, esse verso serve: tudo contribui para o bem, ainda que com “ai”: um dia saberemos o porquê que teve de ser daquele jeito específico, e muitas vezes doloroso em nossas vidas – mas sempre com vitória. Aqueles que julgam amar a Deus, mas não estão no caminho exclusivo de Cristo – nem iniciando a trajetória nesse Caminho (Ele mesmo disse que é o único Caminho que leva a Deus, Jo 14.6), não estão incluídos nesse versículo, pois não amam ao Deus da Bíblia, ao Jesus da Bíblia, nem são chamados segundo seu propósito: nem tudo coopera para o seu bem, pois estão na ira de Deus, separados pelos pecados, e muitos não querem vir ao Cristo da Bíblia, o real e Verdadeiro, não querem ser sujeitos às regras de Deus em Cristo, o Soberano Senhor:

E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é Verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 1 João 5:20

Uma vez que Romanos 8.28 diz que todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, Deus converte até o que parece mal em bem. O mal que ocorre Deus permite é para, no final, o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28). Consequentemente, o inverso é verdadeiro: o mal que Deus não permite/não permitiu não seria para o bom propósito de Deus.

29 Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

Mas qual o propósito de Deus dos dois últimos versículos?

Deus é Soberano. Tudo Ele pode fazer, e Ele é por Natureza perfeitamente Bom. Consequentemente só faz coisas boas. Deus, eterno e incriado, criou todas as coisas visíveis e invisíveis, mas com anjos e homens criou o potencial de escolha para o mal (Deus requer amor voluntário, lembre-se, amor forçado não é amor), que por si mesmo é uma coisa boa, pois tudo o que Deus faz é perfeito. Com esse potencial, através do livre-arbítrio dos anjos e de Adão e Eva, pode e pôde realmente testar os corações na sua presença. Deus permitiu a queda de Satanás com seus anjos, de onde originou-se o mal, mas nisso Deus teve um propósito. Deus criou o homem reto, mas, assim como o adversário (que também foi criado perfeito), pecou e trouxe o mal à humanidade, à natureza e ao mundo. Não foi Deus que desejou que Satanás e que o homem pecassem, isto é, Deus não desejou os atos maus (Deus é luz, não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta), mas Deus teve um propósito nisso. Satanás e seus anjos, Adão e Eva, pelo pecado, receberam a morte, mas Deus o permitiu para algo maior. Com esse cenário montado, num mundo regido sob as leis de Deus, ele exaltou a Cristo Jesus dentre a humanidade a um patamar em honra mais elevado que os homens e do que os anjos, pois é Deus. Nele fez um meio de salvação, pelo seu sangue. Deus, neste cenário, desde a eternidade, já ‘conhecia’ a todos os seres humanos futuros e sabia o que estaria no íntimo deles (para que os seres humanos ficassem inescusáveis e para que a eleição fosse imparcial), não limitamos o poder, conhecimento, onisciência e presciência de Deus, que por graça, conhecendo a todos segundo sua onisciência, elegeu alguns desses (conhecidos, estes sim, de modo íntimo e salvífico por Jesus desde a fundação do mundo) aos quais decidiu se revelar segundo Seu critério em Sua Mente (que é incondicional segundo a revelação), pela Graça somente, por Cristo somente, pela Palavra somente, através do Espírito Santo, pela providência de Deus Pai, que sabe, forma o futuro e já está lá. Logo Deus finalizará o seu trabalho, chegando à conclusão, isto é, eternidade. A queda trouxe morte, sofrimento e pecado a nós. Quem pecou foi Adão, e nós somos responsáveis pelos nossos pecados no mundo com a liberdade que Deus deu. Mas, nesse cenário de morte, doenças e tristeza, Deus tem um propósito de fazer uma colheita, de separar as ovelhas e os bodes, o trigo e o joio pelo Seu poder. Nesse cenário de morte e pecado, também existe a Graça e o Amor de Deus. Neste cenário de luto, também existe a vida de Cristo em nós pelo Espírito. Neste cenário de tristeza, existe esperança, e alegria com o nascimento de mais um bebê, alegria ao contemplar os pássaros nas árvores, ao contemplar a lua cheia, ao contemplar uma linda flor. O bebê pode chegar a morrer, mas viverá para Deus. Se viver, ainda que morrerá de velhice, estando no Senhor, sua vida inteira estará repleta de alegria e superação. Os pássaros podem perecer, mas não cai um passarinho por terra sem que seja a vontade do Pai. Essa vida engloba morte, mas há nela muita vida, linda vida, vida vinda da mão de Deus, cuja vontade é boa, perfeita e agradável. Deus permite essa vida com provações, e cada um é responsável pelo mal que faz: o que o homem semear, isto colherá. Nem todos os pensamentos, motivações e intenções do coração são decretados por Deus, mas no Seu mundo vivemos e existimos, com suas leis e a liberdade recebida. Liberdade de escolha limitada, sim, mas real. Deus permitiu a queda, mas com isso tinha o propósito principal de exaltar a Cristo e trazer o perdão e a reconciliação. Deus permitiu que o mal e o pecado entrassem no mundo, mas Deus é o único que, mesmo sendo Bom, está acima do bem e do mal. Permitiu a queda e criou o potencial para o mal, mas não autor deles. O fim de todas essas coisas na vida dos que amam a Deus é viver em sua vida toda a própria vontade do Senhor Deus, pois todas as coisas, boas e ruins, fáceis e difíceis, belas e feias, vida e morte, paz e guerra cooperam para o bem dos que amam a Deus. Deus está no controle! Ele usa o bem e o mal como quer, pois rege a criação, o seu reino está sobre tudo, e Ele está acima do bem e do mal, e permanece assim sem se contaminar, mas para que só as sementes boas fiquem na peneira através desse teste e sofrimento que às vezes é esta vida. Deus reina sobre toda a sua vida! Até Satanás teve que pedir permissão a Deus para tocar Jó. O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo (Salmo 103.19). Agora, descanse no Senhor se você ama a Deus e permanece fiel no seu caminho, sendo chamado segundo o Seu propósito, que não é simplesmente glorificar todos os eleitos de Deus em Cristo segundo a presciência de Deus Pai, mas, conforme Romanos 8.28-29 (E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque [o apóstolo aqui explica o propósito divino] os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos) e Gênesis 1.27 (E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou), o propósito último de Deus (assim como era no Éden, pois o propósito não foi frustrado) é ter uma família com filhos como Jesus, o que é alcançado em parte já na terra após a justificação e pela santificação, e em plenitude apenas na glorificação. Assim, tal propósito diz que ser salvo não é o fim último da humanidade, não é o objetivo final do ser humano, mas sim ser como Jesus, ser uma família em que Jesus é o irmão mais velho de todos os eleitos e na qual todos são como Ele (respeitando, claro, a personalidade de cada um), portanto não devemos nos contentar em apenas sermos justificados, mas devemos imitá-lo sempre, começando em vida, ou seja, fazer, como Cristo fez em vida, tudo à glória de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. A vida daquele que é fiel é a vontade do Senhor, Soberano sobre o bem e o mal, que é o Eu Sou, ser Absoluto e Subsistente, que está, como o tempo é relativo e criação de Deus, no passado, presente e futuro ao mesmo tempo! Deus é Deus. Isaías 55:8,9 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.

Amém.

30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

Agora chegamos num ponto crucial à doutrina bíblica da eleição revelada na Palavra, com apenas os versículos e com os raciocínios da Palavra, e não de teorias humanas misturadas com a Palavra:

O não-resistir, que é Bíblico (a Bíblia fala que o homem pode resitir a Deus) que antecede a fé, vem da natureza humana, que é uma capacidade recebida pelo Espírito pela graça em vida, ou vem diretamente da Palavra?

O conceito de eleição versus salvação é surpreendente. Estava com dúvida e fui orar ao Senhor. O Senhor me iluminou nas Escrituras no meio da oração em novembro de 2025.

Aquele que não resiste à Palavra, Deus opera nele e ele recebe fé salvadora e é salvo. Mas essa não resistência a Deus é do homem, ainda que capacidade recebida anteriormente de Deus, ou é Deus quem opera isso nele?

Façamos uma progressão.

A Bíblia diz que a salvação é pela fé. (Efésios 2:8)

Mas, antes disso, a Bíblia diz que a fé vem pela Palavra de Deus. (Romanos 10.17)

Mas, antes disso, a Bíblia diz que temos que receber a Palavra (Atos 2.41, 17.11) para crer (isto é, não resistir à Palavra, aceitá-la).

Ok, mas esse não resistir é de Deus ou do homem?

A Bíblia não fala e não dá a entender que o não resistir a Deus, pelo qual Deus salva (escrito na Bíblia como “salvação”), é de Deus ou do homem (ou seja, a Bíblia não une as palavras salvação, regeneração e justificação com não resistir), mas a Bíblia sim dá a entender explicitamente que a eleição é de Deus e não do homem!

E a eleição – conforme a Bíblia inerrante – é de Deus unicamente! E a eleição precede a salvação!

Os que dantes conheceu, predestinou (elegeu), chamou em vida, justificou, glorificou... (Rm 8.29-30)

Nos elegeu nele para obediência por meio da fé (1Pedro 1:2), e não pela obediência por meio da fé! (olha que não é Paulo falando, é Pedro):

Eleitos segundo a presciência (que significa conhecer anteriormente as pessoas/os que dantes conheceu os elegeu/cf. Mateus 7.23 – Jesus nunca conheceu os ímpios) de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência [e não pela obediência] e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.

Portanto, conclui-se que o coração resistente é vencido e essa resistência cessada pelo contato com a Palavra de Deus!

Conclui-se que, se a eleição, etapa anterior à salvação, é assim, a salvação/justificação também é: o ser humano é salvo pela Palavra de Deus, pela graça, por Cristo, pelo Espírito, por meio da fé, que opera tudo nele, e o conduz a, quebrantando sua liberdade de escolha (que alguns chamam de livre-arbítrio) gentilmente pelo poder do Evangelho da Palavra, mas não arrombando a porta, abrir a porta para JESUS entrar (Ap 3.20). Jesus entrando, a pessoa é salva, e ceia com Cristo nas bodas, terrenas (Ceia do Senhor) e celestiais (Ceia das Bodas do Cordeiro)! Glória a Deus! Como Deus é Maravilhoso! ALELUIA!

E Deus não rejeita ninguém que se aproxima Dele em humildade, mas o recebe como Filho eleito! A porta da graça está aberta a todos e a cada um! Buscai ao Senhor enquanto se pode achar! Amém.

31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Depois de falar todas estas grandes palavras, que poderia mais o apóstolo dizer? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?

Deus nos dará todas e cada uma das coisas necessárias, visto que não poupou Seu Filho.

33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.

Quem tolamente irá querer acusar os filhos de Deus? É Deus quem os defende!

34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Ninguém condena os salvos.

35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

Nada nos separará do amor de Cristo.

36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.

Os filhos de Deus são perseguidos, é normal, assim como Cristo e os apóstolos o foram.

37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Em toda perseguição, tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo e espada, somos mais do que vencedores, por Cristo que nos amou.

38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

39 Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os demônios, nem o presente, nem o futuro... então, por que o apóstolo não falou que o pecado separa o homem do amor de Deus? Porque o pecado não separa mais o nascido de novo que, habitualmente, pelo Espírito, anda em santidade e é modelado segundo o caráter de Jesus Cristo... nem o pecado também o separa! Pois o permanecer no pecado não é coisa de nascido de novo, é atípico, é contra sua natureza (1João 3.9,6). Assim como o v. 30 diz que todos os justificados serão glorificados, ninguém, nem nós mesmos, e nem o nosso pecado, pode nos arrancar da salvação de Cristo. Nada pode tirar a salvação dos eleitos de Deus. Amém.


Romanos 9

 

1 EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

Agora Paulo muda a ênfase, mas continua o assunto de Rm 8 da eleição, e confessa algo:

2 Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

3 Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

Paulo poderia desejar (na realidade, ele não deseja) ser separado (ou amaldiçoado) de Cristo por amor dos parentes dele. Assim devemos também nós nutrirmos sentimentos piedosos, com dor no coração, aos perdidos da nossa família e amigos, orando, para que porventura Deus os salve.

4 Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;

5 Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.

Os familiares de Paulo eram os israelitas, e Paulo se refere à glória da antiga aliança, e ainda cita: dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente, amém. Paulo afirma a divindade de Cristo, falando que Cristo é Deus bendito eternamente.

6 Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;

Não faltou evangelização (não que a Palavra de Deus haja faltado), porque nem todos os que eram de Israel eram verdadeiramente convertidos no coração, sempre houve joio e trigo, até em Israel.

7 Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.

Nem por serem filhos de Abraão são todos filhos na fé (pois a linhagem de Abraão foi a da fé conforme o Novo Testamento) e na promessa, mas em Isaque será chamada a tua descendência – por promessa de Deus.

8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.

Não são os filhos da carne (se não forem da fé) que são filhos de Deus, como Ismael e Esaú, que não seguiram a fé em Deus (tampouco seus descendentes), mas os filhos da promessa que são a descendência bendita, eleita, os que receberam a Palavra (não por si mesmos) que dá a fé, Isaque e Jacó (também chamado de Israel).

9 Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.

A promessa que teve Abraão é: Sara terá um filho na velhice.

10 E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;

Igualmente Rebeca.

11 Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),

A eleição é de Deus, é incondicional segundo a Palavra revelada, o que quer dizer que Deus não revelou critério bíblico algum nas Escrituras ao lado da palavra “eleição”, mas Deus deve ter em Sua Mente um critério oculto para a eleição não revelado nas Escrituras para a eleição não ser, tecnicamente, arbitrária ou aleatória. Portanto a eleição é condicional somente a Deus e incondicional à Palavra revelada, como dizem alguns teólogos sistemáticos luteranos. Os pensamentos de Deus são mais altos que os nossos, lembra-se?

12 Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor.

13 Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.

Porque, não tendo eles ainda nascido, nem feito bem ou mal, Deus preferiu Jacó a Esaú. Os autores Lund e Nelson, em Hermenêutica (2007), afirma sobre Jacó a Esaú:

O uso do amar e aborrecer (ou amar e rejeitar) era para expressar preferência de uma coisa à outra. Tanto é assim que, por exemplo, ao lermos, "Amei a Jacó, e aborreci a Esaú" (Rm 9.13), devemos compreender: preferi Jacó a Esaú. (ver também Dt 21.15; Jo 12.25; Lc 14.26; Mt 10.37).

Aí a Bíblia não está falando diretamente que condenou Esaú ao inferno, ou que o rejeitou não importa o que fizesse, ou desde a fundação do mundo, veja comentário nos versículos seguintes.

O sentimento de amor de Deus para com Jacó significa ser de união (pois Deus é amor), e o sentimento de ódio de Deus para com Esaú significa ser de separação, pois Deus não odeia como um homem odeia, pois isso seria uma imperfeição. O ódio de Deus significa separação, assim como Salmo 5.5 e 11.5 fala que Deus odeia o pecador: Deus está separado do pecador.

14 Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.

Há injustiça em Deus de eleger alguns desde a eternidade segundo Seu critério e rejeitar outros (que a Bíblia diz que resistem e são condenados pelos seus próprios pecados em vida)? Não.

15 Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.

Assim eu oro: tenha misericórdia Senhor, de quem quiser ter misericórdia, e julgue, Senhor, quem quiser julgar; seja severo, com quem quiser ser severo... pois o julgamento de Deus é perfeito, Deus conhece o íntimo do coração.

16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.

Tudo isso depende de Deus, que já está no futuro, forma o futuro soberanamente, e sabe o que fulano faria se estivesse em determinada situação, e o que o outro faria se fosse casado com outra pessoa, e o que beltrano diria se fosse filho de outro, e leva ciclano ao Filho, isto é, à Palavra em vida.

Não devemos limitar a Deus: Se em Sodoma, e Tiro e Sidom Jesus tivesse operado milagres como operou em Cafarnaum e Betsaida etc. há muito teriam se convertido. Deste modo, Deus sabe o que ocorreria se eu nascesse em outro país, em outra cultura, ou seja, Deus é verdadeiramente Onisciente e conhece em Sua Mente todas as possíveis realidades, as livres escolhas (pois o homem, sim, é relativamente livre, mas com a liberdade sujeita às leis de Deus) e suas consequências - e assim rege o futuro, forma o futuro diretamente e indiretamente e o melhor futuro nesta terra (estou me referindo ao período antes da vinda de Jesus) é o que realmente ocorre - claro que este melhor futuro é o em que suas ovelhinhas são alcançadas por Cristo, e não ter uma vida sem sofrimento. Deus converte até o que é naturalmente mal em algo a ser aprendido, alguma experiência vida, em um bem. Amém.

Citação do GotQuestions (2025) sobre conhecimento médio de Deus:

“Por exemplo, Jesus diz explicitamente, duas vezes, que sob diferentes circunstâncias certas pessoas teriam feito uma escolha livre diferente de se arrepender ou não (Mateus 11:21-23; Lucas 10:13). Jesus também se refere a diferentes resultados sob diferentes circunstâncias (Mateus 26:24; João 14:2). Deus também faz referência a diferentes escolhas levando a diferentes resultados no Antigo Testamento (Êxodo 9:15; Isaías 48:17-19). Além disso, a Bíblia afirma claramente que Deus permite que façamos escolhas contrárias às Suas preferências (Mateus 23:37; 2 Pedro 3:9; Salmos 5:10; Isaías 30:1).”

Deus é realmente o Senhor e Governador do Universo e do Paraíso! Glória a Deus!

E Deus se compadece de quem Ele quer: Ele sabe quando uma pessoa é má e rejeitaria o Seu nome, e sabe quando aceitaria a Sua repreensão segundo a linguagem bíblica, não teológica (e seria chamada segundo o propósito de Deus de salvá-la) e teria vida em Cristo pelo Espírito Santo e seria conduzida pela providência de Deus.

17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.

18 Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.

Assim, Deus levantou a Faraó, um ímpio sem arrependimento (pois Deus modelou o mau coração de Faraó como quis – seria contra o caráter de Deus de amor pegar uma pessoa de boa índole e endurecer o coração dela para o mal – portanto Faraó e, também Judas, eram ímpios sem arrependimento, que resistiram a Deus), para mostrar o poder de Deus e para que o nome de Deus seja anunciado em toda a terra.

19 Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?

Por que Faraó se queixa? Quem consegue mudar os planos que Deus tem escrito, resistindo à Sua vontade? Ninguém O impedirá, Deus usa até as coisas secundárias e não necessárias para fazer o Seu querer, quando Deus quer que Sua vontade seja feita como um decreto imutável. Já quando Deus nos dá oportunidades (quando Deus não quer que aquela realidade seja um decreto forçado, mas dá a liberdade de escolha de uma oportunidade ao homem), para escolhermos o nosso caminho, conselhos para que escolhamos um caminho mais reto, livrar do mal, aquele que resiste ao Espírito Santo cai e permanece no mal, e aquele que aceita o convite do Espírito Santo segundo a Bíblia (onde ela mesma diz que isso, aceitar a Jesus, é 100% obra do Espírito e não do homem: ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo Espírito de Deus cf. 1Co 12.3; o querer e efetuar, mesmo da nossa liberdade de escolha limitada, é Dele quando Ele o quer nos conduzir cf. Fp 2.13, pois ninguém faz o bem de si mesmo cf. Jo 3.27) por toda a sua vida é favorecido com toda sorte de bênçãos, inclusive a salvação.

A afirmação de que se Deus antevê ou prevê algo essa realidade tem que ocorrer, como alguns afirmam, é, com toda certeza, falsa. Isso é um raciocínio humano, da mente humana, que um bom filósofo poderia fazer, mas Deus simplesmente é. EU SOU, disse o Senhor, Ele é muito maior do que nossas teorias humanas. Deus aconselha muitas vezes seus filhos para que não venham a cair em problemas, e Deus muitas vezes mostra-nos os problemas que acontecerão (futuro) se não formos prudentes, sem ao mesmo tempo querer que caiamos neles, sem decretar aquilo como verdade! Se os últimos reis de Judá ouvissem o conselho de Jeremias, da parte do Senhor, para se renderem ao rei Nabucodonosor da Babilônia, muito sangue deixaria de ser derramado, e o cativeiro não teria sido tão amargo (Jeremias 21:8,9 E a este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte. O que ficar nesta cidade há de morrer à espada, ou de fome, ou de pestilência; mas o que sair, e se render aos caldeus, que vos têm cercado, viverá, e terá a sua vida por despojo). Deus nos dá *alertas* e fala sobre *possibilidades* que podem acontecer caso sejamos obedientes ou não, ainda que, claro, Deus sabe qual caminho tomaremos, se realmente seremos obedientes ou não aos conselhos de Deus, sejam esses conselhos ditos por meios ordinários ou sobrenaturais.

20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?

Deus tem um plano, e muitas vezes é com provações para que sejamos aprovados e cresçamos na fé, e alguns vezes não entendemos o seu agir: por isso, quem é você, que a Deus replica? Ele é Deus, e rege o universo e a conduz em tudo vida de um nascido de novo que anda em santidade e oração! A vida de um nascido de novo que ora frequentemente, que por natureza é obediente (visto que possui a natureza de Cristo pelo Espírito que supera a pecaminosa), que vive uma vida em humildade e arrependimento é a vontade do Senhor.

21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?

Deus tem poder para fazer um vaso de honra e outro para desonra – sem que a soberania divina tome para si toda liberdade de escolha humana a ponto de forçá-la!

22 E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;

O apóstolo diz claramente que Deus suportou com muita longanimidade os vasos da ira'. Não diz que fez vasos de ira [desde a eternidade, colchetes meus, Roberto]. Pois se tal houvera sido sua vontade, não teria necessidade de grande longanimidade. Quanto a serem preparados para a perdição, disso é culpado o diabo e os homens, não Deus. Livro de Concórdia, 2016.

23 Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,

Os versos acima, se com cuidado notados, não ensinam a fatalidade da dupla predestinação, que alguns são rejeitados e ignorados desde a eternidade sem chance de serem salvos. Na eleição à salvação desde a eternidade nós cremos. Mas Deus da chance a todos, conforme a Escritura. Ora, a diferença do verso 22 (preparados para a perdição) para o 23 (preparados para a glória) é que apenas os eleitos são predestinados: "para glória já dantes preparou no v.23", ou seja, desde a eternidade). Os vasos preparados para a perdição no v. 22 não são ditos que são preparados para a perdição num tempo anterior como é falado dos eleitos, e não se acha na Escritura frases como "dantes preparados para a perdição", ou "predestinados para a perdição", etc. Assim concluímos que os vasos preparados para a perdição são preparados durante suas vidas por terem rejeitado o Senhor, e não por terem sido predestinados ao inferno, pois Deus quer salvar a todos, e a Escritura, que transmite a Palavra do Deus que não mente, é inerrante.

24 Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?

Que somos nós, membros do Corpo de Cristo ‘místico’, a Igreja, formada de judeus e gentios salvos do Paraíso e do Universo, significando a totalidade do mundo salvo.

25 Como também diz em Oseias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; E amada à que não era amada.

Chamarei meu povo (gentios – todo o resto do mundo) ao que não era povo de Deus. E amada à que não era amada. Jesus uniu pela cruz judeus e gentios, em uma só fé, um só povo, um só Corpo.

26 E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; Aí serão chamados filhos do Deus vivo.

Onde não éramos povo (no Antigo Testamento o povo eleito era só o judeu): aí serão chamados filhos do Deus vivo, povo de toda tribo, povo, língua e nação.

27 Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.

Isaías diz que ainda que o número dos israelitas seja enorme, apenas um pouco é que será salvo, os que têm a circuncisão no coração, os salvos, pela fé, como foi Abraão.

28 Porque ele completará a obra e abreviá-la-á em justiça; porque o Senhor fará breve a obra sobre a terra.

Logo (breve cf. v. 28) o Senhor fará tudo isso, de salvar o remanescente de Israel (v. 27). E, poucos anos depois, os anjos selaram 144 mil judeus crentes (Ap. 7) das 12 tribos de Israel para não perecerem na primeira guerra judaico romana (66-73 d.C.), que foi um massacre, chamada de grande tribulação de 7 anos sofrida pelos judeus pela morte de Cristo (disseram: o seu sangue caia sobre nós) onde na metade da semana profetizada por Daniel, Dn 9.27 (70 d.C. – uma geração, aproximadamente 40 anos após a morte de Cristo – Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. Mateus 24:34), o templo judaico foi destruído e acabou com o sacrifício de animais e oblação/oferta pelo pecado segundo a velha aliança, que havia chegado ao fim para sempre (se construírem um terceiro templo será inútil a Deus). Flavio Josefo disse que nenhuma nação sofreu tanto quanto os judeus nesse massacre de 7 anos. Assim, como alguns julgam que Romanos foi escrito em 57 d.C., depois de 70 d.C. (13 anos depois) o templo e a antiga aliança sucumbiram pelos os 7 selos e 7 trombetas (o Senhor fará breve a obra sobre a terra, Rm 9.28), e assim a nova aliança e o Reino de Deus tornaram-se a única aliança e o único Reino mundial, que pouco a pouco destruiria o último império satânico mundial (a última besta de Daniel), isto é, o Império Romano (pelas 7 taças, veja minha Teologia Sistemática Interdenominacional, capítulo 12), à medida que o Reino de Cristo, que é o Filho do homem, Jesus, que se dirigiu ao ancião de dias – Deus Pai (conforme a linguagem de Daniel), chega aos confins da terra cada vez mais: Rm 1.8 e Col 1.6 dizem que o evangelho chegou a todo o mundo conhecido, e Col 1.23 fala que foi pregado a toda criatura debaixo do céu na época de Paulo (o que fez com que a maior parte do fim predito por Jesus em Mateus 24 ocorresse, a saber, Mt 24 do versículo um ao trinta e cinco – falta Mt 24.36 em diante, que fala da Segunda Vinda), porém, à medida que são fundadas novas tribos e reinos, o mundo deve ser progressivamente e novamente evangelizado.

29 E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, Teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitos como Gomorra.

Se não tivéssemos descendência, teríamos sido como Sodoma e Gomorra, destruídos totalmente. Mas Deus é quem deu o crescimento da Igreja, Deus é quem a preserva. Como disse um pai da igreja: O sangue dos mártires é a semente da igreja.

30 Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.

Então, resumindo Romanos 9 (resumindo os versículos anteriores), os gentios que não buscavam a justiça pela lei mosaica (porque esta ninguém salva), alcançaram a justiça pela fé. Romanos 9 fala que os eleitos alcançaram, com efeito, a justiça que é pela fé (e não que a fé em Cristo foi a causa de Deus tê-los escolhido/elegido – essa expressão não existe na Bíblia, pode procurar, como eu já procurei), como Isaque e Jacó, e não pelas obras da lei, como Ismael e Esaú. Fiquemos com a Palavra, ela é que manda, nós somos sujeitos à Palavra escrita de Deus, que, na íntegra, a Palavra viva, é Jesus.

31 Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça.

32 Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei; pois tropeçaram na pedra de tropeço;

Como disse, o povo ímpio de Israel, que buscava obedecer a lei de Moisés, como os fariseus, saduceus e escribas censurados por Cristo, não chegaram à verdadeira justiça, pois tropeçaram na Pedra que é Cristo: tentaram se justificar segundo as obras da lei, e não segundo a fé em Cristo.

33 Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido.

Fala de Cristo, que é escândalo para os gregos e judeus pela Cruz, mas salvação a todo o que se achega a Ele.


Romanos 10

 

1 IRMÃOS, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.

Paulo deseja que Israel seja salvo, e nós devemos desejar a salvação de todos, inclusive daqueles que nos perseguem, assim como Paulo foi perseguido pelos judeus.

2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.

Os judeus descrentes têm zelo de Deus, são fervorosos muitas vezes, mas não com entendimento (não com luz de Deus).

3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.

4 Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.

Ficaram com a lei mosaica e rejeitaram a Cristo. Mas não têm entendimento ainda mais porque o fim da lei é Cristo para justificação pela fé.

5 Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.

A justiça da lei é esta, mas não salva.

6 Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.) 7 Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.) 8 Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, 9 A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

“A justiça que é pela fé” diz: Você não precisa trazer a Cristo do céu, nem da sepultura para ser salvo, mas você é salvo pela palavra junto de ti, na tua boca e no teu coração, esta é a palavra da fé em Cristo, que pregamos: se com a boca confessar a Cristo, e em teu coração crer em tudo o que diz a Bíblia, será salvo. Ou seja, não precisa ninguém subir ao céu trazer a Cristo, muito menos descer à sepultura para trazer Cristo (e Ele não está lá...), mas o próprio Cristo é a Palavra, é a nossa justiça, que recebemos pela fé.

11 Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

12 Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

Deus não faz diferença entre rico e pobre, judeu, grego, asiático, africano, europeu ou americano; não faz diferença entre macho e fêmea, homem e mulher, servo e livre, casado ou solteiro, pessoa de cor branca, parda, preta ou amarela, pois Deus não faz acepção de pessoas, não faz diferença entre pessoas de modo algum. Deus é imparcial: todos somos iguais perante Deus, e a salvação é pessoal: todos temos que ter um encontro pessoal com Jesus Cristo, que realmente existe e se comunica conosco pelo Espírito Santo, vivo em nós, e pela Bíblia Sagrada.

13 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Lamentações 3.25. Quem o busca o achará, mas quem vive sem se importar com Deus será condenado à morte eterna.

14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

Eis a importância e o chamado para os missionários e evangelistas. Acerca disso, nem todos são chamados como missionários/evangelistas para grandes missões, nem todos são chamados para evangelistas de rua, mas todos somos “missionários” e evangelistas no nosso lugarzinho na sociedade: evangelizar a família, amigos, conhecidos quando Deus prepara etc. Quem é salvo tem prazer de compartilhar o evangelho quando Deus prepara. Porém, o ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura (Mt 28) é para ser feito pela Igreja, união dos salvos, em conjunto, e não individualmente, ou seja, não por todos os membros, pois tem membros que não tem dom de evangelizar nas ruas, mas tem outros dons. Cada um sirva com o dom e chamado que Deus lhe deu, e uma verdade é que não existem apenas nove dons espirituais, mas uma infinidade de variedade de dons conforme a necessidade da Igreja e o querer do soberano Espírito.

16 Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?

Muitos resistem ao Espírito Santo, muitos ouvem o evangelho, sentem o coração chamando a Cristo, ou seja, o Espírito Santo chamando-lhes interiormente (sim, creio que o Espírito chama a todos interiormente, pois com efeito Deus quer salvar a todos), mas os resistentes fogem, resistem, endurecem o coração, tampam os ouvidos para eles não ouvirem a Palavra e serem consequentemente salvos, e o fim é amargoso como absinto. Ninguém terá desculpa no último dia, o Dia do Senhor.

17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.

O dom da fé é recebido pelo ouvir/ler/etc. a Palavra. Nós não cremos sem a Palavra. Na Palavra está o fundamento da nossa fé, e nas páginas da Bíblia conhecemos a Cristo. Quando a Palavra fala, Deus fala. Quando lemos ou ouvimos a Palavra em humildade, Deus nos transforma! Deus nos gera uma fé salvadora no coração a partir do contato fiel com a Palavra – e é justamente por isso que muitas seitas tem poucos salvos ou quase nenhum – porque a Bíblia não é devidamente pregada, não falam sobre justificação pela fé, pela graça, por Cristo! A Palavra quebra a resistência do coração que o ouve!

O homem natural possui uma necessidade de crer. O matemático Blaise Pascal afirmou: "há no homem um buraco na forma de Deus". O homem natural é capaz de crer no que quiser, e quase sempre crê em algo para tentar suprir sua necessidade de adorar. Mas, originalmente, o homem foi criado para adorar a Deus. Todavia, não é capaz naturalmente de crer uma fé verdadeira, pois a fé [verdadeira] vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.17). Nós cremos uma fé de servo, uma fé inicial, mas o verdadeiro dom de Deus, a fé justificadora vem do alto dos céus, pela Palavra de Deus que vai de encontro a todo homem.

O pecador é chamado por Deus e é convencido e iluminado pelo Espírito que em nós habita. O Senhor ilumina a todos quantos forem chamados para que não sejam salvos sem provar, antes da regeneração, qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, e não aceitar a Cristo (apelo) com uma fé cega, mas Deus é quem dá a prova da nossa fé – e aumenta a nossa confiança em Cristo – a todos aqueles que se achegam a Ele. Simplesmente, Deus ilumina as pessoas para que elas aceitem o evangelho com uma fé verdadeira, que vêm 100% de Deus, e que confia e depende inteiramente de Cristo para a salvação: A fé é a prova das coisas que não se veem (Hb 11.1). Clamem a Deus, se o Senhor é Deus, e se Deus é Deus, sirva-O. Se Baal é “Deus”, sirva-“O”. Deus é verdadeiro e, quando buscamos, batemos e pedimos em humildade, com coração quebrantado, com o contato com a Palavra, Ele nos dá uma fé justificadora, uma fé inabalável firmada na rocha que é Cristo, completando sua obra.

Cremos que uma vez que Deus regenera o ímpio de acordo com Sua Boa vontade, e a mensagem do evangelho demanda se arrepender e crer, tanto o arrependimento como a fé são boas dádivas de Deus, de modo que o mérito é de Cristo pela graça do Espírito Santo (Jo 3.27 O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu; Tg 1.17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação).

18 Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo.

Romanos 10.18 também diz que por toda a terra os missionários evangelizaram, até aos confins do mundo, na época de Paulo.

19 Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, Com gente insensata vos provocarei à ira.

Israel por acaso não ouviu a Palavra do evangelho de Cristo? Claro que ouviu, mas endureceu o seu coração ao resistir e matar Cristo. Israel teria ciúmes e raiva dos gentios.

20 E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, Fui manifestado aos que por mim não perguntavam.

Isaías diz: Deus foi achado principalmente pelos que não me buscavam anteriormente, que eram os gentios.

21 Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.

Isaías testifica de Israel, dizendo que o povo é rebelde e contradizente, tanto é que ficou 40 anos no deserto, e lá uma geração rebelde pereceu!


Romanos 11

 

1 DIGO, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.

Por isso, Deus rejeitou os judeus (época em que Paulo escreve isso)? Não!

2 Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:

3 Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?

4 Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.

Restou um remanescente eleito em Israel, segundo a eleição da graça de nosso Senhor Jesus Cristo (Deus não rejeitou Israel cf. Romanos 11.1-5, que são as pessoas de origem judaica que são da fé e da promessa: fé cf. Romanos 9.30-32; promessa cf. Romanos 9.6-8), assim como a Igreja verdadeira inscrita nos céus é constituída apenas de salvos conforme a Escritura (incluindo esses judeus crentes acima), e não de denominações.

5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.

6 Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.

Se alguém acha que foi salvo pelas obras é mentira, pois se é pelas obras, não é mais graça de Deus. Somos salvos apenas pela graça, 100% pela bondade e misericórdia de Deus Triuno estendida a nós através da cruz do Calvário. Não é o meu aceitar que me salva, não é o meu não resistir que me salva, é a Palavra! É Jesus! Jesus é o Salvador! Jesus é o meu e o teu Salvador! Glória somente a Deus em tudo, na salvação, na eleição e nas nossas vidas!

7 Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.

O que Israel buscava (um messias que destronasse o Império Romano, conquistador etc.) não o alcançou, mas os eleitos – os judeus crentes – alcançaram a salvação pelo Messias verdadeiro, Jesus Cristo, e os outros foram endurecidos, pois se justificavam pela lei, e não buscavam a justiça que é pela fé (Romanos 9.31-32), não se renderam à Palavra de Cristo.

8 Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje.

9 E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição;

10 Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas.

11 Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.

Pela queda de Israel (como povo exclusivo de Deus, não dos judeus crentes dentre eles, claro) veio a salvação a todo o mundo. Explicação dos versos seguintes mais para baixo.

12 E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!

13 Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério;

14 Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles.

15 Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?

16 E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são.

17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,

18 Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.

Não devemos nos gloriar, nos exaltar por sermos salvos: a glória é de Deus. Se uma pessoa aparentemente salva não é humilde, muito provavelmente ela não é salva, ou deve voltar ao primeiro amor.

19 Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.

20 Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme.

21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.

Não se ache eleito, salvo, sem realmente saber disso num relacionamento pessoal com Cristo. Tema a Deus, e não se ache bom, super-homem, super crente! Só Deus é bom, somos vis pecadores. Nenhum homem é melhor do que nenhum outro. Não somos melhores do que o morador de rua, porventura viciado, por sermos salvos! Todos os seres humanos são iguais, maior é Jesus! A salvação não é mérito, é graça! A salvação é dom de Deus, a fé é dom/dádiva divina, a vida eterna é dádiva divina, os dons e os talentos são recebidos por graça, nossas boas obras é Deus quem nos usa, fonte de todo bem! Todos somos iguais e Deus sujeitou a todos na desobediência para com todos exercer misericórdia. Como dito, tudo é graça. A salvação é graça de Deus. A vida é graça de Deus. Os dons e a mordomia são graça de Deus. A família vem de Deus. O sustento vem do Pai. Ele rege a nossa vida, e se fomos salvos, o mérito é de Cristo, e não do seu “aceitar a Jesus” (isso é obra do Espírito, portanto o mérito não é teu), nem da sua não-resistibilidade (capacidade de aceitar ao convite de Deus), pois é a Palavra que quebranta do coração e cessa a resistência do coração, que dá vida eterna. O mérito é de Cristo, Ele é o Salvador, Ele é quem manda, Ele é quem cuida, é Ele quem galardoa, e Ele é a fonte de todo o bem. Cristo só salva pelos seus critérios, somente a fé, somente a graça, somente Cristo, o Cristo e a salvação e a fé encontrada nas Escrituras Sagradas, a Bíblia, e Deus não salva soberbo, e não tem aliança com pessoas orgulhosas, pelo menos não antes de quebranta-la e busca-la no mais profundo abismo de Satanás para que o espírito seja salvo no dia do Senhor.

22 Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.

Deus é bondoso com os filhos obedientes, mas severo com os desobedientes (Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Hb 12.8). Deus realmente despreza aqueles que resistem, menosprezam e blasfemam de sua Palavra, quando fazem isso voluntariamente, contra a consciência, com o conhecimento do que Deus lhes deu (Hb 6.4-6)!

23 E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar.

Deus é misericordioso para salvar qualquer um.

24 Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!

Se os gentios que não entendiam nada de lei mosaica são salvos e se tornam excelentes cristãos, quanto mais os judeus que naturalmente conhecem a lei (é natural para eles).

25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.

26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.

Farei um comentário longo agora a respeito de todo esse capítulo de romanos 11. Embora eu houvesse escrito algo sobre isso anteriormente neste capítulo, fui orar de madrugada em abril de 2024 e o Senhor me mostrou que faltava um dedinho de exatidão em mim, e me trouxe à lembrança Romanos 11, que fui ler com atenção. Assim, corrigindo a edição anterior, falemos sobre a salvação de Israel, profetizada por Isaías e ratificada pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:

O apóstolo Paulo diz em Romanos 11.26: E assim todo o Israel será salvo...

Romanos 9-11 fala de judeus (um povo), e gentios (o resto do mundo), e como o evangelho alcançou os gentios até que entrasse a plenitude dos gentios, e depois todo Israel seria salvo.

Devo informar que Romanos 9-11 está com certeza realmente falando tanto do povo de Israel segundo a carne, em contradição aos gentios, como dos eleitos de Israel. Porém, a salvação tanto dos gentios como de Israel é só em Cristo. Romanos 9.6 diz que nem todos os que são de Israel são de Israel; Rm 9.8 diz que não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. E Romanos 9 é o mesmo assunto e a mesma perícope de Romanos 11. Portanto, quando Paulo diz que todo Israel será salvo, neste capítulo de Rm 11 especificamente, não está falando da Igreja/gentios (ainda que a Igreja seja o Israel de Deus), mas dos judeus crentes, em Cristo em comparação aos gentios convertidos.

Devemos notar cuidadosamente em Romanos 11 que desde Abraão até Cristo era a “época” dos judeus (anteriormente chamados de hebreus), na qual eles foram obedientes (quero dizer, os eleitos dentro deles, claro), e nós, gentios, desobedientes. Era salvo no Antigo testamento quem seguisse a fé dos judeus, pois Jesus disse para a mulher samaritana que a salvação veio dos judeus em João.

É claro que ninguém é (nem foi) salvo pela lei, nem Israel (Romanos 3:20). A lei convence do pecado, mas o Senhor salva pela Sua graça. Todos são salvos por Cristo, e pela fé, ainda que no Antigo Testamento Cristo não havia mostrado a plenitude do Reino de Deus na Terra.

Continuando, Lucas 21.24 conforme Romanos 11 diz que Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem: é conhecido que alguns séculos atrás o povo era muito mais cristão e temente a Deus do que no século 20 e 21, pois o evangelho havia chegado praticamente ao mundo todo diversas vezes, com diversos avivamentos. A América do Norte e a Europa eram praticamente cristãs séculos atrás, mas Satanás, sendo solto do seu selo que o detinha ou retinha, enganou as pessoas das nações do mundo, incluindo os crentes carnais e os filhos dos fiéis (moldando e formando desde cedo suas personalidades segundo o mundo) trazendo apostasia, tirando Deus da consciência do homem, conforme explanado nos meus livros, especialmente na “Teologia Sistemática Interdenominacional”.

E quando que Jerusalém foi pisada pelos gentios? Quando dela foram expulsos o povo judeu desde 70 d.C. (ou 66 d.C., no início da primeira guerra judaico-romana profetizada por Daniel, antes dos três primeiros anos e meio, [2] tempos, [1] tempo e metade de um tempo; ou 42 meses). Além disso, quando Jerusalém foi novamente dos judeus? A razão e a experiência [obs. essa afirmação não está na Bíblia] falam que foi quando os judeus voltaram para sua terra, voltando do mundo todo, criando o Estado de Israel, que não são chamados nem de hebreus, nem de israelitas conforme o passado, mas israelenses.

Ok, mas todo o Israel será salvo? Olhe, nem no passado quando Israel era o único povo eleito todos os israelitas haviam sido salvos, pois é pela fé, havia os fiéis e os infiéis, trigo e joio, como nas denominações cristãs.

Desta maneira, não todo o povo, pois isso não existe (só no Céu), mas apenas os da fé, os da Palavra, os eleitos, são salvos, e não os que são da lei (cf. Romanos 9.30-32). Ou seja, os israelenses, judeus e gentios fora de Cristo, fora da fé e fora da graça não são salvos, mas os israelenses, judeus e gentios salvos por Cristo, pela fé e pela graça são eternamente salvos desde esta Terra.

Isso tudo porque o apóstolo Paulo também diz em Romanos 11 que Deus encerrou a todos na desobediência para com todos agir de misericórdia: de Abraão até Cristo, pouco mais de dois mil anos em que o povo de misericórdia, em geral, era judeu, e os endurecidos (em geral), os gentios. De Cristo até o final dos tempos dos gentios, os povos de misericórdia eram os gentios, e os endurecidos, judeus (claro que algumas pessoas sempre são salvas por Cristo, mesmo no endurecimento). Agora, [afirmação baseada na observação do mundo contemporâneo, não diretamente da Bíblia] depois da criação do Estado de Israel pela providência de Deus há pouco mais de 70 anos, seguindo o raciocínio de Romanos 11, depois que a plenitude dos gentios havia entrado (pois o evangelho chegou a todo o mundo (Col 1.23, Rm 1.8 etc.) – interpretando isso com bom senso pelo Espírito – diversas vezes), o endurecimento foi retirado de sobre Israel (Rm 11.25-27), e Jesus os lavará dos seus pecados (os eleitos, claro), assim como aos gentios, trazendo avivamentos:

Rm 11.25b-27 ...que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: de Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.

E a aliança que será feita com eles, é obviamente a aliança de nosso Senhor Jesus Cristo, a mesma que a nossa, pois senão seria uma blasfêmia, acredite. A nova aliança é eterna. Jesus é sumo sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque. Jesus já reina no seu trono sobre tudo e sobre todos (Hb 12.28) conforme o livro de Daniel, depois que Sua aliança tornou-se a única em 70 d.C. e depois que destronou o último império satânico mundial, Roma!

Conclui-se, pegando Romanos 11, e aplicando isso com o senso comum, quando Deus lhes tirar os pecados (ou se já estiver tirando desde o avivamento da independência de seu país), não tirará obviamente do povo todo, mas apenas dos que estão em Cristo: judeus crentes. A salvação é só em Jesus, Solus Christus.

Falando sobre os judeus crentes, Romanos 11.12 “E se a sua queda [queda de Israel] é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” e Romanos 11.24 “Porque, se tu [gentio] foste cortado da natural oliveira brava e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses [judeus], que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!” mostra que muitos dos judeus crentes são mais fiéis, tementes a Deus e agradáveis a Deus dando melhor fruto do que os gentios crentes, especialmente nesses dias de apostasia (em que só falta Jesus voltar, ressurreição, juízo e eternidade), pois é natural para eles, e não como nós, gentios, que éramos oliveiras bravas e fomos enxertados na boa oliveira! Se um avivamento entre os gentios traz grande salvação, imagine entre os judeus, visto que até Jesus era judeu!

Os judeus como povo não são mais povo escolhido de Deus da mesma forma que no Antigo Testamento: o Novo Testamento considera que o povo judeu verdadeiro e eleito é o povo constituído por judeus crentes em Cristo (Deus não rejeitou Israel cf. Romanos 11.1-5, que são as pessoas de origem judaica que são da fé e da promessa: fé cf. Romanos 9.30-32; promessa cf. Romanos 9.6-8), assim como a Igreja verdadeira é constituída apenas de salvos (incluindo esses judeus crentes acima), e não de denominações visíveis.

A Igreja, que é o novo Israel de Deus (pela fé), substituiu Israel (com seus moldes do Antigo Testamento) na nova aliança (significa que Deus trata Israel no período do Novo Testamento (que se inicia com a ressurreição de Cristo e termina na eternidade) da mesma maneira que trata a Igreja do Novo Testamento) cf. 1Pedro 2.9,10 Mas vós [Igreja, judeus e gentios crentes] sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia; Mateus 21.43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado [Israel na antiga aliança], e será dado a uma nação que dê os seus frutos [judeus e gentios crentes].

Rejeitamos afirmações como “o tempo da graça já acabou” pois não são afirmações verdadeiras, uma vez que quando Israel estava endurecido ainda havia salvação a todo israelita que quisesse ser da fé em Cristo, e quando os gentios estavam endurecidos, ainda havia salvação a todos aqueles que quisessem servir ao Deus de Israel mesmo fora de Israel, como Naamã. Deus dá chance a todos. E Jesus breve voltará fechando a “arca da salvação” a judeus e gentios (todos), e logo em seguida virão o julgamento final e a eternidade.

Creio que só falta Jesus voltar, e receber os seus filhos eleitos, sejam judeus ou gentios, na glória do Pai e no Reino eterno do Nosso Senhor Jesus Cristo, fazer uma santa separação, condenar o mundo com fogo, e destiná-los aos destinos que escolheram durante suas vidas. Como disse C.S. Lewis, há dois tipos de pessoas, uma que diz a Deus: Seja feita a Tua vontade; e outra que Deus diz a ela: seja feita a tua vontade.

27 E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.

Deus havia prometido salvar os judeus crentes, também, pela fé. O plano de Deus é com toda a humanidade, Deus não rejeita ninguém à perdição sem dar chance de verdadeira salvação a ela.

28 Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais.

Significa que ainda havia e há esperança para Israel, esperança vinda de Deus, por ser povo eleito, ainda que na época de Paulo muitos estivessem endurecidos.

29 Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento.

O chamado e os dons de Deus são sem arrependimento! Deus nunca vai se arrepender de te dar um dom ou talento. Deus nunca vai se arrepender de te adotar como filho dele! Deus nunca abandona um filho seu. Se Deus elegeu Israel no passado, foi sem arrependimento, tanto é que existem muitos judeus messiânicos que creem no Senhor Jesus, e são salvos pela graça e pela fé!

30 Porque assim como vós também antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, 31 Assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada.

Como nós fomos desobedientes a Deus, e alcançamos misericórdia pela morte de Cristo pelos judeus e pela desobediência deles, assim também Israel ficou por muito tempo dormente e desobediente, até que a plenitude dos gentios entrasse (cf. Lucas 21) – embora Deus sempre salvou alguns deles, os fiéis.

32 Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.

Todos os homens são criados na desobediência para com todos agir de misericórdia (Romanos 11.32). Veja a palavra “todos”: para com todos usar de misericórdia. Assim, o Deus da Bíblia age com misericórdia a todos os seres humanos, e amar não é só suprir com bênçãos temporais, mas amar é dar oportunidade para a maior bênção, eterna, à graça salvadora. Como disse, se fosse pelo caráter de Deus, todos seriam salvos, conforme a Escritura em 1Tm 2:4. Porém, muitos resistem ao Espírito Santo, e por seus próprios pecados vão ser condenados no juízo. A salvação não é simplesmente crer, mas a fé é um meio e não um fim em si mesma. Não é pelo meu crer que eu sou salvo, mas pela bondade e misericórdia de Deus! Ele é o Salvador! O que significa que Ele salva aqueles que não podem se salvar. Somos salvos pela bondade de Deus, e os condenados são condenados pelos seus próprios pecados, e não pelo desígnio de Deus. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:3,4.

Paulo faz uma conclusão épica, não ouso comentar:

33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! 34 Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? 35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? 36 Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.


Romanos 12

 

1 ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

Devemos cultuar a Deus com esforço, numa doação viva, santa e agradável a Deus, culto racional (racional – com entendimento).

2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Não sede conformados – não devemos tomar a forma desse mundo: não devemos imitar o mundo, nem mundanizar a igreja, nem seculariza-la. Devemos, ao contrário, ser transformados pela renovação do nosso entendimento, crescer em fé, graça e sabedoria (como diz provérbios), para experimentarmos a vontade de Deus, que é sempre boa, agradável e perfeita.

3 Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

Mensagem sobre Romanos 12.3

Paulo, como apóstolo, diz para nós pensarmos de nós mesmos com equilíbrio, sobriedade, moderação, segundo a fé... avaliando-nos no Senhor, e não com o entendimento secular.

Assim, quem é você, para pensar de si mesmo além do que convém? Quer ter um busto com seu rosto? Quer ser grande? Quer ser vice-presidente de uma grande instituição? Todos os seres humanos são iguais. Deus lhes distribui e delega recursos e responsabilidades.

Você nunca será grande!

Inútil é o seu esforço de te fazer um grande nome! Isso é a vontade de Satanás, que quis ser como Deus, e que convenceu a Eva a tentar ter um nome e capacidades como a de Deus.

Pois bem, Satanás e Eva conheceram a morte no pecado, e levaram outros juntos.

Você é um ser humano, sim, e só. Parabéns.

Sabe quem é grande?

DEUS:

Salmo 147

1.       Louvai ao Senhor, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus, porque é agradável; decoroso é o louvor.

2.       O Senhor edifica a Jerusalém, congrega os dispersos de Israel.

3.       Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas.

4.       Conta o número das estrelas, chama-as a todas pelos seus nomes.

5.       Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito.

6.       O Senhor eleva os humildes, e abate os ímpios até à terra.

7.       Cantai ao Senhor em ação de graças; cantai louvores ao nosso Deus sobre a harpa.

8.       Ele é o que cobre o céu de nuvens, o que prepara a chuva para a terra, e o que faz produzir erva sobre os montes;

9.       O que dá aos animais o seu sustento, e aos filhos dos corvos, quando clamam.

10.    Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem.

11.    O Senhor se agrada dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia.

12.    Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus.

13.    Porque fortaleceu os ferrolhos das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti.

14.    Ele é o que põe em paz os teus termos, e da flor da farinha te farta.

15.    O que envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente.

16.    O que dá a neve como lã; espalha a geada como cinza;

17.    O que lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio?

18.    Manda a sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas.

19.    Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos a Israel.

20.    Não fez assim a nenhuma outra nação; e quanto aos seus juízos, não os conhecem. Louvai ao Senhor.

O Senhor manda a sua chuva e o seu Sol sobre maus e bons, como disse Jesus.

Será que o homem, com toda a sua capacidade e tecnologia, já trouxe paz mundial? Já acabou com a fome? Bem, o homem não quer isso. Pelos menos não os poderosos.

Será que o homem, com toda a sua tecnologia, já criou chuva sobre a terra seca, sobre a África, sobre o sertão do Brasil?

Será que o homem é capaz mesmo de fazer justiça nesse mundo, sendo ele mesmo injusto? Ou é uma justiça relativa?

Pois bem, vem mesmo o dia que o Senhor extirpará a seca, a fome, o mal, os demônios, o ímpio, a morte, o choro, a dor, a enfermidade e a injustiça da Sua presença. Vem vindo o grande dia do Senhor.

Falando da grandeza de Deus, que pensam vós de Deus? Sabia que o Senhor sabe quantos fios de cabelo você tem na cabeça, e quantos acabaram de se soltar do seu couro cabeludo, mesmo estando em meio a tantos outros fios de cabelo presos à sua cabeça?

Se não é suficiente, o Senhor nosso Deus Trino sabe quantos grãos de areia existem nas praias... nos desertos... abaixo dos oceanos... um a um.

Se não é suficiente, o Senhor chama as estrelas pelo nome! Numa rápida pesquisa no Google, “estima-se que haja de 100 a 400 bilhões de estrelas apenas na nossa galáxia, a Via Láctea. É estimado que haja 2 trilhões de galáxias no céu observável pelos telescópios.” E na parte do Universo inatingível ou inalcançável pelos telescópios? Deus sabe. Deus conta. Deus chama uma a uma por nome.

Se não é suficiente, Deus está além do Universo (sendo maior do que ele), além do tempo, espaço e matéria... Deus criou o Paraíso, morada dos anjos, seres espirituais...

Se não é suficiente, Deus já era e existia antes que houvesse Universo ou Paraíso.

Se não for suficiente, Deus se revelou no nosso planetinha, planeta Dele na verdade, e nos deu mandamentos e instruções, que não são para nos limitar, mas para que nós fizéssemos o que é bom, próspero diante Dele e agradável: os mandamentos compõem o retrato do Deus Santo e de Amor, não são regras de proibições, mas para que os Seus filhos em Cristo andassem em conformidade com o Seu caráter.

Deus ama e é Amor – por isso, ama teu próximo.

Deus é Bom – por isso, aja com bondade.

Deus é Santo – por isso, seja separado do mal.

Deus não peca – o pecado é o oposto da vontade de Deus, é escravidão;

Deus é Livre – somos livres pelo Sangue de Jesus para fazer a justiça, oposto de pecado (a liberdade do mundo não é liberdade, é escravidão aos prazeres e costumes mundanos);

Deus existe em Comunidade – por isso, não se isole da sociedade, da Igreja e do mundo;

Deus sabe que é o único Deus verdadeiro – por isso, não adore ídolos;

Deus sabe tudo – não tenha a ciência como sua religião (ou como sua regra de fé) se esta contradiz a Palavra inerrante e inspirada de Deus;

Deus abomina algumas coisas – por isso, não as faça, não veja filme de terror, por exemplo...

Deus é Sábio e diz que quer nos dar sabedoria – por isso, tema a Deus que é o princípio de todo conhecimento verdadeiro e sabedoria verdadeira, não seja tolo diante de Deus, humilha-te perante o Senhor!

Deus criou as leis da natureza, da Física, da Biologia e da Química... Deus criou a Lógica... A ciência tem muito ainda a descobrir, não chega à “unha do pé” de Deus!

Deus é DEUS!

Sua vontade é boa, perfeita e agradável!

Ele É!

Se não for suficiente, Deus se fez carne: a Palavra (Espírito) se fez carne (ser humano) e habitou entre nós, cheio de graça e verdade. A divindade assumiu a humanidade no ventre de Maria quando era virgem, pois ela concebeu pelo Espírito Santo, de modo que o Santo que dela nasceu foi chamado e é  chamado Jesus, também de Filho de Deus. Nada é impossível para Deus!

Os guardas tentaram prender Jesus antes da hora no evangelho de João, e apenas com um discurso Jesus fez o guarda voltar de mãos vazias: “Ninguém assim falou como esse homem!”

Judeus rebeldes levaram Jesus até o topo de um monte para jogarem-no de lá, e Ele passou por meio deles sem dificuldade.

Lázaro estava morto por quatro dias, cheirava mal, e por uma só palavra Jesus imediatamente o ressuscitou! Olha, curar é uma coisa. Trazer à vida novamente depois de quatro dias apodrecendo é uma coisa bem diferente.

Os soldados romanos com Judas, ao escutar a voz de Jesus dizendo: “EU SOU!”, caíram todos ao chão!

O Senhor se levantou contra o Império Romano do Ocidente que afrontou a Igreja e o destruiu (Ap 19)!

O Senhor fundou céus e terra, e um dia os renovará com fogo!

O Senhor é Rei sobre a morte e o inferno! Ele tira a vida e devolve a vida a quem Ele quer!

Quem discutirá com Ele?

Quem Lhe ensinou?

Quem Lhe disse: faça de outro jeito?

Eis que somos menos do que nada perante o Senhor em nossa compreensão carnal, mas o mesmo Deus nos deu valor!

Nos amou!

Nos fez sermos filhos adotados DELE!!

Em Jesus temos valor!

Glória a Deus!

 

Tens Tu Fé? Qual o Fruto desta Fé? Como o Senhor te Chamaria Hoje?

Romanos 14.22. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus...

Tens tu fé? Deus te deu essa fé! Não é mérito teu! Jesus é o autor e consumador da nossa fé!

Pensas em ti ainda?

Glorias-te (orgulhas-te) em teus feitos, status, posição, fama, poder, dinheiro ainda, ou no que o Senhor fez por ti?

Quem és tu?

Sim, ser humano, e, se salvo, filho de Deus para sempre. Sim, tu tens valor. Todo ser humano tem um certo valor intrínseco.

Pensando nisso, o que você quer fazer nos próximos dez, vinte ou trinta anos?

Somos aquilo que Deus diz que somos, não é, como disse um certo teólogo?

E muitas vezes somos mesmo aquilo que somos diante de Deus em oração.

Qual seu relacionamento com Deus? Está sendo cultivado?

Sinto dizer, se você nem mesmo tem um profundo relacionamento com Deus, como ajudará o próximo? Como olhará nos olhos no necessitado e ministrará para ele no nome precioso de Jesus?

Primeiro pense em você e Deus.

Pense, agora, em sua família e Deus, se você tiver família.

Agora, pense em trabalhar para a glória de Deus, e os recursos usar não só para proveito próprio, nem só dizimar e ofertar a instituições ou denominações (terceirizar o serviço), mas, seriamente, o que você fará com suas forças para mudar o mundo, para servir e ajudar, vestir, alimentar, visitar, cobrir ao próximo como se fossem Jesus, para louvor e glória do nome de Deus?

Não delegue tudo o que pode realmente fazer por si.

Pensemos e meditemos nisso, sim.

Olhe as coisas pelo olhar do céu; faça as coisas para a glória de Deus; tente olhar pela cosmovisão que poderia ter o Senhor sobre a sua realidade – enxergar além da matéria; Quem é você no particular com Deus, no seu privado em oração?

Baseado na Bíblia, como o Senhor lhe chama hoje?

O Senhor te conhece? Como sua fé é demonstrada em atitudes externas?

Sua fé é evidenciada em boas obras?

Você vive e está vivendo para a glória de Deus, ou para o seu ventre?

Mudarás algo em sua vida? Há algo fora do lugar? Algo do desagrado de Deus? O que você deve fazer sobre isso?

Não só pense, mas faça. Esse é o convite hoje, essa é a reflexão hoje. Não sejam apenas ouvintes da Palavra, mas praticantes e cumpridores da Palavra.

Essa é a Palavra.

Usem esse conhecimento com sabedoria. Orem com o Senhor antes de fazer decisões.

Amém.

 

4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,

5 Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

Nós, que somos muitos, somos um só corpo místico/espiritual em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros – um é o pé (tem um dom), outro o olho (tem outro dom necessário), outro o ouvido (outro dom), etc. do corpo de Cristo (que é a Igreja verdadeira composta dos salvos, não denominacional), pois cada um de nós tem algum dom. Todo salvo tem algum dom espiritual. Cada um considere os outros superiores a si mesmo conforme a Escritura segundo o que faz bem, pois o olho enxerga, mas não pega as coisas como a mão, nem apoia o corpo como o pé. Cristo é maior do que todos, pois é Cabeça do corpo.

6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

Como Paulo tem experiência com os dons, ele aconselha os novos crentes de Roma: se é profecia, é segundo a medida da fé, etc.

7 Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

8 Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

A lista dos dons não é exaustiva. Deus sempre pode dar algum novo dom. Deus é infinito.

9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.

Devemos amar em verdade, e aborrecer o mal (ser contrários ao mal), e apegar-nos ao bem (nutrir e praticar o bem).

10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.

Devemos amar os irmãos (amor fraternal), honrando aos outros mais do que a nós mesmos.

11 Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;

Não devemos ter falta de zelo, mas devemos ser fervorosos no espírito, servindo ao Senhor, e não cultuando e orando orações sem fervor.

12 Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;

13 Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;

Devemos comunicar com os santos nas nossas necessidades: se realmente precisamos de algo devemos, quando adequado, contatar a denominação que frequentamos para auxílio, ajuda, socorro. Claro que, quando a necessidade não é extrema, quando for cabível, cuido que devemos esperar em Deus em oração com fé e súplica, para que Deus mesmo supra a necessidade.

14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.

Devemos amar aos inimigos, como disse Jesus.

15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;

Chorai com os que choram: consolar e orar pelos enlutados faz parte da vida. Até Jesus chorou.

16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;

Tenham um mesmo pensamento; não tenhais ganância (não ambicioneis coisas altas), mas trabalhe dignamente, acomodai-vos às coisas humildes, com um estilo de vida próprio a um cristão, não ostentando ou esbanjando, nem mostrando tudo nas redes sociais. Não sejais sábios em vós mesmos – não é sabedoria o ter ganância ou ambição desenfreada, pois isto é um perigo, mas é sábio querer ter uma melhor qualidade de vida à família, querer ter um emprego melhor, querer ter condição para servir mais a Deus com o dom de repartir, querer ter renda passiva ao longo dos anos, maior do que seus gastos, com bons investimentos (independência financeira se for da vontade do Senhor), aposentadoria, etc.

17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.

A ninguém devemos, recebendo mal, devolver com o mal, mas devemos ser honestos em tudo, não deixando de pagar nem declarar impostos, não mentindo, não deixando de cumprir com nossa palavra, etc.

18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.

19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

O Senhor é nosso vingador, Ele recompensará a cada um segundo sua obra, seja nessa vida, seja na eternidade, portanto não devemos desejar vingança a ninguém. Se alguém sofreu um grande mal por parte de um criminoso, a sua parte, se você é cristão e foi perdoado por Deus, é perdoa-lo. A sua parte, também, é denuncia-lo às autoridades para que ele seja julgado por seus crimes pelas autoridades, mas o seu papel é perdoar. O da autoridade é julgar justamente cf. Romanos 13.

20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.

Paulo está se referindo à Provérbios 25:21-22, baseando-se no que Deus revelou a Salomão através de sua sabedoria. Este capítulo parece-me uma continuação do Sermão do Monte de Jesus de Mateus 5-7.

21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Não desista, persevere! Não deixe o mal vencê-lo! Vença o mal com o bem em nome de Jesus! Deus, junto com a tentação, também dará o escape.


Romanos 13

 

1 TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.

Toda pessoa deve estar sujeita às autoridades superiores. Não existe autoridade que não veio de Deus, e todas as autoridades foram ordenadas por Deus, para punir os maus. Quando Paulo fala que as potestades/autoridades que há foram ordenadas por Deus, parece-me que Paulo quer dizer todas elas, cada uma delas (cada autoridade, cada pessoa cf. João 19.10,11 Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem), mesmo Pilatos e Faraó, para levar o mundo ao futuro que Deus deseja. Por isso mesmo devemos orar pela nação e pelas autoridades, clamando a Deus para colocar pessoas sábias e honestas no poder, para que porventura não julgue Deus a nação pelo seu pecado.

Ver comentário de Romanos 12:19.

2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.

Faça o bem e a autoridade te respeitará. Faça o mal, e a autoridade te perseguirá.

4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.

A autoridade, como os policiais, forças armadas, bombeiros, políticos, reis, presidentes, etc. são ministros de Deus para nosso bem. Mas, se fizermos o mal, tema, pois não traz em vão a espada: era para matar os maus!

5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

É necessário que estejamos sujeitos às autoridades, não somente pelo castigo terreno, mas pela consciência, pois servimos ao Deus do céu. O cidadão do céu, que geralmente tem dupla cidadania (Céu e terra), deve ter justiça em obras melhor do que o cidadão apenas da terra.

6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.

Por essa razão também pagamos impostos.

7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.

Não devemos dever nada a ninguém: assim como disse Jesus, melhor coisa é dar do que receber. Devemos sempre, entretanto, praticar o amor de uns pelos outros, não com rixas, ou contendas, ou dissensões, ou amarguras, ou separações, mas perdoando-nos uns aos outros, como fazem os nascidos de novo.

9 Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

Paulo repete a parte dos 10 mandamentos relativo ao próximo, validando-os no Novo Testamento (são 4 mandamentos de Êxodo 20 para o nosso relacionamento com Deus e 6 ao nosso relacionamento com o próximo), com exceção do honrar pai e mãe, que Jesus cita e valida nos evangelhos. Mesmo assim, ele não cita o sábado como mandamento (nem o Novo Testamento), pois não é mandamento para nós na nova aliança.

10 O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.

O amor é puro, só faz bem, visto que Deus é amor. E o cumprimento da lei mosaica é o amor.

11 E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.

Acordemos, pois a nossa glorificação (salvação final) está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé, aleluia!

12 A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.

Revistemo-nos do Senhor Jesus Cristo, e do poder do Espírito Santo, e da luz de Deus.

13 Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.

Andemos honestamente, como de dia: aqueles que saem de madrugada geralmente (com muitas exceções) saem para fazer coisas erradas.

14 Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.

Final do verso melhor explicado em outra versão: “Não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne” (Rm 13:14b NVI).


Romanos 14

 

1 ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.

Aquele que está passando uma séria crise na fé, enfermo na fé, recebei-o, sem discussões acaloradas sobre as dúvidas.

2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.

Um crê que pode isso, outro crê que não pode fazer aquilo.

3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.

O que come carne de porco/bebe vinho não despreze o que não come/bebe. E o que não come, não julgue o irmão que come, pois Deus o recebeu por seu.

4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.

5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.

Um faz diferença entre dia e dia, e outro não: cada um tem seu ponto de vista, e devemos respeitar.

6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

“Aquele que faz caso do dia” significa “aquele que considera um dia como especial”.

Ambos os filhos de Deus dão graças a Deus, comendo ou não.

7 Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.

Nenhum de nós vive ou morre para nós mesmos, mas para o Senhor.

8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.

9 Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.

Cristo morreu e ressuscitou para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos!

10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.

Não devemos julgar o nosso irmão, senão pelo crivo da Palavra de Deus, e não pelos costumes dele. Todos seremos julgados quando morrermos e estivermos com o Senhor.

11 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.

Todos seremos julgados no juízo final (tribunal de Cristo), e todo o joelho se dobrará ao Senhor, mesmo os ateus e sectários.

12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

Vivamos sabiamente, pois porventura, se Cristo nos perguntasse, estaremos à altura de responder a Deus no céu do porquê que devemos ser admitidos lá? Se seria pelas nossas boas obras, ou se seria pelos méritos de Cristo? Cada um de nós deve andar em humildade, em temor, pois cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus no juízo final, seja após a morte, seja no último dia dessa realidade como a conhecemos.

13 Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.

Sejamos benignos, amáveis, e não malignos.

14 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.

Nada é imundo de si mesmo, a não ser para aquele que a tem por imunda. Até o esterco da vaca serve para adubo. Falando de comida, podemos comer tudo, desde que bem cozido, para evitar contaminações. Os judeus não comem carne de porco (entre outras), mas Deus o falou pois no deserto não havia como cozinhar adequadamente a comida, evitando contaminações. Na nova aliança podemos comer de tudo (E [Pedro] viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra. No qual havia de todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou. Atos 10:11-15).

15 Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.

Não devemos criar confusão por causa da comida, isso não é amor.

16 Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;

Não seja blasfemado o nosso bem aos olhos dos ímpios. Devemos santificar o nome do Senhor nosso Deus em nossas vidas andando em amor e temor.

17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

18 Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.

Fazendo essas coisas agradaremos a Deus e ainda seremos aceitos pelos homens, que glorificarão a Deus pelas nossas boas obras (Mateus 5.16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus).

19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.

20 Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.

21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.

Se alguém que toma vinho, por exemplo, estiver com quem acha que beber é pecado, este se escandalizaria. Por isso, nestes casos, o irmão que come carne de porco, por exemplo, na presença do judeu não deveria comer carne de porco, nem aquele que bebe vinho deve beber na presença do irmão que acha que é pecado, pois o irmão que bebe vinho pecaria também, indo contra a advertência do apóstolo nestes versos para que ninguém faça coisas para que o irmão fraco tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.

22 Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.

Você tem fé? Guarde para ti, e não fique falando aos outros. Bem-aventurado se você não se condena naquilo que aprova.

Sobre isso falo no comentário do capítulo 12 de Romanos, verso 3.

23 Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.

Se o pentecostal crê que o arminianismo é verdadeiro, ele tem fé nisto. Se o reformado crê que o calvinismo é verdadeiro, ele tem fé nisto. Se eu creio em outra linha teológica, como a eleição luterana, tenho fé nisto. Como entendemos e temos fé nisto, crer de outra forma, sem que entendamos pela Escritura, é pecado, pois não é por fé. Se o arminiano fosse forçado a crer no calvinismo etc., seria pecado, não é por fé, é o Espírito Santo que nos convence e nos julga. Cada um esteja inteiramente seguro de si em sua mente. Temos que ter tolerância uns com os outros, e os fortes, com os mais fracos. Existem any motivos para uma pessoa ficar numa linha que aprendeu desde criança, embora conceito errado, e não sair dela. Talvez nunca precisou mudar, talvez sempre ficou na panelinha do cristianismo que fala a mesma língua dela, talvez seja teimoso, talvez em sua vida só leu os livros que falam o que ela acredita desprezando as outras linhas cristãs, talvez a sua região ou país ou cultura sempre acreditou dessa forma, ou talvez nunca quis ir a fundo para ver se há uma verdade mais excelente do que a dela, e uma interpretação que englobe fielmente mais versículos do que outra, que porventura usa poucos versículos para defender um bicho de cinco cabeças que não é bíblico. Portanto: “Nas coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade, e em todas as coisas, a caridade.” – não foi Agostinho quem disse isso, mas Rupertus Meldenius, também, conhecido por Peter Meiderlin, um protestante luterano.


Romanos 15

 

1 MAS nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.

Não devemos ser egoístas, mas altruístas.

2 Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.

3 Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.

Cristo é nosso exemplo.

4 Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.

Veja que o Espírito Santo inspirou a Palavra inerrante para a Igreja (para nosso ensino foi escrito), para termos esperança em paciência e consolo.

5 Ora, o Deus de paciência e consolação [perseverança e ânimo, NVI] vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, 6 Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Devemos ter unidade no cristianismo para glorificarmos a Deus. A unidade é pelo Espírito, não por placa de igreja.

7 Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.

8 Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;

Jesus Cristo veio, primeiramente, para os judeus (circuncisão).

9 E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, E cantarei ao teu nome.

10 E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo.

11 E outra vez: Louvai ao Senhor, todos os gentios, E celebrai-o todos os povos.

12 Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, E naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão.

Cristo é a luz para os gentios, Nele eles esperarão.

13 Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.

Que nossa fé seja alegre e pacífica, para abundar em esperança pelo poder do Espírito.

14 Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.

Paulo reconhece o favor de Deus nos irmãos de Roma.

15 Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada;

16 Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.

Jesus Cristo era ministro da circuncisão/judeus nos seus três anos e pouco de ministério, mas Paulo foi ministro de Cristo aos gentios.

17 De sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus.

Paulo reconhece seu valor na obra de Deus, e cada um de nós tem muito valor em Deus.

18 Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para fazer obedientes os gentios, por palavra e por obras;

19 Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.

20 E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;

Paulo não “pescava em aquário”, não evangelizava onde outros já haviam evangelizado e fundado igrejas, mas ia onde o Espírito lhe levava para evangelizar os perdidos. Hoje em dia, contudo, muitas denominações antes de Cristo tornam-se sinagogas de Satanás. Vigiai e orai.

21 Antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, E os que não ouviram o entenderão.

22 Por isso também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco.

23 Mas agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco,

24 Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia.

Uma fonte católica diz que Paulo foi à Espanha:

"[Paulo] Pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém, até ser preso em Cesareia (61 [d.C.]). Levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, suficiente para receber os cristãos e converter os pagãos. Durante esse período escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filemon. Inocentado (63 [d.C.]) passou pela Espanha, visitou suas comunidades no Oriente, onde foi preso e novamente levado para Roma (67 [d.C.]) sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito. Por ordem de Nero desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano não deve ter sido crucificado e, sim, decapitado."

Veja mais sobre "São Paulo [ou Saulo para os hebreus] de Tarso" em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sao-paulo-tarso.htm.

25 Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.

26 Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.

É nobre e adequado que as igrejas façam coletas para os pobres dentre os santos. Também é adequado servir ao Senhor com dízimos e ofertas, lembrando que os judeus na lei não davam 10%, mas aproximadamente 23% do fruto do campo. Isso nos mostra que para cada família e realidade a proporção da contribuição pode ser diferente, falando em palavras claras, mais ou menos de 10%, segundo a prosperidade e segundo a quantia que Deus coloca no coração pelo Espírito.

27 Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.

A fé sem obras é morta, como disse Tiago – a igreja também deve ministrar os bens temporais. Portanto, se fé sem obras é morta, fé viva exala boas obras, senão é morta!

28 Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.

Paulo profetizou que iria à Espanha, e realmente foi.

29 E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo.

30 E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;

Devemos orar pelos pastores, e por todas as autoridades, e por todos os irmãos, e por todos os familiares, e por todos os missionários, etc.

31 Para que seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e que esta minha administração, que em Jerusalém faço, seja bem aceita pelos santos;

32 A fim de que, pela vontade de Deus, chegue a vós com alegria, e possa recrear-me convosco.

33 E o Deus de paz seja com todos vós. Amém.


Romanos 16

 

1 RECOMENDO-VOS, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,

Paulo está recomendando a irmã Febe no Senhor à igreja de Roma, pois ela fez muitas boas obras, e também hospedou a Paulo.

2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.

Devemos ser hospitaleiros (há alguns que, não o sabendo, hospedaram anjos diz a Escritura).

3 Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,

4 Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.

Devemos nos doar uns pelos outros, mas também nos amar e respeitar (ter autorrespeito). Quem não se ama, e quem não ama a Deus, não consegue amar o próximo adequadamente! Como disse Jesus, “Ama ao Senhor teu Deus com todo seu ser... e ama o teu próximo como a ti mesmo...”. Quem não ama ao próximo o qual viu não ama a Deus, o qual não viu. (1João)

5 Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Acaia em Cristo.

Naquela época as igrejas eram nas casas, não era permitido abrir igrejas no império romano, quando era Império perseguidor.

6 Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.

Pode ser Maria, mãe de Jesus, ou talvez Maria Madalena.

7 Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.

8 Saudai a Amplias, meu amado no Senhor.

9 Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis, meu amado.

10 Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo.

11 Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor.

12 Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor.

Veja que Paulo saúda muita gente. Assim eu creio que não devemos sair rapidamente dos cultos, mas devemos saudar os irmãos e conversar um pouco ao término no culto. Somos irmãos, não?

13 Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.

14 Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, e aos irmãos que estão com eles.

15 Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.

16 Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.

Saudar com ósculo era costume entre os judeus, assim como homens davam ósculos entre si (Judas traiu Jesus com um beijo). Mas como o ósculo era um costume, ele não cabe a todas as culturas, assim como o véu era costume da época (muitas mulheres que não usavam o véu vendiam o corpo) e o lava-pés (ato de humildade espiritual que começou com Cristo, principalmente pois na época usavam-se sandálias e o pé ficava muito sujo pois andava-se muito em locais desérticos).

17 E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.

Não tenhais amizade com o declarados falsos cristãos. Cuidado, eles influenciam!

18 Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.

19 Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas simples no mal.

Sejais sábios no bem, mas meninos na malícia, simples no mal – isso é muito importante! O amor não suspeita mal do próximo (1Co 13)... se não houver prova de algum mal, claro.

20 E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém.

Logo Deus nos dará a vitória sobre o inimigo!

21 Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes.

22 Eu, Tércio, que esta carta escrevi, vos saúdo no Senhor.

Foi Tércio que escreveu essa carta, ditada pelo apóstolo Paulo.

23 Saúda-vos Gaio, meu hospedeiro, e de toda a igreja. Saúda-vos Erasto, procurador da cidade, e também o irmão Quarto.

24 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.

Amém. Paulo termina glorificando a Deus:

25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,

26 Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé;

27 Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.


Conclusão

 

A salvação é de Deus, pela mensagem das boas novas da Escritura Sagrada, que é poder de Deus, Palavra de Deus inerrante, que testifica da salvação somente em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, único Caminho ao Pai e único Salvador da humanidade.

A justificação é somente pela fé no Jesus Cristo da Bíblia, somente pela Graça de Deus Pai e Filho, através do convencimento do Espírito, que constrange nossa liberdade de escolha – real, mas limitada – vencendo a resistência do coração e da vontade, feito operado pela Palavra que gera em nós, os eleitos de Deus, eficazmente, a fé salvadora, pela qual somos juntamente adotados, regenerados e justificados, e pela qual descobrimos nossa eleição no Senhor, pelo qual temos prazer em andar em novidade de vida e santidade.

Aqueles que resistem à Palavra não podem se confortar com a doutrina da graciosa eleição (nem a da salvação) de Deus, pois endurecem o coração e tampam os ouvidos para a palavra de Jesus, pois quando a Palavra fala, Deus fala, sendo eles mesmos causa de sua condenação – Deus realmente quer seriamente salvar a todos conforme a Escritura, Ele não faz acepção de pessoas, mas recebe a todos os que se achegam a Ele!

Como diz a psicologia, com minhas palavras, nós, os seres humanos, não controlamos nada, não mudamos os outros, senão somente, mas nem sempre, podemos modelar/controlar a nossa própria resposta às situações que podemos passar. O controle do homem é quase nulo. DEUS é quem controla o Universo e o Paraíso. Deus é o dono do espaço-tempo, Deus é o Criador. Deus é o dono e Senhor sobre as nossas vidas, Yahweh, o Eu Sou, que se revelou a Moisés como “Eu Sou Aquele que É” (LXX, Êxodo 3:14), que é a própria realidade absoluta (da qual originalmente todas as outras se originam) regida por amor, e que permanece eternamente em Amor, pois a essência de Deus é o amor (1João 4).

Agora, como diz a Escritura, usamos nosso livre-arbítrio para aceitar a Jesus, ou para não resistir? Não, pois ainda que Romanos capítulo sete fala eficazmente da liberdade de escolha restaurada do homem, isso não pode auxiliá-lo, pois a Palavra diz que “a salvação é pela Graça, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Ef 2.8). Somos eleitos para sermos filhos adotados, eleitos para a obediência, para ser como Cristo, e não pela obediência conforme 1Pe 1.2.

A salvação é de Deus, Ele é o Salvador, e salva aqueles que reconhecem que não podem se salvar, salvando ao contato puro, preparado por Deus, num encontro com a Palavra, num encontro com Jesus, que quebranta e subjuga a liberdade de escolha do homem com Seu amor. Aos homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível.

Glória a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor!

Vamos agradecer a Deus, pois é Maravilhoso!

Somente à Trindade – Pai, Filho, Espírito Santo (Mateus 28.19), um único Deus (Deuteronômio 6:4, uma única essência divina) – glória, honra e majestade! Digno é o Cordeiro (Apocalipse 5.12), Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19.16)! Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir. (Apocalipse 4.8)! Justo és tu, Senhor, que eras, que és e que hás de ser (Apocalipse 16.5 ACF)!

Romanos 11.33-36 “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.”

Amém!

 

 

 


 

Bibliografia

 

Bíblia Almeida Corrigida Fiel, SBTB (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), edições de 2007 e 2011.

 

Roberto Fiedler Rossi. Teologia Sistemática Interdenominacional. Aproximadamente 800 páginas. Nele sistematizo a teologia deste livro. Formato ebook. Quarta edição, de novembro de 2025. Disponível gratuitamente no site Academia.edu ou Mediafire (link no blog abaixo). Disponível apenas na língua portuguesa.

 

Blog, “Confissão de Fé Cristã”: Disponível em:

http://pontosdefeedoutrina.blogspot.com.br/

Nele você baixa meus livros de graça.

 

Compartilhem este livro para a glória de Deus e edificação da Igreja.

Amém.


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