segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Livro na Amazon Kindle

Prezados, se alguém tem interesse em comprar meu livro na Amazon por quase 3 reais, digo que o livro foi atualizado para essa nova edição hoje com novo link, e é a mesma edição gratuita do mediafire (28/12/24), e foi atualizado também pra quem já adquiriu outras vezes antes. Ou seja, é só pra quem quer atualizado na sua biblioteca kindle da Amazon. Link:

https://www.amazon.com.br/dp/B0DRW95TQQ/

É claro que como a formatação do livro é diferente, em vez de caber 410 palavras por folha no meu livro de 700p (que atualmente tem 287200 palavras), se o ebook da Amazon for igual meu epub da Apple, são umas 250 palavras por folha no ebook kindle, o que dá 1200 páginas nesse formato. 1200 páginas assusta qualquer um que queira ler tudo hehe, 700p pra mim é visualmente mais amigável e convidativo.

Grato


sábado, 28 de dezembro de 2024

17H20 28/12 O AMOR DE DEUS. LINK MEDIAFIRE ATUALIZADO 17H20

 17h20

28/12/24

Não intentava escrever nada... Mas ouvi desconfiadamente falar que Deus nos ama com amor de mesma intensidade com que ama a Cristo. Fui verificar com temor e tremor, medo até de não cair em heresia. Fato: está certo! Seção atualizada!


SEÇÃO ATUALIZADA PARA GLÓRIA DE DEUS E EDIFICAÇÃO DA IGREJA

A metade de baixo foi acrescentada, a metade de cima já existia.


10.5.7 O Amor e Propósito de Deus versus a Eleição Calvinista. Amor Salvífico Incondicional a Todos; Separação Divina aos Pecadores; e Amor Íntimo aos Eleitos. Quão Grande é o Amor de Deus?

Acredito que muitos calvinistas acusam a não-resistibilidade da graça, como defendida aqui, de mérito humano. Porém, se não há responsabilidade humana alguma no processo de salvação, não que a salvação não seja totalmente da parte de Deus, mas expressando em relação à escolha de Deus, então não há verdadeiro amor voluntário da parte de Deus. Pois se Deus nos constrange a amá-lo sem que pudéssemos resistir, ao mesmo tempo de que algum réprobo ao nosso lado é condenado sem condição alguma de aceitar a Cristo, isso não representa um verdadeiro amor. Além disso, se Deus nos salva e não pergunta nada para ninguém, e pelo mesmo impulso condena o injusto que criou, para que criar o injusto? Para criar um vaso de barro para ter o prazer de destruí-lo (uma vez que não deu chance para ele)? Ou, como mostra a parábola curiosa em Ricardo Reis, 2018, Eleição por Graça, “mostrar aos outros que é Deus forte, Soberano, através da condenação eterna dos vasos preparados para perdição, para que seja temido por um ato terrível?” Será que Deus cria algo e esse algo não é bom? Eu não creio nisso, pois tudo o que Deus criou é bom, ou, pelo menos, tem/teve a possibilidade de alcançar o bem algum dia. De acordo com a confissão de fé da Comunidade da Graça, 2018, o homem foi criado para a glória de Deus: No Propósito Eterno de Deus, que criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este expressasse a glória divina perante o universo, governasse toda a criação implantando o Reino de Deus na terra e se multiplicasse para realizar o sonho do coração do Pai: “ter uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus” (Gn 1.26-28). Assim, sendo o homem criado para Deus, a Queda de Adão, por acaso, impediu o plano de Deus à humanidade, como este referido acima, uma vez que Deus queria originalmente que todos fossem parte do plano de Deus na terra? Ou não foi Cristo o Segundo Adão, que morreu para dar chance a todos e a cada um, uma vez que a Queda levou a morte a todos e a cada um? Assim, mesmo depois da Queda, o propósito de Deus foi o mesmo de antes, não frustrado, mas todos os homens são criados na desobediência para com todos agir de misericórdia (Romanos 11.32). Assim, o Deus da Bíblia age com misericórdia a todos os seres humanos, e como disse Walls e Dongell, 2014, amar não é só suprir com bênçãos temporais (graça comum), mas amar é dar oportunidade para a maior bênção, eterna, à graça salvadora pois, se Deus ama, deseja o bem de suas criaturas caídas. Como disse, se fosse pelo caráter de Deus, todos seriam salvos, conforme a Escritura em 1Tm 2:4.

As palavras de Cristo dizem, e isto está acima de Calvino, Armínio e Lutero, aquele que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser seu discípulo. Se isso é mérito humano, talvez devamos ver a teologia com olhos mais críticos, e voltar a confiar mais no Espírito da Escritura.

 

Amor a Todos e a Cada Um

Voltando ao assunto do amor, realmente Deus amou a todos e a cada um com uma postura salvífica quando enviou Jesus, o Cordeiro que morreu desde a fundação do mundo, amou a todos e a cada um para a salvação das suas almas! Os calvinistas Peterson e Williams (Why I am not an Arminian, 2004), no seu livro “Por Que Não Sou Arminiano”, comentam sobre isso:

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. O que motivou o Pai para mandar seu Filho para morrer por pecadores foi seu grande amor. Calvinistas nem sempre têm entendido corretamente João 3.16. Nós rejeitamos tentativas para limitar o significado de ‘mundo’ aqui para ‘mundo dos eleitos’, por exemplo. É melhor seguir os passos de D. A. Carson (Carson, D. A. The Difficult Doctrine of the Love of God. Wheaton, Ill.: Crossway, 2000), que vê esse verso como indicando ‘a postura [stance] salvífica de Deus em relação ao seu mundo caído.

Pode-se ver que os autores, citando D. A. Carson, colaboram com o fato de que Deus Pai tem uma postura de amor, salvífica, em relação a todo o mundo caído. Isso talvez comece a iluminar muitos calvinistas para ver que Deus se importa com a salvação de todas as suas criaturas caídas, que, de acordo com o bom entendedor, é o espírito da Escritura e do evangelho.

 

O amor de Deus é condicional ou incondicional? Amor Íntimo de Deus

Ambos. Falando do amor de Deus para o ser humano, é fato de que a Trindade tem amor incondicional por todos os homens com intenção de salvá-los em Cristo (amou o mundo, Jo 3.16), porém aos salvos Ele ama com amor íntimo (como eu o chamo), imenso e especial, pois o seu amor, em João 14.21, é condicional: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Deste modo, Deus ama intimamente aquele que tem os seus mandamentos e os guarda. Como apenas os nascidos de novo podem guardar os mandamentos de Deus (não por si mesmos), conclui-se que apenas os nascidos de novo são amados intimamente por Deus. Se Deus amasse a todos, justos e ímpios com o mesmo amor, por exemplo, incondicional, esse verso não faria sentido, pois fala de um momento em que “será amado de meu Pai, e eu [Jesus] o amarei”.

O amor íntimo de Deus ao salvo não é um amor condicional de um modo que precisaríamos fazer algo para merecer o amor de Deus, mas Deus nos ama intimamente por causa de Cristo: é condicional a Cristo. Em Cristo e por Cristo somos amados.

Cristo é amado pelos seus méritos próprios, como Filho unigênito, Deus de Deus, Luz de Luz. Já nós somos amados em Cristo, e não fora de Cristo, nem pelos nossos méritos próprios (não porque somos “bonitinhos, legais ou simpáticos, nem porque fizemos obras incríveis de justiça”), mas sim a partir do momento em que somos adotados no ato da salvação, mais especificamente ato da adoção (que vem junto com a regeneração e justificação) pelo qual tornamo-nos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus conforme a Escritura. Ele nos amou porque é a Sua natureza, Ele nos amou sem mérito nosso, Ele nos amou antes que existíssemos, Ele nos amou antes que fizéssemos o bem ou o amássemos de volta! Nada podemos fazer para diminuir ou aumentar o amor de Deus Triuno a nós, pois já fomos e somos declarados justos, pois temos a justiça de Cristo imputada a nós. Nossa justiça está no Céu e é Cristo, o Salvador, assentado à destra do trono de Deus: fazer o bem não aumentará nossa justiça, e fazer o mal temporariamente não diminuirá nossa justiça, Ela é eterna, É Jesus.

Se não podemos nos separar do amor e da graça do nosso Deus e do nosso Senhor Jesus Cristo, segue que esse amor íntimo ao salvo (ou eleito, pois todo salvo é eleito) ou justificado (pois todo justificado será glorificado cf. Rm 8.28 em diante), embora condicional a Cristo, é incondicional a nós após a salvação: condicional a Cristo, mas Ele é imutável, e não se arrepende! É incondicional a nós pois não há nada que possamos fazer para nos separar de Cristo e do amor de Deus conforme a Escritura, e nem queremos, pois o Espírito nos constrange para arrependimento com tristeza e mudança de atos toda vez que erramos conforme a Palavra.

Claro que fora de Cristo não somos amados com esse amor íntimo conforme o Salmo 5:5 e o 11:5: “Deus odeia [ou seja, é separado d]o pecador”), mas só com o amor salvífico que vem junto com Sua atitude divina para salvar a todos e a cada um, pois as pessoas do mundo têm uma alma a quem o Senhor de fato quer salvar conforme João 3:16. O Espírito testifica na Escritura que Deus quer salvar a todos a e todos dá verdadeira chance, mas muitos deles resistem ao Espírito Santo.

Como um pai terreno se tiver filhos biológicos e adotados deve amar todos eles igualmente, por que não o Pai Celeste/Perfeito? A intenção do Pai em adotar filhos por amor, por Cristo, e pelo Espírito cf. Efésios 1.4,5 é a mesma de um pai amoroso com seu filho adotivo terreno. Vemos que Deus nos ama como ama a Cristo em João 17.23 (Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim). Pude verificar que calvinistas e arminianos creem nisso, que o Pai nos ama como ama igualmente a Cristo! Vemos que o amor que uma Pessoa da Trindade ama a outra é o mesmo amor com que a Trindade, cada Pessoa junta e separada, ama a cada um de nós, juntos e separados, que somos seus filhos adotados e justificados, noiva de Cristo sem ruga nem mácula na eternidade. Veja também João 17.21: "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste". Aí também está a Unidade da Igreja (obs. a Igreja é o Corpo de Cristo, a união de salvos de todas as épocas, do céu e da terra), nossa unidade com Cristo através do Espírito, e de Cristo com o Pai (ou talvez Unidade da Igreja com toda a Trindade), comemorada na Ceia do Senhor, e na ceia das Bodas do Cordeiro por toda a eternidade. Consegue agora visualizar, crer, sentir e viver o Amor que Deus tem por você, que é o mesmo que sente por Cristo, e quão imenso, qual a largura, altura, profundidade do Amor de Deus? ALELUIA! Glória a Deus!

Links:

PDF

https://www.mediafire.com/file/kzdifaij0uq0b7z/28-12-24+TEOLOGIA+SISTEMÁTICA+INTERDENOMINACIONAL+2025+ROBERTO+F.+ROSSI.pdf/file

EPUB

https://www.mediafire.com/file/6vbmur68nyng8kr/28-12-24+TEOLOGIA+SISTEMÁTICA+INTERDENOMINACIONAL+2025+ROBERTO+F.+ROSSI.epub/file


quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

10H30 28/12/24 Teologia Sistemática Atualizada vários assuntos LINKS AQUI

 

28/12 10h30 - parágrafo novo, substituído

 

Seção 5.3 A Antiga e a Nova Aliança e 10.4 Efeitos da salvação divina, parágrafo novo. Retirei dois parágrafos ruins e prolixos da seção 5.3 falando das diferenças das alianças e coloquei esse.

A justificação, ato de salvação, em sua natureza, é igual no AT e no NT: Como diz Davi no Salmo 32.1,2, bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado, bem-aventurado aquele cujo pecado é coberto; e Abraão, em Gênesis 15, creu, e isso lhe foi imputado por justiça: esses são os dois lados da justificação em todas as épocas: pela fé o Senhor não nos imputa nosso pecado, mas sim a justiça Dele a nós, declarando-nos justos frente ao juízo do tribunal divino que todos terão que passar. Isso não quer dizer que nos tornamos em nós mesmos justos, pois esse outro aspecto é a santificação, que é gradativa – na verdade, o justificado é em si mesmo pecador, não é justo de si mesmo! Seremos totalmente justos no Céu. Deste modo, somos declarados justos não pela nossa justiça, pelos nossos bons feitos, mas pela justiça de Deus em Cristo (Deus nos considera justos diante Dele, ainda que sejamos pecadores, como se cumpríssemos toda a lei de Deus, feito realizado apenas por Cristo)! Não é nosso mérito. O mérito é de Cristo, conquistado em Sua vida e morte, Ele é o Salvador! Deus imputa a justiça de Cristo ao que crê, por graça e bondade, pelo favor imerecido e amor! Romanos 4.5 NVT Contudo, ninguém é considerado justo com base em seu trabalho [boas obras/feitos], mas sim por meio de sua fé em Deus, que declara justos os pecadores. Corrobora nisso 2Co 5.21 (NVI) Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.





Seção 10.2.1.2 27/12 19h20 (meu amigo e teólogo Tiago Alencar me ajudou)

Os pecados no Antigo Testamento não eram definitivamente perdoados, mas "cobertos" (utilizaremos essa expressão, usada por Davi em Salmo 32:1), pois Hebreus 9:15, que fala da morte de Cristo [sabemos que foi no ano 33 d.C.], diz: E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento...” Esse texto mostra que apenas após o sacrifício consumado de Cristo na história humana é que os pecados do passado cometidos pelos santos do AT foram plenamente expiados/perdoados, assim como os nossos do passado, do presente e do futuro. Quando o AT fala que o sacrifício de algum animal expia o pecado e este é perdoado, isso deve ser visto pela revelação progressiva de Deus, que esclarece isso e revela seu plano divino e intenção completos em Hebreus 10.4 (“Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.”), que diz que só o sacrifício de Cristo definitivamente apaga/expia o pecado! Obviamente os santos do AT após a morte estavam no seio de Abraão (Lc 16.22a), no Paraíso (já que eram declarados justos/justificados/salvos), e não ficavam inconscientes após a morte.


 


Seção 10.2.1.2

1. A justificação, ato de Deus declarar justo o culpado arrependido e que confia sua vida no Senhor, no AT (antigo testamento) era plena e perfeita, como na nova aliança. Mas, antigamente, o justificado tinha que seguir a lei, expiar os seus pecados através do sacrifício de animais, que prenunciavam o sacrifício de Cristo, e eles foram para o Céu por serem justificados. Isso tudo embora os pecados cometidos pelo AT só foram realmente perdoados por Jesus como diz Hebreus. Paulo, em Romanos 8.29 em diante, cita a perspectiva divina da salvação do Pai, desde a eternidade: aos que dantes conheceu, os predestinou; aos que predestinou à glória, chamou em vida segundo o propósito; aos que chamou, justificou; aos que justificou a estes também glorificou.

2. É necessário um esclarecimento. Obviamente a antiga aliança, embora imperfeita e com sacrifícios imperfeitos conforme Hebreus, também era fruto da graça de Deus Pai, Filho e Espírito Santo conforme Apêndice C - Aliancismo vs Dispensacionalismo [...], e é claro que a graça preveniente opera a todos desde o contato com Deus para com Adão e Eva após a queda, chamando, no Antigo Testamento, as pessoas à fé em Deus e ao Messias prometido cf. seção "10.3.2 Adão Teve Livre-Arbítrio Após a Queda?", cujo povo mediador para isso no AT era a nação de Israel, mas a plenitude da graça, a todos e a cada uma das pessoas da face da terra, sem povo mediador, mas com um Mediador divino (Jesus), para desfazer os efeitos da queda de Adão e reconciliar para sempre o homem e Deus, só veio após a obra salvadora de Cristo na cruz do Calvário, na nova aliança.


Correção de ontem (26/12) para hoje: Essa seção 10.2.1.2 do pdf também estava incorreta em 26/12: o pecado de Adão causou ruptura total nas relações Deus-homem, não parcial, etc.


27/12 Segunda edição aprimorada, o que foi também feito:

1. Seção nova (10.2.1.2 A Antiga e a Nova Aliança, os Sacrifícios de Animais e o de Cristo com foco na Expiação e Justificação);

2. Parte do post de biologia na seção 9.5 Aborto e Homossexualidade e Apêndice D - Diversidade entre os cristãos atualizada e substituída/corrigida.

3. Mensagem para edificação (que foi publicada neste blog) sobre o Cristão e o Dinheiro na seção "Dízimo e Prosperidade", Doutrina da Igreja, final.

4. Sumário e links/hyperlinks atualizados no pdf e epub

5. Uns dez detalhezinhos, como acabamentos, ligações entre alguns poucos parágrafos, e citações corrigidos.

6. Seção 5.3 A Antiga e a Nova Aliança (Doutrina do Espírito Santo)


Mediafire atualizado 28/12 links atualizados 10h30:

https://www.mediafire.com/file/kzdifaij0uq0b7z/TEOLOGIA+SISTEMÁTICA+INTERDENOMINACIONAL.pdf/file

PDF acima

https://www.mediafire.com/file/6vbmur68nyng8kr/TS+2025.epub/file

EPUB acima

Grato, compartilhem

Complemento da Teologia Sistemática Interdenominacional 27/12/24 19h20

Graça e paz a todos!

5 min leitura

Roberto Fiedler Rossi


10.2.1.2 A Antiga e a Nova Aliança, os Sacrifícios de Animais e o de Cristo com foco na Expiação e Justificação

Essa seção é uma complementação às seções “5.3 A Antiga e a Nova Aliança” na pneumatologia e a seção mais adiante “10.4.3 Deus ainda se ira com o salvo se ele pecar? E o pecado separa o salvo de Deus?” na soteriologia (Efeitos da Salvação Divina na Nova Aliança), além, claro, das duas seções anteriores.

A antiga aliança era adequada à época antiga, pois tudo o que Deus faz é bom. Envelheceu a primeira, deixou de ser adequada, o Pai providenciou uma melhor aliança ou testamento cf. Hebreus.

A antiga aliança, isto é, o pacto de Deus com seu povo físico eleito, que é descendente de Adão por Sete, Noé e Abraão, Isaque e Jacó, passando por Moisés e Adão, Davi e Salomão, Esdras e Neemias, e chegando aos israelitas ou hebreus contemporâneos a Cristo, englobava leis específicas e sacrifícios de animais por muitos tipos de pecados, inclusive por ignorância, tanto individual como a toda a nação de Israel.

A salvação ou justificação pessoal antes de Cristo era pela fé no Messias prometido e, claro, em Deus.

A regeneração, o nascer de novo, como também diz a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995), não era plena. O Espírito Santo só foi dado como morada permanente após Jesus ter sido glorificado como diz João em seu evangelho.

A expiação, isto é, morte substitutiva por alguém, a saber, de animais no AT, não era plena. Isso engloba também reconciliação e propiciação não plenos. O sacrifício de animais cobria o pecado, mas o pecado dos santos antigos foi devidamente perdoado na morte de Cristo, que tirou também o pecado do passado, presente e futuro.

O que ocorre é que a antiga aliança, do Sinai, era condicional cf. final de Deuteronômio: escolhe coisas boas e será abençoado, escolha coisas erradas, se afastando de Deus, e será gravemente amaldiçoado.

A justificação, ato de Deus declarar justo o culpado arrependido e que confia sua vida no Senhor, no AT (antigo testamento) era plena e perfeita, como na nova aliança. Mas, antigamente, o justificado tinha que seguir a lei, expiar os seus pecados através do sacrifício de animais, que prenunciavam o sacrifício de Cristo, e eles foram para o Céu por serem justificados. Isso tudo embora os pecados cometidos pelo AT só foram realmente perdoados por Jesus como diz Hebreus. Paulo, em Romanos 8.29 em diante, cita a perspectiva divina da salvação do Pai, desde a eternidade: “aos que dantes conheceu, os predestinou; aos que predestinou à glória, chamou em vida segundo o propósito; aos que chamou, justificou; aos que justificou a estes também glorificou.” Vede que Paulo não fala aí da regeneração.

Os pecados no Antigo Testamento não eram definitivamente perdoados, mas "cobertos" (utilizaremos essa expressão, usada por Davi em Salmo 32:1), pois Hebreus 9:15, que fala da morte de Cristo [sabemos que foi no ano 33 d.C.], diz: “E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento...” Esse texto mostra que apenas após o sacrifício consumado de Cristo na história humana é que os pecados do passado cometidos pelos santos do AT foram plenamente expiados/perdoados, assim como os nossos do passado, do presente e do futuro. Quando o AT fala que o sacrifício de algum animal expia o pecado e este é perdoado, isso deve ser visto pela revelação progressiva de Deus, que esclarece isso e revela seu plano divino e intenção completos em Hebreus 10.4 (“Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.”), que diz que só o sacrifício de Cristo definitivamente apaga/expia o pecado! Obviamente os santos do AT após a morte estavam no seio de Abraão (Lc 16.22a), no Paraíso (já que eram declarados justos/justificados/salvos), e não ficavam inconscientes após a morte.

Voltando um pouco, como a expiação, reconciliação com Deus e propiciação (aplacar a ira divina pelos pecados) não eram plenas no AT, e como era uma aliança inferior à de Cristo (Hebreus fala que a nova é superior), pode-se perceber facilmente o quanto Deus se irava no AT até a salvos quando eles transgrediam ou escolhiam fazer o mal, como o próprio Davi, homem segundo o coração de Deus. A plena paz com Deus que vem da plena reconciliação com Deus por Cristo, visto que Paulo recebeu na nova aliança o ministério da reconciliação, não havia no AT.

Ou seja, os sacrifícios dos animais cobriam o pecado e a pessoa gozava sim de certa paz com Deus, mas, quando outros graves pecados eram cometidos, de acordo com o mandamento atribuído a cada um, a pessoa estava novamente na ira se não fosse feito outro sacrifício santo e lícito, e ai dela. Tanto que o "profeta novo", que era um homem de Deus, encontrado em 1Reis 13, que profetizou contra o ímpio rei Jeroboão, e até profetizou que viria depois de muitos anos o reformador e justo rei Josias, profeta com o qual o senhor operou maravilhas, pelo engano, prova e astúcia de um "profeta velho" que encontrou no caminho, foi morto por um leão. Que é isso senão outra época, outro "mundo", outra aliança, em desobediência e ira divina, estando antes em temporária paz, temporária santidade?

A justificação, isto é, o ato da salvação divina, mesmo no AT, era plena e perfeita. Portanto, Davi, Salomão, esse profeta novo, e tantos quantos foram justificados pela fé como o patriarca Abraão no AT, assim como diz Paulo em Romanos falando de Abraão, e assim como diz o escritor de Hebreus em Hebreus 11, venceram pela fé e foram para o Céu.

O novo testamento dá a entender claramente que a santidade na nova aliança, em que cada salvo é sacerdote, é superior à santidade do AT, em que apenas a tribo de Levi era mais santificada - ou mais cobrada para isso. E o povo no passado era, muitas vezes, rebelde contra o Senhor mesmo. No novo, não se vê essa rebeldia pessoal e generalizada, essa facilidade de se tirar uma vida, esse ódio pelos incircuncisos como nos Salmos, pois conhecemos muito mais a Deus e seu caráter, seu Amor por Cristo e pelo Espírito. Corrobora com isso também Atos 15.28-29, em que a santidade (inclusive na parte sexual) dos salvos cristãos era superior aos dos judeus do passado distante.

Versículo Hebreus 9:23

Assim, as representações das coisas no céu tiveram de ser purificadas com o sangue de animais. As verdadeiras coisas celestiais, porém, tiveram de ser purificadas com sacrifícios muitos superiores. (NVT, 2016, Mundo Cristão).

Comentário de A. R. Fausset (1866, Hb. 9.23): “O pecado do homem introduziu um elemento de desordem nas relações de Deus e Seus santos anjos em relação ao homem. A purificação remove este elemento de desordem e muda a ira de Deus contra o homem no céu (projetado para ser o lugar de Deus revelando Sua graça aos homens e anjos) em um sorriso de reconciliação [pelo Sangue de Jesus, colchetes meus]. Compare “paz no céu” (Lucas 19.38). “O céu incriado de Deus, embora em si uma luz imperturbável, ainda precisava de uma purificação [reconciliação Deus-homem em Cristo], na medida em que a luz do amor foi obscurecida pelo fogo da ira contra o homem pecador” [Delitzsch in Alford]. Contraste Apocalipse 12:7-10. A expiação de Cristo teve o efeito também de expulsar Satanás do céu (Lucas 10.18; Jo 12.31; compare com Hb 2.14). O corpo de Cristo, o verdadeiro tabernáculo (ver Hebreus 8.2, Hb 9.11), como tendo o nosso pecado imputado (2Co 5.21), foi consagrado (Jo 17.17, 17.19) e purificado pelo derramamento de Seu sangue para ser o ponto de encontro entre Deus e o homem.”

Complementando: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Romanos 5:18 ACF, 2011, SBTB)

Baseado na citação e versículos acima, o pecado de Adão fez uma ruptura total na relação Deus-homem, parcialmente "amenizada" (não conheço palavra melhor) durante a antiga aliança, pois não estavam reconciliados plenamente no AT, visto que o ato de justiça de Cristo que trouxe a plenitude da graça e que purificou as coisas celestiais não havia ainda sido feito pelo Cordeiro de Deus.

É necessário um esclarecimento. Obviamente a antiga aliança, embora imperfeita e com sacrifícios imperfeitos conforme Hebreus, também era fruto da graça de Deus Pai, Filho e Espírito Santo conforme Apêndice C - Aliancismo vs Dispensacionalismo [...], e é claro que a graça preveniente opera a todos desde o contato com Deus para com Adão e Eva após a queda, chamando, no Antigo Testamento, as pessoas à fé em Deus e ao Messias prometido cf. seção "10.3.2 Adão Teve Livre-Arbítrio Após a Queda?", cujo povo mediador para isso no AT era a nação de Israel, mas a plenitude da graça, a todos e a cada uma das pessoas da face da terra, sem povo mediador, mas com um Mediador divino (Jesus), para desfazer os efeitos da queda de Adão e reconciliar para sempre o homem e Deus, só veio após a obra salvadora de Cristo na cruz do Calvário, na nova aliança.

Agora, você, cristão da nova aliança, consegue enxergar melhor e um pouquinho mais da perfeita, pura, celeste, única, e cabal expiação de Cristo por você? Ele tomou para si a ira que merecíamos (propiciação), não há nada que você pode fazer, se for salvo, pois é cativo por Cristo, para sair da graça e do Seu amor, ou seja, não está mais na ira, você tem plena paz com Deus (Romanos 5.1)! Jesus é o teu pleno sacrifício! Jesus te reconciliou com Deus para sempre, de eternidade em eternidade você é amigo de Deus! Jesus é tua redenção, Ele te comprou do mercado de escravos, pagou o preço a Deus pela satisfação da Lei mosaica que você deveria cumprir (o salário do pecado é a morte), isto é, Sua morte, e você é livre, para sempre, do pecado! Não é mais escravo! Não há mais maldição da lei sobre ti! Não só és servo como é Filho! Glória a Jesus, que linda salvação, que Amor!

Que você mergulhe no Amor, no conhecimento que dá virtude e alegria, na profundidade, largura e altura do Amor de Deus! Realmente Jesus te amou na cruz! Realmente o Pai te amou ao enviar Jesus para te dar todos esses presentes divinos! Realmente o Espírito Santo testifica para mim e para você, neste momento, das maravilhosas facetas da vida, morte e ressurreição de Cristo para o louvor da glória de Deus!

Amém!

Complementação à parte de biologia da T.S. de 27/12 (parte do post)

 Por Ken Ham

Será que a ciência moderna realmente reconhece “seis sexos biológicos realmente comuns” nos humanos? Não. São dois: masculino e feminino.

As “identidades de género” tão populares hoje em dia não são os sexos biológicos – são determinadas pelos sentimentos da pessoa que reivindica a identidade de género. Mas os sentimentos não determinam a verdade. Em vez de confiar nos nossos sentimentos, devemos voltar-nos para a Palavra de Deus em busca da verdade absoluta e, pelo poder do espírito de Deus e do evangelho, alinhar os nossos sentimentos com a Palavra e a verdade de Deus. E além disso, porque somos pecadores (Romanos 3:23) e os nossos corações são “enganosos mais do que todas as coisas e desesperadamente perversos” (Jeremias 17:9), não podemos confiar nos nossos sentimentos!

O deputado James Talarico prosseguiu afirmando: “A questão é que, biologicamente falando, cientificamente falando, o sexo é um espectro e, muitas vezes, pode ser muito ambíguo”. O que ele quer dizer com isso? Bem, ele está apontando para o fato de que nem todo mundo é XX (mulher) ou XY (homem) – “mas também solteiros X, XXY, XYY e XXXY”. Mas será que as anomalias nos cromossomas sexuais realmente significam que existem “seis sexos biológicos realmente comuns”?

Não. As anomalias no desenvolvimento cromossômico são apenas isso: anomalias, desvios da norma. As anormalidades não constituem um novo sexo biológico. Pelo contrário, são uma desordem do desenvolvimento humano normal. Indivíduos com essas anormalidades ainda são homens ou mulheres. Aqueles com Y são homens e aqueles sem Y são mulheres. Essas anormalidades costumam causar problemas (que variam de menores a mais graves) para quem as possui. Além disso, essas anormalidades não são “realmente comuns”. Para o arranjo XXY, é 1 em 600 nascimentos; para XYY e XXXY, é 1 em 1.000; e X é 1 em 2.500–4.000 nascimentos.

Além disso, estas anomalias não são a mesma coisa que a chamada “identidade de género”. Transgênero, fluidez de gênero e tudo o mais que os ativistas LGBTQ promovem não têm nada a ver com biologia – tem tudo a ver com psicologia, como uma pessoa pensa e se vê. Não é um problema do corpo. É um problema da mente!

Tais indivíduos precisam de compaixão e bondade — e precisam da verdade que vem da Palavra de Deus e é confirmada pela ciência observacional. Existem apenas dois gêneros/sexos nos humanos: masculino e feminino (Gênesis 1:27). Foi assim que Deus nos criou, e tentar mudar o sexo de alguém é, em última análise, uma rejeição pecaminosa do desígnio de Deus. Aqueles que lutam contra a disforia de género precisam da verdade do evangelho. Eles precisam saber que a sua identidade não precisa estar enraizada em si mesmos e nos seus sentimentos, mas sim em Cristo, na sua morte e ressurreição para eles, e no seu desígnio para eles e para o seu corpo.

Aqueles que lutam contra a disforia de gênero não precisam de produtos químicos, cirurgias de mutilação corporal, roupas travestis, novos pronomes e um novo nome – eles precisam da mensagem do evangelho que muda corações e vidas para a eternidade e lhes dá uma nova identidade enraizada em Cristo.

Por Ken Ham

https://answersingenesis.org/family/gender/modern-science-says-there-are-six-sexes/

Eu, Roberto, não conhecia isso, e deixo para edificação. Graça e paz

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Feliz natal. Post o Cristão e o Dinheiro (atualizado 25/12 9h52)

Feliz natal. Atualizado 25/12 9h52. Post de julho de 2024, consideravelmente melhorado, continuação dos livros "Comentário Bíblico do Sermão do Monte" e de "É Melhor SER do que TER: Provérbios Selecionados e Comentados" nas seções em que abordo a relação entre o crente e o dinheiro. Na ocasião, minha esposa Suzi me ajudou a redigir o texto abaixo.

Graça e Paz a todos.

Deus preparou que eu pudesse novamente ler o bendito Novo Testamento inteiro novamente nessas férias, e Deus me abençoou, corrigiu e ensinou. Também Deus abençoará e falará com qualquer que o fizer.

Eis que eu escrevi há alguns anos um pequeno livreto chamado “Comentário Bíblico do Sermão do Monte”, no qual falo um pouco da relação do crente e o dinheiro, e depois o livro “É Melhor SER do que TER: Provérbios Selecionados e Comentados” que também escrevi que também falo da excelência de SER no Senhor, e da pobreza de não ser no Senhor (o que seria apenas ter dinheiro sem o Senhor).

Portanto, complementando tal raciocínio, vamos aos versículos:

Mateus 16.25 Porque aquele que quiser salvar a sua vida [confiança nas riquezas, fama, poder, ser bem-sucedido sacrificando sua fé], perdê-la-á [perderá a oportunidade de salvação], e quem perder a sua vida [renunciar à vida mundana] por amor de mim, achá-la-á [achará a salvação].

Mateus 6.24 Ninguém pode servir a dois senhores [dinheiro ou Deus]; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom [dinheiro].

Atenção: mesmo Deus dando o meio pra fazer muito dinheiro através da ocupação do provedor(a) de sua família, não pode tomar o tempo de Deus na tua vida: dedicação excessiva ao dinheiro e dedicação a Deus são opostos, antagônicos, exceto se por breves períodos! Amar o dinheiro e amar a Deus são opostos. Deus não pode ser secundário nas nossas vidas. Vigiai. Mas o dinheiro em si mesmo para alguém com sabedoria de Cristo (além de inteligência financeira) e Deus não são de maneira nenhuma opostos. Obviamente, temos que complementar que o dinheiro em si mesmo é bom, mas é péssimo senhor. Quando se torna Senhor/ídolo de alguém (como a palavra Mamom com letra maiúscula como disse Jesus), o Senhor da pessoa não é Jesus, pois a pessoa está sendo escrava do dinheiro.

Mateus 6.33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas [roupas, comida, vestimenta, dinheiro, padrão de vida] vos serão acrescentadas.

Na época apostólica conforme Atos ficava-se com pouco (pouco luxo) e doava-se muito (grande parte dos bens e rendas). Ninguém era obrigado a doar tudo, muito menos fazer voto de pobreza, mas doavam voluntariamente do que sobrava.

Se Deus exaltar alguém com riquezas após a salvação, isso não deve ser seu tesouro:

Mateus 6.19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

...se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração [sentimento]. (Salmos 62:10 acf)

Uma pessoa rica deveria ter objetivos honestos diante de Deus, objetivos que não contradizem os princípios do Criador. O que poderia ser feito com as riquezas? Que nível de conforto necessito realmente para viver? Como poderia me ocupar cuidando de outras pessoas?

Portanto, se tiver muitos bens, terá que ser um exímio doador, doando talvez grande parte das rendas se já independente financeiramente (ou investindo em algo que dará sustento a milhares de pessoas), senão Deus vai cobrar: o que pouco recebeu, pouco será cobrado; o que muito recebeu, muito será cobrado por Deus:

Lucas 12.48b E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.

É um grande pecado o que os líderes de igrejas fazem ao juntar dezenas de milhões de dólares para si com o dízimo suado dos fiéis muitas vezes humildes e não investir de verdade aos pobres, nem quitar dívidas dos membros das igrejas (por exemplo, se alguém passa necessidade, apenas dão cestas básicas: isso é uma vergonha). Isso contraria vários princípios bíblicos, como amar o próximo como a si mesmo, e demonstra uma fé praticamente morta, sem obras. Por que um cristão se preocuparia tanto em acumular riquezas na terra se seu alvo não é a terra, se é peregrino e forasteiro aqui?

Outro escândalo para o evangelho é a teologia da prosperidade, que é uma falsa teologia. Faça como fiz, leia em menos de uma semana todo o Novo Testamento e verá que é simplesmente uma abominação comparando essa teologia com a Igreja Primitiva e a vida dos verdadeiros apóstolos. Incrível como muitos caem nisso (até pregadores), é falta de ler a Palavra e reconhecer que não somos melhores que aqueles que viviam no tempo apostólico.

O amor ao dinheiro não deixa as pessoas se salvarem (a semente da Palavra fica infrutífera):

Marcos 4.18 E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; 19 Mas os cuidados [preocupações] deste mundo, e os enganos [grego apaté/inglês deceitdas riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.

Que aproveita o homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Veja:

Marcos 8.35 Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. 36 Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? 37 Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?

Não é pecado ser rico, nem ter dinheiro. É bom ter dinheiro (eu também quero), é bom receber o dinheiro que vem do sustento de Deus, trabalhando ou investindo honestamente, e devemos nos esforçar para ganhar mais e gastar menos; devemos nos esforçar também para dar um futuro digno aos nossos filhos, para fazermos faculdade, pós-graduação etc. para que possamos dar uma melhor qualidade de vida aos nossos e ainda ajudar aqueles que tem pouco. É honroso tentar ser independente financeiramente, se for da vontade de Deus para a pessoa. Como diz Hernandes Dias Lopes, o dinheiro é um ótimo servo mas um péssimo senhor.

Paulo aconselhou Timóteo: I Timóteo 6.17. Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas no Deus vivo, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; 18. Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19. Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna.

MAS...

Lucas 16.15 ACF E disse-lhes: Vós [fariseus] sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.

Comentário de Jamieson, Fausset e Brown em Lc 16.15, "elevado": altamente estimado entre os homens - geralmente levado por aparências plausíveis [dic. Google, plausível, que merece aplauso, aprovação]. (Veja 1Sa 16:7; e Lucas 14:11).

Amém.

Busque o que para Deus é elevado, busque a verdadeira Sabedoria e conhecimento do Santo em humildade.

Assim diz o Senhor: “Que o sábio não se orgulhe de sua sabedoria, nem o poderoso de seu poder, nem o rico de suas riquezas. Jeremias 9:23 NVT

Aquele que deseja se orgulhar, que se orgulhe somente disto: de me conhecer e entender que eu sou o Senhor, que demonstra amor leal e traz justiça e retidão à terra; isso é o que me agrada. Eu, o Senhor, falei! Versículo Jeremias 9:24 NVT

 

Roberto e Suzi Rossi