quinta-feira, 28 de setembro de 2023

28/9 O Casamento Cristão: Casamento, Divórcio, Submissão Conjugal e Sacrifício em sua 3a edição

O livro de casamento está em sua terceira edição (www.smashwords.com), e o que acrescentei está logo abaixo:

Mudanças da Terceira Edição

 

Acrescentada a seção “Base Bíblica Adicional para o Novo Casamento de um Cristão” pois uma pessoa me disse que não achou na Bíblia o novo casamento de um cristão depois de um divórcio sofrido, ainda que tenha divorciado por motivos permitidos pela Palavra.


Base Bíblica Adicional para o Novo Casamento de um Cristão

 

Mateus 19.3-6 (versão NVT, Mundo Cristão, 2018) explica a base do casamento:

Alguns fariseus apareceram e tentaram apanhar Jesus numa armadilha, perguntando: "Deve-se permitir que um homem se divorcie de sua mulher por qualquer motivo?". "Vocês não leram as Escrituras?", respondeu Jesus. "Elas registram que, desde o princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por isso o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, e os dois se tornam um só’. Uma vez que já não são dois, mas um só, que ninguém separe o que Deus uniu."

 

Esta é a base do casamento, antes da lei de Moisés, antes da queda de Adão, desde o princípio Deus recomendou o casamento para Adão (Não é bom que esteja só...).

A continuação, Mateus 19.7-8, abaixo, fala sobre o divórcio: não é o propósito original de Deus o divórcio, pois Deus o abomina (como está em Malaquias 2:16 (versão NVI, Vida, 2000) "Eu odeio o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel):

 

Mateus 19.7-8 (NVT, Mundo Cristão, 2018) Eles perguntaram: "Então por que Moisés disse na lei que o homem poderia dar à esposa um certificado de divórcio e mandá-la embora?". Jesus respondeu: "Moisés permitiu o divórcio apenas como concessão, pois o coração de vocês é duro, mas não era esse o propósito original.

Mateus 19.9 explica, por sua vez, quando o divórcio pode ocorrer segundo o que disse Jesus (sem contar, nesta seção, sobre viuvez (Rm 7.2,3) nem abandono (1Co 7.15)):

 

Mateus 19.9 (versão ACF, SBTB, 2011) Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar [semelhante a divorciar, colchetes meus] sua mulher, não sendo por causa de fornicação [imoralidade sexual], e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

 

1) Jesus disse: ...qualquer que se divorciar de sua mulher, EXCETO por fornicação, e casar-se novamente com outra pessoa, SIM comete adultério.

 

Portanto, Jesus também quis dizer o oposto:

2) Jesus disse implicitamente: ...qualquer que se divorciar de sua mulher, POR MOTIVO DE fornicação, e casar-se com outra pessoa, NÃO comete adultério.

 

Concluímos, segundo o que a Bíblia nos dá a entender, segundo a lógica por trás de uma afirmação e negação simples, que se um dos cônjuges praticar imoralidade sexual, e se o outro cônjuge se divorciar e casar com outra pessoa (ou casar-se novamente com o primeiro cônjuge), o cônjuge fiel não comete adultério nem pecado por casar-se novamente, pois é permitido pela Escritura, nossa única e infalível regra de fé e prática.

 

Outro versículo muito importante é 1 Coríntios 7.26-28. Vou usar a versão Literal do Texto Tradicional (LTT, 2017):

26 Penso, pois, isto também bom ser: por causa da grande aflição tendo estado presente, que também é bom para um homem o assim estar:

27 Tens tu sido ligado a uma esposa? [1] Não busques separação. Tens tu sido libertado para longe de esposa [solteiro ou divorciado, colchetes meus]? [2] Não busques uma esposa.

28 SE, PORÉM, TAMBÉM TU [solteiro ou divorciado da sentença anterior] CASARES, TU NÃO PECASTE. E, se casar a virgem (a palavra é feminina mas, aqui, também se aplica aos homens), ela não pecou. Todavia, aflição na carne terão os tais, e eu vos poupo disso.

 

Por que eu coloquei solteiro ou divorciado (na ACF está escrito “Livre de mulher”)?

Citando Hernandes Dias Lopes (2005, pg. 139):

Os termos “separar-te” e “livre de mulher” são a mesma palavra na língua grega e têm o mesmo significado. Obviamente, o contexto aqui [1Co 7.26-28 acima] não favorece a ideia de que a esposa estivesse morta. O que Paulo está dizendo é que este homem não devia se separar da sua mulher pelo divórcio [1], e se já estava divorciado, não deveria procurar novo casamento [2]. Paulo contrasta a situação dos divorciados com a situação das virgens no mesmo versículo, quando diz: “Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca” (1Co 7.28). Paulo afirma que caso esse homem divorciado venha a se casar não cometerá pecado (1Co 7.28). Desta forma Paulo apoia e ratifica o novo casamento para pessoas divorciadas, mesmo em tempos de perseguição, quando o casamento era desencorajado (1Co 7.26). De acordo com o ensino do apóstolo, o novo casamento não constitui um pecado. Hernandes Dias Lopes (2005).

É claro que o novo casamento não constitui um pecado (a última frase acima de Hernandes Dias Lopes) se foi dissolvido pelos motivos da Palavra de Deus, pois Mateus 19.9c (versão ACF) diz que o que casar com a divorciada/repudiada [se o casamento não se desfez no Senhor, e se o cônjuge divorciado apenas no papel ainda não casou nem traiu] também comete adultério:

Mateus 19.9 (ACF, 2011, colchetes meus) Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar [divorciar] sua mulher [ou, no séc. XXI, também cônjuge homem], não sendo por causa de fornicação [imoralidade sexual], e casar com outra[o], comete adultério; e o que casar com a repudiada [divorciada ou divorciado sem o aval da Palavra] também comete adultério.

Amém.


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