quarta-feira, 28 de maio de 2025

O Cristão e o Trabalho. Complementação de meus livros.

Prezados leitores, como estão? Espero que muito bem com Jesus.

Venho por meio desse post falar sobre a visão minha e da minha esposa sobre o trabalho: trabalho para a glória de Deus - ainda que às vezes possa ser difícil e desanimador.

O mundo pode trabalhar excessivamente e/ou amar o dinheiro, ou até tentar de todas as formas ficar rico, mas para Seus filhos Ele deseja que trabalhemos diligentemente para a glória de Deus, até, em geral, seis dias por semana (pelo princípio do Sábado) - pelo menos um para descanso *normalmente*.

A vida dos crentes fiéis é a vontade do Senhor, como nos tempos bíblicos. Aquele que Deus deu muito dinheiro não é porque é muito inteligente / sábio / conhecedor / bom etc. mas Deus o abençoou. Não é comumente assim com os descrentes.

Se Deus abençoar muito alguém Deus vai requerer que a pessoa canalize isso em alguma boa obra: José, no Egito, não foi levantado apenas para ficar rico e cuidar da sua família, mas salvar todo o mundo conhecido, em geral, da fome.



Citação 1. Concordo 100%:

Fonte:

https://www.respostas.com.br/o-que-deus-diz-sobre-o-trabalho/

Obs. Não conheço bem esse site, mas achei muito madura essa explicação desse pastor batista.


"O que Deus diz sobre o trabalho?

Marcelo Teixeira Mallet
 
Pastor Batista

 

A Bíblia diz que trabalhar é bom e necessário. Entretanto, devido ao pecado, tornou-se difícil e árduo.
Quando Deus criou Adão e Eva, ordenou que eles tomassem conta da terra e dos animais (Gênesis 1:28). Esse trabalho era bom e agradável, mas, quando pecaram, a terra ficou amaldiçoada e o trabalho tornou-se duro (Gênesis 3:17-19).

 

Trabalhar é um dever?
Sim, a Bíblia ensina que devemos trabalhar para nos sustentar, para sustentar as nossas famílias e, também, para ajudar os outros (Efésios 4:28; 1 Timóteo 5:8).
Não devemos dar lugar à preguiça, porque leva à pobreza e à ruína (Provérbios 6:9-11). O apóstolo Paulo orientando os crentes em Tessalônica, chega a dizer que quem não trabalha também não tem o direito a comer (2 Tessalonicenses 3:10). Todos devem fazer a sua parte para não sobrecarregar uns em detrimento dos outros. Claro que há exceções para algumas pessoas, como, por exemplo, crianças, idosos e pessoas debilitadas fisicamente. No entanto, como regra geral, todos devem contribuir.
As crianças, apesar de não terem a responsabilidade pelo trabalho, também podem ser ensinadas sobre essa necessidade, realizando pequenos serviços domésticos, que não tragam prejuízo à sua saúde, aos estudos e à recreação.

 

Qual deve ser minha atitude perante o trabalho?
É muito fácil ficar desmotivado e desinteressado pelo trabalho, mas Deus quer que tenhamos uma atitude positiva. Quando trabalhamos, não fazemos isso só para ganhar dinheiro ou cumprir tarefas dadas pelo patrão, trabalhamos para glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31).

Para honrar a Deus no trabalho, a Bíblia ensina que:


      • Devemos nos empenhar para realizar um trabalho bem feito (devemos dar o melhor e não um "jeitinho" para acabar logo o trabalho) - Eclesiastes 9:10.
      • Precisamos respeitar os nossos patrões e obedecê-los (desde que não vá contra a vontade de Deus), porque eles são autoridades - 1 Timóteo 6:1-2.
      • Temos que ser justos com colegas e subordinados (quem é empregador deve ser justo com seus empregados, porque Deus também é justo) - Colossenses 4:1.
      • É imprescindível desenvolver bons relacionamentos no trabalho (não devemos ser briguentos, nem ficar se queixando do trabalho o tempo todo) - Filipenses 2:14-15.
      • Demandamos ser honestos e fiéis no trabalho que realizamos (para mostrar que, em Jesus, somos diferentes) - 1 Tessalonicenses 4:11-12.
É também importante lembrar de descansar
Deus disse que devemos trabalhar durante seis dias e descansar no sétimo (Êxodo 20:9-10). Também aprovou feriados para O louvarmos e recuperar as forças.

Enquanto a preguiça é pecado, o oposto (obsessão pelo trabalho) também é errado. Trabalhar sem parar para ganhar muito dinheiro e não desfrutar dele é uma insensatez. É bom gostar do trabalho, mas, também é preciso ter outros propósitos na vida (Eclesiastes 4:8)."




citação 2. Concordo 99%:

Link: 

https://revistaimpacto.com.br/etica-puritana-do-trabalho/

"Ética Puritana do Trabalho

6 agosto, 2011

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Por Leland Ryken


Mesmo as pessoas que sabem pouco sobre os Puritanos usam a frase “ética Puritana do trabalho” com confiança. Para a maioria, entretanto, é simplesmente um rótulo de múltiplo alcance para cobrir toda uma classe de males correntes: a síndrome do vício de trabalhar, trabalho escravizador, competitividade, culto do sucesso, materialismo e o culto da pessoa auto-realizada.


O “Background”: Divisão Entre Sagrado e Secular


Para entender as atitudes Puritanas em relação ao trabalho, devemos ver o pano de fundo contra o qual estavam reagindo. Durante séculos, foi costume dividir tipos de trabalho nas duas categorias, “sagrado” e “secular”. O trabalho sagrado era realizado por membros de uma profissão religiosa. Todos os outros tipos de trabalho carregavam o estigma de serem seculares.


Esta divisão entre o trabalho sagrado e o secular pode reportar-se ao Talmude Judaico. Uma das orações, obviamente escrita do ponto de vista do escriba, é como segue:


Eu te agradeço, ó Senhor, meu Deus, por me haveres dado minha porção com aqueles que se assentam à casa do saber, e não com aqueles que se assentam pelas esquinas das ruas; pois eu cedo trabalho, e eles cedo trabalham; eu cedo labuto nas palavras da Torah, e eles cedo labutam nas coisas sem importância. Eu me afadigo, e eles se afadigam; eu me afadigo e lucro com isso, e eles se afadigam sem beneficio. Eu corro, e eles correm; eu corro em direção à vida por vir, e eles correm em direção ao abismo da destruição.


A mesma divisão de trabalho em categorias de sagrado e secular tornou-se uma característica principal do catolicismo romano medieval. A atitude foi formulada já no quarto século por Eusébio, que escreveu:


Dois modos de vida foram dados pela lei de Cristo à sua igreja. Um está acima da natureza e além do viver humano comum… Inteira e permanente­mente separado da vida habitual comum da humanidade, dedica-se somente ao serviço de Deus… Tal é então a forma perfeita da vida cristã. E o outro, mais humilde, mais humano, permite aos homens… ter mentalidade para a lavoura, para o comércio e os outros interesses mais seculares do que a religião… E um tipo de grau secundário de piedade é atribuído a eles.


Esta dicotomia sagrado-secular foi exatamente o que os Puritanos rejeitaram como ponto de partida para sua teoria do trabalho.



A Santidade de Todos os Tipos Legítimos de Trabalho


Foi Martinho Lutero, mais do que qualquer outro, que derrubou a noção de que clérigos, monges e freiras engajavam-se em trabalho mais santo do que a dona de casa e o comerciante. Calvino rapidamente acrescentou seu peso ao argumento.


Como os reformadores, os Puritanos igualmente rejeitaram a dicotomia sagrado-secular. William Tyndale disse que se olhamos externamente “há uma diferença entre lavar louças e pregar a palavra de Deus; mas no tocante a agradar a Deus, nenhuma em absoluto”. Essa rejeição da dicotomia entre trabalho sagrado e secular teve implicações de longo alcance.


Primeiro, considera toda tarefa de valor intrínseco e integra toda vocação com a vida espiritual de um cristão. Torna todo trabalho con­seqüencial, fazendo-o arena para glorificação e obediência a Deus e expressão do amor pessoal (através do serviço) ao seu próximo.


A convicção Puritana quanto à dignidade de todo trabalho tem também o importante efeito de santificar o comum. John Cotton disse isto sobre a habilidade da fé cristã de santificar a vida e o trabalho comuns:


A fé… encoraja um homem em seu chamado por mais simples e difícil que seja… A tais empregos simples um coração carnal não sabe como submeter-se; mas agora a fé havendo-nos convocado, se requer algum emprego simples, encoraja-nos nele. Assim a fé dispõe-se a abraçar qualquer serviço sim­ples que faz parte do seu chamado, no qual um coração carnal ficaria envergonhado de ser visto.


William Perkins declarou que as pessoas podem servir a Deus “em qualquer espécie de chamado, embora seja apenas varrer a casa ou guardar ovelhas”. Nathaniel Mather disse que a graça de Deus “espiritualiza toda ação”; mesmo as mais simples, como “um homem amar sua mu­lher e filho”, tornam-se “atos graciosos”, e o “seu comer e beber são atos de obediência e, portanto, acham-se em grande conta aos olhos de Deus”.


Os Puritanos revolucionaram as atitudes em relação ao trabalho diário quando levantaram a possibilidade de que “cada passo e aspecto do seu ofício é santificado”. O objetivo era servir a Deus, não simplesmente no trabalho no mundo, mas através do trabalho.


O Conceito Puritano de Chamado


Uma segunda forte afirmação dos Puritanos, além de declarar a santidade de todos os tipos de trabalho, foi que Deus chama cada pessoa para a sua vocação. Todo cristão, diziam os Puritanos, tem um chamado (1 Co 7.17). Segui-lo é obedecer a Deus. O efeito importante desta atitude é que ela torna o trabalho uma forma de corresponder a Deus.


Para começar, a ênfase Puritana em tais doutrinas como Eleição e Providência tornou fácil afirmarem que cada pessoa tem um chamado em relação ao trabalho. William Perkins, em seu clássico Treatise of The Vocations or Callings of Men (Tratado de Vocações ou Chamados dos Homens), escreveu:


Uma vocação ou chamado é um certo tipo de vida, ordenado e imposto ao homem por Deus, para o bem comum… Toda pessoa de todo grau, estado, sexo ou condição, sem exceção, deve ter algum chamado pessoal e particular em que caminhar.


Um efeito do conceito Puritano de chamado é fazer do trabalhador um mordomo que serve a Deus. Deus, de fato, é aquele que designa às pessoas as suas tarefas. Nesta perspectiva, o trabalho deixa de ser impessoal. Além do mais, sua importância não repousa em si; o trabalho é antes um meio pelo qual uma pessoa vive sua relação pessoal com Deus.


Um outro resultado prático da doutrina do chamado cristão é que leva ao contentamento pessoal no trabalho. Cotton Mather escreveu que:


um cristão deveria seguir sua ocupação com contentamento… É o favor singular de Deus a um homem que este possa atender à sua ocupação com contentamento e satisfação… Seu negócio neste assunto está entravado com quaisquer dificuldades ou inconveniências? O contentamento sob essas dificuldades não é parte pequena da sua homenagem àquele Deus que o colocou onde você está.


Se todos têm um chamado, como as pessoas podem saber para o quê foram chamadas? Os Puritanos desenvolveram uma metodologia para determinar seu chamado; não mistificaram o processo. Richard Steele, de fato, declarou que Deus raramente chama as pessoas diretamente “nos últimos dias”, e que qualquer um que alega ter tido uma revelação de Deus “deve produzir dons e qualificações extraordinárias, a menos que não passe de presunção e engano”.


Os Puritanos preferiam confiar em tais coisas como “os dotes e inclinações internos”, “circunstâncias externas que podem levar… a um curso de vida em vez de outro”, o conselho de “pais, guardiões e, em alguns casos, magistrados”, e “a natureza, a educação e os dons… adquiridos”. Eles também criam que se as pessoas estivessem no cha­mado certo, Deus as equiparia para realizar seu trabalho: “Quando Deus me convoca para uma posição, ele me dá alguns dons para aquela posição”.


Sobre o assunto de escolha da vocação, Milton, que desde a infância teve um forte cha­mado para ser poeta, escreveu que “a natureza de cada pessoa deveria ser especialmente observada e não desviada noutra direção, porque Deus não pretende todas as pessoas para uma só coisa, mas cada uma para seu próprio trabalho”.


Os Puritanos acreditavam na lealdade a um chamado. Uma vocação não era para ser assumida nem abandonada levianamente. Enquanto os Puritanos em geral não criam que uma pessoa nunca pudesse legitimamente mudar de ocupação, eram claramente cautelosos quanto à prática. William Perkins falou de “uma perseverança nos bons deveres” e alertou contra “ambição, inveja, impaciência”, acrescentando que “a inveja… quando vemos outros co­locados em melhores chamados e condições do que nós… é um pecado comum, e a causa de muita dissensão na comunidade”.


Para resumir, a idéia Puritana de chamado cobria um conjunto de idéias correlatas: a providência de Deus em arranjar tarefas humanas, trabalho como resposta de um mordomo a Deus, contentamento com as tarefas pessoais e lealdade à vocação pessoal. Estas idéias foram ad­miravelmente captadas na exortação de John Cotton de “servir a Deus no seu chamado, e fazê-lo com regozijo, fidelidade e uma mentalidade celeste”.



A Motivação e as Recompensas do Trabalho


Desde a época em que Benjamin Franklin proferiu seus provérbios experientes sobre a riqueza como o objetivo do trabalho até nosso próprio século, quando gigantes industriais têm reivindicado que o seu sucesso era prova de que eram os eleitos de Deus, nossa cultura tem visto o trabalho primordialmente como o caminho para as riquezas e posses. Essa ética do trabalho secularizada tem sido atribuída aos Puritanos e a seu precursor Calvino, e tem sido aceita como um axioma de que a ética Puritana baseia-se na riqueza como a recompensa máxima pelo trabalho e a prosperidade como um sinal de santidade.


Mas é nisso que os Puritanos realmente criam? As recompensas do trabalho, de acordo com a teoria puritana, eram morais e espirituais, isto é, o trabalho glorificava a Deus e beneficiava a sociedade. Ao ver o trabalho como uma mordomia para com Deus, os Puritanos abriram o caminho para uma nova concepção das recompensas do trabalho, como no comentário de Richard Steele: “Vocês trabalham para Deus, que certamente os recompensará para contentamento do seu coração”. Que essas recompensas eram primariamente espirituais e morais é abundantemente claro nos comentários Puritanos.


William Perkins afirmou que:


o principal fim das nossas vidas… é servir a Deus no serviço aos homens nos afazeres de nossos chamados… Alguns homens talvez dirão: O quê, não devemos labutar nos nossos chamados para manter nossas famílias? Respondo: isso deve ser feito; mas esse não é o escopo e a finalidade de nossas vidas. A verdadeira finalidade de nossas vidas é prestar serviço a Deus no serviço ao homem.


Quanto às riquezas que devem vir do trabalho, elas “podem nos capacitar para aliviarmos nossos irmãos ne­cessitados e promover boas obras para a igreja e o Estado” (Richard Baxter).


De acordo com John Cotton, “a fé não pensará que teve um chamado satisfatório a menos que sirva não somente para seu próprio proveito, mas também para o proveito de outros homens” .


O que é notável com respeito a tais frases é a integração entre Deus, a sociedade e o “ego” que convergem no exercício do chamado pessoal. O interesse próprio não é totalmente negado, mas é definiti­vamente minimizado nas recompensas do trabalho.


Ao manter sua visão dos fins morais e espirituais do trabalho, os Puritanos extraíram a conclusão lógica de que esses mesmos objetivos deveriam governar a escolha pessoal de uma vocação. Richard Baxter instou:


Escolha aquele emprego ou chamado no qual você pode ser mais útil a Deus. Não escolha aquele no qual possa ser mais rico ou ilustre no mundo, mas aquele no qual possa fazer maior bem e melhor escapar de pecar. Quando dois chamados igualmente conduzem ao bem público, e um deles tem a vantagem das riquezas, e o outro é mais vantajoso à alma, o último deve ser preferido.


O complemento desta ênfase nas recompensas morais e espirituais do trabalho é a freqüente denúncia de pessoas que usam o trabalho para gratificar ambições egoístas. Contrário ao que muitos pensam, a idéia da pessoa “auto-realizada” não atraía os Puritanos, se por “auto-realizada” ­queremos dizer pessoas que alegam ter sido bem-sucedidas por seus próprios esforços e que ostensivamente gratificam suas inclinações materialistas com o dinheiro que ganham.


Baxter falou desdenhosamente da auto-exaltação: “Cuidem para que, sob a pretensão de diligência no seu chamado, não sejam inclinados à mentalidade terrena e a cuidados excessivos ou cobiçosos planos de prosperar no mundo”. “Cada homem por si, e Deus por nós todos”, escreveu Perkins, “é vil e diretamente contra o propósito de todo chamado”. Ele, então, acrescentou:


Profanam suas vidas e chamados os que os aplicam à aquisição de honras, prazeres, benefícios, comodidades do mundo etc., pois assim vivemos para outro fim diferente do que Deus indicou, e desse modo servimos a nós mesmos, e, por conseguinte, nem servimos a Deus nem aos homens.



Sucesso é Bênção de Deus, Não Algo Conquistado


O Puritanismo e o calvinismo mais comumente consideravam o trabalho como o meio pelo qual as pessoas conquistam seu próprio sucesso e riqueza? É normalmente afirmado que sim, mas procuro em vão pela substanciação da afirmativa. O calvinismo não ensina uma ética de autoconfiança, como ensina nossa ética moderna do trabalho. É, ao contrário, uma ética da graça: quaisquer recompensas tangíveis advindas do trabalho são o dom da graça de Deus.


Calvino mesmo havia negado que o sucesso material é sempre o resultado do trabalho. Era Benjamin Franklin, e não os primeiros protestantes, que tinha a confiança que “cedo dormir e cedo levantar tornam um homem saudável, abastado e sábio”.


De acordo com George Swinnock, o homem de negócios bem-sucedido nunca pode dizer que seus próprios esforços foram responsáveis pelo seu sucesso; muito embora os humanos façam a sua parte ativa, “não há a menor roda na engrenagem da natureza que não dependa de Deus para seu movimento a cada instante”.


É verdade que o estilo de vida Puritano, uma mistura de diligência e frugalidade, tendia a fazer as pessoas relativamente prósperas, ao menos parte do tempo. A coisa importante, porém, é como os Puritanos viam sua riqueza. A atitude Puritana era de que riqueza era um bem social, não uma propriedade pessoal – um dom de Deus, não o resultado de esforço humano somente ou um sinal da aprovação de Deus.


Na ética Puritana, a virtude de trabalho dependia quase completamente dos motivos pelos quais as pessoas o realizavam.


Moderação no Trabalho


Uma última herança que os Puritanos legaram na sua visão de trabalho foi a necessidade de um senso de moderação. Eles tentaram em teoria manter uma posição intermediária entre os extremos da ociosidade ou preguiça por um lado e escravismo ao trabalho por outro. Na prática, possivelmente erraram na direção do excesso de trabalho.


Há um ponto no qual a moderna interpretação da ética Puritana está correta – que os Puritanos escarneciam do ócio e louvavam a diligência. Baxter expôs sua rudeza usual na questão da ociosidade: “É suíno e pecaminoso não trabalhar”. Robert Bolton chamou a ociosidade de “a própria ferrugem e o câncer da alma”.


Mesmo a “espiritualidade” não era desculpa alguma para a ociosidade na visão dos Puritanos. Thomas Shepard tinha o seguinte conselho para um zelote religioso que reclamava que os pensamentos religiosos o distraíam enquanto estava no trabalho:


Como é pecado nutrir pensamentos mundanos quando Deus lhe designou um trabalho em empregos espirituais e celestiais, assim é, em alguns aspectos, tão grande pecado fazer-se distrair por pensamentos espirituais quando Deus lhe põe a trabalhar em empregos… civis.


Parte da repulsa Puritana contra a ociosidade por um lado e o louvor ao trabalho por outro era a convicção de que o trabalho era uma ordenança da criação e, portanto, uma necessidade para o bem-estar humano. “Adão na sua inocência tinha todas as coisas à sua disposição”, escreveu William Perkins, “no entanto, Deus o ocupou num chamado”.


Mas a ética Puritana não levaria inevitavelmente à síndrome do trabalho excessivo? Não, de acordo com os Puritanos. Eles tentaram equi­librar sua diligência com restrições definidas contra o excesso de trabalho. “Cuidado com muitos negócios ou com o planejá-lo demais ou desordenadamente”, advertiu John Preston. Philip Stubbes advertiu que “todo cristão está comprometido pela cons­ciência diante de Deus” a não permitir que “seus cuidados imoderados” ultrapassem “os limites da verdadeira santidade”.


Sobre o assunto de “fazer bicos”, Richard Steele alegou que uma pessoa não deve “acumular dois ou três chamados meramente para aumentar suas riquezas”.


Trabalhar com zelo, mas não dar sua própria alma pelo trabalho era aquilo pelo que lutavam. John Preston expressou-se desta forma:


Você deve lidar com as coisas no mundo e não se corromper por elas, tendo afeições puras, mas quando você tem cobiça desordenada por qualquer coisa, então ela profana seu espírito.


Sumário


Para um resumo da doutrina de trabalho dos Puritanos, fazemos bem em voltar ao épico de John Milton, Paradise Lost (Paraíso Perdido). Milton incorporou muito do que os Puritanos criam sobre o trabalho em seu retrato da vida de perfeição de Adão e Eva, no Jardim do Éden. Milton repetidamente enfatizou que o trabalho no Paraíso não era apenas agradável, mas também necessário.


Não há melhor sumário da ética Puritana do trabalho do que estas palavras de Adão para Eva em Paradise Lost:


O homem tem seu trabalho diário de corpo ou mente

Designado, o que declara sua dignidade,

E a estima do céu em todos os seus caminhos.


Podemos vislumbrar aqui a crença Puritana sobre Deus como aquele que chama as pessoas a realizar tarefas, sobre a dignidade do trabalho, sobre como a atitude apropriada dirigida aos objetivos do trabalho pode transformar toda tarefa em atividade sagrada."


Extraído do livro: “Santos no mundo – Os puritanos como realmente eram”, de Leland Ryken, Editora Fiel, 1992.


Amém.

Eu, Roberto, vejo que isso bate com a Bíblia, e conversei com minha esposa sobre isso, ela concordou também. É óbvio que algumas pequenas coisas deveriam ser adaptadas, pois uma das citações acima fala que é inadequado ter pensamentos espirituais no trabalho - isso apenas deve ser corrigido na minha opinião. Para clarificar, e melhorar isso, devemos ter pensamentos espirituais e manter a cosmovisão cristã no trabalho sim se isso não nos tirar do foco do trabalho: não vai largar o serviço do dia para ler a Bíblia ou evangelizar sem ser da preparação de Deus, claro, pois tudo tem o tempo próprio dado por Deus: há tempo para todas as coisas (Eclesiastes 3). Fé no trabalho, se a pessoa é de fé, melhora o desempenho no trabalho - mas, lógico, concentre-se no seu trabalho! Até a ciência hoje, especialmente a área da medicina, não despreza o valor da fé e oração para melhorar a vida, humor e até ajudar na cura de doenças, pelo contrário, afirma-o.

Espero que tenham gostado. Ficou um pouco longo, mas quis deixar o estudo e as citações na íntegra para que os leitores entendessem por completo e aplicassem integralmente às suas vidas.

Deus abençoe.

Estou muito contente de ter aprendido isso, espero que estejam também.

Amém

Roberto



quarta-feira, 21 de maio de 2025

Tipologia ou alegoria. Complementação à Teol. Sist. Interdenominacional (7)

Prezados leitores, a paz.

Venho aqui falar que não me importo se um texto está enquadrado como tipologia, com seu antítipo, ou alegoria.

De fato, não uso o termo alegoria em meus livros para falar de alegoria do tipo de Nárnia ou o Peregrino, mas mais sobre tipologia, alternando entre o conceito bíblico de alegoria como a Bíblia chama isso.

Enfim, como aprendi a palavra alegoria em Gálatas 4, Sara e Agar, generalizei todas as metáforas, figuras, sombras e tipos na minha Teologia Sistemática e trato como alegoria como Paulo e o escritor de Hebreus a trataram, e não como é tratada hoje.

Acho uma conversa bastante inútil essa de tipologia versus alegoria, o que é o que em qual passagem bíblica e acabei colocando tudo no mesmo barco, como linguagem figurada. Se profecia, a alegoria/figura/não-literalidade ela com certeza tem um significado específico e único que Deus quis dar para ela (Cristo é o antítipo/destino da profecia daquele que pisará a cobra na alegoria/tipo/figura/profecia de Gênesis 3), e não, afirmo novamente, estou tratando alegoria como é tratada hoje - Narnia, Peregrino, mas como profecias do Espírito Santo escritas com linguagem figurada que têm seu cumprimento específico.

Espero que tenha sido claro.

Eu aprendi com a Bíblia antes de conhecer a teologia formal acerca disto:


Bíblia:


7 Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelos pecados por ignorância do povo;

8 Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,

9 Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;

10 Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.

11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,

12 Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (Hebreus 9:7-12 acf)



Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.

23 Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.

24 O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.

25 Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.

26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós. (Gálatas 4:22-26 acf)

terça-feira, 20 de maio de 2025

Mensagem e identificação doutrinária

Quem lê minhas últimas postagens pode achar que sou bem calvinista, mas não, creio que cada linha teológica tem algo a descartar e algo a acrescentar.

Relembrando o início da doutrina da salvação da Teologia Sistemática Interdenominacional:

Um comportamento correto não é o bastante para alcançar a salvação. Deus nos deu Sua lei, o padrão de Deus é a perfeição (Tg 2.10), e cada um de nós já desobedeceu a sua lei, merecendo condenação (Rm 3.10ss). Todos somos pecadores. A pena por um só pecado é a condenação eterna (Tg 2.10). Deus não nos condena pelo bem que fazemos, mas por algum mal, e todos somos rebeldes. Um juiz não vai ver se somos bons, mas falaria: cometeu tal crime, tem que receber uma sentença. Deus é o supremo e justo juiz, e quem é que poderia, quando encontrar o Senhor, dizer que é bom o suficiente para merecer a vida eterna pelos méritos próprios? Só se fosse realmente perfeito! A pena para os pecados é a morte (Rm 6.23), e todos nós temos a natureza pecaminosa (carne), que recebemos por causa da desobediência de Adão: ele morreu espiritualmente e nós nascemos na morte espiritual: como disse Deus, se comerdes desse fruto morrereis. A carne nos impede de sermos perfeitos. Porém, há um que conseguiu obedecer a lei pelos méritos próprios: Jesus (Mt 5.17), que não nasceu como nós, mas nasceu sem pecado, sem corrupção, sem natureza pecaminosa, sem desejo de pecar, nasceu imaculado, perfeito. Foi concebido pelo Espírito Santo. Deus Pai o enviou por amor por todos nós (Jo 3.16). Ele é o Salvador. Ele sofreu a pena de morte no nosso lugar (1Pe 3.18), ele sofreu a pena de morte que cada um de nós merecia! Ele é o único Caminho que leva a Deus, a única Verdade e a própria vida eterna (Jo 14.6). Jesus é o autor da nossa fé (Hb 12.2). A fé, que vem de Cristo, foi o meio que Deus escolheu para a salvação, porque pelos méritos próprios ninguém consegue cumprir a lei, ninguém pode chegar diante de Deus e falar que é bom (Romanos 3.10-25). Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – é o único bom, e a fonte de todo o bem. Assim, todo aquele que nele crê tem a vida (Jo 3.16). Portanto, ninguém será justificado (declarado justo) diante de Deus pelas obras da lei (boas obras, rituais, sacrifícios, religião), mas pela fé, pois Cristo carregou nosso pecado na cruz, pagando a penalidade dos pecados de todo o mundo, e a sua justiça é imputada aos que creem (em linguagem mais simples, quem crê recebe em si a justiça do Filho de Deus). Deus nos considera e declara justos por causa do Filho, embora ainda sejamos pecadores. Deste modo somos salvos apenas e totalmente por Cristo, por seus méritos (tudo o que ele fez de bom), pela graça de Deus, e nem 1% por algo que possamos fazer (ainda que vivêssemos cinco vidas seguidas tentando conseguir ir para o céu através da prática de boas obras).

Rótulo. Como nos rotularemos nessa época baseado nas nossas doutrinas? Não que eu já tenha apresentado ao leitor a doutrina da salvação, pois está nas 150 próximas páginas. Mas, antecipando a conclusão, não me chamo de calvinista, luterano ou arminiano, não sou pentecostal, renovado, tradicional, nem me chamo de continuísta (embora eu seja) ou cessacionista; nem credobatista (embora eu o seja) ou pedobatista; não me chamo de reformado nem avivado (embora eu seja ambos, avivado e reformado de reforma); não sou luterano, batista, presbiteriano nem metodista. Não sou de Paulo, nem de Apolo, nem de Armínio, nem de Calvino, Wesley, Agostinho ou Lutero. Não sou de Pedro nem de João. Chamo-me de cristão, pois somos de Cristo, carregamos a cruz com Cristo, somos perseguidos e temos o prazer de sofrer um pouco do que Cristo sofreu. Chamo-me de cristão nascido de novo - e é isso que faz a diferença, visto que existem milhões de igrejas, mas aparentemente poucos nascidos de novo dentro delas.

Amém

Lembrando da conclusão:

CONCLUSÃO

Este livro propõe como conclusão nestes pouco mais de 500 anos de Reforma um equilíbrio, pois a doutrina contida na Palavra de Deus para nós hoje não parece se encaixar em moldes teológicos padronizados, como foi proposta. O equilíbrio proposto busca chegar mais perto da Bíblia. Simplesmente parece que cada linha de pensamento, com sua respectiva denominação, tem algo a acrescentar e algo a descartar teologicamente.

Como disse Spurgeon sobre a ‘Fé’, em Sword and the Trowel, 1872, p. 256 apud Murray (2006):

Aqueles que só creem no que podem conciliar, necessariamente porão em dúvida grande parte da revelação divina. Sem saber, eles estão seguindo a iniciativa dos racionalistas. Aqueles que aceitam pela fé o que quer que encontram na Bíblia, aceitarão duas coisas, vinte coisas, sim, ou vinte mil coisas, apesar de não poderem construir uma teoria que harmonize todas elas.

Se os cristãos de algumas linhas teológicas pegassem os pontos fortes de cristãos de outras linhas teológicas, teríamos um cristianismo mais robusto, pois cada linha de pensamento com sua respectiva denominação tem algo a acrescentar e algo a descartar. Para um tradicional, o equilíbrio proposto é dar ouvidos à voz do Espírito Santo, inclusive buscando seus dons, pois eles estão operando, quer queiram ou não. Para um pentecostal e carismático, o equilíbrio proposto é dar mais valor à salvação, e maior imersão à doutrina da justificação pela fé, e menos aos dons espirituais e experiências. Para um arminiano contemporâneo, o equilíbrio proposto é voltar mais para Armínio (arminianismo clássico), que era reformado e que acreditava que a fé era um dom, e voltar à Palavra, que dá a glória somente a Deus e nenhuma voz à capacidade humana. Para um wesleyano, buscar a perfeição em santidade tão amada por Wesley. Para um pentecostal e neopentecostal, ser mais reformado. Para um calvinista, o equilíbrio proposto é considerar mais elevado o caráter de Deus em Amor a todas as pessoas conforme João 3:16, explicado pelos calvinistas Peterson e Williams (2004), que citaram D.A. Carson. Para um reformado, ser mais avivado, com a alegria e fervor de um pentecostal. Para um católico, voltar ao primeiro amor, voltar a Cristo, ou seja, à Igreja Primitiva, bíblica, pois muitas heresias foram colocadas através dos séculos – e todos sabem disso. Para um protestante, ter mais unidade entre Igrejas e Credos Ortodoxos, como sentindo o próprio Reino de Deus na Terra.

Porém, ainda que citei alguns grupos de cristãos, acredito ser importante não nos rotularmos teologicamente (tal como está escrito: Sou de Apolo, sou de Cefas), sou da linha teológica tal, porque a Palavra de Deus é que é inspirada e inerrante, e, ainda que o conhecimento teológico escrito pelos teólogos fiéis podem ter claramente um teor de iluminação do Espírito, a produção teológica não é inspirada (exceto naquilo em que concorda com tudo o que a Bíblia diz), e muito menos inerrante. Então, devemos nos rotular, nesta época de apostasia e liberalidade generalizada de líderes das igrejas, como “cristãos nascidos de novo”, pois somos de Cristo.

Muitos se dizem cristãos, mas pouquíssimos são nascidos de novo. O Senhor justifica aqueles que têm a sua justiça e mérito em Cristo, recebida pela fé, e não em algo que possamos fazer (obra). A glória é do Senhor, Ele é o Salvador, e Ele não irá salvar a ninguém que possa achar que tenha que fazer alguma obra para tal além de confiar inteiramente no Senhor Jesus (fé), ou seja, como Spurgeon foi salvo pelo Senhor numa pregação de Isaías 45.22: Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro; ou como John Wesley foi salvo por Cristo no momento em que se lia o prefácio da carta de Paulo aos Romanos comentada por Lutero, uma vez que se sabe que lhe foi revelado que o justo viverá pela fé somente (Rm 1.17), nós também somos salvos somente se for do jeito do Senhor, e não do nosso. Se nós simplesmente pensamos que podemos contribuir em alguma forma para a salvação, não seremos salvos. Somos salvos unicamente por Cristo, ao confiar nele inteiramente, nos esvaziando de todas as coisas (renúncia) para Ele somente, vendendo tudo para adquirir o tesouro escondido (Mateus 13.44). Muitos permanecem presos por heresias de perdição, e Satanás tem engodado a muitos pela justiça própria e pela justiça pelas obras. Tem engodado a muitos pelo amor ao dinheiro também. Que a Igreja do Senhor acorde nessa tempestade, que caia a escama dos seus olhos, e que nenhuma ovelha seja perdida, mas que todas elas sejam convertidas e salvas, como de fato serão. Ninguém será salvo se não for somente pela graça de Deus, tendo somente a fé como meio de justificação, e somente pelos méritos de Cristo.

Este livro é uma tentativa de elaborar uma confissão de fé protestante ortodoxa (que virou uma teologia sistemática), que teve e tem como objetivo defender os grandes pilares da fé cristã, colocando Cristo e a Sua Palavra acima de tudo, com uma breve seção de auxílio teológico geral sobre interpretação bíblica, mas que também buscou refutar, pela defesa da verdade, algumas heresias que afirmam loucamente: que a Bíblia está adulterada; da negação que a Bíblia é a Palavra de Deus; da teologia da prosperidade; do determinismo fora da Palavra e confissão positiva; do hiperpentecostalismo; do extremo fundamentalismo; dos judaizantes; dos sabatistas; da perda da verdadeira salvação; da capacidade humana que alegam existir após a Queda e da contribuição ao homem à salvação. Não preciso refutar a heresia de quebra de maldições pois todo aquele que não está em Cristo está sob a maldição da lei conforme a Escritura (e precisa nascer de novo) e, do nosso lado, não há nenhuma condenação para aquele que está em Cristo Jesus, na nova aliança, inclusive as maldições da antiga aliança de Moisés em Deuteronômio (“escolhe a bênção ou a maldição...”) não estão mais valendo hoje para quem está em Cristo, pois Ele já se fez maldição por nós, aleluia! Também neste livro incluí uma refutação, segundo a Bíblia, para com a evolução de Darwin, ideologia de gênero, relativismo, aborto, reencarnação, justiça própria com ênfase em boas obras e caridade, além do ecumenismo, já que Cristo é o único Caminho e a única verdade absoluta.

Para finalizar, creio que atualmente deveria ser dada uma ênfase para que as autoridades pastorais voltassem a pastorear as ovelhas, visitando-as nas suas casas, perguntando-lhes se estão bem, não sendo apenas pregadores de mensagens evangelísticas ou até mesmo superficiais nos domingos à noite. Os pastores devem também disciplinar os membros, segundo a disciplina bíblica, condenando o pecado, sem demasiado receio de processos jurídicos, para que haja também conversão, e para que a igreja seja uma congregação dos justos, na qual os pecadores não subsistam ao poder da mensagem do evangelho pregada pelo poder do Espírito (Salmo 1.5), e não permaneçam acomodados praticando o que quiserem, pois não se ouve falar mais frequentemente de doutrina como a dos apóstolos (Atos 2.42), e admoestação como a de Paulo em Romanos capítulo 1º.


segunda-feira, 19 de maio de 2025

22/6/25 Complementação à Teologia Sistemática (6): a Igreja e o Reino de Deus

Relação da Igreja com o Reino de Deus, seção 11.1:

A Igreja está intimamente ligada ao Reino de Deus ou dos Céus, pois é formada de salvos que são reis e sacerdotes no Reino de Deus, cujo Rei dos Reis e sumo sacerdote é Jesus. O Reino de Deus ou dos céus (são sinônimos) é mais amplo que a Igreja, é o Reino em que Deus (quero dizer, a Trindade toda) é o (sumo) Rei, Senhor e Governador sobre tudo e todos, e governa tudo e todos com justiça e amor. Apesar de tamanha grandeza, Cristo nos fez assentar com Ele em seu reino, que se inicia desde essa vida como filhos adotados até a eternidade (onde entraremos em seu Reino Eterno na glória). Nenhum teólogo vai falar ou sabe a exatidão da relação do Reino com a Igreja, mas é isso o que Deus revelou e dá a entender na Palavra.


domingo, 18 de maio de 2025

Devocional - mensagem - versão 2 - 19/5/25

Audio versão 2:

https://www.mediafire.com/file/5paji3ovoj62esa/Mensagem_vers%25C3%25A3o_2.mp3/file


Texto versão 2:

Cristão, crente em Cristo Jesus, por acaso você está passando provas e tentações, angustiado e, por causa disso, ao olhar apenas os problemas, está sem esperança? Vamos meditar na Palavra de Deus, a Bíblia. Olhe para Deus! A nossa alegria, autoestima, amor próprio, valor está em Deus. Em primeiro lugar, você não controla as situações ao seu redor, muito menos as pessoas, e ainda nem sempre controla suas próprias respostas às situações que você passa! Portanto, pare de contender, discutir calorosamente ou brigar, pois é bem melhor entregar tudo a Deus em oração diariamente, pois é o Seu Espírito que convence e muda as pessoas. Enquanto Deus não as transforma, persevere em fazer o bem, aceite o que você não pode mesmo mudar, e continue intercedendo, na paz. Em segundo lugar, as obras que Deus fez por ti são infinitamente maiores do que todas as boas obras que você pode fazer para Deus - não se glorie ou orgulhe por suas boas obras de justiça, glorie-se em Deus, em Cristo, pelo Espírito Santo! Sobre isso, façamos uma lista do que Deus fez por ti. O cristão é filho de Deus por adoção em Cristo - Deus desde o princípio escreveu um lindo plano sob medida para todos e cada um que O amam e não desistem, perseverando até o fim! O cristão é lavado pelo sangue de Jesus. É revestido da justiça de Cristo - justificado (eternamente declarado justo). Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. É nascido de Deus, de novo, da semente incorruptível, que é a Palavra de Deus. Está morto para o mundo, para a lei e para o pecado - vivo para Deus! É batizado, selado e recebeu o penhor do Espírito (que é um pouco das virtudes celestes como garantia de que chegará lá). O cristão é perseverante pela graça, e está em processo de santificação, com a certeza que será completado pelo Senhor na passagem para a Vida eterna. Cristo é o sacrifício, a propiciação e reconciliação pelo cristão, pois está na paz de Deus, não mais na ira ou separação, mas está reconciliado para sempre e unido com Deus em Cristo pelo Espírito. É protegido do maligno. Foi resgatado do mercado de escravos de Satanás, redimido dos pecados, e agora é eternamente livre para a justiça! Servo e herdeiro de Deus com Cristo: somos herdeiros de tudo o que Deus Pai possui, e coerdeiros com Cristo! Somos reis e sacerdotes com Cristo no Reino de Deus, e nossa temporal e eventual pobreza aqui nas coisas materiais não importa - somos eternamente ricos em Deus! Deus está ao nosso redor, dentro de nós, pertinho de nós, Ele é Aquele que É, o "Eu Sou" (esse é o significado de Seu nome pessoal, que é "Yahweh"). Ele é o próprio Ser e realidade absoluta da qual as outras originam e Ele vela por nós!

O Senhor criou originalmente seres 100% bons, porém não limitou suas escolhas livres ao mal, criou-os livres: o amor deve ser voluntário e recíproco. Permitiu que o mal e o pecado entrassem no mundo sem Se contaminar, primeiramente para exaltar ao Deus-homem Jesus Cristo, o Salvador acima de tudo e de todos, e para que todas as pessoas O busquem na desobediência e alcancem misericórdia pelo perdão e reconciliação em Cristo! Deus é a fonte de todo bem, e de nenhum mal. Ele permitiu o mal, mas não autor do mesmo. Nossas obras, boas ou más, não chegam a Ele - Ele é o eternamente Bendito, acima do nosso bem e mal! Ele é Santo, Santo, Santo, que era, que é, e que há de ser! Ele é Amor e sempre age com Amor  - o amor de verdade é a favor de um relacionamento saudável de Deus com os seres humanos, não importa o preço! Tanto é que a Trindade nos amou antes que existíssemos - cuja máxima manifestação de Amor e justiça ocorreu na Cruz do Calvário, por mim e por você, onde foi e é a propiciação pelos nossos pecados (sofreu o castigo que era nosso, e nos deixou livres!); é nossa Vida eterna, nosso Amor, nossa Paz, nossa Justiça, nossa Misericórdia e a fonte da Graça! É o amparo da nossa alma, a esperança bendita, Ele mesmo, Cristo Jesus, nosso noivo amado, futuro esposo da Igreja na Nova Jerusalém, nosso Senhor e Salvador, cujas palavras são doces como mel, mais sábias, inteligentes, puras e preciosas do que de Salomão e do que todas as riquezas, e que penetram no mais íntimo da nossa alma! Jesus, você é tudo o que precisamos!! Tua Igreja Te adora! Santo, Digno é o Cordeiro, digno de receber adoração, riquezas, reino, poder, ações de graça, louvores, honra, glória! De eternidade em eternidade Tu És Deus! Aleluia! Louvai a Yahweh, o verdadeiro Deus, único Deus - uma essência divina - que subsiste em três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, cuja essência e natureza é o verdadeiro e puro Amor!


Em Cristo, Roberto Fiedler Rossi

sábado, 17 de maio de 2025

atualizado 22/6 - Complementação à Teol. Sist. Interd. (5) - Bíblia, apostasia, perda da salvação, justificação, calvinismo e arminianismo

Graça e paz! 

Dessa vez o nosso ajudante chatgpt irá nos auxiliar.

Justificação no calvinismo primeiro, e depois no arminianismo:


Chatgpt:

Vamos ver agora como o **calvinismo** entende a **justificação** e sua relação com a **perseverança na salvação**, mantendo a ideia de que somos justificados exclusivamente pela fé em Cristo.


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## **1. Justificação no calvinismo: ato único e definitivo**


* A **justificação** é um **ato jurídico de Deus**, feito **uma vez por todas** no momento em que a pessoa crê (Romanos 5:1).

* Baseada **exclusivamente na obra de Cristo** e **aplicada pela fé** — não depende de méritos ou obras futuras.

* Uma vez justificado, o crente **nunca será condenado** (Romanos 8:30-34).


> Ou seja: o calvinista crê que quem foi justificado nunca perderá essa condição — porque a salvação é obra de Deus do começo ao fim.


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## **2. Perseverança: não é esforço humano, mas garantia divina**


No calvinismo, **a perseverança dos santos** é um dos "cinco pontos" (o famoso "P" do acrônimo TULIP):


* **Todo verdadeiro crente perseverará na fé até o fim.**

* Não por força própria, mas porque Deus o **sustenta sobrenaturalmente** (Filipenses 1:6, Judas 1:24).

* Se alguém "cai" e nunca retorna, é sinal de que **nunca foi regenerado de verdade** (1 João 2:19).


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## **3. Relação entre obras e justificação**


* As **boas obras não justificam**, mas são **inevitáveis frutos da fé verdadeira** (Efésios 2:10; Tiago 2:17-18).

* As **obras más e o pecado contínuo** não tiram a salvação — mas podem indicar que **a fé nunca foi genuína**.


> Em resumo: não se perde a salvação por pecar; se a pessoa se perde, é porque nunca foi salva.


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## **4. Ilustração simples**


Imagine a justificação como uma adoção legal: Deus declara alguém justo e o recebe como filho.


* Nada pode desfazer essa adoção.

* O verdadeiro filho pode errar, mas o Pai o corrige (Hebreus 12:6-8), não o expulsa.


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## **5. Textos que sustentam essa visão**


* **Romanos 8:29-30** – a chamada "cadeia de ouro": quem Deus justificou, também glorificou.

* **João 10:28-29** – "jamais perecerão, ninguém as arrebatará da minha mão".

* **Filipenses 1:6** – "Aquele que começou boa obra em vós a completará..."

* **1 João 2:19** – "saíram do nosso meio... mas não eram dos nossos..."


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Já no arminianismo, justificação ligada à perda da salvação:


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## **1. Justificação no arminianismo: só pela fé em Cristo**


No **arminianismo clássico** (e especialmente no **wesleyano**), a **justificação** é:

 

*  No arminianismo, a justificação é entendida como um ato judicial de Deus, que declara o pecador justo, e isso marca o início da nova vida com Deus.

*  É um evento pontual que inaugura a salvação, não um processo gradual.

* Um **presente gratuito** (Efésios 2:8-9), e não resultado de méritos ou boas obras.


> Portanto, o arminiano crê firmemente que somos salvos **só pela graça**, e justificados **só pela fé**.


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## **2. A perseverança como condição contínua da fé, não como acúmulo de obras**


A diferença está aqui:

O arminiano crê que **a fé salvadora deve ser mantida até o fim**. Não é que as obras más façam a pessoa *perder pontos* com Deus até ser condenada. Mas sim:


* Se **alguém abandonar a fé**, rejeitar conscientemente a Cristo ou apostatar, ele **abandona o meio pelo qual foi justificado** (a fé).


> Justificação continua enquanto há fé viva. Perde-se a salvação não pelas obras ruins, mas pelo abandono voluntário da fé em Cristo.


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## **3. Obras más não anulam imediatamente a justificação, mas são sinais do estado da fé**


* Um crente pode pecar e ainda estar salvo, pois Deus é paciente e há espaço para arrependimento.

* Mas **a prática constante do pecado pode indicar que a fé foi abandonada ou está morrendo** (Tiago 2:17).

* Portanto, **as obras importam como evidência da fé viva**, não como meio de salvação.


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## **4. Ilustração simples**


Imagine a justificação como uma luz que acende quando você liga o interruptor da fé. Enquanto a fé está ativa, a luz está acesa (justificação).


* Obras não são o fio da energia — são o calor que a lâmpada gera.

* Se você conscientemente desligar o interruptor (apostasia), a luz se apaga — você saiu da justificação.


> Não foi porque a luz "ficou fraca" com más obras, mas porque você desligou a fé.


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## **5. Textos que sustentam essa visão**


* **Colossenses 1:22-23** – “...se, de fato, permanecerdes na fé, alicerçados e firmes...”

* **Hebreus 3:12-14** – “...para que nenhum de vós se afaste do Deus vivo... temos nos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até o fim a confiança que desde o princípio tivemos.”


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## **Conclusão**


O arminianismo sustenta que:


* A **justificação é pela fé** somente.

* Obras não salvam nem mantêm a salvação.

* Mas **a fé pode ser abandonada**, e com isso, perde-se a justificação.

* A perseverança, portanto, **é a continuidade da fé**, e não de obras meritórias.

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Roberto, minha posição:

Justificação. As duas interpretações. Eu fico com a calvinista. Não há na Bíblia versículo algum falando que anula-se ou perde-se a justificação - isso é uma extrapolação da teologia arminiana... pelo contrário, a justificação é eterna (Rom 8:28-30).

A justificação é o ato único de Deus nos declarar inocentes frente ao julgamento eterno, em que todos serão julgados pela lei de Deus no juízo final, e Deus nos vê como se cumpríssemos a lei de Deus como Cristo, a obediência Dele é a nossa, na vida e morte.

Se não se perde justificação, não se perde salvação. Se não foram obras de homens terrenos que a conquistou, nossas obras/pecado não a faz perder. Porém, quem vive no pecado nunca nasceu de novo:

Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. (I João 2:19 acf)



Paremos de falar em teologia. Vamos à Bíblia, palavras explícitas:

Nosso auxiliador chatgpt continua:


"Aqui estão as **expressões de apostasia** com os versículos:


1. **"Extinguiram o Espírito"** (1Ts 5:19)

2. **"Apostatarão da fé"** (1Tm 4:1)

3. **"Antes venha a apostasia"** (2Ts 2:3)

4. **"Se apartar do Deus vivo"** (Hb 3:12)

5. **"Recaíram"** (Hb 6:6)

6. **"Crucificam de novo o Filho de Deus"** (Hb 6:6)

7. **"Pisou o Filho de Deus"** (Hb 10:29)

8. **"Desprezou o Espírito da graça"** (Hb 10:29)

9. **"Voltaram atrás"** (Hb 10:38)

10. **"Cão voltou ao seu vômito"** (2Pe 2:22)

11. **"A porca lavada voltou ao lamaçal"** (2Pe 2:22)

12. **"Negarão o Senhor"** (2Pe 2:1)

13. **"O amor de muitos esfriará"** (Mt 24:12)

14. **"Muitos se escandalizarão"** (Mt 24:10)

15. **"Trairão uns aos outros"** (Mt 24:10)

16. **"Serão enganados"** (Mt 24:11)

17. **"Falsos mestres introduzirão heresias"** (2Pe 2:1)

18. **"Desviando-se para fábulas"** (2Tm 4:4)

19. **"Comichão nos ouvidos"** (2Tm 4:3)

20. **"Dando ouvidos a espíritos enganadores"** (1Tm 4:1)

21. **"Tornou-se-lhes o último estado pior"** (2Pe 2:20)

22. **"Caíram da graça"** (Gl 5:4)

23. **"Perderam a graça de Deus"** (Hb 12:15)

24. **"Viveram em impiedade"** (Tt 1:16)

25. **"Abandonaram a fé"** (1Tm 5:15)

26. **"Longe da fé"** (1Tm 6:10)

27. **"Rejeitaram a fé"** (1Tm 1:19)

28. **"Apostasia de corações infiéis"** (Hb 3:12)

29. **"Mente cauterizada"** (1Tm 4:2)

30. **"Distorceram as escrituras"** (2Pe 3:16)

---"


 Roberto Fiedler Rossi: A Bíblia diz explicitamente: perderam a graça, fé, extinguiram o Espírito, etc. Quem escuta o evangelho de Cristo é renovado pela graça (não é mais depravado totalmente): recebe capacidade de não resistir ao Espírito. Se a pessoa se aproximar de Deus num primeiro momento recebe uma medida de graça, anda no início do caminho da verdade, recebe um pouco de luz de Deus, tem uma fé inicial e é acompanhado pelo Espírito, inclusive alguns dons/talentos. Tudo isso vem pela graça preveniente que vem da cruz de Cristo antes mesmo do ato da salvação. Se apostatarem, perderão todas essas qualidades e voltarão à depravação total. Essas dádivas seriam só o começo. Detalhe que ainda são escravos do pecado, pois não são salvos, e nem praticam o amor agape (verdadeiro diante de Deus).

Mas não irás achar na Bíblia em lugar nenhum: (des)nasceram (perderam/anularam o novo nascimento); perderam a justificação (pelo contrário, Rm 8:28-30 fala que os que justificou, glorificou); não há na Biblia: não são mais filhos de Deus, perderam a adoção, filhos abandonados; perderam a salvação (escrito assim), etc.: perderam a eleição, perderam a glorificação... etc.


Portanto, amados irmãos e visitantes do blog, a justificação é eterna. A adoção é eterna. A regeneração é eterna. A Bíblia prova que não se perde salvação/regeneração/justificação/adoção/glorificação/eleição. Ainda que não acreditem nas linhas teológicas, fiquem com a Bíblia, ainda mais com o que ela diz explicitamente e muitas vezes!!!

As exortações, admoestações e repreensões bíblicas são verdadeiras: vigiai e orai para que não caiam em erro.

Todo aquele que vive pecando (sem arrependimento e sem perseverança) não o viu nem o conheceu (Jesus), 1Jo 3.6,9: precisa de conversão. Não há licença para pecar.


Chatgpt nos ajuda novamente:


"Claro! Vamos analisar detalhadamente os versículos 1 João 3:6, 3:9, 5:4 e 5:18:


**1 João 3:6**

*“Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.”*


Este versículo faz uma clara distinção entre quem está unido a Cristo e quem não está. O verbo “permanece” indica uma continuidade de comunhão com Cristo. O argumento aqui é que aquele que realmente está unido a Cristo pela fé não vive numa prática habitual e impenitente do pecado. Isso não significa que o crente nunca peca, mas que o pecado não é o padrão contínuo de sua vida. O verdadeiro crente, regenerado pelo Espírito, não pode viver confortavelmente no pecado, pois a graça de Deus o disciplina e o leva ao arrependimento. Assim, esse versículo reforça a ideia de que a permanência em Cristo se manifesta em uma vida transformada e perseverante na justiça.


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**1 João 3:9**

*“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado, pois o que permanece nele é a semente divina; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”*


Aqui, o texto aprofunda o conceito introduzido no versículo anterior. O nascido de Deus, ou seja, aquele que foi regenerado espiritualmente, possui dentro de si a "semente" divina — uma referência à vida nova, gerada pelo Espírito. O verbo "não pode viver pecando" não indica uma impossibilidade absoluta de cometer pecado, mas sim a impossibilidade de viver sob o domínio do pecado como estilo de vida. A nova natureza recebida de Deus cria uma inclinação permanente para a santidade. Portanto, essa regeneração é eficaz e duradoura: aquele que foi verdadeiramente transformado não volta a viver como antes. Essa transformação é um fundamento claro da segurança de que o salvo perseverará.


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**1 João 5:4**

*“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.”*


Aqui, a vitória sobre o mundo — o sistema oposto a Deus — é atribuída àqueles que são nascidos de Deus. A fé é apresentada como instrumento dessa vitória. Essa fé não é uma qualidade natural do homem, mas um dom concedido por Deus àqueles que são regenerados. Essa fé persevera, triunfa sobre as tentações do mundo e mantém o crente firme até o fim. A vitória é contínua, evidência de que o novo nascimento produz efeitos duradouros. Assim, a fé genuína, fruto da regeneração, é eficaz para preservar o crente na jornada da salvação.


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**1 João 5:18**

*“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, aquele que nasceu de Deus o [gr. auton] guarda, e o maligno não lhe toca.”* [NVI, colchetes meus, texto crítico]

[ACF (versão mais fiel, baseado no texto recebido colchetes meus, Roberto) Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo [gr. eauton], e o maligno não lhe toca. (I João 5:18 acf)]



Mais uma vez, o texto afirma que o nascido de Deus não vive na prática do pecado. A proteção divina garante que o maligno não tenha domínio sobre o crente. Isso é um forte apoio à ideia de preservação: os verdadeiros crentes são guardados por Deus, de modo que não podem ser dominados ou destruídos espiritualmente pelo inimigo.


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**Conclusão**

Esses versículos ensinam que aqueles que nasceram de Deus têm uma nova natureza que não permite uma vida de pecado como antes, que vencem o mundo por meio da fé que lhes foi dada, e que são guardados por Deus de forma eficaz. Isso implica que a salvação verdadeira não pode ser perdida, pois ela é sustentada pelo poder de Deus, não pelo esforço humano. Os que realmente pertencem a Deus perseveram, não porque sejam fortes em si mesmos, mas porque Deus os guarda em sua graça até o fim."


Graça e paz, Roberto

Amém

Espero que tenham gostado. Eu fui fortalecido na fé com esse estudo!

Louvai a Yahweh! Glória a Deus