Os Atributos e a Essência de Deus
Depois de todos esses complexos
raciocínios na doutrina de Deus, vale a pena refletirmos sobre a relação entre
os atributos conhecidos e a essência/substância/natureza de Deus. Sabemos que a
Bíblia com suas afirmações/atributos de Deus é a verdade absoluta pois foi
inspirada pelo Espírito, e que a teologia, por sua vez, é limitada pela mente
humana. Deste modo, o quanto podemos conhecer, de fato, na nossa mente
limitada, a essência e o ser absoluto de Deus com absoluta certeza, pelos seus
atributos? De acordo com Stanley Grenz (2000),
Em vez de afirmações estritas [de atributos] que pretendem representar um conhecimento objetivo e “científico” sobre Deus, os atributos são expressões que surgem da nossa experiência do Deus que se relaciona com os humanos e o mundo. Consequentemente, as descrições na forma de atributos são projetadas para facilitar e evocar louvores da comunidade de fé. Eles facilitam o louvor daqueles que conhecem a Deus de maneira pessoal. As afirmações atributivas não transmitem conhecimento da essência de Deus como uma realidade estática ou isolada do mundo [porém, se os atributos estão na Palavra (em contradição aos raciocínios e atributos construídos racionalmente por teólogos), que é inspirada, são verdade absoluta e pura realidade em Deus, colchetes meus, Roberto]. Em vez disso, as nossas descrições do Deus que conhecemos são tentativas de descrever o Deus em relacionamento. Através de tais declarações [baseadas na teologia e filosofia, colchetes meus], falamos sobre as relações eternas do Deus Triuno e a realidade de Deus no relacionamento com a criação, principalmente conosco. Deus não pode ser conhecido meramente por meio de uma compreensão intelectual de várias afirmações que pretendem descrever a sua natureza eterna. Assim, os vários atributos que os teólogos tradicionalmente atribuem a Deus não medeiam [de mediar, transmitir] o conhecimento de Deus. Deus é conhecido pessoalmente – como uma pessoa é conhecida – através do encontro pessoal, e nunca como um objeto que examinamos. Os atributos tradicionais de Deus funcionam como um lembrete útil da perfeição de Deus em comparação com seres humanos e o universo. Eles servem para mostrar a grandeza de Deus, quando comparamos Deus com o universo que ele criou. Grenz (2000).
Entretanto,
a Escritura afirma e testifica que parte de Deus pode ser conhecido com certeza
absoluta, mesmo na nossa mente limitada, pois Deus se revelou a nós de diversas
maneiras. Por exemplo: Romanos 1:19-21a Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus
lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo,
tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas
coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças...
As
afirmações, atributos e pensamentos de Deus declarados por Ele mesmo na Bíblia
são verdade absoluta (Deus não pode mentir e a Escritura é inerrante), e por
eles realmente conhecemos, mesmo na nossa mente limitada, parte da essência e da verdade
absoluta de Deus em Si mesmo, como Ele é fora da criação, pois somos imagem
Dele.
Mas,
claro, como a Bíblia é verdade absoluta e a teologia não, afirmações concebidas
racionalmente, de fora da bíblia, por seres humanos como nós – como as da
teologia – não nos fazem compreender a essência de Deus em Si mesmo, como
escreveu Stanley Grenz (2000) acima, mas foram concebidas
racionalmente para edificação e para louvor da glória de Deus na terra. Porém,
conhecemos o Senhor nosso Deus, de fato, não através de afirmações de atributos
descritivos, mas através de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, pelo
Espírito de amor.
Se uma
criança não compreende com maestria as conversas de adultos com seus
raciocínios, assim também nós não compreendemos plenamente o Senhor nosso Deus nesta vida,
mas em parte - a Bíblia afirma que
verdadeiramente conhecemos em parte, e isso não é ilusão, nem relativo
(1Coríntios 13:12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então
[na eternidade] veremos face a face; agora conheço em parte, mas então [na eternidade] conhecerei
como também sou conhecido). A verdade absoluta é a Palavra de Deus. E ela
também diz que devemos ser humildes como meninos para entrarmos no Reino dos
céus.
Veja
também a conclusão da subseção 10.5.2.2 Os Decretos de Deus, da relação
do nosso conhecimento atual com a Mente de Deus.
Para
olhar para a plenitude de Deus, basta olhar para Cristo, o resplendor da Glória
de Deus e a expressa imagem do Pai. Cristo nos revelou tudo o que ouviu do Pai,
pelo Espírito, conforme a Escritura.
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2. Doutrina de Deus também, seção 3.6 (Deus É Amor):
Outros
versículos que relacionam a forte relação do Espírito com o Amor:
Romanos 5:5
"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."
Romanos 15:30
"E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do
Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;"
Gálatas 5:22a
"Mas o fruto do Espírito é: amor... "
Colossenses 1:8
"O qual nos declarou também o vosso amor no Espírito."
I Pedro 1:22 "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;"
3. Referências Bibliográficas (acrescentadas umas 5-6).
4. Figuras das seções 10.7.3 (conclusão da soteriologia - o processo de salvação); e da seção 13.4 (Como Deus forma o futuro, do capítulo extra)
5. Um monte de detalhezinhos sem importância.
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