segunda-feira, 5 de agosto de 2024

10/ago/24 Crescendo em Conhecimento: Transmissão do Pecado (estudo sobre Cristo, os homens e os demônios), seção 9.4 atualizada na teologia sistemática

Graça e Paz amados. Tendo eu orado, meditado, pesquisado comentários bíblicos e teologias sistemáticas, "quebrado a cabeça", eis a continuação da transmissão do pecado, continuação da seção 9.4 e 4.2.

Confesso que não gosto de fazer update na Teologia Sistemática, fico às vezes constrangido, mas o Senhor está me abençoando muito, por isso, atualizo para a glória de Deus e comunhão do Corpo de Cristo, e está de graça aqui:


PDF (mesmo link de ontem): 10/8/24

https://www.mediafire.com/file/tfsku8dynhdcqa6/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_F._Rossi_-_4-agosto-2024_clubedeautores.pdf/file

epub (mesmo link de ontem): 10/8/24

https://www.mediafire.com/file/6sbpo7pdr97h49j/Teologia_Sistem%25C3%25A1tica_Interdenominacional_-_Roberto_Fiedler_Rossi_-_4-agosto-24.epub/file


Atualizado 10/8

Culpa e Corrupção: Relação de Cristo, os homens e os demônios na transmissão do pecado

Agora que estudamos que os seres humanos nascem culpados do pecado de Adão e com uma natureza humana corrompida (natureza pecaminosa), vamos continuar o raciocínio. Relembrando raciocínios anteriores:

Seção 4.2 – Cristo Nasceu sem Pecado: baseado no ministério Answers in Genesis, pode-se ver que a natureza pecaminosa passa espiritualmente, ou pelo menos parte dela (na humanidade) passa-se espiritualmente (que é o que defenderemos).

Nessa mesma seção, 9.4, baseado nas teologias sistemáticas reformadas, pode-se observar com clareza que a Escritura, lendo muitas passagens bíblicas com a palavra corrupção, defende que o ser humano, descendente de Adão, pecou [passado] em Adão (Rm 5.12), e que por imputação [1] e geração natural [2], como Adão morreu espiritualmente quando tomou do fruto com a Mulher (depois chamada Eva, que também morreu espiritualmente), e como Adão é o primeiro cabeça da humanidade [1] e como todo casal concebe filhos em sua imagem e semelhança [2] (como diz a Escritura de Adão para Sete), “a morte passou a todos por isso que todos pecaram” (Rm 5.12): nascem mortos por estar sob a sentença de morte do pecado de Adão [1, pela culpa, pois somos culpados uma vez que pecamos com ele] e mortos por causa de seus pecados cotidianos [2, pela corrupção/natureza pecaminosa que recebemos na concepção]. Desta maneira, todos os seres humanos nascem mortos no pecado (Ef 2.1-3, Cl 2.13, Rm 3.9-12, Rm 5.12 etc. - depravação total), e nascem assim pecadores (antes do primeiro pecado pessoal já são pecadores e mortos espirituais), e por serem pecadores cometem seus pecados cotidianos, continuando nesse estado escravizado até ter um encontro com o Evangelho do Salvador pelo Espírito e pela preparação do Pai, no qual ao salvo é possível crucificar progressivamente a carne com Cristo de modo que o pecado, ainda presente, não mais nos domine.

A citação de Walls e Dongell da seção 10.3.1 O Processo de Conversão e a Graça Preveniente mostra como Cristo nos busca nas nossas trevas, retirando parcialmente as vendas espirituais dos nossos olhos, ou seja, nos renovando internamente pela renovação parcial, retirando de nós a culpa adâmica e a sentença de morte que vem do pecado de Adão, um dos benefícios recebidos pela morte de Cristo, nos amando pelo Espírito. Obviamente só seremos regenerados totalmente, vivificados das trevas para a luz (e da morte para a vida) após a conversão genuína, para não sermos mais mortos espirituais.

Enfim, em agosto de 2024 orei, pesquisei teologias sistemáticas, e meditei pensando nesses raciocínios conflitantes da transmissão do pecado por alguns dias, sem poder unir os conceitos da transmissão da natureza pecaminosa espiritualmente da seção 4.2 versus transmissão por culpa e corrupção do início da seção 9.4, até que o Senhor me iluminou mais um pouco na teologia e na Escritura, conforme está abaixo e acredito:

Culpa herdada (pecado de Adão herdado – pecamos com ele, pois a humanidade está ligada como num organismo vivo, não são indivíduos isolados como os anjos) – a culpa é transmitida espiritualmente (imputada), por isso certamente o ministério Answers in Genesis acertou que Cristo, como é o Santo Filho de Deus, infinitamente Santo, não foi afetado por ela. Assim como nós recebemos a justiça de Cristo na justificação por imputação, recebemos também a culpa de Adão por imputação, conforme a Escritura usa a expressão imputado (Rm 5.13).

Corrupção herdada de nossos pais: transmitida não só pelo pai (visto que ocorreria o que disse o pesquisador da seção 4.2 com um clone feminino que não precisasse de DNA masculino, mas só dois conjuntos de DNA feminino), mas pelo pai e/ou pela mãe, pelo material genético de qualquer um deles, ou seja, nascemos à imagem e semelhança de nossos pais, isto é, com a natureza pecaminosa que habita no nosso ser e que nos escraviza e faz continuamente pecar. Se é assim, por que Jesus não nasceu com a corrupção herdada de Maria, nesse modelo? Porque conforme a Escritura desceu sobre Maria o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo a cobriu com a sua sombra (Lc 1.35), de modo que Jesus não recebeu a corrupção de Maria.

Desta maneira Jesus não recebeu a culpa espiritual imputada que vem de Adão por ser Filho de Deus, nem a corrupção (natureza pecaminosa) pela concepção miraculosa através do Espírito Santo. Já, nós, recebemos ambas, culpa (embora esta recebemos antes de nascer) e corrupção na concepção.

E os demônios? O pesquisador do ministério Answers in Genesis da citação da seção 4.2 diz que Satanás e os demônios receberam a natureza pecaminosa espiritualmente. E isso faz todo sentido pois, em primeiro lugar, anjos ou demônios não se multiplicam nem procriam segundo a Escritura verdadeiramente inspirada, portanto não fazem outros anjos/demônios segundo sua imagem e semelhança para poderem passar a natureza pecaminosa.

Em segundo lugar, baseado na seção 12.23.3, parte B (O Diabo Está no Inferno? Explicando 2Pe 2:4):

2 Pedro 2:4 (NVI) Pois Deus não poupou os anjos que pecaram [1], mas os lançou no inferno [3], prendendo-os em abismos tenebrosos [2] a fim de serem reservados para o juízo.

Pode-se ver que Pedro liga o fato de que [1] Deus não poupou os anjos pecaram e estão perdidos para sempre sem chance de salvação, com o fato de que [2] estão presos em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo. E o apóstolo dá a entender que o que faz que eles fiquem para sempre perdidos e prendem eles para o juízo é? O inferno [3]. O inferno é o termo que liga e conecta o início do fim da frase inspirada de Pedro. Certamente não é uma prisão que eles não possam sair (como se fosse o lago de fogo, não é um local “físico”), mas um estado espiritual de sofrimento, condenação e prisão fora e longe da luz de Deus, e também (como as palavras em grego são diferentes) não é o mesmo local em que os mortos sem Cristo estão.

Portanto, no meu ponto de vista, fica claro que Satanás e os demônios estão sob uma sentença pecaminosa e separação da luz, que inclui a morte espiritual/eterna e, claro, a natureza pecaminosa deles (transmitida e/ou imputada espiritualmente após a queda de Satanás e seus anjos, evento esse que ocorreu depois dos seis dias da criação e antes da queda de Adão conforme a seção 7.3), demônios estes que estão em infindáveis trevas, a fim de serem reservados para o juízo.

Assim, concluindo, o ser humano nasce morto espiritualmente, pois recebe culpa espiritual e corrupção (natureza humana corrupta) por geração natural;

Cristo, o Santo Messias, foi gerado sem pecado (sem culpa nem corrupção, recebendo a natureza humana perfeita como se fosse original do Éden (antes da queda Adâmica)) pelo Espírito. Como diz a citação na seção 4.2, a Mulher foi tentada no Éden mesmo sem natureza pecaminosa: Cristo também, mesmo sem natureza pecaminosa, foi em tudo tentado por nós (Hb 4.15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado);

E os demônios recebem a morte e natureza pecaminosa espiritualmente pela queda e maldição própria do pecado deles, uma vez que, mesmo tendo visto a glória de Deus, deixaram seu principado (E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia - Judas 6).

Amém.

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