Como a Confissão de Fé de Westminster corretamente
expressa: “Só há dois sacramentos ordenados por Cristo, nosso Senhor, no
evangelho, ou seja: o Batismo e a Ceia do Senhor [alguns a chamam de Santa
Ceia]. Nenhum dos quais pode ser administrado senão por um ministro da
Palavra, legalmente ordenado. Mt 28.19; 1Co 11.20,23; 4.1; Hb 5.4.
11.6 Pastores, Apóstolos e Evangelismo
Cremos que os líderes das igrejas
locais (Ef 4.11), ou congregações, devem cumprir os pré-requisitos bíblicos das
epístolas pastorais de santificação, encontrados em 1Tm 3. Os pastores devem,
mais do que tudo, pastorear as ovelhas (Jo 21.15-17).
Os ministérios de Cristo hoje
para pregar a Palavra, segundo a Bíblia, são os pastores (Hb 13.7, 13.17, Ef
4.11), bispos (1Tm 3.2ss, At 20.28) ou presbíteros (os apóstolos Pedro e João
se intitulavam também presbíteros, 1Pe 5.1, 3Jo 1, ver também 1Tm 5.17). Pastores, bispos
ou presbíteros são, na prática, sinônimos, e não hierarquia. O ministério para servir chama-se “diácono”
conforme o Novo Testamento, instituído pelo Espírito Santo em Atos. Já acerca
das mulheres, a Bíblia fala de mulheres que serviram a Jesus e os apóstolos,
portanto a Bíblia permite diaconisas. Acerca de mulheres no ministério da
Palavra falo na seção 8.4.2, que a Bíblia não usa a expressão “pastora”, mas “irmã”
etc., e, sim, dá o aval para mulheres pregarem a Palavra sem limites.
Acerca dos apóstolos. Cremos que
Jesus verdadeiramente apareceu a Saulo no caminho de Damasco, onde as pessoas
testemunharam da aparição, ou seja, não foi simplesmente uma visão ou sonho.
Além disso, Jesus verdadeiramente intitulou os apóstolos com esse título de
apóstolo, de modo que não o fizeram para si mesmos, ou para se mostrar maior do
que outro. O ministério do apostolado verdadeiro está fechado, pois Paulo
disse: depois apareceu a mim por último, como a um abortivo (1Co 15.8). Se é
último, não existe outro.
Grudem
(2010), como eu, concorda que o ministério do
apostolado está fechado. A Bíblia nos indica como apóstolos os onze fiéis
escolhidos por Cristo (Mateus 10.2-4; Simão Pedro, André, seu irmão, Tiago
filho de Zebedeu, João, seu irmão, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago
filho de Alfeu, Lebeu, apelidado Tadeu (esse é Judas cf. Lucas 6.16), e Simão,
o Zelote), mais Matias, no lugar de Judas (Atos 1.23-26), Tiago, irmão do
Senhor Jesus (Gálatas 1.19 E não vi a
nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor),
Barnabé e Paulo (Atos 14.14 Ouvindo,
porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram
para o meio da multidão, clamando). Deste modo, poderiam existir outros
apóstolos se Jesus os tivesse chamado como tal naquela época.
Os apóstolos tinham autoridade
para falar e escrever palavras que eram “palavras de Deus” em sentido absoluto.
Não acreditar neles ou desobedecer a eles era o mesmo que não crer em Deus e
desobedecer a Deus. Os apóstolos, portanto, tinham autoridade para escrever
palavras que se tornaram palavras da Bíblia. Este fato por si só nos sugere que
havia algo de singular no ofício de apóstolo, e não esperaríamos que ele
continuasse hoje, porque atualmente ninguém pode acrescentar palavras à Bíblia
e tê-las na conta de palavras de Deus ou como parte das Escrituras. Grudem (2010).
O verdadeiro chamado para o
apostolado é para a formação de doutrina (Atos 2.42), ou seja, os apóstolos,
pela sua doutrina, são o fundamento da doutrina das Escrituras para nós,
através de Cristo. Acabou a revelação bíblica (doutrina dos apóstolos),
inerrante, não tem mais verdadeiro apostolado revelado e chamado por Cristo. Os
apóstolos hoje, como missionários, ou como liderança, como bispos de igreja no
método episcopal, na maioria das vezes, querem ser superiores aos seus bispos,
e estes superiores aos seus pastores. Essa hierarquia não existe na Bíblia.
Isso é para engrandecimento próprio, ou, se não for, é vaidade.
Cremos que a Igreja tem a missão
de evangelizar, levando a mensagem do evangelho de Jesus Cristo a todas os
povos e nações quando Deus der a oportunidade, batizando-as em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo, princípios que constituem a grande comissão de
Cristo à Igreja em conjunto, Mt 28.19-20. Todos devemos evangelizar através de
um bom testemunho, mas cada um tem o seu chamado e o seu dom específico: a
missão de ser evangelista propriamente dita, com exceção do evangelismo ao
próximo (conhecidos, amigos e familiares), é para aqueles que tem o dom
específico de evangelista, segundo Ef 4.11. Não pegue um fardo que Deus não lhe
deu, como querer ser missionário ou evangelista de ruas sem ter vocação, mas
sirva ao Senhor com seu dom específico (1Pe 4.10-11). Devemos evangelizar, sem
que haja contenda.
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