Graça e paz.
Hoje o Senhor me acordou, agraciou e iluminou, mostrando que havia coisinhas erradas na minha seção de transmissão do pecado. Fui ler, e comparar com a Bíblia, e vi que o que Matthew Henry falou sobre a morte em lei que vem da culpa adâmica, embora aparentemente coerente não é bíblico (e além disso não faz sentido se comparado com o que Romanos 6 e 7 fala sobre o pecado, a morte e a lei).
Corrigido:
Seção 9.3: pg. 208-209
Matthew
Henry (1706) explica o que é a morte em pecado no seu comentário de Col 2.13:
Um estado de pecado é um estado de morte espiritual. Aqueles que estão em pecado estão mortos em pecado. Como a morte do corpo consiste em sua separação da alma, a morte da alma consiste em sua separação de Deus e do favor divino. Como a morte do corpo é a corrupção e a putrefação, o pecado é a corrupção ou a depravação da alma. Como um homem que está morto é incapaz de se ajudar por qualquer poder próprio, então um pecador habitual é moralmente impotente: embora ele tenha um poder natural, ou o poder de uma criatura razoável, ele não tem um poder espiritual, até que ele tem a vida divina ou uma natureza renovada.
Recuso a notação de Matthew Henry (1706) sobre a morte, que seria a continuação da citação anterior no seu comentário bíblico em Col 2.13, que diz que "...e assim isso mostra que estamos mortos em lei e mortos em estado. Mortos na lei, como um malfeitor condenado é chamado um homem morto porque ele está sob uma sentença de morte; assim pecadores pela culpa do pecado estão sob a sentença da lei e assim já estão sob condenação, Jo 3.18 [...ele prossegue falando sobre a morte em estado]". Isso creio que está incorreto pois João 3.18 não fala sobre a lei de Moisés, mas da incredulidade (mas quem não crê [em Cristo] já está condenado); em segundo lugar, não tem relação direta a “morte em lei” na notação de Matthew Henry (lei que seria a lei de Moisés) com o pecado de Adão; em terceiro lugar, na verdade, não é a lei mosaica que mata, mas o pecado que a lei mostrou (Rm 7.7) é que mata o ímpio pecador (Rm 6.23). E, em contrapartida, os que estão “mortos para o pecado” ou “para a lei” são os salvos (que crucificaram a carne com Cristo) cf. Romanos 6 e 7. Acho que é o bastante. Assim, o que Matthew Henry falou sobre a morte em lei que vem da culpa adâmica, embora aparentemente coerente na teologia, tal não é bíblico (e, além disso, não faz sentido se comparado com o que Romanos 6 e 7 fala sobre o pecado, a morte e a lei). Por isso, substituí esses termos por alguns mais fáceis de se entender e mais bíblicos: Substituí “mortos em lei” por “mortos por estar sob a sentença de morte do pecado de Adão”; substituí “mortos em estado” por “mortos por causa de seus pecados cotidianos, pela natureza pecaminosa”. Conclui-se claramente que o homem natural antes do contato eficaz com o evangelho está morto por estar sob a sentença de morte do pecado de Adão (pois o salário do pecado de Adão operou em nós todos a morte, Rm 6.23, Rm 5.12), e morto por causa de seus pecados cotidianos, visto que o salário dos nossos pecados também é a nossa morte (Rm 6.23). Em vez de falar dois tipos de morte, basta resumir e falar morte espiritual. Assim, o que a Bíblia diz é que o homem nasce morto em seus delitos e pecados, como se fosse um corpo que respira, como se fosse um “zumbi” espiritual.
Seção 9.4
(Pág 214) [...] “a morte passou a todos por isso que todos pecaram” (Rm 5.12): nascem mortos por estar sob a sentença de morte do pecado de Adão [1, pela culpa, pois somos culpados uma vez que pecamos com ele] e mortos por causa de seus pecados cotidianos [2, pela corrupção/natureza pecaminosa que recebemos na concepção]...
(Págs. 214-215) A citação de Walls e Dongell da seção 10.3.1 O Processo de Conversão e a Graça Preveniente mostra como Cristo nos busca nas nossas trevas, retirando parcialmente as vendas espirituais dos nossos olhos, ou seja, nos renovando internamente pela renovação parcial, retirando de nós a culpa adâmica e a sentença de morte que vem do pecado de Adão, um dos benefícios recebidos pela morte de Cristo, nos amando pelo Espírito. Obviamente só seremos regenerados totalmente, vivificados das trevas para a luz (e da morte para a vida) após a conversão genuína, para não sermos mais mortos espirituais.
[...]
Final da seção 10.3.1 O Processo de Conversão (meio do parágrafo, págs. 257-258): Substituído "morta pela lei que mostrou o seu pecado", para "morta pelo seu pecado, que foi trazido à luz pela lei mosaica".
Atualizado:
PDF 10/8/24 15h30
epub 10/8/24 15h30
Obrigado pela compreensão.
Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário