segunda-feira, 5 de maio de 2025

5/5/25 11h20 Complementação à TS (4): tipo de Aliancismo: clássico, teologia da nova aliança ou progressivo?

Prezados, a paz de Cristo seja com todos vós.

Como quem lê minha Teologia Sistemática Interdenominacional pode notar, sou aliancista, vejo claramente que a Bíblia não apoia nenhuma forma de dispensacionalismo (clássico, revisado ou progressista), mas o meu aliancismo possui elementos do clássico (aliancismo da reforma), também algum elemento da Teologia da nova aliança, é também alguma coisa do aliancismo progressivo.

Creio em muita coisa do aliancismo clássico, tanto é que citei a Bíblia de Genebra do apêndice do meu livro. Coisas que mudam um pouco:

Isso pode ser visto na distinção que faço entre o povo de Israel e a Igreja no Novo Testamento... distinção, claro, não no meio de salvação (a justificação pela fé foi sempre a mesma no Antigo e no Novo Testamento, embora no NT a Igreja além de justificada é regenerada, nasce de novo pelo Espírito e o tem como habitação permanente) mas como povos de origens muitas vezes distintas segundo Romanos 11. A igreja é composta de judeus e gentios salvos desde pentecostes. Israel, os judeus de hoje, chamados de israelenses, ainda é um povo que é tratado por Deus soteriologicamente igualzinho à Igreja nessa nossa Nova Aliança (salvação só em Cristo) etc etc. Mais detalhes no livro.

Outra distinção: Não creio que Deus pede na Escritura batismo em bebês, já que não têm fé salvadora, mesmo assim Deus os elege se falecerem (Deus dá chance a todos). Batismo só às crianças velhas em diante, que confessam e confiam em Cristo. Que O adoram, cultuam-No, oram a Ele, e conhecem as Escrituras.

Outra distinção: A lei moral do Antigo Testamento permanece, e deve ser obedecida por nós (a santidade, a moral, e os princípios de Deus não mudam nos mandamentos relacionados à vida espiritual) entretanto, a lei moral da lei mosaica foi aperfeiçoada por Cristo no Sermão do Monte, um pouco modificada (ouvistes que foi dito aos antigos.... eu, porém, vos digo), e intensificada pelo Novo Testamento: lembro-me das cartas de Paulo e da Assembleia de Atos, na qual Pedro e Tiago deram diretrizes à Igreja. A lei moral que obedecemos na íntegra é a lei do Reino de Deus, de Cristo, mas que não despreza a lei moral do AT, pois Deus é imutável e sua moral e seus padrões não mudam. O que Jesus aboliu: a lei civil teocrática do AT para Israel, incluindo as duras penas e castigos, a lei cerimonial, incluindo sacrifícios e guarda do sábado, pois foram cumpridas por Jesus na íntegra e o NT só repete os mandamentos morais do AT (por isso mesmo só a parte moral permanece).

Uma observação: os mandamentos de 3000 anos atrás da lei podem não servir mais hoje para nós, como a purificação com seus rituais em água corrente, mas os princípios de Deus sim: Deus não gosta de sujeira, não está na imundícia.

Outra observação: posso ser um pouco radical, mas quando Deus ordenou para "não fazer marcas em vossa carne" se não me engano em levítico, embora relativo à cultura pagã dos povos, reflete um princípio de Deus: nossos corpos são de Deus, templos do Espírito Santo, e nós somos mordomos e vasos de barro. Portanto, não creio que Deus se agrada de tatuagens, ainda que tatuagens "gospel". Muita coisa hoje que usa o nome de Deus não agrada a Deus. A moral de Deus não muda, Deus de hoje é o mesmo Deus de levítico. Se alguém tiver feito, fique em paz, o importante é o que você vai fazer daqui para frente no Senhor. Amém

Deus abençoe

Roberto


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