Pág. 6:
A regeneração (nascer de novo, salvação – não confundir com regeneração parcial citada antes) e a justificação ocorrem juntas e são de forma monergista condicional – Deus faz tudo sozinho, mas há uma condição para a regeneração e a justificação, que é a fé salvadora: cremos pelo dom de Deus, pela Palavra, quando Deus multiplica nossa fé de servo (não salvadora, sob a lei que nos condena), nos dando uma fé de filho (salvadora, sob a graça, que nos salva), crescemos de fé em fé cf. Rm 1.17. A salvação ocorre num monergismo condicional, mas a fé é sinergista (Jesus disse repetidamente: "a tua fé" - dom pelo qual você creu - "te salvou"), é como um mendigo estendendo as mãos [capacidade recebida de Deus] para receber o presente do Rei.
Pág. 11:
17 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé
em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.
Uma pessoa que crê uma fé inicial, ou seja, sem fé justificadora ainda crê, mas essa fé é uma fé incompleta, uma fé não salvífica, uma fé que não é prova das coisas que não se veem. Acontece que Deus, à medida que se mostra, e ilumina, chama e vocaciona uma alma, faz essa alma crescer de fé em fé, da fé de temor no espírito de escravidão para uma fé justificadora, uma fé do Espírito de Adoção de amor, um dom de Deus que veio através do Espírito da Palavra de Cristo. Deus é quem nos dá, em certo momento – em que não resistimos ao Espírito continuamente (habilidade recebida de Deus anteriormente e irresistivelmente pela graça conforme escreveu John Wesley) – a fé salvadora pela qual nós cremos, pois é dom de Deus. Esse parágrafo será melhor explicado ao longo do livro.
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